domingo, 14 de setembro de 2025

Estudo expositivo em Romanos – Ensinamento 21-Capítulo 10:1-13.




Romanos 10:1-2. Zelo sem entendimento. Temos aqui, uma nova manifestação do amor e cuidado de Paulo, pelos seus irmãos na carne. A sua oração e seu desejo era para salvação do povo israelita. Podemos afirmar, que Paulo conhecia por detalhes o “zelo” dos judeus, uma vez que o próprio, antes de ter o encontro pessoal com Cristo era extremamente zeloso pelas tradições judaicas (At. 22:3/ Gl. 1:14 e I Tm. 1:13). O apóstolo reconheceu que o povo de Israel tinha zelo de Deus, contudo, esse zelo era sem entendimento. A ordem tanto para judeus, como para gentios é ser sóbrio e esperar apenas na graça de Cristo (I Pe. 1:13-14). Ou seja, israel tinha zelo de Deus, apenas no exterior. Eles chegavam-se a Deus com os lábios, porém estavam longe do Senhor em seus corações, repetindo os ensinamentos humanos (Is. 29:13).

Romanos 10:3. Não conhecendo a justiça de Deus. Os judeus acreditam que pelo fato da aliança ter sido feita ao patriarca Abraão, isso, por si só, já garantiria um relacionamento seguro da nação israelita com Deus. Diante de tal constatação, concluímos que Os judeus ignoravam a "justiça" que vem de "(de) Deus" como um presente recebido por meio unicamente da fé (Ro.1:16-17). Eles procuraram obter justiça mantendo as cerimônias da Lei, que consistiam apenas em sacrifícios comemorativos ao pecado (Hb. 10:3-4). Porém, a Bíblia mostra que impossível ao homem ser justificado pelas obras da Lei e que a verdadeira justificação, só ocorre na pessoa de Cristo (Gl. 2:16 e Fp. 3:9.). Em Jesus é anunciado a remissão e justificação dos pecados (At.13:38-39 e Ro. 4:25).

Romanos 10:4-5. O fim da Lei é Cristo. O fundamento primário da Lei era: revelar o perfeito caráter e o padrão moral de Deus. Sendo sabedor da perfeição divina a humanidade deveria reconhecer a sua imperfeição para obter através da sua própria justiça a aceitação do Senhor dos Exércitos (Is. 64:6). Mas, esse fato, não aconteceu e os homens continuaram a busca por suas justificações, algo que impossível de acontecer (Mt. 19:25-26 e Gl.3:10-11). Apenas uma pessoa cumpriu a Lei, Jesus Cristo cumpriu as exigências da Lei mosaica e a encerrou. Cristo é o objetivo e propósito da lei não porque Ele a aboliu, mas porque Ele a cumpriu (Mt. 5:17). O mínimo esperado é que os judeus, deveriam saber que a Lei apontava para Cristo. (Jo. 5:39). Hoje na dispensação da graça, através da fé recebemos a verdadeira justiça, aquela que vem do alto, ela é perfeita não por causa dos que a recebem e sim por causa do Doador (Ef. 4:24).

Romanos 10:6-7. A justiça que é pela fé. Escrevendo ao povo de Israel, Moisés descreveu sobre a necessidade de guardar os preceitos e estatutos do Senhor, simplificando guardar toda a Lei. (Lv.18:1-5). Mas, o problema consiste em tentar alcançar a própria justificação através da Lei, pois ninguém, fora Cristo, é capaz da cumprir toda a Lei. Afinal, o ser humano é falível, fadado ao pecado e longe do padrão de perfeição divina. (Ro. 3:10-12 e Ro. 3:23). Aqueles que buscam a justificação através da Lei, serão condenados, uma vez que nenhuma carne será justificada pelas obras da Lei. (Ro. 3:20). Quando cremos de forma bíblica, deixamos a condição de questionadores para a de crente, e com isso, passamos a ter atitudes de obediência amorosa, no lugar de uma abordagem legalista da Palavra para tentar obter a justiça. As organizações criam, ensinam e cobram obediência dos seus fiéis, a uma extensa lista de regras e preceitos de homens, que até tem uma aparência de devoção, mas, são de nenhum valor para Deus (Cl. 2:23). O salvo crer sem questionar, baseado na fé e na obediência dos filhos (Hb. 11:1 e 6 e I Pe. 1:14).

Romanos 10:8-9. A confissão dos crentes. Novamente o apóstolo faz uso de Lei mosaica, para explicar a salvação pela fé (Dt. 30:14). Com um diferencial na lei a ordem era cumprir, já na graça é confessar o Senhor com inteireza de coração. Na atual dispensação a salvação ocorre pela pregação do Evangelho aos perdidos exemplificado em I Coríntios 15:1-3. Ao crer de conformidade com as Sagradas Escrituras, o pecador negar-se a sim mesmos e tem plena certeza que o resgate da sua alma ocorreu por mérito exclusivamente da obra de Cristo (Lc. 9:23 e I Tm. 1:15-16).

Romanos 10:10. Crendo com o coração e confessando com a boca. Temos aqui a consolidação do versículo 9, onde o salvo crer e faz uma confissão sincera e verdadeira perante muitas testemunhas (I Tm. 6:12). Nesta declaração de fé o pecador remido demonstra a sua certeza de salvação na obra de Cristo, que padeceu por nós e cessou o pecado (I Pe. 4:1). A segurança do salvo não se encontra firmada em suas obras e sim na pessoa de Jesus Cristo, sabendo que Ele poderoso para guardar o maior de todos os tesouros e fiel para cumprir o que prometeu (II Tm. 2:12/ Hb. 10:23 e I Jo. 2:25).

Romanos 10:11. Não há confusão para os que creem em Cristo. Sabemos que Deus não é propagador de confusão (I Co. 14:33). Quando paramos para analisar essa passagem de I Coríntios, fica claro que a confusão não foi criada por Deus. Então, certo estou que Ele não deixaria os Seus filhos confundidos, pois, ao recebê-Lo nos tornamos filhos (Jo. 1:12-13), além disso, temos a testificação do Espírito Santo autenticando a nossa filiação (Ro. 8:16-17). O salvo recebe como verdadeiro o testemunho do Deus Altíssimo e por isso mesmo, temos a plena convicção da salvação eterna (I Jo. 5:9-13).

Romanos 10:12-13. Quem invocar o nome do Senhor será salvo. Paulo nessa passagem e Pedro em Atos 2:21, citam o profeta Joel, a afirmarem que todo aquele que invocar o nome do Senho será salvo (Joel 2:32). O "Senhor" de Joel 2:32 é o mesmo que o "Senhor Jesus Cristo". A intenção dos apóstolos era mostra que a graça de Cristo é a única forma do pecador ser resgatado da perdição (Ef. 2:8 e Tt. 2:11). Invocar o nome de Jesus, não significa apenas repetir palavras e sim admitir sua incapacidade e a total necessidade de um Salvador, crendo que Ele é poderoso para salvar todo aquele que nEle crer. Invocar ao Senhor é saber que apenas Ele é único capaz de livrar o pecador do inferno, lhes dando uma eterna salvação. (Is. 43:11e Atos 4:12).

Pastor Walter Costa.

Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por crentes fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611.

Aplicado na IBBF Esperança-PB, 14 de Setembro de 2025.

Estudo expositivo em Romanos – Ensinamento 20-Capítulo 9:17-33.

 



Romanos 9:17-18. O endurecer de Deus. Vejam bem, Deus permitiu que Faraó fosse elevado ao poder, com o intuito de mostrar a força de Seu julgamento contra Faraó e, desta forma, glorificar a Si mesmo. O poder de Deus é demonstrado de duas maneiras antagônicas: a primeira é as Suas eternas misericórdias. Lm. 3:22-23. A segunda é permitindo, através da livre agência, que o homem endureça o seu coração. O endurece a quem quer é a resposta de Deus aos corações insensatos e obscuros dos homens, que amam mais a criatura do que o Criador. Ro. 1:21-24. Ao endurecer o coração do Faraó, Deus simplesmente permitiu que o coração do Faraó seguisse sua inclinação natural. Sabemos através das Escrituras que Faraó endureceu seu próprio coração. Ex. 7:13, Ex. 7:22, Ex.8:15, Ex. 8:19, Ex. 8:32, Ex. 9:7, e Ex. 9:34 Não podemos advogar que Deus é o autor intelectual do pecado e da queda da humanidade. Sabemos que a criação humana inicial foi feita à imagem e semelhança do Senhor. Gn. 1:26-27. O sistema religioso denominado calvinista, apega-se a essa passagem para defender a “sua eleição” para eles Deus elege incondicionalmente alguns para a salvação e, portanto, também fazendo o que é chamado de dupla predestinação, elegendo alguns para a salvação igualmente (deliberadamente ou por omissão) elegendo alguns para condenação. Teoria totalmente contrária aos ensinamentos das Sagradas Escrituras, que afirma que Deus amou (no passado) o mundo e entregou o Seu filho unigênito para salvar todo aquele que nEle crer. Jo. 3:16. Sabemos que Deus não tem prazer na morte do ímpio. Ez. 33:11. Em momento algum estou questionando a soberania de Deus, justamente pelo contrário, CREIO plenamente no incondicional poder do Senhor, mas, justamente por este motivo, não posso falar contra o que está escrito no Livro Sagrado, que afirmar de forma contundente que Deus que salvar todos os homens e para que isto ocorra Ele providenciou o Mediador. I Tm. 2:4-5.

Romanos 9:19-20. O homem não tem condição de replicar a Deus. Todo ser humano é pecador e, por consequência do pecado, está destituído da glória de Deus e tem como pagamento final da sua iniquidade a morte. Ro. 3:23 e Ro. 6:23. Diante dessa ilustração, fica claro que não há como o pecador replicar o propósito divino. Ou seja, as criaturas não têm o direito de reclamar do criador. No silogismo (argumento lógico que se aplica ao raciocínio) chegamos a seguinte conclusão: A humanidade está perdida porque está endurecida; está endurecida porque está perdida; logo, está perdida por que tem a natureza pecaminosa. Is. 64:6 e Is. 29:16.

Romanos 9:21. O poder está no Oleiro. No capítulo 18 do livro de Jeremias, a Bíblia mostra que o profeta foi enviado por Deus à casa do oleiro, para observar e receber um valioso ensinamento. O Senhor mostrou ao profeta que é soberano e que da mesma forma que o oleiro tem poder de moldar o barro e transformá-lo em um belo vaso, Deus poderá transformar o homem perdido em uma nova criatura. Em ambos os casos, o barro e o homem são meros instrumentos nas mãos dos seus criadores e nada podem fazer para modificar esta situação. Jr. 18:6. Em uma grande casa não existem apenas vasos de grande valor. II Tm. 2:20. Então, fica claro que o Oleiro tem o poder de criar vasos que irão honrá-Lo e que os vasos que seguirem o curso natural da carne estão preparados para a perdição. Jo. 3:36.

Romanos 9:22-24. Vasos de honra e de desonra. Novamente, repete-se o mesmo princípio do trato de Deus com o Faraó. Se Deus escolher glorificar a Si mesmo, deixando as pessoas seguirem seu próprio caminho e deixando-as receber justamente Sua ira para fazer Seu poder conhecido, quem pode se opor a Ele? Certa vez fui questionado sobre se seria justo o homem (que chegar ao estado da consciência) já estar destinado para a perdição e não ser capaz de buscar a Deus. Ro. 3:9-12. A Sagrada escritura responde da seguinte maneira: a criatura não tem poder para questionar o Criador, somos meros cacos de barro. Is. 45:9. Não pense você que os vasos de honra são produzidos porque mereceram tal proeza, e sim para demonstrar as riquezas da glória de Deus. II Co. 4:7. Como oleiro molda o vaso na roda, o Criador nos molda. Is.64:8. A vontade de Deus é predominante na vida do crente, uma vez que é ela que opera o nosso querer e o nosso efetuar. Fp. 2:13.

Romanos 9:25-26. O chamado de Deus. A condição primordial para achegar-se a Deus é o chamado. Podemos afirmar de forma bíblica que existem diversos chamados: para servir. Atos 13:2. Para o sofrimento. I Pe. 2:20-21. Porém, na passagem que ora estudamos, o chamado é para que o povo gentílico alcance a misericórdia de Deus. I Pe. 2:9-10. Este fato é o cumprimento da profecia contida em Oseias 2:23. O salvo é chamado para ser de Cristo e conservado por Ele. Ro. 1:16 e Jd. 1:1. Concluímos que, pela graça de Deus, os gentios que antes eram estranhos à promessa, adentraram a família de Deus e passam da condição de “sem Deus” para a condição de concidadãos dos santos. Ef. 2:12 e Ef. 2:19.

Romanos 9:27-29. Os remanescentes de Israel. Nessa passagem, o apóstolo volta a tratar da eleição de Israel. Ele explica que, apesar de os hebreus serem o povo eleito para as bênçãos temporárias dadas ao patriarca Abraão, esse fato não impediu o julgamento de Deus sobre os incrédulos e desobedientes. A misericórdia e fidelidade de Deus são a causa dos israelitas não serem destruídos por completo. Is.10:22-23. Se Deus não tivesse temperado Seu julgamento com misericórdia, Ele teria destruído Israel tão completamente como fez com "Sodoma" e "Gomorra". Os remanescentes dos judeus, seguem o mesmo princípio da salvação dos gentios: a eleição da graça. Ro. 11:5.

Romanos 9:30-33. A salvação é única e exclusivamente em Cristo. Veremos capítulo 10 com mais detalhes, que os judeus tinham zelo por Deus, mas, sem entendimento, eles buscavam a justificação através da sua própria justiça. Ro. 10:3-4. O fato do povo judeu buscar a sua própria justiça achando loucura a fé em Jesus. I Co. 1:23, abriu o caminho para os gentios crerem na obra perfeita de Cristo, O qual é a Pedra. I Co.10:4. Todo aquele que realmente crer, em hipótese alguma, SERÁ CONFUNDIDO. I Pe. 2:6-8 e Ro. 10:11.

Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por crentes fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611.
Aplicado na IBBF Esperança-PB, 31 de Agosto de 2025.

Estudo expositivo em Romanos – Ensinamento 19-Capítulo 9:1-16

 




Introdução. Os capítulos de 9 a 11, da epístola de Paulo aos Romanos são chamados na Teologia de Parentéticos (posto entre parênteses) e lidam nacionalmente com o povo judeu. Deus, em Sua soberania, escolheu a nação de Israel. Esta é a prerrogativa de Deus e somente de Deus. O contexto desses 3 capítulos é a nação de Israel e, se você perder isso, acabará em erro doutrinário. Muitas pessoas ficam confusas sobre a interpretação adequada desses capítulos porque os fazem pertencer ao indivíduo em vez do óbvio, uma nação. O principal ensinamento incorreto baseado nesses capítulos é o do calvinismo. Não estou aqui, para explicar ou ensinar o calvinismo. Estou aqui para olhar para a nação de Israel! Todos os três capítulos começam por tratar da nação de Israel e só podem ser interpretados sob esta luz. No capítulo 10, Deus trata da salvação individual considerando a mentalidade dos judeus como nação. A da aceitação sobre o mérito de sua justiça.

Romanos 9:1-3. O zelo de Paulo em favor dos judeus. Apesar da perseguição dos judeus contra Paulo (At. 22:22 e Atos 25:24), ele se contristava pela incredulidade e dureza dos corações dos seus irmãos na carne. O amor do apóstolo pelos da sua carne era tamanho que ele desejou, se possível, fora ser anátema. Paulo reconhecia que os judeus possuíam zelo para com as coisas de Deus, porém, sem entendimento (Ro. 10:2), uma vez que ele próprio havia sido um hebreu zeloso e perseguidor de Cristo (Fp.3:4-6 e At. 9:4).

Romanos 9:4-5. O Salvador veio dos judeus. Quando o apóstolo fala que a adoção pertence aos judeus, refere-se à adoção do povo hebreu como nação. Diante disso, são enumeradas 8 (oito) bênçãos que inicialmente pertenciam aos israelitas. Eles (os judeus) tinham a "glória" da presença visível de Deus entre eles. (Êx. 40:34; I Reis 8:11). O Texto Sagrado mostra claramente que a salvação veio dos judeus (Jo. 4:22). Nesta passagem encontramos uma declaração absoluta sobre a divindade e humanidade de Cristo (Jo. 1:1-4). Não há como negar que Cristo é o próprio Deus (Fp. 2:6/ Tt. 2:13 e I Jo.5:20).

Romanos 9:6-7. Em Isaque será chamada a tua descendência. Não é o simples fato de ser descendentes de Abraão, que garante ao povo hebreu a salvação, e sim o ouvir o Evangelho de Cristo, que é o poder de Deus para salvar tanto judeus como gregos (Ro. 1:16). O próprio Jesus, em Seu ministério terreno, expôs que muitos dos judeus são filhos do Diabo (Jo. 8:37-44). O que nos torna filhos de Deus é nossa fé na obra de Cristo e para este fato Deus não faz acepções de pessoas (Gl.3:26-29).

Romanos 9:8. Os filhos da promessa. Sabemos que Cristo veio para os seus e eles não O receberam, esta é a chave para salvação do povo gentílico (Jo. 1:11-13). Fato é que, os judeus se gloriavam por serem descendentes de Abraão, mas, no que diz respeito à filiação, os homens em geral não há filhos de Deus, unicamente pela sua descendência carnal (não é hereditária). E sim, são de novo gerados pela semente incorruptível (I Pe.1:23 e Tg. 1:18). Sendo a fé em Cristo que torna o homem descendente de Abraão e filho de Deus (Gl.3:16 e 22).

Romanos 9:9-11. O propósito de Deus segundo a eleição. “Esta eleição foi para Jacó ser o herdeiro das seguras bênçãos TERRESTRES prometidas a Abraão, para Jacó ser o ancestral da nação prometida e do Messias prometido. Não podemos associar essa eleição a assuntos de salvação eterna” Hélio de Meneses. Concordamos com o pensamento do professor Hélio, uma vez que o tema predominante do capítulo 9 de Romanos não é a eleição para a vida eterna e sim a nação de Israel. O simples fato de pertence a Israel não credencia os judeus à salvação, afinal, as Sagradas Escrituras afirmam que todos precisam se arrepender e crer na obra de Cristo. Caso isso não ocorra, serão condenados juntamente com os demais incrédulos (Rm 3:20 e 28/ Mt 11:20-24 e Gl 2:15-16). Os propósitos de Deus pertencem a Ele e não há como o homem explicar tais propósitos (Ro. 8:28). Apenas devemos recebê-los e saber que Deus é soberano (Ef.1:11).

Romanos 9:12-13. O maior servirá ao menor. Quando a Bíblia mostra que o menor serviria ao menor e que Deus amor a Jacó e odiou a Esaú (Gn.25:23), refere-se literalmente que Deus escolheu Jacó para herdar as bênçãos prometidas primeiro a Abraão. O apóstolo faz referência a Malaquias 1: 2-3, onde o profeta fala da eleição nacional do povo hebreu e que a descendência de Jacó governaria sobre os descendentes de Esaú. Deus escolheu Jacó e a nação de Israel por razões que estavam dentro de Si mesmo, não porque elas mereciam tal escolha (Dt 7: 6-8). Afinal, Esaú não foi servo de Jacó, pois, assim que Jacó obteve a primogenitura e a bênção, ele foi obrigado a fugir da face e da fúria de Esaú; e após seu retorno, depois de muitos anos, enviou mensageiros a Esaú de maneira submissa, colocando-se como servo do mesmo (Gn. 32:4). Concluímos que Deus outorgou o direito de Jacó se tornar o patriarca da família após a morte de Isaque (Gn. 25:29-34). A bênção da primogenitura fez de Jacó o herdeiro direto de Abraão e o destinatário dos compromissos divinos assumidos com Abraão e sua posteridade.

Romanos 9:14-16. Deus se compadece de quem Ele quiser. Diante das considerações dos versículos 12 e 13, flui normalmente o seguinte questionamento: Por que Deus perdoou Jacó se Ele abomina a mentira? Ora, a resposta é bem simples, todos nós somos por natureza egoístas e individualistas e não há ser humano que não peque (Ro. 3:23 e Ec. 7:20). A Bíblia não diz que Deus predestina alguns homens para a salvação e outros para a perdição, e sim que todo ser humano nascido na carne, que passe da fase da inocência, recebe a herança adâmica, recebendo a justa condenação em decorrência do seu pecado (Ro.5:12 e Ro. 6:23). As Sagradas Escrituras mostram que o ato da salvação é uma obra literal da misericórdia de Deus, que se compadece de quem ele desejar. Não há meritocracia, não eleição de Jacó para ser o patriarca, como também não há nenhum mérito na salvação do pecador (Ef. 2:8 e Ro. 11:29). Vejam bem, o apóstolo Paulo em momento algum afirmou que é Deus quem predestina alguns homens ao inferno, esse fato, contrariaria literalmente os princípios morais eternos do amor de Deus. Nunca é tarde para lembrar que a vinda de Cristo não é para condenar e sim salvar o pecador (Jo. 3:13-17).

Pastor Walter Costa.

Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preserva­do por Deus em ininterrupto uso por crentes fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611.

Aplicado na IBBF Esperança-PB, 24 de Agosto de 2025.


Estudo expositivo em Romanos – Ensinamento 18-Capítulo 8:31-39.

 


Romanos 8:31. Se Deus é por nós. A segurança do crente de não ser mais condenado (Ro. 8:1), passa, literalmente, por esta pergunta: “se Deus é por nós, que será contra nós”. O que Deus fez pelo pecador que crer em Seu Filho é a prova do muito amor com que Ele nos amou (Ro. 5:8-9 e Jo. 3:16). Podemos resumir a garantia de salvação dada aos santos da seguinte forma: o crente está nas mãos de Cristo, nas mãos de Deus e selado com o Espírito Santo. Então, pode ter alguém maior do que Deus, que consiga arrebata o crente de Sua mão? (Jo. 10:27-29 e Ef. 4:30). Após ser convencido pelo Espírito Santo, que era um pecador condenado ao inferno, o crente arrepende-se das suas obras mortas e confessa ao Senhor Jesus como seu todo e suficiente Salvador, crendo biblicamente na Sua ressurreição, sendo sabedor que jamais será confundido. (Ro. 10:9-11). Pela fraqueza da carne, o crente peca, o Pai Celestial pode corrigi-lo e repreendê-lo, como qualquer bom pai faria. Hb 12: 5-8. Porém, a repreensão Divina não é para a condenação. I Co.11:32.

Romanos 8:32. Aquele que nem o Seu Filho poupou. Essa passagem afirma de forma clara e objetiva que Cristo foi entregue pelo Pai, para que através da Sua morte fosse feita a extinção da imputação dos pecados, naqueles que creem verdadeiramente na obra substitutiva de Cristo. Ora, se Deus não poupou o Seu Filho, que foi entregue por nós, temos a certeza de que Ele suprirá as nossas necessidades (Mt. 6:30-34). Ou seja, o crente tem a garantia, que as misericórdias de Deus suprirão as necessidades temporárias dos filhos (Mt.7:11 e Fp. 4:19).

Romanos 8:33-34. Quem intentará acusação contra os escolhidos. Os santos possuem um inimigo que trabalha o tempo todo, os acusando do pecado (Ap. 12:9-10). Satanás tem acesso ao céu, onde executa o papel de acusador dos filhos de Deus. (Jó 1:6-7 e Zc. 3:1). Ele (a velha serpente) busca de forma ininterrupta atingir os crentes para que os mesmos pratiquem a iniquidade e desonrem a Deus. Mas, o próprio sabe que o seu trabalho é vão, pois, o Pai já providenciou Seu Filho para pagar a penalidade por nossos pecados, Cristo já pagou a penalidade e Deus já nos declarou justos (Ro. 3:24-26 e I Pe. 3:18). As imputações de culpa de Satanás aos filhos de Deus só terminam quando ele é derrubado (perde o acesso) ao céu. Enquanto o inimigo estiver com acesso ao céu, ele estará nos acusando. Por este motivo, o crente possui o melhor de todos os advogados, que vive para interceder em seu favor. (I Jo. 2:1 e Hb. 7:25). Além de ser o Justo Juiz, Cristo é nosso intercessor e advogado, nos defendendo das acusações do acusador.

Romanos 8:35-36. Quem nos separa do amor de Cristo. Começamos agora uma sequência onde a palavra de Deus esclarece, de uma vez por todas, que o crente não pode ser separado do amor de Deus. Quando estamos em tribulações e provações as pelas quais nos encontramos fartados a passar, isso não é uma indicação de que Deus tenha retirado o Seu amor de nós. Sabemos que os salvos passarão várias aflições, neste momento, devemos nos alegrar e ter bom ânimo, já que Cristo venceu por nós (Jo. 16:33). O sofrimento sempre foi a porção dos justos (Sl 44:22). Padecer sofrimentos é decorrente da nossa identificação com Cristo (Atos 5:41 e I Pe. 2:21-25). O salvo não deve está aflito com as tribulações, ele tem a promessa de uma vida gloriosa que será revelada no tempo futuro (Ro. 8:18). Muito pelo contrário, ele deve se contentar com tudo em sua vida (Fp. 4:11). Temos a certeza, que Deus não desampara os Seus filhos (Hb. 13:5-6).

Romanos 8:37. Em Cristo somos mais do que vencedores. Apesar de todas essas coisas (versículos 35 e 36), o crente é convicto de que já venceu o mundo. Essa vitória não foi conquistada por mérito próprio e sim pela obra de Cristo naquela maldita cruz (I Co. 15:57). Sabemos que maior é o que está em nós e que Ele é a certeza de que, quer vigiemos, quer durmamos, estaremos sempre com Cristo (I Tes. 5:9-10). A Sagrada Escritura não apregoa que o crente não sofrerá; que não terá problemas, muito pelo contrário passaremos aflições, mas não devemos esmorecer, pois Cristo venceu o mundo. “no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo” (João 16:33). Nós também vencemos o mundo, essa vitória não é nossa e sim de Deus que habita em nós (I Jo. 4:4 e I Jo. 5:4). O crente triunfa em Cristo e manifesta a fragrância do Seu conhecimento para o mundo (II Co. 2:14 e I Jo. 4:4).

Romanos 8:38-39. Nada nos separará do amor de Deus. Nesta passagem temos a resposta definitiva da pergunta feita no versículo 35 “Quem nos separará do amor de Cristo?”. Quando Jesus consumou a Sua obra (Jo. 19:30), efetuou uma eterna redenção, através do Seu sacrifício, tivemos a remissão dos pecados e purificação das nossas consciências (Cl. 1:14 e Hb. 9:11-14). A obra de Cristo consumada jamais perderá a validade, pois ela durará eternamente. (Ec. 3:14). Os salvos são sabedores que a Palavra de Deus pronunciada permanece para sempre. (I Pe. 1:24-25). O crente está plenamente convencido de que nada, mas nada mesmo, poderá afastá-lo do amor de Deus, que foi exposto a toda humanidade por meio de Cristo. (Jo. 3:16). Ele nos amou e com o seu sangue nos lavou de nossos pecados (Ap. 1:5).

Pastor Walter Costa.

Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preserva­do por Deus em ininterrupto uso por crentes fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611.

Aplicado na IBBF Esperança-PB, 13 de Julho de 2025.



domingo, 6 de julho de 2025

Estudo expositivo em Romanos – Ensinamento 17-Capítulo 8:26-30.

 



Romanos 8:26-O Espírito intercede por nós. A intercessão do Espírito Santo é forma que Deus usa para ajuda os filhos. Podemos afirmar que, o crente quando não extinguir (endurecer o coração, resistir a liderança) a ação do Espírito (I Tes.5:19) e permitir-se ser guiado (Gl. 5:16-18), passa a ter as ações da sua vida conduzidas pelo Espírito Santo, que capacita os salvos a entender e a usufruir a vontade de Deus em suas vidas. O Espírito estimula a prática da oração, fornece argumentos para defender a Santa Palavra e principalmente nos ajuda em nossas fraquezas, quando estamos na iminência de cairmos em decorrência da fragilidade da nossa carne (Mt. 26:41). Então, com gemidos, cuja intensidade ultrapassa qualquer possibilidade de expressão, o Espírito intercede por nós. Não é o Espírito Santo que geme, mas, Ele provoca gemidos nos santos, com argumentos para que os mesmos tomem a decisão correta (Ef. 3:16-19 e II Co. 3:3).

Romanos 8:27. Aquele que examina os corações. Podemos afirmar que Deus ouve e entende a intercessão que o Espírito Santo faz em favor dos salvos. Mesmo sem Ouvi-lo, temos a certeza que a Sua intercessão é eficaz para garantir a ajuda de Deus para nós, porque o Espírito ora em harmonia com a "vontade" de Deus (I Jo. 5:14). Afinal, não sabemos como realmente devemos pedir (Tg.4:3). Quando a Palavra é crida é capaz de fazer um procedimento cirúrgico de alta complexidade. A Palavra de Deus é poderosa e tão penetrante, que é capaz de penetrar os mais profundos segredos e pensamentos dos homens. É tão penetrante e apta para separar a alma do homem do espírito nascido de novo e consegue separar as intenções dos pensamentos. (Hb. 4:12).

Romanos 8:28. Todas as coisas contribuem. Quando o crente se encontra rodeado de turbilhões de provações, aflições e tribulações, ele busca força e conforto nesse maravilhoso versículo. Sendo sabedor que a sua angústia é temporária. Talvez, em certos momentos, devido ainda está na carne, o crente creia que as tribulações não podem produzir algo de bom. Mas interiormente no espírito, ele sabe que pode ser perseguido, atribulado, angustiado, porém, jamais destruído (II Co. 4:8-10). O chamado não é por meritocracia dos homens e sim segundo o perfeito propósito de Deus que traz vida e luz ao mundo pela pregação do Evangelho (II Tm.1:9-10).

Romanos 8:29-30. Conheceu, predestinou, chamou e glorificou. Predestinação ou preconhecimento é um assunto de grande complexidade e de grandes aventuras teológicas. Predestinar é determinar com antecipação e, em teologia, significa dizer que todos os eventos foram previamente determinados por Deus. O termo diverge de presciência, que seria o conhecimento prévio de Deus das coisas que estão por acontecer. Existe uma enorme confusão no que diz respeito ao termo predestinação, principalmente no sistema religioso denominado calvinista, que apregoa que algumas pessoas foram predestinadas para salvação e outras para a condenação. Teoria totalmente contrária aos ensinamentos das Sagradas Escrituras, que afirma que Deus amou (no passado) o mundo e entregou o Seu filho unigênito para salvar todo aquele que nEle crer. (Jo. 3:16). Em momento algum estou questionando a soberania de Deus, justamente pelo contrário, CREIO plenamente no incondicional poder do Senhor, mas, justamente por este motivo, não posso falar contra o que está escrito no Livro Sagrado, que afirma forma contundente que Deus que salvar todos os homens e para que isto ocorra Ele providenciou o Mediador. I Tm. 2:4-5.

Em tempo, gostaria de deixar claro que não defendemos a ideologia de Jacobus Arminius, que dissemina a ideia de que Deus oferece a salvação e graça e que cada pessoa escolhe aceitá-la ou não. O modelo apregoado pelos seguidores do arminianismo, que proclamam que a salvação é obtida através dos esforços ou obediência dos pecadores, também não tem base bíblica para lhes dar sustentação, uma vez que o homem seria o sujeito final da salvação, pois, poderia “aceitá-la ou não”. Quando achamos que merecemos algo além da condenação, estamos desprezando a benignidade, a paciência e a longanimidade de Deus. Isto é, Jesus Cristo, veio ao mundo para salvar os pecadores e não receber ajuda dos mesmos para salvá-los. (Tm. 1:15-16).

A verdadeira predestinação. Afirmamos biblicamente que a verdadeira predestinação de que o homem é merecedor é da condenação eterna (Ro. 3:23 e Jo. 3:18-19 e 36). O ser humano ao atingir a fase da consciência, recebe de forma automática a condenação herdada em face à desobediência adâmica. Por meio de Adão, o pecado adentrou ao mundo e, por este motivo, todos pecaram. (Ro.5:12). A consequência imediata do pecado é a separação da glória de Deus. (Ro. 3:23). No imaginário popular encontramos a crença de que o homem passa à condição de condenado em decorrência dos pecados que ele comete, inclusive existe uma escala de pecado para a condenação. Isso, deve-se principalmente aos falsos ensinamentos, advindos de Roma e mantidos em quase totalidade pelas ditas igrejas evangélicas. Biblicamente falando, o homem não será condenado: ELE JÁ ESTÁ CONDENADO.

O processo da Salvação. No tocante ao ato da salvação do homem, todo processo é feito por Deus, através da obra de Cristo, que é o sujeito e o salvo apenas o predicado. Quando Cristo afirmou na cruz que Sua obra estava consumada (Jo.9:30), Ele concretizou o intuito de sua vinda, que era salvar o mundo (Jo. 3:17) Veja bem, o sacrifício de Cristo é suficiente para salvar todo o mundo (II Pe. 3:9), infelizmente uma grande maioria não creem nEle, da forma que as Sagradas Escrituras ensinam. Pela obediência do nosso Único e Todo Suficiente Salvador, recebemos uma eterna salvação (Hb. 5:8-9).

Afinal o que realmente foi predestinado? Na verdade o que foi predestinado foi o meio pelo qual recebemos a salvação. Deus em Seu beneplácito conselho criou (no passado) um plano perfeito para salvar o pecador do inferno que é por meio da pregação do Evangelho. (Ro. 1:16). Vejam bem, Cristo não morreu por um determinado grupo de pessoas, e sim por toda a humanidade. (II Co. 5:14-15). Quando cremos conforme o modelo bíblico, Deus nos capacita para ouvirmos e crermos no Evangelho e desse modo passamos a estar em Cristo, essa é a verdadeira PREDESTINAÇÃO. (Ef. 1:11-13). De modo bíblico podemos afirmar que a morte de Cristo é suficiente para salvar todo e qualquer homem, esse fato, necessariamente, não quer dizer que todos serão salvos e sim que Cristo consumou a obra para a qual estava predestinado, que era tirar a penalidade do pecado. (Jo. 1:29). Concluímos, pois que Deus predeterminou enviar Cristo, antes mesmo da fundação do mundo, para efetuar um único sacrifício como pagamento suficiente para pagar a penalidade do pecado de toda a humanidade. Aqueles que creem na obra perfeita de Cristo adentram em Seu repouso. Vejam bem, a obra e o modelo já estavam preordenados desde a fundação do mundo.


Pastor Walter Costa.

Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preserva­do por Deus em ininterrupto uso por crentes fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611.

Bibliografia. Predestinação Bíblica-Pr. Walter Costa

Aplicado na IBBF Esperança-PB, 06 de Julho de 2025.

sábado, 5 de julho de 2025

Estudo expositivo em Romanos – Ensinamento 16-Capítulo 8:12-25




Romanos 8:12-13. Não somos devedores à carne. Nosso relacionamento de filho para com Deus não é uma ação da carne (Jo. 1:12-13) e por isso mesmo não somos devedores à mesma. Quando o Espírito Santo afirma que não devemos viver segundo a carne, fala no sentido da imundícia carnal (Tt. 2:12 e Cl. 3:5) e também no sentido espiritual (II Pe. 3:17-18). Podemos afirmar que na carne não há proveito algum, que o nosso espírito é vivificado (Jo. 6:63).

Romanos 8:14. Os filhos de Deus são guiados pelo Espírito. A característica primordial dos filhos de Deus é ser guiados pelo Seu Espírito. Sabemos que o Espírito Santo habita no crente e o capacita para entender todas as coisas (Jo. 14:16-17 e Jo. 14:26). O Santo Espírito inicia e aperfeiçoa os filhos (Fp. 1:6). Vejam que tão grande amor Deus tem para conosco, o crente passa da situação de inimigos (Cl. 1:21). Para a condição de filhos, algo que o mundo jamais conseguirá entender e conhecer, pois só aos filhos é dado esse discernimento. (I Jo. 3:1-2).

Romanos 8:15-16. O Espírito testifica que somos filhos de Deus. Os salvos recebem a adoção de filhos e, neste ato, de Deus é agraciado com o Espírito Santo, que passa a clamar e interceder por todo aquele que crer em Cristo. Adoção é um termo jurídico que indica uma situação permanente, onde o adotado tem paz, segurança e goza dos privilégios e direitos legais de um filho. Paulo usou o termo “Aba Pai” para destacar o relacionamento íntimo que os crentes (filhos) tem com o Pai. (Gl. 4:6 e Ef. 1:5). Essa familiaridade nos traz uma intimidade com o Espírito Santo, que confirma juntamente com nosso espírito que somos filhos de Deus. Quem crer biblicamente, jamais será confundido (Ro. 10:11).

Romanos 8:17. Herdeiros de Deus e coerdeiros de Cristo. A condição primaria da adoção é garantir o mesmo direito dos filhos naturais aos filhos adotivos. Fato é que, ao recebermos a adoção, nos tornamos herdeiros de Deus por Cristo Jesus (Gl. 4:7). Contrariando a máxima desenvolvida pelos balcões comerciais (pentecostais), de que o crente não sofre, temos a afirmação bíblica, afirmando que somos participantes das aflições e da consolação que há em Cristo (Atos 14:22 e II Co. 1:7). O crente sabe que só é participante de tão grandiosa herança, porque o Pai o fez adequado para tal (Cl. 1:12). A nossa herança é incontaminável e incorruptível (I Pe. 1:3-4).

Romanos 8:18. A glória que em nós será revelada. A primeira convicção que tiramos desta passagem é: os sofrimentos dos salvos são temporários. Temos, apenas, uma leve e momentânea tribulação (II Co. 4:17). A segunda é: não devemos esperar em Cristo apenas na vida presente (I Co. 15:19). A terceira é: devemos nos alegrar com a glória que em nós será revelada. (I Co. 15:49 e I Co. 13:12). Podemos concluir que o crente espera o admirável dia em que o nosso Salvador voltará para nos buscar (Tt. 2:13 e I Tes. 1:10). Ou seja, o sofrimento do tempo presente, não é digno de ser comparado com a glória que será revelada nos santos. Uma é transitória, já a outra é eterna.

Romanos 8:19-20. A espera da manifestação dos filhos de Deus. O apóstolo trata aqui da expectativa da redenção dos salvos (V. 23). Hoje o crente já tem a vida eterna, mas ainda possui a natureza pecaminosa, então, ele está aguardando a esperança da justiça (Gl.5:5) e por Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo abatido em decorrência do pecado para recebermos um corpo glorioso. (Fp. 3:20-21 e I Co.15:51-54).

Romanos 8:21-22. Libertados da servidão. Podemos afirmar que a expressão “libertada da servidão” diz respeito, ao fato da decadência dos homens em consequência da queda de Adão (Gn. 3:17). Então, qual é a grande expectativa dos salvos? Logicamente, é ter o corpo degradado em função da corrupção nele existente, transformado em incorrupção e, por fim, receber o corpo espiritual (I Co. 15:42-44).

Romanos 8:23. O crente espera a redenção do corpo. Os salvos possuem a certeza absoluta de que o seu espírito, pertence a Deus e que fomos selados pelo Seu Santo Espírito para o tão esperado dia da redenção (Ef.4:30). Por este motivo, gememos (sussurrando) na expectativa de deixarmos o nosso corpo temporário e nos revestirmos do corpo imortal (II Co. 5:1-4 e II Co. 3:18).

Romanos 8:24-25. Em esperança, fomos salvos. Bem-aventurado aquele que crer na obra de Cristo, sem a necessidade de ver qualquer obra ou sinal (Jo. 20:27-29). Ora, se não esperarmos com confiança a nossa ressurreição ou arrebatamento, não confiamos em Cristo (I Co. 15:19). Quando cremos verdadeiramente no Evangelho, nos é reservada uma esperança nos céus, isso nos enche de gozo e paz (Cl. 1:5 e Ro. 15:13). O grande mistério que esteve oculto foi manifesto aos santos (Cl. 1:26-27).

Pastor Walter Costa.

Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preserva­do por Deus em ininterrupto uso por crentes fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611.


Aplicado na IBBF Esperança-PB, de 29 de Junho de 2025.

domingo, 29 de junho de 2025

Estudo expositivo em Romanos – Ensinamento 15-Capítulo 8:1-11.

 





Romanos 8:1. Não há condenação para os que estão em Cristo. O crente deleita-se e regozija-se em tão grandiosa verdade. Não há mais possibilidade de sermos condenados, isto é, separados eternamente da presença de Deus. Está em Cristo significa que o nosso Salvador já pagou o preço da nossa condenação e sofreu a penalidade que nos seria imposta, devido ao nosso pecado. Temos a certeza bíblica de que os que creem no nome de Jesus Cristo têm no tempo presente a vida eterna, no tempo futuro, não entrarão em condenação e, no tempo passado, saíram da morte para a vida (Jo. 5:24 e I Jo. 5:13). Salientamos que, o fato da não condenação, não implica que não seremos corrigidos e cobrados por nossas ações (Hb. 12:6-10 e II Co.5:10).

Romanos 8:2. A verdadeira lei. Podemos afirmar que o assunto tratado aqui não é a Lei Mosaica e sim a verdadeira lei, escrita em nossos corações pelo Espírito Santo. (II Co. 3:3). Sabemos que o crente é templo e morada de Deus em Espírito (I Co. 3:16). Esse habitar é a garantia de filiação e (Ro. 8:14). Podemos aferir, de forma escriturística, que a “lei do Espírito da vida” diz respeito ao poder do Espírito Santo, que é capaz de transformar e renovar o entendimento dos salvos. (Ro. 12:2). É através da ação do Espírito Santo que o homem é convencido do pecado, da justiça e do juízo. (Jo. 16:7-10). Não sabemos o “modus operandi” utilizado pelo Espírito Santo para salvar um pecador, mas, claramente, Ele (Espírito Santo) é quem nos conduz à vida eterna através da fé na pessoa bendita de Cristo. (Jo. 3:5-8). Por meio da "lei do Espírito da vida", os crentes são libertos da escravidão do pecado e da morte e capacitados a viverem uma vida aprovando o que é agradável ao Senhor. (Ef. 5:10).

Romanos 8:3-4. A Lei estava enferma. A Lei não poderia justificar de forma definitiva o pecador, pois a mesma baseava-se em fundamentos da carne, consistindo apenas em sacrifícios temporários (Hb. 9:10). Por este motivo, foi ab-rogada, uma vez que, diante da sua fragilidade, tornou-se inútil (Hb. 7:18-19 e Atos 13:38-39). Jesus Cristo veio "à semelhança da carne pecaminosa" e não "à carne pecaminosa" podemos definir melhor "à semelhança da carne" Ele era ao mesmo tempo, homem semelhante aos demais, porém, sem pecado (II Co. 5:21 e Fp. 2:6-8).

Romanos 8:5-6. Andando segundo a carne e segundo o Espírito. A inclinação dos que servem à carne é literalmente viver na prática do pecado, não havendo, para essas pessoas, o muro da transgressão. Sendo movidas a satisfazer os impulsos próprios da natureza humana. (Ef. 2:1-3). A carne determina o viver dos perdidos, exemplificado em I João 2:16. (1) prazer imediato (“concupiscências da carne”), (2) possuir (“concupiscência dos olhos”) e (3) superestimar a si mesmo (“soberba da vida”) A diferença norteadora que faz a separação entre o crente e o pedido é que o salvo não recebeu o espírito do mundo e sim o Espírito provindo de Deus, isso, nos faz discernir as coisas (I Co. 2:12-13). O crente, mesmo sabendo que é livre, busca as cosias que edificam (I Co. 10:23).

Romanos 8:7-8. A inclinação da carne é inimizade contra Deus. O Espírito Santo, por meio de Paulo, fala nestes dois versos sobre os não salvos. O homem natural tem a sua existência voltada para a inclinação da carne. O seu viver é baseado no agradar a si mesmo e não a Deus, a mente do perdido é canalizada para a carne, não se importando em conhecer verdadeiramente a Deus (Ro. 1:28-32). Verdade é que o crente tem inclinações carnais, mas não poderá voltar a ser inimigo de Deus, pois Cristo já nos reconciliou com o Pai (Ro. 5:10 e Cl. 1:21-22).

Romanos 8:9. O crente não está na carne. Aqui temos o retorno aos salvos, “vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito”. O Espírito Santo habita nos crentes, O qual é o selo que nos garante a redenção (I Co. 6:19 e Ef. 1:13). Essa passagem apresenta uma das mais claras declarações das Escrituras: “O Espírito Santo habita nos crentes”. Esta declaração joga por terra a falsa doutrina do recebimento da “segunda benção” através do batismo com Espírito. A Bíblia mostra que o Espírito Santo entra na vida dos crentes no momento da sua conversão (I Co. 12:13). Se o Espírito Santo precisa esperar por alguma obra subsequente de obediência ou santidade, segue-se que Ele estaria ausente entre a conversão e esse momento posterior. Mas isso não pode ser porque Paulo indicou claramente que uma pessoa sem o Espírito não pertence a Cristo. E por não serem de Deus, não escutam a Sua palavra (Jo. 8:47 e Jo. 4:4-6). Romanos 8:10. O nosso espírito está vivo devido à justiça de Deus. Quando o crente recebe Cristo, há uma transformação, ele passa de morto em ofensas e pecados para ser vivificado por Cristo (Cl. 2:13). Literalmente, a vivificação é espiritual, o corpo é mortal e permanece sujeito à morte em decorrência da natureza pecaminosa (I Co. 15:46-49). O nosso espírito só está vivo em razão da justiça de Deus, que nos foi imputada por meio da fé em Cristo Jesus (Fp. 3:9 e II Pe. 1:1).

Romanos 8:11. Seremos vivificados pelo Espírito. Como temos a certeza da ressurreição de Cristo, também devemos ter com certa a nossa ressurreição ou encontro com Cristo nos ares (I Tes. 4:14-16). Quando recebemos o Espírito Santo, passamos a ser participantes da natureza divina (II Pe.1:3-4). Então passamos a conviver com as duas naturezas e a que for melhor alimentada se sobressairá (Gl. 5:17). A ordem dada aos crentes é que o mesmo deve revestir-se de Cristo e não cuidar da carne e suas concupiscências (Ro. 13:14), o que significa que devemos viver como uma nova criatura, que tendo recebido o Espírito Santo (embora ainda possuindo uma natureza pecaminosa) busca andar e frutificar em toda a boa obra (Cl. 1:10-11).



Pastor Walter Costa.

Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preserva­do por Deus em ininterrupto uso por crentes fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611.

Aplicado na IBBF Esperança-PB, 22 de Junho de 2025.

domingo, 22 de junho de 2025

Estudo expositivo em Romanos – Ensinamento 14-Capítulo 7:14-25

 




Romanos 7:14. Vendido sob o pecado. Nos versículos 12 e 13, Paulo expõe argumentos em favor da Lei; no verso 14, ele continua a defendê-la. Explicando que a Lei não pode ser a causa do pecado e morte do homem, nada que vem do Espírito de Deus pode ser considerado como ruim ou maléfica. Então, o apóstolo mostra claramente, que o homem tem a natureza carnal, vendida ao pecado. Podemos afirmar que, o crente enquanto estiver vivendo a vida temporária, representada pela carne, é “vendido sob o pecado”. Ou seja, sempre haverá um combate entre a carne e o Espírito que habita no crente (Gl. 5:16-17). Não podemos esquecer que, o crente pode ter consequências terríveis, quando não semeia no Espírito (Gl. 6:7-8).

Romanos 7:15-16. Fazendo o que aborrece. Todo aquele que crer biblicamente, sabe da sua pecaminosidade e é justamente, neste contexto que, Paulo afirma fazer ações que o aborrece. Nenhum homem em sua vida carnal poderá dizer que não possui pecados (Pv. 20:9 e Ec. 7:20). Quanto mais nos aproximamos do nosso Salvador, mais nos sentimos incapazes. Embora sejamos templo e morada do Espírito Santo e anelamos servir a Cristo, ainda vivemos em uma carne que tem uma natureza antiga que deseja as coisas do mundo. Quando ouvimos de algumas pessoas religiosas sobre a erradicação da ação carne, que dizem viver uma vida sem pecado. Duas coisas ocorrem com elas:

1) Elas não possuem Espírito de Verdade. (Jo. 14:17).

2) Elas estão chamando Deus de mentiroso (I Jo. 1:8-10).

Romanos 7:17. A herança do pecado. Muitos acreditam que, ao nascer em Espírito e se tornar filho de Deus, estariam livres da ação pecaminosa de sua velha natureza, porém, descobrirão que, o homem é pecador não apenas por cometer iniquidades e sim por ser descendente de Adão. Recebemos de forma ordinária uma natureza totalmente pecaminosa. Este fato, a inerência do pecado ao velho homem, não tira a responsabilidade do nascido de novo de viver uma vida afastada da prática do pecado (I Jo. 3:6-9). A exortação é: resistir até o sangue combatendo o pecado. Hb. 12:4.

Romanos 7:18. Na carne não há bem algum. O apóstolo mostra que na velha criatura não habita bem algum. Enquanto o mundo religioso engana os seus fiéis, pregando que podemos chegar até Deus mediante atos produzidos na carne. A Bíblia mostra, que nada em nosso velho homem será aproveitado, pois, sua natureza é corrompida e nossas obras de justiça não serão aproveitadas (II Co.4:16 e Is. 57:12). O crente, guiado pelo Espírito Santo, sabe que a sua vida pertence a Deus e que é Ele opera em nós tanto o efetuar como o querer (Fp. 2:13). Somos exortados, a nos vestimos do novo e a vigiarmos e orarmos, afinal o espírito está pronto mais a carne é fraca (Cl. 3:10 e Mt. 26:41).

Romanos 7:19-20. O pecado faz o crente desagradar a Deus. Nesta passagem, o Espírito Santo, por meio de Paulo, reafirma praticamente a ideia dos versículos 15 a 17. Embora o crente deseje fazer o que é bom e agradável a Deus, ele continua sendo pecador, porém, esse pecado irá entristecê-lo e, ao contrário dos pecadores NÃO remidos, que se alegram com suas iniquidades. Os REMIDOS têm a sua alma afligida diante de suas ações condenáveis e indecorosas (Sl.41:4 e Sl. 51:4 e 12).

Romanos 7:21. Quero fazer o bem, mas, o mal está comigo. Devemos entender que o mal, é a maldade e a corrupção da natureza do homem (Gn. 6:5). O pecado origina-se nos corações e se multiplica pelos demais membros. Por coração, entendemos que se trata do termo bíblico que define o interior do homem, incluindo sentimento, vontade e intelecto. O coração do homem é a fonte de toda maldade e engano (Mt. 15:19 e Jr. 17:9). Por este motivo, Paulo afirma que o mal está dentro dele, procedendo do coração.

Romanos 7:22-23. Oposição entre o homem interior X homem exterior. O crente tem uma nova criatura, que segundo Deus é criada em verdadeira justiça e santidade, por este motivo, tem prazer na lei de Deus e busca o despojamento do velho homem e revestir-se do novo homem (Ef. 4:21-24). Porém, enquanto estivermos na carne, haverá oposição entre as duas naturezas, sabendo que em nossa carne não há nada sã (Sl. 38:3-4 e Is. 64:6).

Romanos 7:24-25. Miserável homem que sou. Quanto mais nos aproximamos do Senhor, mais sentimos o peso da nossa natureza imoral. Quando Paulo afirma “miserável homem que sou”, nos remete à nossa incapacidade de nos livramos das iniquidades que tão de perto nos rodeiam (Sl. 40:12). Então, como escaparemos de tão grande dilema, cingindo o lombo do nosso entendimento e esperando única e exclusivamente na graça, nos foi revelada na bendita pessoa de Jesus Cristo (I Pe. 1:13). Sendo sabedor que a velha criatura um dia cessará e teremos, com isso, a nossa tão esperada redenção (Ro. 8:23).


Pastor Walter Costa.

Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preserva­do por Deus em ininterrupto uso por crentes fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611


Aplicado na IBBF Esperança-PB, 15 de Junho de 2025.


Estudo expositivo em Romanos – Ensinamento 13-Capítulo 7:1-13.


Romanos 7:1. A lei está morta. O apóstolo faz uma explanação aos conhecedores da lei. Ora, se eles conheciam a lei, certamente, eram sabedores que a mesma havia sido ab-rogada (extinta, abolida, fora de uso, tornada sem valor). Hb. 7:18-19. Pode-se dizer que a lei vive, quando está em pleno vigor, e está morta, quando é revogada e anulada; agora, enquanto vive, ou está em vigor, tem domínio sobre um homem. Para enceramos o assunto sobre a validade da Lei, afirmamos fundamentados na Bíblia, que a lei foi cumprida por Cristo (Mt. 5:17). Todo aquele que, tenta conciliar salvação mediante a qualquer argumento da lei, está expondo Cristo ao vitupério (Gl. 2:21). A palavra “vive” pode se referir tanto ao homem como à Lei.

Romanos 7:2-3. Comparação entre a Lei e o casamento. Paulo continua a explicação sobre o fim da obrigatoriedade da Lei, ele faz uma contextualização, expondo aos irmãos de Roma, que seria impossível a salvação ser advinda da graça e por intermédio das obras da Lei. Inclusive, o apóstolo caracteriza como adultério. A Lei mosaica não permitia que a mulher se divorciasse do marido. Por isso, a mesma estava presa ao esposo até que ele viesse a óbito. Assim sendo, como uma mulher cujo marido morreu é livre para se casar com outro homem, o mesmo acontece com os crentes, uma vez que eles morreram segundo a Lei, estão livres para viverem por e para Cristo (Cl.3:3-4 e Ro. 6:10-11).

Romanos 7:4-5. Fruto para a morte. O crente está morto para o mundo e vivo para Cristo (Gl. 2:20). Recebemos através do Espírito Santo uma nova e verdadeira Lei: a do Espírito de vida (Ro. 8:2). A obra do nosso Salvador Cristo Jesus desfez a ação da lei dos mandamentos, a qual fundamentava-se em ordenanças voltada para a carne, que não era capaz de aniquilar a inimizade contra Deus (Ef. 2:15-16 e Cl. 2:13-14). Quando estávamos na carne produzíamos fruto para morte, mas, agora estamos em Cristo e devemos mortificar em nosso viver a concupiscência e as paixões da carne, uma vez que as mesmas combatem contra a alma (Gl. 5:24 e I Pe. 2:11).

Romanos 7:6. Servir em novidade de espírito. Estar sobre o domínio da Lei, equivale a estar debaixo da escravidão do pecado (Ro. 6:14). Quando Paulo afirma que devemos servir a Deus em novidade de espírito e não na velhice da letra, ele está se referindo a Lei judaica e não as Sagradas Escrituras, a Lei dada ao povo hebreu, teve o único propósito de demonstrar a pecaminosidade do homem e para fazê-lo entender que seria impossível cumpri-la. A Lei mostra que somos pecadores mortos e só a obra de Cristo pode modicar tal situação, a letra mata, porém o espírito vivifica (II Co. 3:6 e Jo.6:63).

Romanos 7:7-8. A Lei mostra o pecado. O Espírito Santo usando Paulo como interlocutor, afirma que a Lei é boa que ela apenas retrata a realidade da natureza humana. Podemos compará-la com uma máquina de tomografia cerebral, que revela o interior do cérebro. Caso haja um tumor, a máquina em si não ruim, ela apenas mostra algo que estava em oculto. Assim funciona a Lei, por ela temos conhecimento do pecado (Ro. 3:20 e Ro. 4:15). A concupiscências produz o pecado. O fato de sermos tentados não significa que naquele momento, tenha sido consumado o pecado. Ou seja, a tentação torna-se pecado quando somos engodados (atraído; iludido por falsas promessas e favores; enganados) pela nossa concupiscência. (Tg. 1:15-16).

Romanos 7:9-10. O mandamento era para vida. Neste fragmento, o apóstolo mostra a incapacidade dele e dos judeus (principalmente os fariseus) de compreenderem a condição temporária da Lei. Eles, eram observadores rigorosos da Torá, no que diz respeito as ordenanças externas, já a lei moral estava distante deles, não havia sido escrita na tábua de carne dos seus corações (II Co.3:3). Por esta razão, Paulo afirma que ao conhecer a lei do Espírito sentiu-se morto, ou seja, o crente sabe que não há nada nele que possa se agradável ao Senhor (Ro. 3:12). Tanto o apóstolo, como nós estávamos mortos, só Cristo pode nos vivificar (Ef. 2:5 e Gl. 3:21-22).

Romanos 7:11-13. A Lei é santa. O engano do pecado é a causa da morte física e espiritual do homem (Tg. 1:14-15). É justamente neste sentindo, que Paulo diz que a Lei e santa e o mandamento justo e bom. Santa, pois foi dada por Deus aos hebreus. Justo, pois exige a obediência de todos os seus preceitos. Bom, pois vem de Deus. Logo, os contradizentes podem questionar, ora a Lei só tornou-se boa após sua extinção? A resposta do Espírito Santo é contundente, a Lei não faz o pecado, ela apenas testifica-o. O pecado é inimizade contra Deus e a Lei traz a tona a excessiva corrupção existente na natureza do homem. Portanto, a causa da morte não foi a Lei e sim o pecado. (Ro. 6:23). Graças a Deus, que o crente está debaixo da graça e teve os pecados lavados com o sangue de Cristo (Ap. 1:5 e I Co. 6:11).


Pastor Walter Costa.

Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preserva­do por Deus em ininterrupto uso por crentes fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611.

Aplicado na IBBF Esperança-PB, 08 de Junho de 2025.

sábado, 7 de junho de 2025

Estudo expositivo em Romanos – Ensinamento 12-Capítulo 6:13-23.




Romanos 6:13. Não apresenteis os vossos membros ao pecado. O apóstolo esclarecer como deve ser o comportamento dos crentes. Segundo as Escrituras, o salvo é a única pessoa que pode escolher servir a Deus ou usar os seus membros como instrumentos de iniquidades. O perdido não tem está escolha, pois, encontra-se em estado de escravidão, sendo portanto, servo do pecado e sua existência e voltada para fazer a vontade da carne e do pensamento (Ef. 2:2-3). A ordem para os remidos é apresentar os membros de forma a glorificar a Deus e não para viver na servidão do pecado (Gl. 5:1). O crente tem um inimigo ativo e que está sempre ao derredor, buscando fragmentar a obediência e vida separada dos filhos de Deus (I Pe. 5:8). O devemos fazer então? A resposta é simples: fugir, mortificar e resistir (II Tm. 2:19-22 / I Pe. 5:9 e Cl. 3:5).

Romanos 6:14-15. Não estamos debaixo da Lei. A punição que seria recebida em consequência do pecado, já não existe para os crentes, pois, o pecado já não tem mais domínio sobre eles. O povo judeu estava debaixo da Lei, já os filhos de Deus, estão debaixo da graça, a Lei foi dada através de Moisés, já a graça nos foi dada por Cristo (Jo. 1:17). Isto, não significa que não pecamos, mas, que cremos na perfeita obra de Cristo, o salvo está protegido da penalidade do pecado, o algoz inimigo não tem mais governo sobre aquele que Cristo resgatou. Pois, o mesmo encontra-se seguro nas mãos de Cristo, nas mãos de Deus e selado com o selo do Espírito Santo (Jo. 10:27-29 e Ef. 1:13). A nova criatura sabe que a sua justificação, ocorre pela fé na pessoa de Cristo, que a Sua graça é a causa da salvação e por este motivo, tem plena convicção da sua segurança eterna. (Gl. 2:16 e Ro. 8:1).

Romanos 6:16. A vida em pecado não é condizente para o crente. Um estilo de vida pecaminoso e atos de pecados voluntário são inapropriados para um crente que vive sob a graciosa autoridade de Deus, a insistência neles podem trazer serias consequências a vida física dos salvos. (Hb. 10:26 e I Jo. 5:16-17). Podemos definir pecado para morte como sendo aqueles praticados de forma proposital, deliberada e contínua. Não há possibilidade de serventia a dois senhores (Mt. 6:24). Aqueles que obedecem ao pecado são escravos e estão a disposição da iniquidade, tornando-se incapaz de servir a Deus.

Romanos 6:17-18. Obediência a forma de doutrina recebida. O nascer do Espírito e a condição para entrar na família de Deus (Jo. 3:5), sendo isto, um ato de Deus (Jo. 1:12-13). O crente deve ter cauterizado em sua mente, que quanto maior for a sua obediência a Sã doutrina maior será a sua comunhão com o Criador e sua capacidade de servir com conhecimento e inteireza de coração (II Tm. 1:13 e Tt. 1:9). Não devemos ir além do que está escrito (I Co. 4:6). A Bíblia é a verdade de Deus pela qual devemos nos santificar (Jo. 17:17). Todo aquele que ama a Cristo guarda a Sua palavra e servirá de morada para o Pai e o Filho (Jo. 14:23-24). A Palavra de Deus deve ser preservada em todos os tempos. A observância fiel da Palavra passa sumariamente pela ação do Espírito Santo que encoraja os salvos a batalharem pela fé verdadeira que uma vez foi entregue aos santos (Jd. 3).

Romanos 6:19. Apresentando os vossos membros para a justiça. Ora, antes vivíamos uma vida dissoluta e abominável, o que nos tornava inimigos de Deus, após a reconciliação feita através de Cristo (Ro. 5:10). O que esperar então do novo homem? O mínimo esperando como obediência dos filhos é a dedicação as boas obras, pois, isso é bom e proveitoso aos homens (Hb. 6:9/ Ef. 2:10 e Tt. 3:8). Sabendo que existirá crentes frutíferos e crentes infrutíferos e que até entre os que produzem frutos, não há uma produção homogênea (Mt. 13:23). Devemos apresentar os membros para a santificação (separação), afinal, Deus não nos chamou para vivermos em imundícia (I Tes. 4:7). Lembrando, separados da imundícia da carne e do espírito (II Co. 7:1).

Romanos 6:20-22. Envergonhados dos frutos passados. Quando estávamos na servidão do pecado, não existia o “murro da transgressão” nos impondo limites. Não havia regras a serem observadas, apenas nos contentávamos a servir aos desejos da carne, éramos por natureza, inimigos de Deus, pois, a inclinação da carne é inimizade contra o Senhor (Ro. 8:7-8). Após, o novo nascimento o crente se envergonha das obras mortas da carne. Buscando através da obediência viver uma vida separada das concupiscências que há no mundo (I Tes. 4:1-4). O filho nos libertou através da verdade (Jo. 8:32 e 36).

Romanos 6:23. O salário do pecado. Temos aqui um veredicto Bíblico, em conclusão sumária: o pecado gera a morte. Em contrapartida recebemos a vida eterna, por meio de Cristo. Todos são pecadores e por este motivo estão fora da glória de Deus (Ro. 3:23). Fato é que, o homem natural não será condenado e sim já está condenado (Jo. 3:18 e 36). Sendo através da ação do Espírito Santo usando homens na pregação do Evangelho que o homem tem o coração compungido e arrependesse para ter um encontro pessoal com Cristo, recebendo a vida eterna. (Atos 2:37-38 / Ef. 2:8 e Ro. 11:29).


Pastor Walter Costa.

Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preserva­do por Deus em ininterrupto uso por crentes fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611.


Aplicado na IBBF Esperança-PB, 01 de Junho de 2025.

Estudo expositivo em Romanos –Ensinamento 11- Capítulo 6:1-12.

 


Romanos 6:1-2. Estamos mortos para o pecado. A Bíblia mostra que a justificação e santificação são obras de Cristo e do Espírito Santo. I Co. 1:30 e I Pe. 1:2. Fato é que, a soberania de Deus não nos tira a responsabilidade de buscarmos uma vida separada da imundícia da carne e do espírito. II Co. 7:1 e I Tes. 4:4-7. É justamente, nesse sentido que Paulo adverte sobre o viver do crente, se já estamos mortos para o pecado, como então, podemos viver na abundância dele. Pv. 16:6, o salvo em comunhão bíblica com Deus, está em busca das coisas que são de cima, sem qualquer comunicação com as obras das trevas. Ef. 5:11. Ou seja, o esperado para aquela pessoa que foi salvo pela graça do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, é que ela mude a sua relação com o pecado. Muitos confessam Cristo como salvador, porém não tem um testemunho condizente com a confissão de fé. II Co. 5:17.

Romanos 6:3. Batizados em Cristo. Quando as Sagradas Escrituras falam do batismo em Cristo, está afirmando literalmente que o crente está completamente dentro de Cristo “Ou não sabeis vós que nós, tantos quantos fomos submersos para dentro de Jesus Cristo , para dentro da Sua morte fomos submersos” Ro. 6:3- LTT. Hélio Meneses explica que “Isto significa, que pessoa recebe o "DOM", singular, não “donS”, plural. Referindo-se à dádiva de o Espírito Santo passar a habitar neles, ao crerem”. At 2:38. Porque tantos (dentre vós) quantos para dentro de o Cristo fostes submersos, de o Cristo já vos revestistes” Gl. 3:27-LTT, Diferentemente, do batismo dos crentes, anunciado por Cristo em Mateus 28:19. Pois, a condição para se ir as águas é já ter sido submersos para dentro de Jesus. O batismo na água é feito pelo homem. Já o batismo do Espírito é feito pelo do Espírito Santo. Lembrando que o batismo na água não tem nada a ver com a salvação, portanto.

1. O Batismo do Espírito Santo acontece no momento da Salvação. I Co. 12:13.

2. Batismo Água é um ato de obediência realizado após a Salvação. Atos 2:41.

Romanos 6:4-5. O crente deve andar em novidade de vida. O salvo já está morto e escondido em Cristo. Cl.3:3. Assim sendo, encontra-se liberto da condenação em decorrência do pecado. Logicamente, guiado pelo Espírito Santo ele passa a viver uma transformação e renovação, despojando-se do velho homem. Ef. 4:22-24 e Cl. 3:10. A nova criatura passa a reduzir a cada dia o amor pelo mundo e pelas coisas dele, I Jo. 2:15-16. Abstendo-se de viver em pecado. I Jo. 3:4-6. Vejam bem, somos salvos: da penalidade, da culpa, do poder do pecado, isso implica viver em novidade de vida, deixando as práticas passadas para trás. Ef. 2:2-3. Vale a pena lembrar que o batismo não salva ou acrescenta algo a graça de Deus. Apenas demonstra uma boa consciência para com Deus. I Pe. 3:21. Quando Paulo, afirma que fomos “sepultados pelo batismo”. Está expressando o único modo válido para a administração do batismo que é submersão (imersão). Vejam o que a Bíblia nos mostra: só há um sepultamento, quando a pessoa está coberta por completo, portando só há batismo se o candidato estiver totalmente submerso nas águas.

Romanos 6:6. Livres para NÃO servir ao pecado. Consideremos a afirmação “o velho homem foi crucificado”, para buscarmos entender esta passagem. Escrituristicamente falando a crucificação de Cristo, levou o nosso “velho homem” com Ele, estamos afirmando com isso, que o crente está morto para o pecado, apesar de continuar a pecar, mas, o pecado não pode ser imputado a um morto, esse fato magnífico ocorre simplesmente, pela graça de Deus, que jamais deve ser aniquilada. Gl. 2:20-21. Os que pertencem a Cristo, por uma ação natural do Espírito Santo crucificam a carne e suas concupiscências. Gl. 5:24 e Ro.13:14. A nova criatura abandona a maneira habitual em que procedia e passa a viver o novo, apesar de ainda existir corrupção da carne em nosso corpo. Cl. 3:9-10 e II Co. 4:16.

Romanos 6:7-8. O morto está justificado do pecado. A Sã Doutrina deve ser fiel às Escritura, sendo a Bíblia a única regra de fé e prática. Quando pregamos algo diferente da justificação eterna do pecador remido, simplesmente negamos Cristo e Sua obra e praticamos o evangelho maldito. Gl. 1:6-8. Pois bem, se o Livro Sagrado afirma que o velho homem foi crucificado em Cristo e que o pecado não lhe será mais imputado, cremos e pregamos como está escrito. Cl. 2:13-14. Deus nos tornou idôneos (aptos, capazes) para sermos participantes do Seu reino. Cl. 1:12.

Romanos 6:9-10. Morremos para o pecado para vivermos para Deus. Temos que compreender que a obra de Cristo, produz nos salvos uma eterna redenção, fato esse, que faz o crente servir com alegria e inteireza de coração ao Deus vivo, Hb. 9:8-14. O entendimento é dado aos santificados para que eles compreendam a perfeição do ato de Jesus no calvário, onde, o viver ou morrer não tem diferença e sim o servir, o buscar pelas coisas celestes que norteiam a vida dos santos. Fp. 1:21-23 e Cl. 3:1-3.

Romanos 6:11-12. Não reine o pecado no corpo mortal. Sabemos que todas as coisas são permitidas aos crentes, mas, as coisas que não edificam devem ser evitadas. I Co. 6:12 e I Co. 10:23. Nessa situação, o indouto (aquele que não é instruído; ignorante), sempre questiona: Por ter morrido para o pecado o salvo pode fazer aquilo que satisfaz a carne? A resposta é oposta ao questionamento. Devemos usar a nossa liberdade, não para satisfazer os desejos e concupiscências da carne e sim para renovar o nosso entendimento. Gl. 5:1 e Ro. 12:2.

Pastor Walter Costa.
Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por crentes fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611.
Aplicado na IBBF Esperança-PB, 18 de Maio de 2025.

domingo, 4 de maio de 2025

Estudo expositivo em Romanos – Ensinamento 9. Capítulo 5:1-11.

 


Romanos 5:1. Justificados pela fé. O tema justificação predomina nos escritos de Paulo aos Romanos. Sabemos que a justificação nos torna justos e passamos do fato de sermos inimigos ao benefício de gozar a paz com Deus (Cl. 1:20-22). Muitos dos que não conhecem a verdadeira graça, sempre questionam e depreciam a santificação do Espírito (II Tes. 2:13 e I Pe. 1:2). Pondo obras ou obediência como prova da graça salvadora, ledo engano, nossa fé em Cristo é o que nos justifica (I Co. 6:11 e Ap. 22:11).

Romanos 5:2. Por Cristo adentramos a graça. Por meio de Cristo adentramos (temos acesso) ao relacionamento íntimo com Deus (Ef. 2:17-19). Fato é que o crente repousa na obra do Salvador e é sabedor que suas obras são sem o menor valor (Fp. 3:9), sendo patente a ele que a salvação é efetuada pela regeneração e renovação do Espírito Santo (Tt. 3:4-7). Então, o crente está apenas aguardando o seu encontro com Cristo (Tt. 2:13).

Romanos 5:3-4. Gloriar-se nas tribulações. Como o salvo tem a verdadeira paz de Deus, que excede a todo entendimento (Fp. 4:7), ele, mesmo em momentos de tribulação e sofrimento, consegue firmar a sua fé no Senhor, sabendo que esta prova produzirá o desejado fruto da paciência (Tg.1:3). Quando suportamos as aflições e perseguições de forma firme e sem lamentações, mostramos aos outros em quem nossa fé está firmada (Hb.12:1-2). Quando verdadeiramente entregamos o nosso caminho ao Senhor, nos apoiamos nEle, a Sua sabedoria nos ensina humildade, gratidão e resignação (submissão à vontade de alguém) (II Ts. 1:4). A virtude da paciência gera a experiência e essa produz a esperança.

Romanos 5:5. A esperança não traz confusão. Temos plena convicção de que a graça de Deus é suficiente (II Co. 12:9) e, por este motivo, temos certeza de que não seremos confundidos. Somos capacitados, através do Espírito Santo, que nos foi dado. Entendemos e suportamos os momentos de aflições e tribulações, sabendo que o próprio Espírito intercede em nosso favor (Ro. 8:26). Tal comportamento engradece ao nosso Senhor, Jesus Cristo (Fp. 1:20).

Romanos 5:6-7. Cristo morreu pelos ímpios. A morte de Cristo é a causa da salvação do pecador (Jo. 3:16). Biblicamente falando, não há no homem qualquer espécie de justiça que o possa salvar, nossa natureza é pecaminosa e por isso, não temos como agradar a Deus (Ro. 8:7-8). A crença religiosa popular afirma que a condenação é uma consequência da vida pecaminosa do indivíduo e que essa pessoa pode escapar da condenação se mantiver um estilo de vida em santidade. Essa crença é uma astuta armadilha do inimigo, para que o pecador descanse em si mesmo. Sabemos que, após a fase da inocência, o ser humano passa a estar condenado e somente Cristo pode livrar a sua alma do inferno. (Jo. 3:17-18 e Jo. 3:36).

Romanos 5:8. Cristo, o substituto perfeito. O caminho que levou o Nosso Senhor àquele maldito calvário foi horrendo e humilhante, o castigo que antes estava preparado para nós pecadores foi pago através do seu precioso SANGUE, Ele foi ferido por nossas transgressões e moído devido às nossas iniquidades (Isaías 53:5 e I Pe. 2:24). Este sacrifício por si só é suficiente para salvar todo àquele que se achegar a Deus, através da fé na morte e ressurreição do Seu Filho. Naquela cruz, padeceu uma única vez o Justo pelos injustos (I Pe. 3:18). Cristo levou os pecados de todo aquele que nEle crer e ressuscitou para justificá-lo (Ro. 4:25). Não poderíamos encontrar um substituto melhor. Aquele que, com uma única oblação (oferta), aperfeiçoa para sempre os que são separados para a salvação (Hb. 10:14). Nossa justificação fala do amor de Deus pelos pecadores. O amor de Deus é incompreensível, pois vai além da nossa capacidade de imaginar. Vejam, que Ele não morreu pelos bons e sim pelos pecadores.

O Exemplo do Amor de Deus – “Mas Deus”

a. Ele morreu pelos fracos.V.6

b. Ele morreu pelos ímpios. Ec. 7:20.

c. O Amor do homem – V.7 (alguém poderia até morrer por certos homens)

d. O Amor do Salvador –V.8 (porém, quem morreria pelo bêbado, prostituta, viciado em drogas, sodomita, assassino, estuprador, etc.?)

Romanos 5:9. Salvo por Cristo da ira. A ira de Deus é assustadora e espantosa, só os salvos e cobertos com o sangue de Cristo escapam de tão grande terror (Ap.1:5). O crente sofre tribulação e aflição no tempo presente, já o homem natural que não creu no verdadeiro Evangelho padecerá eternamente (II Pe. 2:7-8 e II Tes. 1:7-9). A obra de Jesus nos salvou da ira (I Tes. 5:9-10).

Romanos 5:10-11. Éramos inimigos e Cristo nos reconciliou com Deus. Todo homem natural é inimigo de Deus no entendimento, só o salvo é reconciliado (Cl. 1:21). O perdido está cego pela ação do deus desde século (II Co. 4:4). O homem se afastou de Deus pelo pecado e precisa de reconciliação no seu relacionamento com o Senhor e Criador (II Co. 5:18-19). Toda honra e toda glória deve ser dada exclusiva e unicamente a Cristo e à Sua morte naquela maldita cruz (II Co. 10:17 e Gl. 6:14).

Pastor Walter Costa.

Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por crentes fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611.

Aplicado na IBBF Esperança-PB, 04 de Maio de 2025.

domingo, 27 de abril de 2025

Estudo expositivo em Romanos – Ensinamento 8. Capítulo 4:13-25

 






Romanos 4:13-14. A promessa de Deus a Abraão. O povo hebreu continuava a discutir que eram privilegiados, uma vez que Abraão era o pai da nação deles, e isso segundo eles. Os colocavam em um relacionamento único com seus descendentes carnais. Porém, Paulo novamente mostra que a promessa feita por Deus a Abraão e que ele seria “pai de muitas nações” parte da bênção prometida por Deus (Gn 17: 4-7), e repetiu-a aos descendentes de Abraão (Gn 22: 17-18). Vejam bem, as Escrituras declara a sua descendência no singular, ou seja, a descendência em Cristo (Gl. 3:9 e 16).

Romanos 4:15. A lei opera a ira. A lei judaica mostra com absoluta verdade que, o homem não pode ser justificado por ela. Sendo que, foi justamente através da lei que os judeus conheceram o pecado. É nesse sentido que o apóstolo Paulo afirma que é através da lei se conhece o pecado, onde não há lei, não há conhecimento da transgressão (Ro. 7:7). Em vez de trazer a benção que Deus prometeu a Abraão, a lei trouxe a ira, por ninguém pode guardar a lei perfeitamente, uma vez que a mesma está enferma pela carne (Ro. 8:3/ Tg, 2:10 e Gl. 3:10).

Romanos 4:16-17. Abraão, o pai da fé. O operador argumentativo, portanto, nos remete aos versículos anteriores (13,14 e 15), onde temos a promessa de Deus, recebida por Abraão, pela justiça da fé, sendo esta a única maneira de recebermos a filiação e nos tornarmos participantes da promessa feita ao patriarca Abraão (Gl. 3:14). O povo gentílico estava separado de Deus e da aliança e por Cristo chegamos a Deus (Ef. 2:12-13). Deus chama as coisas que não são como se já fossem. O Senhor pois Abraão como pai de muitas nações, quando, na verdade, não era. Como vimos, os gentios estavam separados da comunidade de Israel, porém, Deus prometeu que Abraão seria pai de muitas nações e Sua palavra é imutável (Hb. 6:17-20). Através da fé, a qual é a prova das coisas que não vemos, entendemos que aquilo que se vê não é feito do que é aparente (Hb. 11:1-3 e II Pe. 3:5)

Romanos 4:18-20. A fé contra a esperança. O patriarca creu na promessa e não atentou para o corpo já amortecido pelos anos de vida. Mesmo sem esperança, Abraão acreditou. Abrão, creu contra a esperança, acreditou na esperança e tornou-se o pai de muitas nações. Contra todos os fundamentos visíveis e racionais da esperança, o útero de Sara e seu próprio corpo estavam mortos, mas na medida em que Deus o havia dito, ele creu. Ao afirmar que Abraão não duvidou, Paulo não quis dizer que ele não hesitou e chegou inclusive a um momento de dúvida (Gn.17:17). Deus pode um dia exigir de nós o melhor que temos. Se podemos confiar a Deus a nossa eternidade, não podemos Lhe confiar as coisas temporais? Se Deus tomar aquilo que é mais importante para nós, continuaremos caminhando com Ele na fé? Em todos os aspectos da nossa vida cristã, Deus exige a nossa obediência e não nos impõe mais do que podemos suportar. Alguns crentes nunca aprendem a confiar plenamente no Senhor.

Romanos 4:21-22. A certeza de Abraão. Abraão tinha uma certeza: se Deus prometeu, com certeza cumpriria a Sua promessa e repousou sua fé sobre o poder de Deus, para quem tudo é possível (Mt. 19:26). A atitude de Abrão mostrou que Deus havia lhe dado entendimento suficiente, para entender que o homem em si não tem força e esperança (Fp. 2:13), fato esse, que o fez desfrutar a boa, perfeita e agradável vontade do Senhor (Ro. 12:23). Ou seja, a sua fé lhe foi imputada por justiça (Tg. 2:23).

Romanos 4:23-24. A justiça de Deus é tomada em conta a todos que crerem. O apóstolo explica que a justiça de Deus será creditada (imputada) a todos que creem na obra de Cristo (Jo. 6:29), essa é a condição: crer segundo as Escrituras sem duvidar na perfeita obra do Senhor. (Jo. 7:38-39).  O Evangelho santo mostra que Cristo morreu por nossos pecados (I Co. 15:1-3). A fé dos crentes é descrita no capítulo 10 de Romanos, onde cremos, confessamos e não seremos, em hipótese alguma, confundidos (Ro. 10:8-11).

Romanos 4:25. Cristo ressuscitou para nossa justificação. Aquele que não conheceu pecado se fez pecado por nós (II Co. 5:21 e Gl. 1:4). A ressurreição de Cristo é a causa da salvação do crente, pois, através da desobediência de Adão, entrou a morte e pelo ato de justiça de Jesus Cristo, recebemos a justificação (Ro. 5:12 e 18). Quando Cristo foi levantado na cruz, levou sobre Ele os nossos pecados, retirando-os do meio de nós, os cravando na Cruz. (I Pe. 2:24 e Cl. 2:13-14). Este ato, a salvação, ocorre apenas uma vez (I Pe. 3:18), caso contrário seria necessário o nosso Salvador padecer várias vezes (Hb. 9:26). O crente remido teve os seus pecados lavados com o sangue de Cristo, que nos amou e nos lavou (Ap. 1:5)


Pastor Walter Costa.

Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preserva­do por Deus em ininterrupto uso por crentes fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611.


Aplicado na IBBF Esperança-PB, 27 de Abril de 2025.