Ensinamento 7
Leitura Bíblica: Filipenses 3:1-9.
Filipenses 3:1. Escrevendo as mesmas coisas. O apóstolo começa o capítulo 3 com exortação aos crentes de Filipos e a todos espalhados por todo o mundo, que é regozijai-vos (alegrai-vos) no Senhor. Fp. 4:4-5. A alegria perene (permanente) é uma característica bem apropriada para os crentes, pois, com isso demonstramos que realmente sabemos em quem confiamos e que Ele (Deus) está no controle de tudo. Ro. 8:28. Na segunda parte do verso 1, Paulo afirma que não se aborrece de repetir as mesmas coisas. Quando o pregador repete várias vezes as mesmas instruções, é para a segurança daqueles as escutam. Não devemos ser preguiçosos para ouvirmos a Palavra do Senhor. A repetição não era penosa [preguiçosa] para Paulo e também não deverá ser para nós. Pv. 18:9 e Tg. 1:22-25.
Filipenses 3:2. Tenhas cuidado com os maus obreiros. Nessa passagem o apóstolo encoraja os irmãos de Filipos a se guardarem do erro doutrinário, especificamente dos judeus legalistas, eles acreditavam que seria necessário ter uma aderência estrita e literal a regras e regulamentos (lei) para obterem a salvação ou crescimento espiritual, mas em sua grande maioria apenas faziam da boca para fora. Não atentando para a perfeita liberdade, pela qual Cristo nos libertou. Gl. 5:1-2 Guarda-se dos maus obreiros, significa ter cuidado com os falsificadores da Palavras, ter cuidado com aqueles que são inimigos da cruz e contrários as Sã Doutrina. Fp. 3:18 e II Tm. 4:3-4.
Filipenses 3:3. A verdadeira circuncisão. Os judeus legalistas (podemos definir LEGALISMO como, uma tentativa humana de acrescentar algo à obra de Cristo) pressionavam os gentios, insistindo na circuncisão dos mesmos como sendo causa necessária a salvação. Eles, apregoavam que para uma pessoa ser salva, não seria necessário apenas crer na obra de Cristo e sim também guardar a Lei, mais ou menos parecido com regeneração batismal dos católicos e evangélicos em geral. Gl. 2:21 e Hb. 9:25-28. Então, Paulo tranquiliza os irmãos, mostrando que na dispensação da graça, a verdadeira circuncisão não é feita por mãos humanas. Ro. 2:28-29 e Cl. 2:11.
Filipenses 3:4-5. Paulo explica a sua conduta no judaísmo.
O apóstolo desmonta a tese legalista da justificação por meio da carne. Gl. 2:16. Ele mostra que antes de encontrar com Cristo era irrepreensível na Lei judaica. Paulo pertencia ao grupo dos fariseus, que eram reconhecidamente a elite do povo judeu, os quais se destacavam pelo modo aplicado e dedicado ao conhecimento da Lei de Moisés. Gl. 1:14. Entretanto, Paulo deixa claro que isso pra ele era mera conquista da carne e sem qualquer valor para sua justificação perante Deus. Ro. 8:5 e Ro. 7:5. Nos dias atuais as organizações religiosas criam, ensinam e cobram obediência dos seus fiéis, a uma extensa lista de regras e preceitos de homens, que até tem uma aparência de devoção, mas, são de nenhum valor para Deus. Cl. 2:20-23.
Filipenses 3:6. Perseguidor da igreja e irrepreensível na Lei. Paulo não era apenas um oponente intelectual da igreja de Cristo, muito pelo contrário, era um feroz perseguidor de todo e qualquer ajuntamento Bíblico que proclamasse o Evangelho sagrado de Cristo. Gl. 1:13. A ida de Paulo a Damasco tinha um único objetivo assolar a igreja do Senhor. Atos 8:3 e Atos 9:1-2. Vemos aqui, a grande soberania de Deus na vida de Paulo, aquele que outrora PERSEGUIA as igrejas que estavam em Cristo, passou a anunciar o Caminho que ele tentou destruir. Gl. 1:22-23. No que diz respeito a lei, Paulo era um homem irrepreensível, sem qualquer falha, porém essa dedicação não teve serventia alguma para a salvação do mesmo. Sabemos que a justificação nos torna justos e passamos do fato de sermos inimigos ao benefício de gozar a paz com Deus. Cl. 1:20-22.
Filipenses 3:7-8. A excelência do conhecimento de Cristo. Paulo nos relata que abandonou as suas vocações religiosas, baseadas na justificação da carne em troca de algo muito superior: A EXCELÊNCIA DO CONHECIMENTO DE CRISTO. O apóstolo era um exemplo entre os fariseus e se destacava pelo zelo para com a Lei. Entretanto, ele abdicou de todo isso e as considerou como escórias (algo sem valor) em troca da sabedoria que vem do alto. Tg. 3:17. Naturalmente, ao nascermos de novo (do Espírito), recebemos uma nova criatura, que nos faz anelar pelo crescimento espiritual. II Co. 5:17-18 e I Pe. 2:2. O crente sabe que todo os tesouros da sabedoria e do conhecimento só poderão ser encontrados em Deus Pai e em Deus Filho. Cl. 2:2-3 e II Pe. 3:18
Filipenses 3:9. Justiça que vem de Deus. A grande maioria dos seres humanos não são religiosos dedicados como o apóstolo era, mas todos por natureza, antes da conversão, estão perdidos e acreditam que algo diferente da justiça imputada de Cristo pode contribuir de alguma forma ou grau para se salvarem, mantendo-se salvos, tornando-se santos e adequados para adentrarem o céu. Ro. 3:24-26. Quando cremos verdadeiramente em Cristo, excluímos por completo, toda e qualquer glória nossa e a colocamos na cruz de Cristo. Gl. 6:14. O nosso olhar é exclusivo em Cristo, autor e consumador da fé Hb. 12:2.. O crente sabe que a sua salvação foi gratuita e um ato perfeito do nosso Intercessor Hb. 7:25. Quando o pecador acredita em si mesmo, que é capaz de alcançar a salvação por sua justifica, ele torna-se inimigo da cruz. Fp. 3:18. Muitos dos que não conhecem a verdadeira graça, sempre questionam e depreciam a santificação do Espírito. II Tes. 2:13 e I Pe. 1:2. Pondo obras ou obediência como prova da graça salvadora, ledo engano, nossa fé em Cristo e o que nos justifica. I Co. 6:11 e Ap. 22:11.
Esperança-PB. 2020.
Referência Bíblica: ACF.
Pr. Walter Costa.
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