domingo, 21 de dezembro de 2025

Estudo expositivo em Romanos – Ensinamento 33. Capítulo15:14-33.




Romanos 15:14. Cheios de bondade e conhecimento. Seguramente, quando Paulo fala que os irmãos do ajuntamento de Cristo em Roma estão cheios de bondade, ele está aflorando a ação do Espírito Santo na vida daqueles irmãos, uma vez que é impossível ao homem natural, em sua natureza, ter algo de bom. Gl. 5:22. A assembleia local de Roma estava enriquecida em Cristo, exalando a fragrância do Seu conhecimento. I Co. 1:4-5 e II Co. 2:14. A importância de crescer no conhecimento espiritual torna o irmão capaz de admoestar um ao outro, evitando com isso, que possam cair no engano de palavras persuasivas (capacidade de convencer com facilidade). Cl. 2:2-4.

Romanos 15:15-18. Ministério entre os gentios (a graça dada a Paulo). Paulo recebeu a ordem de ir aos gentios, do próprio Cristo. Atos 9:15. Ele tinha um cuidado especial com a nação gentílica e buscava produzir frutos entre eles. Ro. 1:13. Paulo evangelizou usando apenas a obra de Cristo, não utilizou artifícios e estratégias para confundir a mente das pessoas com vãs filosofias e doutrinas de homens. Em seu ministério, Paulo não propôs outra coisa a não ser Jesus Cristo e esse crucificado. I Co. 2:1-2. Nós, os salvos da atual dispensação, devemos tomar o exemplo de Paulo, que não optou por pregar o Evangelho, e sim recebeu com alegria a obrigação imposta. I Co. 9:16.

Romanos 15:19-21. Não edificando sobre o fundamento alheio. Paulo recebeu e anunciou o Evangelho através do poder do Espírito de Deus, com sinais e prodígios, que eram a comprovação do seu apostolado. II Co. 12:12. Literalmente, Paulo levou o Evangelho aos lugares mais longínquos e não apenas nos arredores de Jerusalém e Judeia. Ou seja, em seu fervor missionário, o apóstolo não se deteve a evangelizar em locais onde outros haviam semeado a palavra. II Co. 10:13-16.

Romanos 15:22-24. O desejo de ver os romanos. O fato de evangelizar em locais distantes é dito por Paulo como fator primordial para ele não ter ido até os romanos. Quando ele fala que não há lugares nas regiões, refere-se ao fato de levar o Evangelho de Jerusalém ao Lírico, levando a Palavra de cidade em cidade, plantando igrejas nestas localidades. Com a certeza do dever cumprido, Paulo agora desejava ver os irmãos de Roma e ter momentos de comunhão.

Romanos 15:25-28. Ministrar aos santos. O crente deve sempre fazer o bem, para não cair no pecado da omissão. Tg. 4:17. Mas, para se cumprir esta ordem, devemos analisar quais são os critérios que a Bíblia ensina. O bem deve ser feito a todos. Porém, os irmãos na fé devem ter prioridade nas ações voltadas para suprir as necessidades. Gl. 6:10. Ore sempre pelo bem-estar dos irmãos, mas fique atento às suas necessidades, afinal, se Deus tem suprido as nossas carências temporais, devemos ter esse entendimento para com os irmãos e para com o próximo, melhor é dar do que receber. Atos. 20:35. Se somos participantes dos bens espirituais, logicamente devemos ser dos temporais. O crente deve fazer todo e qualquer coisa com prontidão de vontade. II Co. 8:12.

Romanos 15:29. Plenitude de benção do Evangelho. Nesta passagem, o Espírito Santo mostra, por meio de Paulo, qual é o normal dos crentes estarem cheios das bênçãos do Evangelho de Cristo. Plenitude significa: pleno, completo, sem restrição, é justamente neste sentido que o apóstolo exorta os romanos, para que os mesmos não se contentem apenas com a salvação e sim com a plenitude do Evangelho. Devemos entender que a plenitude do Evangelho é está cheio das doutrinas da graça e verdade, das quais Cristo está cheio e, por estarmos em Cristo, nós também recebemos tão grande bênção. Jo. 1:14-16 e Ef. 1:3.

Romanos 15:30-31. Combatendo em orações. Mais uma vez, somos exortados a permanecer combatendo em orações uns pelos outros. Paulo rogava aos irmãos que estivessem em constante oração por ele e por todos os santos. II Co. 1:11 e Ef. 6:18-19. Devemos fazer o mesmo com aqueles irmãos que fazem viagens missionárias, que levam o santo Evangelho aos perdidos, rogando a Deus para os proteger e os livrar dos perigos.

Romanos 15:31-33. Paulo deseja alegrasse com os irmãos de Roma. A vontade de Deus sempre deve ser colocada em primeiro lugar. A alegria da comunhão entre irmãos é algo que deve ser nutrido nas assembleias de Cristo. Sl. 133:1. É justamente nesse sentido que Paulo deseja encontrar-se com os santos que estão em Roma. Sentimento esse que não deve ser diferente nos ajuntamentos locais. Como posso dizer que amo a Deus, se não amar ao meu irmão? I Jo. 4:20. O apóstolo termina o capítulo com a saudação sobre a paz de Cristo, a qual os crentes receberam pela fé na pessoa de Jesus Cristo. Jo. 14:27.


Pastor Walter Costa.

Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preserva­do por Deus em ininterrupto uso por crentes fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611.

Aplicado na IBBF Esperança-PB, 21 de Dezembro de 2025.

domingo, 14 de dezembro de 2025

Estudo expositivo em Romanos – Ensinamento 32. Capítulo15:1-13.


Romanos 15:1-2. Cada um agrade ao seu próximo. Novamente, o apóstolo exorta aqueles que estão em posição de firmeza na fé e na doutrina a se portarem de maneira tal a suportar as fraquezas dos irmãos. Partindo do pressuposto de que somos espirituais e que existem crentes que estão espiritualmente mais fortalecidos, então, esses são responsáveis por levar de forma mansa e pacífica as cargas dos outros. Gl. 6:1-2. Os receba de forma agradável, mostre com entendimento o conhecimento da verdadeira Luz, sinta as necessidades dos irmãos, ponha-se no lugar do outro. Lc. 6:31. A única ressalva nessa conduta ocorre quando, para agradar ao próximo, for necessário desagradar a Deus; nesse caso, o Senhor sempre terá a preferência. Gl. 1:10.

Romanos 15:3. Cristo é o exemplo maior. Cristo é o exemplo maior na distinção entre o compromisso com a vontade soberana de Deus e amar o próximo. Em Cristo, vemos com perfeição a diferença entre apenas agradar ao próximo e o verdadeiro sacrifício de amor. Jesus não buscou as suas realizações, não tirou proveito do fato de ser Deus, não buscou honra e glória, mas simplesmente fazer a vontade do Pai, Jo. 4:34. Mesmo sendo Deus, fez de Si mesmo sem nenhuma reputação, humilhando-Se por nós até a morte na cruz. Fp. 2:7-8. As injúrias que seriam destinadas a nós caíram sobre Ele. Sl. 69:9. Vejam as humilhações que o nosso Salvador suportou: Amigo de pecadores: Mt. 11:19. Tinha demônio: Jo. 8:48. Acusado de blasfêmia e sedição. Lc. 23:2. Na cruz, o insultaram e zombaram do Senhor. Mt. 27:39-44. Todo isso Ele suportou por nós, pecadores.

Romanos 15:4. Tudo que antes foi escrito serve de ensinamento. Paulo (divinamente inspirado) explica o uso da referência do Salmo 69, mostrando que aquela citação não se referia a Davi e sim a Cristo. Encontramos Cristo em todos os livros da Bíblia, afinal, por Ele foram criadas todas as coisas, o Verbo era Deus. Jo. 1:1-4. Aprenda e pratique as Sagradas Escrituras. II Tm. 3:16-17. A Bíblia é uma “biblioteca” cheia de divisões, que deve ser minuciosamente Lida, Examinada, Crida e Aplicada na vida de um crente. A Bíblia é composta de dois testamentos, 66 diferentes livros, 1.189 capítulos, 31.173 versículos, 773.692 palavras. Os diferentes livros da Bíblia abrangem temas diferentes e foram dirigidos a diferentes públicos. Os livros da Bíblia foram escritos por cerca de 40 homens diferentes durante um período de cerca de 1500 anos.

Romanos 15:5-6. Tenham todos o sentimento. Palavra de Deus nos revela que Ele é a fonte de toda consolação e perseverança. Não é o esforço humano que sustenta a caminhada cristã, mas a ação contínua do Senhor na vida daqueles que se refugiam n’Ele e se apegam firmemente à esperança que lhes foi proposta. É Deus quem fortalece o coração, renova a fé e confirma os Seus filhos, conduzindo-os com graça e fidelidade (II Ts 2:16–17; Hb 6:18). À luz dessa verdade, somos chamados a permitir que o Espírito Santo opere em nós um mesmo sentimento, moldando nossos corações à semelhança de Cristo. Isso se expressa em amor mútuo, humildade, unidade de propósito e harmonia no pensar, para que, juntos, glorifiquemos a Deus com uma só voz e um só coração. A unidade da Igreja não é uniformidade forçada, mas fruto da ação divina que nos une em torno da verdade do Evangelho (I Co 1:10 e Sl 133:1).

Romanos 15:7. Receba o irmão, do mesmo modo que Cristo te recebeu. Quanto você recebeu, Cristo era perfeito? Sem falhas? Claro que era (é) cheio de imperfeições, por isso mesmo, não devemos rejeitar o irmão ou fazer acepções entre irmãos. Tg. 2:1. O exemplo bíblico do comportamento do crente está explícito em II Coríntios, onde Paulo nos exorta a não buscarmos o nosso próprio proveito. II Co. 7:2.

Romanos 15:8-9. A misericórdia do Senhor é para todos. Devemos sempre olhar a nossa situação, como sendo devedores e jamais merecedores de qualquer dádiva do Senhor. Sl.126:3. Afinal as misericórdias de Deus são a causa de não sermos consumidos. Podemos definir misericórdia como, um termo Bíblico que refere-se a: benignidade; perdão; bondade; longanimidade; proteção e amor de Deus para com todas as criaturas. Sl. 25:6- . Nesta passagem, o apóstolo apenas confirma “paciência e consolação das Escrituras, tenhamos esperança”. Ou seja, ele reforça os ensinos dos judeus de que o Messias viria buscar as ovelhas perdidas de Israel. Mt.15:24. Mostra também a promessa feita ao patriarca Abraão, que abrange todas as nações, bendito é todo aquele que é descendente de Cristo. Gl.3:16 e 29. Ou seja, não há nenhum diferencial entre crentes judeus e crentes gentios. Sendo certo que devemos receber a todos com o amor genuíno.

Romanos 15:10-12. Louvai ao Senhor. O louvor é um dos nortes da vida de um crente. Portanto, ao prestá-lo, o salvo deve estar convicto de que só agradará ao Pai, se a sua manifestação honrosa a Deus estiver plenamente fundamentada nas Sagradas Escrituras. Ef. 5:19. Notadamente, o louvor vem de dentro para fora, ou seja, do vosso coração. São duas as características basilares do louvor, ambas igualmente importantes, adorar em espírito e em verdade. Jo. 4:23-24. A Palavra de Deus foi enviada aos gentios e eles ouviram e creram (Atos 28:28 e 13:48). Confirmando a profecia do Salmo 117. Sl. 117:1-2. Todos os salvos, sem exceção, devem glorificar a Deus e nunca se gloriar em si mesmos. Cristo foi manifesto aos gentios, esse é o mistério que esteve oculto. Cl. 1:26-27.

Romanos 15:13. Cheios de gozo e paz. Os gentios eram estranhos à promessa, viviam sem Deus no mundo, mas, pelo sangue de Cristo, foram resgatados. Ef. 2:12-13. Então, receberam uma grandiosa promessa, passando a ser participantes da natureza divina. II Pe. 1:3-4. O crente (gentio ou judeu) tem gozo e paz, pois permanece no Pai e no Filho, crendo na Sua promessa. I Jo. 2:24-25.


Pastor Walter Costa.

Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preserva­do por Deus em ininterrupto uso por crentes fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611.

Aplicado na IBBF Esperança-PB, 14 de Dezembro de 2025.

domingo, 7 de dezembro de 2025

Estudo expositivo em Romanos – Ensinamento 31. Capítulo14:13-23.

 

IGREJA BATISTA BÍBLICA

FUNDAMENTALISTA DE ESPERANÇA-PB




Romanos 14:13. Não pôr em tropeço ou escândalo ao irmão. Em muitas situações, o irmão que se sente mais forte age de forma errônea, com isso, retarda o desenvolvimento daquele que está mais fraco ou ainda é menino na fé. A assembleia local (corpo de Cristo) deve funcionar com todas as juntas fazendo a justa operação, ou seja, o mais forte diante da conjectura bíblica, deve aconselhar e admoestar o irmão mais fraco (Ef. 4: 12 e 16). Uma das formas que o crente maduro tem de edificar e aperfeiçoar os demais é evitar o escândalo (I Co. 10:32 e Lc. 17:1-2).

Romanos 14:14. Nada é imundo em si mesmo. Nada que comemos pode ser considerado imundo, o próprio Senhor em Seu ministério terreno, ensinou que a distinção entre comida cerimonialmente limpa e impura havia terminado (Mc. 7:15-23). Paulo afirma, com plena certeza fundamentada no Senhor Jesus, que nenhum alimento é impuro por natureza para o cristão (I Tm. 4:4). Na prática, não existem alimentos intrinsecamente proibidos. Essa verdade amplia o ensino anterior de Paulo: tudo aquilo que a Bíblia não condena claramente é permitido aos crentes, desde que seja usado com gratidão e bom senso diante de Deus. . Porém, muitos dos irmãos não compreenderam assim e insistiam em fazer diferença entre alimentos imundos e alimentos puros. Vejam bem, a imundícia não é decorrência dos objetos ou alimentos, e sim das mentes dos impuros (Mt 12:34-35 e Mt. 15:18-19).

Romanos 14:15-16. Não destrua o irmão através do escândalo. Paulo volta-se agora para aqueles que, confiantes em sua liberdade em Cristo, acabam agindo sem sensibilidade para com irmãos cuja consciência é mais frágil. Ele declara que não é possível desfrutar dessa liberdade e, ao mesmo tempo, afirmar que se ama o próximo. De forma profunda, Paulo nos lembra que não devemos permitir que algo tão passageiro quanto a comida cause prejuízo espiritual a alguém por quem Cristo derramou Seu precioso sangue. O crente sabe, como vimos no versículo anterior, que não há nenhum tipo de impureza nos alimentos. Mas, devido à possibilidade de pormos um irmão em tristeza, por causa da nossa ação, devemos evitar comidas que sabemos que são sacrificadas a ídolos em cerimônias satânicas (I Co. 10:27-30). A nossa conduta pode ser a causa da destruição moral do irmão. Lembre-se, o amor para com os irmãos requer sacrifícios (I Co. 8:13). Na passagem, Paulo usa o verbo destruir no imperativo presente “destruas” e isso é importante. Esse tempo verbal aponta para algo temporário, não definitivo. Se ele tivesse usado o aoristo (tempo verbal do grego koinê), a língua em que o Novo Testamento foi escrito. Representaria uma ação completa, vista como um todo, sem indicar se ela é contínua, repetida ou duradoura. Assim sendo, o assunto aqui tratado não é a condenação eterna, mas de um impacto momentâneo na vida espiritual do irmão mais fraco.

Romanos 14:17-18. O reino de Deus não é só comida e bebida. Paulo refere-se ao fato de que o reino de Deus não é alcançado por meio de obras ou comportamento do homem, e sim pela perfeita justiça imputada aos salvos pela fé. Não é a comida que nos faz agradáveis a Deus (I Co. 8:8-9) e sim nos tornamos agradáveis ao Pai pela ação do Filho (Ef. 1:5-7). Quando cremos e recebemos a doutrina de coração, buscamos de forma natural andar dignamente, sabendo que somos participantes da herança dos santos, pois Deus nos fez idôneos (capaz, habilitado, apto) para isso (Cl. 1:10-12).

Romanos 14:19-21 O crente deve seguir as coisas que servem para a edificação. A liberdade dos crentes, advinda da graça de Cristo, permite que o mesmo faça qualquer coisa. Mas, ao mesmo tempo que somos livres, devemos buscar apenas aquelas coisas que edificam e não nos deixar dominar pelas demais (I Co. 6:12). A edificação é a base estrutural da vida espiritual do crente. A salvação é um ato, porém a edificação é um processo com diversas fases, por isso mesmo, é de suma importância a mútua edificação entre os crentes (Jd.1:20-21). Às vezes é necessário, em determinados momentos, renunciarmos a algo que, aos nossos olhos, não causaria mal nenhum, em troca do bem-estar e edificação do irmão (I Tes. 5:11). Nunca devemos achar que somos indestrutíveis, pelo contrário, necessitamos estar atentos para não cairmos e magoarmos o nosso irmão. (I Co. 10:12). A liberdade do crente NÃO é o direito de fazer o que queremos, mas a capacidade de fazer o que devemos. (I Co. 10:23).

Romanos 14:22. Bem-aventurado aquele que não se condena a si mesmo. O apóstolo não está falando da “fé para salvação, mas em decidir sobre coisas em que a Bíblia não tem instrução explícita estendendo-se aos da atual dispensação das assembleias locais” (comentário de Hélio Menezes na LTT). Quando estamos enraizados nos ensinamentos bíblicos e cremos literalmente nestes ensinamentos, sabemos que até mesmo se o nosso coração nos condena, maior é Deus do que o nosso coração (I Jo.3:20-21). A Palavra de Deus deve habita abundantemente na vida do crente. Faça sempre a si mesmo essa pergunta: O meu caminhar glorifica a Deus? (Cl. 3:16-17).

Romanos 14:23. Tudo que não é de fé é pecado. Temos aqui o contraste do versículo 22, quando fazemos algum em dúvida, não estamos fortalecidos na fé e o simples fato de duvidar, já é pecado. A condenação aqui citada não é a eterna, pois não há mais condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus (Ro. 8:1), refere-se a imputação da disciplina, por parte de Deus para com os Seus filhos (Hb. 12:6-8). Este fato, a dúvida aplica-se não apenas ao comer e sim a qualquer outro motivo que o crente faça sem fé. Afinal o justo viverá pela fé (Ro. 1:17).

Pastor Walter Costa.

Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preserva­do por Deus em ininterrupto uso por crentes fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611.

Aplicado na IBBF Esperança-PB, 07 de Dezembro de 2025.

domingo, 30 de novembro de 2025

Estudo expositivo em Romanos – Ensinamento 30. Capítulo14:1-12.







Romanos 14:1. Tratando com os fracos na fé. Podemos afirmar que os enfermos na fé são aqueles que creem na obra salvadora de Cristo, mas ainda possuem arraigados em seu viver algumas doutrinas, hábitos e preceitos do velho homem. Neste sentido, o crente mais experimentado na Palavra do Senhor (Hb. 5:13-14), deve suportar (em relação a dar suporte) o irmão fraco na fé sem contendas e, se possível exortando o mesmo no conhecimento das Escrituras, mostrando que para os crentes a graça de Deus é suficiente (II Co. 12:9-10). Você que está forte na fé, deve conduzir o irmão que está fraco com mansidão, mostrando que Deus já nos santificou e nos conserva irrepreensíveis (I Tes. 5:23-24).

Romanos 14:2-3. Nada é impuro para os purificados. O irmão fraco na fé, principalmente o neófito, traz consigo as proibições religiosas impostas pelas doutrinas de demônios que ordenam a abstinência de certo tipo de alimento ou não comê-lo em certos dias (I Tm. 4:3). O sistema religioso torna impuro o que Deus purificou (At. 10:11-15 e Tt. 1:15). O crente pertence a Deus independentemente de estar forte ou fraco na fé, então, antes de questionarmos o nosso irmão, seria melhor julgarmos a nós mesmos, para ver se a nossa atitude não estaria de certa forma, trazendo escândalo ao próximo (I Co. 11:31-32 e Cl. 3:17 I Co. 10:31).

Romanos 14:4. Quem és tu, para julgar o servo alheio? O irmão com a fé mais robusta é responsável direto pelo irmão com a fé enfraquecida, por isso mesmo, não deve julgá-lo e SIM exortá-lo. O crente que está em uma situação de fortalecimento na fé sabe muito bem que o Senhor é quem nos sustenta e fortalece (I Pe. 5:10 e Fp. 2:13). Em momentos em que há discordância entre irmãos, cabe ao mais forte suportar a fraqueza do mais fraco. Três fatores são predominantes para evitarmos atritos e julgamentos errôneos: seja sincero; ajude e compreenda o irmão. Quando executamos esses três fundamentos, evitamos contendas e nos enraizamos no perfeito amor e nos enchemos da plenitude de Deus (Ef. 3:17-19).

Romanos 14:5-6. Seguro em sua própria mente. Nesta passagem, o apóstolo faz uma observação acerca de certos costumes, como por exemplo: a observância do sábado e das festas judaicas, isso estava trazendo algumas querelas entre os irmãos, os crentes de origem judaica, achavam que deveria cumprir determinados dias, já os crentes gentios achavam desnecessário tal observância. Hoje, por termos o CÂNON completo, sabemos que esse tipo de discussão é irrelevante, baseada em rudimentos fracos e pobres (Gl.4:9-10). A exortação principal é que os mais fortes devem suportar os mais fracos (Ro. 15:1-2).

Romanos 14:7-8. Somos propriedade especial do Senhor. Quando Cristo pagou o preço do nosso resgate, passamos de inimigos de Deus a templo do Espírito Santo. Aquele que nasceu de novo é constrangido pelo amor que recebeu de Deus a glorificar o Criador no corpo e no espírito (I Co. 6:19-20 e II Co. 5:14-15). A nossa vida não nos pertence mais, e sim vivemos para e por Cristo que nos amou e Se entregou a Si mesmo por nós (Gl. 2:20). Ou seja, o crente não deve viver para agradar a si mesmo, mas para agradar e engradecer ao Senhor (Fp.1:20).

Romanos 14:9. Cristo é o Senhor dos vivos e dos mortos. Paulo falava aos santos que estavam em Roma (Ro. 1:6-7), diante disso, podemos concluir que o Espírito Santo, nos mostra que independente da nossa situação pertencemos ao Senhorio de Cristo e O temos como Mestre e Senhor (Jo. 13:13 e Fp. 1:21). O apóstolo recorre a uma linguagem mais poética para explicar que foi justamente por isso que Cristo morreu pelos nossos pecados e ressuscitou. Ao passar pela vida e pela morte, Ele tornou-se Senhor tanto dos vivos como dos que já partiram e vivem agora na eternidade. Cristo experimentou ambas as realidades e, por isso, possui plena autoridade sobre todos.

Romanos 14:10-12 O tribunal de Cristo. Sabemos que os filhos de Deus não serão condenados (Ro. 8:1), porém, este fato não implica dizer que não passaremos por um tribunal, no qual será feita a prestação de contas dos nossos atos (Hb. 9:27). Neste juízo, pelo qual apenas os salvos passarão, o crente prestará contas ao Senhor que recompensará (galardão) aqueles que foram mais fiéis, firmes e constantes na utilização dos dons e talentos dados a cada um. (Hb 6:10).

O JULGAMENTO (I Co. 3:11-15). Como vimos, todos os salvos, aqueles que depositaram sua salvação unicamente na obra de Cristo, vão comparecer diante do Tribunal de Cristo e poderão ter as suas obras queimadas no fogo. Notem que a pessoa NÃO será QUEIMADA. Suas obras, é que SERÃO.

Prestaremos conta sobre:

Nosso tempo. A ordem é viver prudentemente, como um homem sábio, remindo o tempo (Ef. 5:15-16).

Nossos dons e capacidades. (I Co. 12:11). O Espírito Santo é quem opera nos salvos os diversos dons e capacidades e que os reparte conforme a sua vontade. O salvo tem o compromisso de ser um bom despenseiro do Senhor, distribuindo com zelo e empenho as responsabilidades que o Espírito Santo repartiu conosco. Lembrando que tudo é feito para que Deus seja glorificado. (I Pe. 4:10-11).

Os talentos a nós confiados. (Mt. 25:19). Há um ditado popular que diz: “não deixe para amanhã o que pode ser feito hoje”, não sabemos o dia e hora que o Nosso Senhor voltará e nos tomará conta dos talentos que Ele nos confiou. (II Co. 8:12).

Nossas negligências. (Tg. 4:17). Não existe maior bem no mundo do que falar da salvação eterna, do amor de Deus, da Sua graça e misericórdia aos perdidos. Quando deixamos essa oportunidade passar, estamos sendo negligentes. A falta de aplicação na realização das tarefas, a desatenção e o descuido interrompem a nossa comunhão com Deus. Isso nos faz negligenciar os conselhos do Senhor (Pv. 1:25 e Hb. 5:11).


Pastor Walter Costa

Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preserva­do por Deus em ininterrupto uso por crentes fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611.

Aplicado na IBBF Esperança-PB, 30 de Novembro de 2025.

domingo, 23 de novembro de 2025

Estudo expositivo em Romanos – Ensinamento 29. Capítulo13:8-14.









Romanos 13:8. Não devais nada a ninguém. O crente deve pautar a sua vida à luz das Sagradas Escrituras, portanto, seguindo os ensinamentos bíblicos, o salvo sabe que não é um hábito saudável adquirir dívidas desnecessárias. O mau planejamento financeiro tem sido causa de tropeço entre os crentes. Podemos aferir de modo bíblico que Deus tem um modelo para as finanças dos crentes e aqueles que permanecem dentro desse modelo são prudentes e abençoados. Mt. 7:24-25. Não devais nada a ninguém, não tome emprestado e, caso tenhas realmente necessidade de pedir algum valor a outra pessoa, honre a sua palavra, afinal, quem toma emprestado torna-se servo daquele que emprestou. Pv. 22:7. Na contramão da ordem de que não devemos nada material a ninguém, somos exortados a nos preenchermos com a dívida do amor, essa dívida de ser perene e nunca deve ser amortizada e sim avolumada. Quando entendemos que nossa dívida de amor é impagável, cumprimos a lei moral de Deus. Jo. 13:34 e I Tm. 1:5. O ódio gera contendas, já o amor encobre todos os pecados. Pv. 10:12 e I Pe. 4:8.

Romanos 13:9-10. O amor resume os mandamentos. Enquanto a Lei mosaica elencava circunstâncias nas quais os judeus eram obrigados a cumprir a Lei em sua totalidade, na atual dispensação o crente é chamado a atentar para a lei da liberdade. Tg. 2:10-12 e Gl. 5:1. O caráter gracioso dos ensinamentos de Cristo Jesus é imensurável, pois nos resgatou da condenação eterna e ainda nos deu o modelo a seguir. Mt. 5:13-14. O crente, aquele guiado pelo Espírito Santo, sabe que o verdadeiro amor não fará mal ao seu próximo e se porta com decência. Paulo, em exortação aos irmãos de Coríntios, enumera 15 características norteadoras do amor bíblico. I Co. 13:4-7. Na medida em que o salvo demonstra a essência do amor para com todos, ele está em concordância e obediência à Lei e aos preceitos morais de Deus. I Jo. 4:20-21.

Romanos 13:11. Tempo de despertar do sono. Aqui, o apóstolo retorna à urgência de pormos em prática, não apenas os ensinamentos do capítulo 13, mas sim de toda a doutrina aprendida na carta de Romanos e em toda a Escritura. Então, devemos despertar para a obra do Senhor, a vida na carne é breve e podemos perdê-la a qualquer momento. Sl. 103:15-16 e Tg. 4:14. É hora de despertarmos para as coisas eternas. Quando estávamos em trevas e vivíamos na vontade da carne e do pensamento, éramos por natureza filhos da ira e da desobediência. Ef. 2:1-3 e Ef. 5:6. Não podemos permanecer inertes e em estado de sono, convivendo e compartilhando os mesmos ideais dos que estão espiritualmente mortos. Temos a ordem de despertar do sono. Ef. 5:14. Sendo sóbrios e vigilantes, como verdadeiros filhos da Luz. I Tes. 5:5-6. Paulo, nos mostra que não estava combatendo contra o ar, mas sim, batalhando o bom combate. II Tm. 4:7-8. A certeza do apóstolo era fundamentada na perfeita obra de Cristo. Ro. 6:8-11. Um salvo infrutuoso (reprovado) na obra do Senhor é um grande desperdício, portanto sejamos firmes, constantes e abundantes na obra do Senhor. I Co. 15:58. Hoje buscamos uma vida afastada dos desejos carnais que combatem contra a alma e um viver a glorificar ao nosso Deus, através de nossas obras. I Pe. 2:11-12. Nesta passagem em particular, o apóstolo faz uma comparação da pequenez da nossa vida temporal e o glorioso dia do Senhor. Paulo afirma que o dia do arrebatamento está cada vez mais próximo e, como filhos da Luz, devemos vigiar e ser sóbrios, vestindo-nos com a couraça da fé e do amor. I Tes. 5:5-10. Fazendo isso, com certeza estaremos fortalecidos contra as ciladas do diabo. Ef. 6:10-11. Lembrem-se de que não fazemos isso para sermos salvos, e sim porque somos salvos. Mt. 5:16.

Romanos 13:12-13 O crente deve rejeitar as obras das trevas. “Rejeitemos, pois, as obras das trevas” (v. 12b). Assim, devemos nos desfazer de toda prática mundana e questionável, como um homem se despindo de uma roupa suja. II Co 6:14 e II Co. 7:1. Na Bíblia, a luz e as trevas são usadas como metáforas contrastantes para santidade e pecado, bem e mal; conhecimento e ignorância, bem como verdade e falsidade. Ora, se o crente é a luz do mundo, o mínimo que se espera é que ele exerça uma boa influência sobre aqueles que não conhecem Cristo como Salvador pessoal. “Vistamo-nos das armas” (v. 12c). Assim, devemos colocar a cobertura protetora de uma vida santa, que nos fará uma luz brilhante na escuridão. Fazendo isso, com certeza estaremos fortalecidos contra as ciladas do diabo (Ef. 6:10-11). “Andemos honestamente”. (v. 13 14). Ele nos diz como isso é feito: despojando-se das práticas da carne (exemplificadas nos seis exemplos) e revestindo-se de “o Senhor Jesus Cristo”. Como o crente rejeita as obras da carne? Evitando a todo custo alimentar a carne em suas concupiscências, andando sempre em Espírito. Gl. 5:16-17. Temos aqui um conflito doloroso e incessante que é travado entre as naturezas antagônicas: a carne e o Espírito. Sendo que o crente deve mostrar atributos da nova natureza. (Atributo: 1-Aquilo que é próprio de alguém ou de algo. Característica 2-Sinal distintivo, símbolo). II Co. 5:17. Nitidamente, o desejo da carne é contrário ao guiar do Espírito, a nossa natureza carnal deseja aquilo que lhe agrada. Ro.7:5-6.

Romanos 13:14. Revista-se de Cristo. O crente deve DEIXAR o trato passado. Ef. 4:22, onde as decisões eram tomadas através da escuridão das trevas, sem nenhuma preocupação com o Espírito que habita em nós e TORNAR-SE NOVO, demonstrando através do bom trato as obras de mansidão e sabedoria. Tg. 3:13. ENCHENDO-SE de conhecimento, sabedoria e inteligência espiritual. Cl. 1:9-10. Evitando a todo custo alimentar a carne em suas concupiscências, andando sempre em Espírito. Gl. 5:16-17. Revestido do novo. Cl. 3:10. O crente deve despir-se do velho homem e buscar viver verdadeiramente como um novo ser, deixando as coisas velhas para trás. II Co. 5:17 e Ef. 4:22-23. A melhor maneira para se fazer isso é se revestindo do Senhor Jesus. Não existe a menor possibilidade de se vencer as concupiscências dos homens se você não estiver revestido de Cristo. Revista-se da armadura de Deus. Ef. 6:11.

Pastor Walter Costa.
Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preserva­do por Deus em ininterrupto uso por crentes fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611.

Aplicado na IBBF Esperança-PB, 23 de Novembro de 2025.

domingo, 16 de novembro de 2025

Estudo expositivo em Romanos – Ensinamento 28. Capítulo13:1-7.





Romanos 13:1. Sujeição às autoridades. Estamos vivenciando tempos em que as autoridades perderam o respeito daqueles que deveriam estar em submissão a elas (a grande maioria por serem incompetentes e/ou corruptas). Portanto, qual deve ser o comportamento dos crentes diante das autoridades? Veremos que Paulo expõe que a nossa obediência não é propriamente ao indivíduo governante, mas à autoridade governamental no exercício de sua função. Neste sentido, afirmamos que a obediência está literalmente relacionada ao cumprimento das leis. Na sequência, o apóstolo nos mostra que a insubmissão é definida da seguinte forma: praticar a maldade (v. 3), não pagar os impostos (v. 7) e não temer e honrar os líderes (v. 7). Ou seja, devemos submissão às autoridades devido à lei. Tt. 3:1-2 e I Pe. 2:13-15. Mas a nossa primeira obediência deve ser a Deus. O crente pode e deve desobedecer à autoridade quando ela exigir dele aquilo que é devido a Deus, como por exemplo, adoração, ou quando quiserem nos impedir de propagar o evangelho de Jesus Cristo, o qual foi o caso dos apóstolos em Atos 5:28-29. Um exemplo claro de obedecer ao Senhor encontramos em Sadraque, Mesaque e Abednego, que não se prostraram à estátua de Nabucodonosor (Dn. 3:19-27).

Romanos 13:2. Quem resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus. Vejam bem, quando Paulo escreveu a carta aos Romanos, o imperador da época era simplesmente o sanguinário e perseguidor de crentes Nero. Mas, mesmo assim, o apóstolo dizia que ele tinha sido instituído, por Deus, como Imperador e que, como tal, não deveria ser subjugado e sim honrado. Imediatamente, nossa mente humana e limitada pergunta: ora, se Nero era um homem mal e sanguinário, por que então deveria ser honrado? A resposta é a mais óbvia possível, Deus controla tudo e toda autoridade de Nero foi permitida pelo Senhor, ou seja, o poder de Deus é infinitamente maior do que o poder temporário de Nero. Para ilustrarmos melhor, faz-se necessário relembrar a conversa de Cristo com Pilatos. João 19:10-11. Por isso, respeitar as leis e a pessoa na função em que está exercendo em decorrência da lei é uma obrigação de todo homem, principalmente dos crentes. Além disso, devemos orar pelos que estão em eminência. I Tm. 2:1-2.

Romanos 13:3. Os magistrados não são para combater as boas obras. O princípio básico das autoridades é defender o bem e punir de forma rigorosa aqueles que praticam o mal. Mas, infelizmente, os senhores “magistrados” “autoridades” são provavelmente a causa de medo para aqueles que praticam o que é certo, pois tais homens abusam de seus poderes para fins egoísta e antibíblicos. O crente não deve ser articulador de ações contra as autoridades, porém, isso não significa que ele não possa e não deva se manifestar contra os males causados pelos governantes. Essa manifestação deve ter como foco principal as medidas antibíblica, ou seja, quando o magistrado usa do poder para legislar sobre assuntos estritamente pertencentes a Deus. O salvo deve ter cauterizado em sua mente que o governo (poder) humano pode ser o mais forte e mais bem equipado do mundo, mas, é temporário e limitado. O único e eterno Poderoso é O REI DOS SÉCULOS (I Tm. 1:17 e I 6:16).

Romanos 13:4. A autoridade é um ministro de Deus para o nosso bem. Na perfeita vontade de Deus, as autoridades foram constituídas em favor do povo. Contudo, a maldade natural do ser humano, inverteu essa situação. Na passagem, o apóstolo apresenta o que propósito básico das autoridades: defender aqueles que agem corretamente e penalizar aqueles que cometem injustiças. Contudo, a realidade é que os governos, cada vez mais corrompidos, acabam por penalizar os cidadãos que cumprem a lei e se manifestam contra a corrupção, enquanto recompensam aqueles que colaboram para mantê-los no poder. Perante tal cenário, podemos afirmar que os salvos devem obedecer às autoridades; no entanto, alguns requisitos precisam de ser cumpridos por aqueles que exercem autoridade para que possam ser considerados ministros de Deus para o bem e, assim, aptos a ocupar cargos públicos:

1. Às autoridades devem ser uma ameaça para os que praticam o mal e vivem sem lei, e não para os seus próprios cidadãos que se opõem ao mal.

2. As suas leis devem estar em conformidade com as leis de Deus. A verdadeira responsabilidade do governo é preservar a liberdade, garantir os direitos concedidos por Deus e, conforme ensinado em Romanos 13, exercer juízo sobre o malfeitor, e não sobre pessoas de bem. As únicas pessoas que deveriam temer o governo são aquelas que praticam o mal.

3. Os governos e todos os que exercem autoridade devem ser tementes a Deus, ajustando a sua conduta e as suas políticas públicas a um padrão que Lhe agrade e que traga a Sua bênção sobre a nação.

Romanos 13:5. Usando a consciência. Podemos afirmar que o crente deverá usar a consciência para rejeitar ou não a submissão, analisando se os magistrados estão usando a permissão dada por Deus para o bem ou se estão violando os limites permitidos pelo Senhor. Todo e qualquer governo humano é permitido por Deus, por isso, todos e principalmente os crentes, devem obedecer às leis, pagar impostos e ser submissos ao sistema governamental, desde que a sua consciência não acuse nenhuma atrocidade contrária à Lei Divina. At. 24:16 e I Pe. 4:15-16.

Romanos 13:6. A razão original dos tributos. Paulo apresenta agora um exemplo específico de submissão ao governo humano: o pagamento de impostos. Os cristãos devem ser contribuintes, escreve ele, porque esses impostos sustentam a obra que Deus realiza através das autoridades humanas que Ele instituiu. Mesmo quando tais governantes se opõem às verdades de Deus, o seu papel essencial como mantenedores da ordem continua a fazer parte da vontade divina. Esta posição foi controversa até entre os líderes judeus na época de Jesus e de Paulo. Os críticos tentaram apanhar Jesus desprevenido ao perguntar-Lhe se era lícito pagar impostos ao governante romano, César. Jesus, observando que a imagem de César estava gravada nas moedas, afirmou claramente que os impostos deveriam ser pagos. Mt. 22:15–22.

Romanos 13:7. Dai a cada um o que deveis. Alguns (contradizentes) argumentam que, devido ao fato de os governantes usarem o dinheiro dos nossos impostos, com propósitos diversos da vontade de Deus, seria melhor não pagar tais tributos. Neste sentido, temos o exemplo de Cristo, que mesmo sendo Deus, pagou tributo ao governo. Mt. 17:24-27. O crente, como luz do mundo, deve ser o diferencial, dando a cada um o que deveis, e se for devedor de algo que seja o amor. Ro. 13: 8. Nunca esqueça que todas as coisas são dEle, por Ele e para Ele. Ro. 11:36.

Pastor Walter Costa.

Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preserva­do por Deus em ininterrupto uso por crentes fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611.

Aplicado na IBBF Esperança-PB, 16 de Novembro de 2025.

domingo, 9 de novembro de 2025

Estudo expositivo em Romanos – Ensinamento 27-Capítulo 12:9-21.

 





Romanos 12:9-10. Amar com amor fraternal. Não será amor se for fingido, mesmo as mais belas palavras ditas em fingimento são como beijos dos inimigos (Pv. 27:6). Quando há amor fraternal entre os irmãos, podemos afirmar que haverá cuidado, dedicação e interesse genuíno e sem hipocrisia, gerando um sentimento positivo e construtivo, que levará o crente a fazer grandes sacrifícios, que só seria capaz de fazer por ele mesmo. (Cl. 3:14 e I Pe. 4:8). Expondo de forma bíblica, é impossível você amar a Deus, sem amar ao irmão (I Jo. 4:20-21). O apóstolo nos convida a aborrecer o mal e nos apegarmos ao bem. Quando aprendemos a ver o mundo, diante da perspectiva esperada por Deus, seguimos os ensinamentos contidos nas Escrituras e passamos a ter um relacionamento mais próximo com o Senhor. Pois aquele que faz o mal não é de Deus. (III Jo. 1:11).

Romanos 12:11. Sedes fervorosos no servir ao Senhor. Não podemos deixar que o passar dos anos nos torne mornos no serviço dedicado ao Senhor. Os membros da igreja de Laodiceia estavam mornos e, por este motivo, foram exortados a voltar ao zelo e se arrependerem, senão seriam vomitados (Ap. 3:15-19). O crente não serve a Deus, imaginando que receberá algo por seu serviço. Ele sabe de sua inutilidade, pois faz apenas o que lhe foi mandado. (Lc. 17:10). Apesar disso, o Senhor, por ser Justo, não esquece do trabalho feito pelos salvos e do amor ao serviço prestado ao Seu nome (Hb. 6:10-12). Ou seja, na passagem, os crentes são exortados a saírem da letargia (apatia, inércia e/ou desinteresse) espiritual e restaurarem o seu relacionamento e sua comunhão com Deus. Como eles poderiam fazer isso? Sendo fervorosos no servir ao Senhor. (I Co. 15:58). A firmeza, a constância e a abundância são três atributos que devem transpassar a vida do crente, pois assim aperfeiçoamos o nosso relacionamento com Deus e nos apresentaremos a Ele como obreiros aprovados e que não se envergonham do seu viver. (I I Tm. 2:15).

Romanos 12:12. Pacientes e perseverantes em orações. O crente não pode esperar em Cristo apenas nessa vida (I Co. 15:19) e sim ser paciente nos momentos de tribulação, sabendo que a nossa esperança jamais será confundida (Ro. 5;3-5). O salvo deve se regozijar no Senhor e apresentar as suas inquietudes a Ele (Fp. 4:4-6). O crescimento espiritual é aperfeiçoado quando os salvos entendem que deve estar em oração ao Senhor. Independentemente da situação em que se encontra, o salvo tem a obrigação de orar e agradecer sempre ao Salvador Cristo Jesus, pois recebeu uma salvação impecável, sendo isso suficiente para a paz do Senhor dominar o nosso coração, tudo isso se reflete no agradecimento. (I Tes. 5:18). Lamentações e reclamações não podem povoar o viver dos crentes. (Cl 3:15). Portanto, sejamos agradecidos e perseverantes na oração.

Romanos 12:13. A importância da comunicação entre os santos. A comunicação entre os santos, nos momentos de necessidade (seja espiritual ou material), deve ser algo natural no cotidiano do crente. A Bíblia mostra a comunicação como um sacrifício que agrada a Deus. (Hb.13:16). A hospitalidade não deve jamais ser esquecida, justamente ao contrário, deve ser posta em prática. Ou seja, o Senhor deseja que todos crentes, desenvolvam o atributo da hospitalidade. (I Pe. 4:9 e Hb. 13:2). Cristo em Seu ministério terreno e Seus discípulos eram inteiramente dependentes da hospitalidade enquanto ministravam de cidade em cidade. (Mt. 10:9-11).

Romanos 12:14. Abençoai, não amaldiçoeis. Quando um crente é perseguido e injuriado, não deve retribuir as injúrias ou ofensas, afinal, quando isso acontece, significa que somos bem-aventurados (Mt. 5:10-12). Nesta passagem, o apóstolo, usado pelo Espírito Santo, repete as mesmas instruções que o nosso Senhor Jesus Cristo, sobre não amaldiçoar os inimigos e sim abençoá-los. (Mt.5:44 e Lc. 6:27-28).

Romanos 12:15-16. Alegria, choro e acomodação às coisas humildes. O compartilhar sentimentos (alegrias e tristezas) faz parte da comunicação entre os santos. Quando um irmão está alegre, devemos nos alegrar com ele e, do mesmo modo, nos momentos de tristeza, o crente deve sentir a dor que está abatendo o irmão, isso chama-se levar as cargas uns dos outros. (Gl. 6:2). Há tempo de sorrir e tempo de chorar. (Ec. 3:4). Devemos buscar a unidade da fé, não ambicionando as grandes coisas e contentando-nos com as humildes (Sl. 131:1), Não queiras ser sábio aos teus próprios, pois, quando te comportas desta maneira, torna-te tolo (Pv. 3:7 e Pv. 12:15).

Romanos 12:17-18. Procurai as coisas honestas e tendes paz. Não devemos evitar apenas o mal, e sim, toda a aparência do mal (I Tes. 5:22). Há diversas situações em que o crente tem a sua honestidade provada. Os salvos devem procurar viver honestamente, diante de Deus e dos homens (II Co. 8:21 e I Pe. 2:12). Devemos ter sempre em mente que o nosso testemunho só será eficaz perante crentes e incrédulos, quando andamos com sabedoria (Cl. 4:5 e I Tm. 3:7). O crente, em hipótese alguma, deve ser o instigador da contenda (II Tm.2:23-24). Veja bem, temos duas vertentes, nem sempre é possível viver pacificamente com algumas pessoas, porque elas tornam isso impossível. O que devemos fazer? Nos apartar do mal e buscar a paz (I Pe. 3:11-12).

Romanos 12:19. A vingança pertence ao Senhor. Os crentes devem possuir longanimidade (virtude de se suportar com firmeza contrariedades em benefício de outrem; magnanimidade, generosidade). Não devemos deixar o sentimento de hostilidade entrar em erupção e sim esperar no Senhor, pois a vingança pertence a Ele (Pv. 20:22 e Sl. 94:1). O crente que adentrou a igreja de Cristo (batista de função) tem a obrigação de semear o fruto da justiça na paz, não retaliando os contradizentes e sim os entregando a Deus, uma vez que Ele é quem nos guarda e nos recompensa (Tg. 3:18 e Dt. 32:35).

Romanos 12:20-21. Vença o mal, com o bem. Sabemos que a nossa luta não é contra a carne e o sangue, e sim contra as hostes infernais do maligno (Ef. 6:12). Ou seja, devemos ter sabedoria para enfrentarmos a crueldade dos inimigos, ao ponto de deixá-los confundidos (Pv. 25:21-22). Isso pode fazer com que o antagonista se sinta envergonhado, reconhecendo seu erro e até se voltando para Deus em arrependimento (II Tm. 2:25-26).

Pastor Walter Costa.

Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preserva­do por Deus em ininterrupto uso por crentes fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611.
Aplicado na IBBF Esperança-PB, 09 de Novembro de 2025.

domingo, 2 de novembro de 2025

Estudo expositivo em Romanos – Ensinamento 26-Capítulo 12:1-8.


Romanos 12:1. Corpos em sacrifício vivo. A soberania e provisão de Deus para com os santos não são causa excludente da responsabilidade dos mesmos para com o Senhor (Fp. 2:12-13 e Ef. 4:1). A partir do capítulo 12 da carta aos romanos, o apóstolo Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, reforça vários deveres e princípios que devem nortear a vida cristã. Normalmente, usamos os nossos corpos para suprir as necessidades temporárias, trabalhamos duro para ganharmos mais, para nos capacitarmos profissionalmente, pensamos na nossa vida social. Mas não temos tempo para o estudo da Palavra de Deus; para orar, para visitar e principalmente de exercermos a função primária do crente que é a de ser embaixador da parte de Cristo (II Co. 5:20 e I Co. 9:16). Só podemos apresentar os nossos corpos como sacrifício vivo, quando não o usamos como instrumentos de iniquidade e sim como instrumentos de justiça (Ro. 6:13). O culto racional não é prestado apenas nos ajuntamentos bíblicos (igrejas), e sim no nosso dia a dia, mantendo um relacionamento íntimo de obediência aos ensinamentos do Senhor. A vida do crente deve ser um motivo perene de glorificação a Deus (I Co. 6:19-20 e I Co. 14:40).

Romanos 12:2. Sede transformado. Em tempos de intensa transformação nas relações humanas, os crentes estão se deixando levar pela maré da metamorfose vivida no mundo. Fato que vai de encontro com a Palavra de Deus, que nos ordena a não amar o mundo, nem o que nele há (I Jo. 2:15-17 e I Pe. 1:14). Ser crente é ser guiado pelo Espírito Santo. (Ro. 8:14). Seguindo os princípios da lógica: identidade e contradição, podemos concluir que o ser espiritual se identifica com as coisas concernentes ao espírito, com isso, contradiz as ações da carne, ou seja, o salvo anela a busca do fruto do Espírito e renunciar os frutos da carne. (Gl. 5:22). Quando Deus resgata um pecador da condenação eterna, existe a perspectiva e esperança de que o mesmo frutifique em boas obras e cresça no conhecimento de Deus. Isto quer dizer que o Senhor espera coisas boas dos salvos, aquelas que acompanham a salvação. (Hb. 6:9). Durante o tempo que se chama hoje, o crente deve aplicar-se em realizar ações que sirvam de edificação e paz, pois, quando o salvo age dessa forma, edifica ao irmão e torna-se agradável a Deus e aceito pelos homens. (Ro. 14:17-19). Só pode desfrutar a perfeita vontade de Deus, aqueles que vivem uma vida em obediência e submissão à Sua Palavra. A Bíblia nos dá duas perspectivas sobre a vontade de Deus: a perfeita vontade de Deus, que é aquilo que Ele quer que façamos. E a vontade permissiva de Deus, que é aquilo que Deus nos permite fazer, mesmo estando Lhe desagradando.

Romanos 12:3. A medida da fé. O apóstolo inicia este versículo mostrando que a graça de Deus é a causa principal do agir dos crentes (I Co. 15:10). E por este motivo, Paulo exorta que cada salvo não deve se gloriar em si mesmo e sim ter humildade, sobriedade e moderação, esperando única e exclusivamente na graça do Senhor (I Pe. 1:13). Sabemos que a fé não é para todos (II Tes. 2:3) e que Cristo é o autor e consumador da nossa fé (Hb. 12:2). Portanto, a medida de fé não se refere ao tamanho da fé, e sim à quantidade da fé dada por Deus aos filhos. Explicando melhor, a fé varia de crente para crente, isto é bem evidenciado quando vemos que uns crentes aprendem a confiar mais em Deus do que outros.

Romanos 12:4. O corpo e sua operação. O apóstolo faz uma analogia (relação de semelhança entre coisas ou fatos distintos) para explicar o funcionamento de um ajuntamento bíblico. Ele faz uma comparação com o corpo humano, onde existem diversos membros, porém o corpo é um só. Ef. 4:4. A igreja de Cristo é o Seu corpo e Sua plenitude (Ef. 1:22-23). Diante dessa verdade, podemos afirmar que a igreja é formada por pessoas salvas que adentraram, através do batismo bíblico, na sua membresia. Quando o crente é batizado, ele recebe a autoridade do ide de Cristo e a responsabilidade de fazer a sua justa operação em prol do ajustamento do corpo (Ef. 4:16 e I Co. 12:26).

Romanos 12:5. Muitos em um só corpo. Quando o salvo entende que faz parte de um só corpo (I Co. 12:12), deixa o individualismo de lado e busca desenvolver os seus dons em prol dos outros. Podemos afirmar que os membros existem para servir ao corpo e não o corpo aos membros. Nisto entendemos que todos os membros desempenham papéis importantes e que não há membro inferior ou superior, e sim uma multidependência (I Co. 12:14-21). Não existe em uma igreja bíblica neotestamentária qualquer espécie de governo humano (Ex. papa, presidente etc.), Cristo é a cabeça e os demais membros, todos, sem exceção, são irmãos. Mt. 23:7-10. O propósito da igualdade entre os membros do corpo é mostrar que todos são importantes. Até mesmo aqueles que parecem ser os mais fracos e menos honrosos são extremamente necessários e dignos de honra.

Romanos 12:6-8. Variedades dos dons. Primeiro devemos saber que os dons não são distintivos entre os irmãos. Cada membro deve administrar os dons dado por Deus, como verdadeiros mordomos da graça do Senhor. Jamais, se engradecendo e pensando ser melhor do que o outro. (I Pe. 4:10-11). Deus dá capacidade especial a alguns crentes, não para inflar os seus egos, mas para capacitá-los a servir as pessoas, ensinando-lhes a verdade bíblica. O resultado do uso deste dom é que os crentes serão edificados na sua fé cristã (Ef. 4:12-13).

Dom da profecia: Antes de adentramos nos detalhes das variedades dos dons, achamos por bem definir os termos “profeta e profecia”. Ambas palavras possuem origem em uma palavra hebraica que significa “jorrar, Irromper”, sempre se referindo a um profeta falando sob o poder do Espírito Santo. O ofício profético teve como característica principal a revelação progressiva do plano de Deus para com o homem. Um profeta era o porta-voz de Deus, aquele que revelava o desconhecido à humanidade, o propósito divino para a restauração do homem. Neste sentido, o ofício profético durou até João (Mt.11:13), pois, com a vinda de Cristo, o próprio Deus Se revelou ao homem, de forma plena e integral (Hb.1:1). São, pois, totalmente espúrias e sem qualquer respaldo bíblico a aparição de novos profetas, que nada mais são do que falsos profetas. Nos dias atuais, esse dom é dispensado aos crentes que diligentemente se aperfeiçoam na Palavra de Deus, usando o dom dado pelo Senhor para abrir e explicar a Bíblia aos irmãos e aos perdidos. Sabemos que Deus levanta homens que se aprofundarão com maior vigor na busca pelo conhecimento bíblico. Porém, só devemos escutá-los, se os mesmos estiverem falando conforme a Palavra de Deus e principalmente sendo fiéis ao conteúdo bíblico (I Co. 4:6).

Dom de ministrar. O dom de ministrar é dado às pessoas para ajudar o trabalho da igreja em um papel de apoio. (Atos 6:2-5). Todos os crentes são ministros. Na verdade, todos nós somos ordenados a servir a Deus.

Dom de ensinar. É um dom dado pelo Espírito Santo, permitindo comunicar eficazmente as verdades da Bíblia aos outros. O dom de ensinar envolve a análise e proclamação da Palavra de Deus, explicando o significado, o contexto e a aplicação à vida do ouvinte. O professor talentoso é aquele que tem a capacidade única de instruir e comunicar claramente o conhecimento, especificamente as doutrinas da fé e das verdades da Bíblia. (Ef. 4:11-12). https://www.gotquestions.org/.

Dom de exortar. Exortar é desenvolver relacionamentos com outros crentes com o propósito de encorajá-los em seu crescimento espiritual. (Hb. 3:13). https://www.gotquestions.org/.

Dom de repartir. Repartir (compartilhar) é a virtude que o crente deve desenvolver através da generosidade. (II Co. 8:1-5). A generosidade dos macedônios, mesmo diante das adversidades, comprova a graciosa obra de Deus entre aquelas igrejas. Quando repartimos com alegria e com um bom propósito no coração, Deus é glorificado. (II Co. 9:7-12).

Dom de presidir. O dom espiritual de presidir é dado por Deus a homens e mulheres que ajudarão a igreja a crescer e prosperar além da geração atual. Deus deu o dom da liderança não para exaltar os homens, mas para glorificar a Si mesmo quando os crentes usam Seus dons para fazer Sua vontade. https://www.gotquestions.org/.

Dom exercitar misericórdia. Exercitar misericórdia é o que expressamos quando Deus nos leva a sermos compassivos em nossas atitudes, palavras e ações. É mais do que sentir simpatia por alguém; é amor promulgado. A misericórdia deseja responder às necessidades imediatas dos outros e aliviar o sofrimento, a solidão e a dor. A misericórdia aborda crises físicas, emocionais, financeiras ou espirituais com um serviço generoso e auto sacrificial. (Mt. 5:7). https://www.gotquestions.org/.

Pastor Walter Costa.
Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preserva­do por Deus em ininterrupto uso por crentes fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611. Aplicado na IBBF Esperança-PB, 02 de Novembro de 2025.

domingo, 26 de outubro de 2025

Estudo expositivo em Romanos – Ensinamento 25-Capítulo 11:25-36

 


Romanos 11:25. A plenitude dos gentios. A rejeição judaica ocorre devido ao endurecimento dos seus corações, eles não conseguem levantar o véu e continuam vivenciando as Lições do Velho Testamento, que foi abolido por Cristo (II Co. 3:14). Esse mistério esteve na mente de Deus desde antes da fundação do mundo, sendo agora revelado, Deus tomará entre os gentios um povo para Si (Atos 15:14). Para compreendermos de forma correta este versículo, é necessário compreender o contexto da passagem. Paulo está escrevendo para uma igreja predominantemente gentílica, muito específica, a igreja de Cristo em Roma (V. 13). Para que eles (os gentios) não se ensoberbeçam (V. 20), ou tornem-se sábios aos seus próprios olhos (V. 25), Paulo lembra-lhes que Deus ainda não terminou com Israel (nação). Todo o pensamento aqui está relacionado à forma como Deus está lidando com Israel nesta época, lembre-se de que as relações de Deus até o presente momento com o povo judeu têm sido nacional. Israel, durante a era da Igreja, é deixado de lado nacionalmente enquanto Deus fala individualmente com judeus e gentios. A cegueira da qual Paulo fala neste versículo está relacionada à desobediência de Israel como nação. Deus falou desta cegueira nacional a Isaías quando o enviou para proclamar a Sua mensagem a Israel (Is. 6 6:9-12). A plenitude dos gentios não diz respeito a quantidade e sim ao período em que a oferta universal do Evangelho, estará disponível ao povo gentílico.

Romanos 11:26-27. Todo Israel será salvo. Temos alguns questionamentos nesta passagem: o apóstolo trata da nação física ou espiritual de Israel? Quando ocorrerá este fato? Primeira resposta, Paulo está afirmando que haverá uma futura conversão em massa de judeus étnicos no final da atual dispensação. Além da salvação espiritual para os judeus étnicos, haverá uma restauração do povo judeu como nação (no milênio). Segunda resposta, essa salvação a todos os judeus só ocorrerá quando plenitude de Israel estiver voltado ao Senhor no final da grande tribulação, quando adentrarão ao Milênio (Ro. 11:12). Após a restauração espiritual de Israel, Cristo estabelecerá Seu reino milenar na terra. A nação de Israel será reunido das extremidades da terra (Is. 11:12 e Is. 62:10). Neste tempo, parte da nação física de Israel que existir reconhecerá Jesus como o Verdadeiro Messias e crerão em Sua obra. O Senhor tornará justo o povo de Israel (Is. 60:21). Apesar do atual estado de incredulidade de Israel, um futuro remanescente se converterá e cumprirá sua missão de estabelecer a justiça pela fé (Ro. 10:1-8 e Ro.11:5). Essa conversão ocorrerá em conformidade com a profecia de Moisés sobre a restauração permanente de Israel à terra (Dt.30:1–10).

Romanos 11:28-29. Dons sem arrependimento. Nos dias do endurecimento os descendentes de Jacó que não creem na obra expiatória de Cristo, são inimigos do Evangelho e dos que o ministram (I Tes. 2:14-16). Mas, ao analisarmos do ponto de vista da eleição nacional de Israel para herdar os benefícios temporários, os judeus são objetos do amor Deus por causa dos patriarcas "amados por causa dos pais" (Dt. 7:8 e Dt. 10:15). Ao afirmar que os “dons e vocações de Deus são sem arrependimento” certamente, diz respeito ao privilégio dos israelitas possuírem um relacionamento íntimo com o Senhor, ao ponto, de receberem diversas bênçãos e promessas. Por Sua bondade e misericórdia Deus não retirará a promessa feita aos pais. Israel não foi escolhido por sua bondade e sim pela vontade do Senhor dos Exércitos e por este motivo, não irá abandoná-los devido as suas maldades. Essa mesma segurança gozam os crentes, pois, recebemos a salvação através do dom de Deus (Ef. 2:8 e Ro. 8:37-39).

Romanos 11:30-32. Todos são dependentes da misericórdia do Senhor. Temos aqui, mais um aviso dado pelo Espírito Santo, agora tendo os gentios como recipientes. Ou seja, o povo gentílico não deve se orgulhar de atualmente seja objeto especial do favor imerecido de Deus. Todos viviam em desobediência e nos deleites da carne (Ef. 2:1-3 e Tt. 3:3). Então, podemos chegar a seguinte conclusão: Deus colocou todos em desobediência tanto judeus como gentios, para usar de misericórdia para ambos os povos (Ro. 3:9 e Gl. 3:22). Ou seja, Ele mostrará misericórdia a "todos" sem distinção (gentios e judeus).

Romanos 11:33-34. Os insondáveis juízos do Senhor. Paulo inicia essa passagem, maravilhando-se com a profundidade de três atributos divinos: riquezas, sabedoria e conhecimento. Mas, Paulo fica impressionado com uma profundidade da sabedoria e conhecimento de Deus. Não há ser humano que consiga sequer imaginar, o tamanho da sabedoria e conhecimento de Deus (Sl. 36:6). A mente limitada do homem, o torna incapaz de entender todos os propósitos e caminhos do Senhor (Is. 40:13 e Jr. 23:18). O homem só consegue enxergar as maravilhas do Todo Poderoso, quando é capacitado pelo Espírito Santo a ter entendimento, pois, é algo tão complexos, que não podemos descobrir sem a ajuda do Espírito (Is. 55:8-9 e II Co. 3:5).

Romanos 11:35-36. Glória a Deus eternamente. Aqui, Paulo faz uma observação a uma citação de Jó, a qual coloca o homem em seu devido lugar, afinal, Deus não precisa e nunca precisará de homem algum, caso isso fosse possível o Senhor ficaria em dívida (Jó.35: 7 e Jó.41:11). O simples fato de Deus nos usar como instrumentos na execução da Sua perfeita vontade, não significa que Ele não podem realizar os Seus propósitos sem a participação humana (II Co. 4:7). Deus é o Criador, Mantedor de todas as coisas, tudo foi criado por Ele e para Ele (Cl. 1:16 e I Co. 8:6). O crente deve rogar a Deus que o livre de toda má obra. Sabendo que toda honra e toda glória só deve ser dada ao Rei dos Século (II Tm. 4;18 e I Tm. 1:17).

Pastor Walter Costa.

Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por crentes fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611.

Aplicado na IBBF Esperança-PB, 26 de Outubro de 2025

Estudo expositivo em Romanos – Ensinamento 24-Capítulo 11:11-24



Romanos 11:11-12. A salvação é enviada aos gentios. A queda de Israel, podemos afirmar, que foi uma ponte construída por Deus para outorgar a salvação ao povo gentílico. A rejeição de Israel serviu ao perfeito propósito de Deus de enviar a salvação aos gentios (Atos 28:26-28). Notadamente, o povo hebreu era os convidados de honra para as bodas do Filho, mas eles recusaram o convite, que foi estendido ao povo gentio (Mt. 22:3-6 e Mt. 22:9-10). Ora, a transgressão de Israel serviu de pano de fundo para o cumprimento da promessa feita a Abraão, quando o Senhor afirmou que todas as famílias da terra seriam benditas no patriarca (Gn. 12:1-3). A diminuição de Israel é causa da riqueza dos gentios, isto é, em Cristo toda a humanidade pode ser reconciliada com Deus (II Co. 5:18-19). A plenitude de Israel voltando ao Senhor só ocorrerá após o final da grande tribulação, quando adentrarão ao Milênio.

Romanos 11:13-14. Paulo, apóstolo dos gentios. Deus, em Seus propósitos eternos, designou Paulo para levar o nome do Senhor entre o povo gentílico (Atos 9:15). Ele foi considerado o apóstolo dos gentios porque a maior parte de seu ministério foi gasto em terras pagãs, plantando igrejas entre os gentios. O Senhor escolheu especificamente Paulo para ser o apóstolo dos gentios para mostrar que a salvação é oferecida a todas as pessoas. (Ef. 3:6). No momento em que evangelizava os gentios, o apóstolo, de forma indireta, também apresentava Cristo aos da sua nação, na esperança de que o ciúme deles os levasse ao verdadeiro encontro com Cristo. Fato esse, que fazia parte das orações e desejos de Paulo (Ro. 10:1).

Romanos 11:15. Vida dentre os mortos. A rejeição da nação israelita a Jesus foi a causa da reconciliação do mundo (ver comentário versos 11 e 12). Imaginem quando o povo hebreu receber o Evangelho de Cristo, será um fato tão glorioso quanto a ressurreição dos mortos no vale de ossos (Ez. 37:11-14). Algo grandioso que só pode ser comparado à ressurreição final que os crentes experimentarão (I Co. 15:51-54). A reconciliação do mundo não significa que todos os homens serão reconciliados, mas que todos os que creem biblicamente na obra de Cristo (Ro. 5:10-11).

Romanos 11:16-19. Feito participante da Raiz. Tradicionalmente falando, a oliveira original era a nação de Israel, mas a desobediência e infidelidade fizeram quebrar-lhes os ramos (Jr. 11:16-17). Deus ainda irá sarar a infidelidade judaica, que voltará a florescer como belos lírios (Os. 14:4-6). Devido à rebeldia dos israelitas, a oliveira brava (gentios) foi enxertada na Oliveira (Cristo). Lembrem-se de que antes os gentios estavam separados de Israel e sem Deus no mundo (Ef. 2:12). Então, o Lavrador, em Sua infinita sabedoria, aplicou a técnica do enxertamento, cortou as varas infrutíferas e nos enxertou na Videira Verdadeira (João15:1-4). Devemos sempre levar em consideração o fato do Senhor, através da Sua benignidade, ter feito a oliveira brava ser participante da Raiz, para jamais nos gloriarmos, pois, que nos sustenta é a Raiz que é Cristo (Ap. 5:5 e Ap. 22:16).

Romanos 11:20-21. Não te ensoberbeças. Afirmamos com certeza que a inspiração dada a Paulo, nesta passagem, diz respeito aos dois povos (judeus e gentios) e não a crentes individuais. Caso assim fosse, poderíamos concluir que a hipótese da perda da salvação encontraria refúgio nestes versos, fato esse (perda da salvação) IMPOSSÍVEL DE ACONTECER, pois, quando somos levados a Cristo pelo Pai, JAMAIS SEREMOS LANÇADOS FORA (João 6:37). O ponto de Paulo era: se Deus deixou de lado os judeus ("não poupou os ramos naturais") temporariamente, por causa de sua incredulidade, ele poderia fazer o mesmo com os gentios por causa de sua vanglória. Contrariando a máxima religiosa, como, por exemplo: não seguir os sacramentos da igreja católica (Batismo, Confirmação, Eucaristia, Penitência, Extrema Unção, Ordem e Matrimônio) ou não perseverar até o fim, o famoso T, do Tulip calvinista, a qual afirma que o homem que não se preservar poderá perder a salvação, a Bíblia proclama categoricamente que o crente é CONSERVADO/PRESERVADO (guardado, poupado, resguardado), por Jesus Cristo (Jd. 1:1), que é o autor e CONSUMADOR da nossa fé (Hb 12:2).

Romanos 11:22-24. A bondade e severidade de Deus. Nesta passagem, novamente, o apóstolo trata do projeto de Deus para dois grupos específicos de pessoas: judeus e gentios. Em momento algum, refere-se à salvação individual e sim ao perfeito plano de Deus tanto para judeus, como para os gentios. Ou seja, a única forma de um pecador ser salvo é estar enxertado na Raiz, independentemente da nacionalidade. Ora, se Deus enxertou a oliveira brava na Raiz, com certeza poderá restaurar os galhos podados da oliveira original. Portanto, à luz do contexto de toda a Bíblia, nada poderá afastar o salvo (gentio ou judeu) do amor de Deus (Ro. 8:38-39). Cristo afirmou que todo aquele que Nele crer tem a vida eterna (João 6:47). A Palavra de Deus afirma que a nossa salvação é pela graça (favor não merecido) de Deus, unicamente pela fé (Ef. 2:8-9). Portanto, não devemos colocar a confiança da salvação em nossas OBRAS ou em quaisquer outros ATOS RELIGIOSOS, nem em quaisquer outras coisas semelhantes. Ponha sua confiança unicamente em Cristo Jesus, pois se a fé estiver em Jesus, o ponto da questão não é saber se a sua fé é GRANDE ou pequena, FORTE ou fraca, mas se a Pessoa que te subsistiu é a correta para justificar os teus pecados diante do Senhor (Ro. 5:8-9).

Pastor Walter Costa. 
Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por crentes fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611. 
Aplicado na IBBF Esperança-PB, 19 de Outubro de 2025

Estudo expositivo em Romanos – Ensinamento 23-Capítulo 11:1-10

                     

Romanos 11:1. Rejeição de Israel é parcial. O capítulo 11 de Romanos começa com uma pergunta retórica: Porventura rejeitou Deus o Seu povo? Paulo usa a sua conversão para provar que o Senhor não havia rejeitado Israel. A ida de Saulo a Damasco tinha um único propósito, destruir a igreja de Cristo (Atos 9:1-5). O apóstolo explica que era israelita da tribo de Benjamim e, após o seu encontro com Cristo, tornou-se crente e salvo não pela justiça da Lei e sim pela fé no Salvador (Fp. 3:4-6 e 9). A salvação é comum a todos os homens de todas as nações. Sendo duas condições inseparáveis para a salvação: arrependimento e fé (Atos 17:30 e Ef. 2:8). 

Romanos 11:2. O pre conhecimento de Deus. Temos aqui uma passagem de difícil compreensão, que os indoutos e inconstantes torcem para a sua própria perdição (II Pe. 3:16). O pre conhecimento de Deus com relação à nação de Israel e diz respeito aos privilégios temporários e aos compromissos divinos assumidos com o patriarca Abraão e sua posteridade. (Sl. 94:14). A rebeldia de Israel (Ro.10:21) é a causa do duro julgamento do Senhor sobre eles, sendo a misericórdia e fidelidade de Deus a causa dos israelitas não serem destruídos por completo (Is.10:22-23). 

Romanos 11:3-4. Sete mil homens que não se dobraram a Baal. Este trecho confirma que Israel não foi completamente deixado de lado por Deus. Mesmo que tenham rejeitado a Cristo, Deus não abandonou Suas promessas para eles, nem alterou sua condição como Seu povo escolhido. Não se trata de se dobrar à imagem de Baal, mas, sim, homens que não praticaram os ensinamentos de Baal. Em um período em que os israelitas haviam rejeitado Deus e adoravam a Baal, Elias acreditava que estaria sozinho na batalha pela verdade divina. Mas, o Senhor não o deixou só (I Rs. 19:18 e Jr. 50:20). Que sirva como exemplo para os crentes da atual dispensação, para que possamos ser firmes, constantes e abundantes na obra de Deus (I Co. 15:58). 

Romanos 11:5. Remanescente segundo a graça. Remanescente é aquele que permanece, continua existindo ou resta após uma parte ter sido retirada, eliminada ou consumida. Na Bíblia, o termo remanescente tem um sentido espiritual e é usado para se referir às pessoas que permanecem fiéis a Deus mesmo em tempos de crise, provações ou decadência moral da sociedade. https://www.significados.com.br/remanescente/. Deus, em Sua perfeita sabedoria, determinou que a salvação de qualquer homem, deveria acontecer por meio da gloriosa graça de Deus, ou seja, hoje existem descendentes físicos de Jacó, como remanescente unicamente por meio da graça, fato esse que nada tem a ver com nacionalidade e sim com a soberania do Senhor (Ro. 4:16). Como o próprio nome diz, os remanescentes sempre foram a minoria, contudo nunca foram abandonados pelo Senhor. Atualmente, o cuidado do crente é em preservar a palavra de Deus e combater os homens ímpios que tentam transformar a graça de Deus em desagregação (Jd. 1:4). Reforçamos a verdade escriturística de que o povo de Israel, para ser salvo terá que receber Cristo como seu Salvador pessoal e se converterem biblicamente a Deus (Is. 10:20-21). Características dos remanescentes: O remanescente não segue ventos doutrinários, escuta apenas o Pastor. O remanescente não procura aprovação, mas sim, permanecer na verdade eterna. O remanescente não se curva ao erro, permanece firme na convicção doutrinária. O remanescente não teme as chamas, marcha ao lado do Fogo que purifica. 

Romanos 11:6. Se é por graça, já não é pelas obras. O inimigo é sagaz e age com astúcia, a grande jogada do Diabo é colocar em dúvida a obra expiatória de Cristo. Neste sentido, o apóstolo divinamente inspirado mostra que não é possível a justificação por meio de qualquer obra (Ro. 4:4-5). A Lei judaica para os judeus e o sistema religioso nos dias atuais, através dos seus líderes que são ministros de satanás, tentam incutir na mente das pessoas que a salvação é um processo, no qual Cristo faz Sua parte e o pecador homologa através dos seus atos a obra do Senhor naquela maldita cruz, ledo engano, só a benignidade e amor de Deus é capaz de salvar um pecador (Tt. 3:4-7 e Ro. 3:24). O crente espera tão somente na graça revelada por Jesus (I Pe. 1:13). 

Romanos 11:7. Israel não alcançou. Os judeus buscavam a justiça de Deus através da obediência e ignoravam a "justiça" que vem de "(de) Deus" como um presente recebido unicamente por meio da fé (Ro.1:16-17). O Novo Testamento deixa claro que as distinções entre judeus e gentios não são mais aplicadas no tempo atual. Isso não quer dizer que Deus abandonou os hebreus, e sim que Ele tem o mesmo propósito com relação à salvação para ambos os povos. Todo aquele que nasce de novo em Cristo Jesus é contabilizado como filho de Abrão (Gl. 3:7). Diante de tal afirmação, podemos afirmar que Paulo fez a divisão do povo israelita da seguinte maneira: os remanescentes segundo a eleição da graça e aqueles que foram endurecidos. Fato é que os gentios também enquadram-se nesta divisão, afinal, a incredulidade da humanidade não é causa excludente da fidelidade do Senhor. (Ro. 3:30). 

Romanos 11:8. Espírito de profundo sono. Apesar de toda a proteção de Deus para com o povo israelita, eles viram a libertação milagrosa que Deus deu ao seu povo, quando da saída do Egito, experimentaram a Sua preservação no deserto e ouviram as advertências dos profetas, mesmo assim, continuaram na desobediência. Por este motivo, Deus deu-lhes o espírito do sono e estupidez (Dt. 29:4/ Is. 6:10/ Is. 29:10). Esse fato, é a causa primordial para o bloqueio dos sentidos, e consequentemente não entenderem a palavra do Senhor até os dias atuais (Mt. 13:14 eJo.12:40). 

Romanos 11:9-10. Os judeus odiaram ao filho. Temos nessa passagem o cumprimento da profecia do Salmo 69, quando os israelitas se colocaram contra Deus, rejeitando o Seu Filho. (Sl. 69:22-23). A incapacidade de ver claramente e a escravidão à Lei resultaram no ódio pelo Messias (Atos 2:22-23 e Jo. 15:24-25). Quando Paulo faz referência ao salmos 69, demonstra que os judeus conheciam as profecias messiânicas e mesmo assim eles não creram e tropeçaram na pedra de tropeço (Ro. 9:32-33). 

Pastor Walter Costa. Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por crentes fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611. Aplicado na IBBF Esperança-PB, 28 de Setembro de 2025

domingo, 28 de setembro de 2025

Estudo expositivo em Romanos – Ensinamento 22-Capítulo 10:14-21.

 




Romanos 10:14. Como ouvirão, se não há que pregue. Muitos acreditam que apenas os pastores e evangelistas são capazes de pregar o Evangelho. Essas pessoas, estão enganadas, nenhum ser humano tem autoridade para pregar por si só as boas novas. A autoridade foi dada a igreja (Mt. 28:19-20) e apenas os membros biblicamente batizados e em comunhão com a congregação estão autorizados a pregar o Evangelho eterno. Afinal a igreja é o lugar de aperfeiçoar os salvos para serem usados na obra do ministério (Ef. 4:12-14). A ideia que qualquer pessoa pode pregar o Evangelho é uma teoria da famigerada e antibíblica igreja universal invisível. Esta teoria é responsável pela maior parte do interdenominacionalismo. Pregadores hereges e reavivadores unidos fundaram seus movimentos sob a afirmação de que todos crentes estão na “igreja verdadeira”. Expressões como “nós somos a igreja” e “que igreja você está sendo” é comumente difundida entre os universalistas. Eles dizem que os crentes devem abandonar suas “mesquinhas diferenças” e trabalharem juntos para o progresso da "causa de Cristo". O crente não igreja e sim templo do Espírito Santo (I Co. 3:16). Então, apenas os salvos e obediência e membrados a igreja de Cristo possuem autoridade para levar o ide do Senhor (Mc. 16:15 e Mc. 13:34).

Romanos 10:15. Quão formosos os pés que levam o Evangelho. A Sagrada Escritura mostrar clara e objetivamente que a nossa alma é imortal e que muitos padecerão no castigo eterno (II Tes. 1:8-9). Com esse quadro afixado na mente o crente tem a obrigação de anunciar ao evangelho a toda a criatura (Mc. 16:15-16). Não sabemos qual semente brotará, mas temos uma linda missão de anunciar o Evangelho da paz, levando as boas novas. Portanto é de suma importância o nosso amor e compromisso com as almas que estão a espera de ouvir a verdadeira Palavra de Deus, afinal a fé é pelo ouvir. Os atalaias possuem como obrigação primaria avisar sobre o perigo vindouro. Essa é também, a função do salvo em comunhão bíblica com a assembleia local anunciar o Evangelho de Cristo, o qual não devemos nos envergonhar do Seu testemunho e sim expressá-lo a toda e qualquer criatura (Is. 52:7-8 e II Tm. 1:8-9). Não cabe ao anunciante do Evangelho questionar o local e a semente a ser semeado, pois isso, não cabe ao que semeia e sim ao Senhor de Vinha (Ec. 11:5-6). A declaração quão formosos são os pés dos que trazem boas novas refere-se não à aparência dos pés, mas à sua ação.

Romanos 10:16. Nem todos tem obedecidos. Os judeus eram sabedores da vinda do Messias e mesma assim a maioria não acreditou (Is. 53:1). Eles viram Cristo e não compreendam, pois, estavam com os corações endurecidos (Jo. 12:38-40). Ou seja, todo o que era necessário a salvação foi anunciado aos judeus, porém qual foi o problema? Simplesmente eles não obedeceram ao evangelho. Podemos aferir de modo bíblico, que o insucesso de confiar unicamente em Cristo, significa não apenas a incapacidade de receber a verdade do evangelho e sim um ato de desobediência, recusando de modo obstinado a obra de Cristo, como a única capaz de salvar o pecador. O grande erro dos judeus e dos gentios é não examinarem as Escrituras. (Jo. 5:39-40). Fato é, que a desobediência dos judeus e de todos que rejeitarem o evangelho, é a causa da eterna perdição. (II Tes. 1:8-9). Na atualidade a esmagadora maioria da raça humana está cega e sem entendimento, com a pior de todas as cegueiras, que é a espiritual (II Co. 4:4).

Romanos 10:17-18. A fé é ouvir. A pregação do Evangelho de Cristo e o canal usado por Deus para salvar as pessoas. Os pregadores são meros instrumentos usados pelo Senhor para proclamar a Sua verdade. Por isso, é de grande importância que os que as escutam, recebam a palavra de bom grado (At. 2:41). A palavra de Deus sairá até os confins da terra (Sl. 19:4). Mas, não adianta ouvir sem ter fé, muitos também ouviram as boas novas, mas, de nada lhes foi aproveitado, uma vez que não estava misturada com o elemento principal da salvação: A FÉ (Hb. 4:2-3). Neste sentido, o enganador o criou o evangelho do erro, cheio de poder, sinais e prodígios de mentira e muitos seguirão as suas dissoluções (II Tes. 2:9-10 e II Pe. 2:1-2).

Romanos 10:19. Será que Israel não sabia do chamado aos gentios? A Lei de Moisés, ensina que o Senhor do Exércitos, chamaria para Si o povo gentílico. (Dt. 32:21). No entanto, Israel não deu importância (ignorou) tal fato. O grande propósito e benignidade de Deus é algo inexplicável. Os judeus provocaram ao Senhor, buscando “deuses” estranhos, essa foi a chave para a salvação do povo gentílico. (Ro. 11:11). Antes os gentios estavam se Cristo e separados de Israel, não sendo participantes das promessas, literalmente sem Deus no mundo, a obra de Cristo derrubou o murro da separação e fez um só povo (Ef. 2:11-14).

Romanos 10:20. Achado pelos que não O procuravam. Ao cita o profeta Isaías, o apóstolo mostra que os israelitas sabiam da promessa que incorporaria os gentios como membros da família de Deus (Is. 65:1). Então, os gentios que não esperavam e não procuravam agradar Deus, mas, buscavam as coisas terrenas e temporárias, receberam pela fé no Evangelho a justificação de vossas almas e tornaram-se benditos no crente Abraão (Gl. 3:8-9). Nunca é tarde para lembrar que Cristo veio para os seus, e eles não o receberam, mas, nós os gentios O recebemos e passamos a condição de filhos (Jo. 1:11-13). Através da expiação perfeita de Cristo, somos retirados da família da irá e nos tornamos filhos de Deus. (Ro. 8: 16-17). O nascer de novo é a condição primaria para pecador adentrar a família e ser participante do reino de Deus. (Jo. 3:3). Sendo este novo nascimento um ato perfeito da soberana vontade de Deus. Somos de novo gerados, isto é, recebemos uma nova nature­za que é a espiritual, gerada de uma semente incorruptível. (Tg. 1:18 e I Pe. 1:23).

Romanos 10:21. Povo rebelde e contradizentes. Deus não encolheu a mão contra os judeus e sim as iniquidades desse povo, foi o fato primordial que fez a separação entre eles o Senhor (Is. 59:1-2). Observe que é Deus está com as mãos estendidas ao povo judeus. Os hebreus não quiseram ouvir a voz de Deus e por este motivo Ele os entregou aos desejos dos seus corações (Sl. 81:11-13). No caso da passagem ora estudada, a principal rebeldia do povo Hebreu era recusava-se a obedecer ao evangelho de Cristo. (V.16).


Pastor Walter Costa.

Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preserva­do por Deus em ininterrupto uso por crentes fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611.

Aplicado na IBBF Esperança-PB, 21 de Setembro de 2025.

domingo, 14 de setembro de 2025

Estudo expositivo em Romanos – Ensinamento 21-Capítulo 10:1-13.




Romanos 10:1-2. Zelo sem entendimento. Temos aqui, uma nova manifestação do amor e cuidado de Paulo, pelos seus irmãos na carne. A sua oração e seu desejo era para salvação do povo israelita. Podemos afirmar, que Paulo conhecia por detalhes o “zelo” dos judeus, uma vez que o próprio, antes de ter o encontro pessoal com Cristo era extremamente zeloso pelas tradições judaicas (At. 22:3/ Gl. 1:14 e I Tm. 1:13). O apóstolo reconheceu que o povo de Israel tinha zelo de Deus, contudo, esse zelo era sem entendimento. A ordem tanto para judeus, como para gentios é ser sóbrio e esperar apenas na graça de Cristo (I Pe. 1:13-14). Ou seja, israel tinha zelo de Deus, apenas no exterior. Eles chegavam-se a Deus com os lábios, porém estavam longe do Senhor em seus corações, repetindo os ensinamentos humanos (Is. 29:13).

Romanos 10:3. Não conhecendo a justiça de Deus. Os judeus acreditam que pelo fato da aliança ter sido feita ao patriarca Abraão, isso, por si só, já garantiria um relacionamento seguro da nação israelita com Deus. Diante de tal constatação, concluímos que Os judeus ignoravam a "justiça" que vem de "(de) Deus" como um presente recebido por meio unicamente da fé (Ro.1:16-17). Eles procuraram obter justiça mantendo as cerimônias da Lei, que consistiam apenas em sacrifícios comemorativos ao pecado (Hb. 10:3-4). Porém, a Bíblia mostra que impossível ao homem ser justificado pelas obras da Lei e que a verdadeira justificação, só ocorre na pessoa de Cristo (Gl. 2:16 e Fp. 3:9.). Em Jesus é anunciado a remissão e justificação dos pecados (At.13:38-39 e Ro. 4:25).

Romanos 10:4-5. O fim da Lei é Cristo. O fundamento primário da Lei era: revelar o perfeito caráter e o padrão moral de Deus. Sendo sabedor da perfeição divina a humanidade deveria reconhecer a sua imperfeição para obter através da sua própria justiça a aceitação do Senhor dos Exércitos (Is. 64:6). Mas, esse fato, não aconteceu e os homens continuaram a busca por suas justificações, algo que impossível de acontecer (Mt. 19:25-26 e Gl.3:10-11). Apenas uma pessoa cumpriu a Lei, Jesus Cristo cumpriu as exigências da Lei mosaica e a encerrou. Cristo é o objetivo e propósito da lei não porque Ele a aboliu, mas porque Ele a cumpriu (Mt. 5:17). O mínimo esperado é que os judeus, deveriam saber que a Lei apontava para Cristo. (Jo. 5:39). Hoje na dispensação da graça, através da fé recebemos a verdadeira justiça, aquela que vem do alto, ela é perfeita não por causa dos que a recebem e sim por causa do Doador (Ef. 4:24).

Romanos 10:6-7. A justiça que é pela fé. Escrevendo ao povo de Israel, Moisés descreveu sobre a necessidade de guardar os preceitos e estatutos do Senhor, simplificando guardar toda a Lei. (Lv.18:1-5). Mas, o problema consiste em tentar alcançar a própria justificação através da Lei, pois ninguém, fora Cristo, é capaz da cumprir toda a Lei. Afinal, o ser humano é falível, fadado ao pecado e longe do padrão de perfeição divina. (Ro. 3:10-12 e Ro. 3:23). Aqueles que buscam a justificação através da Lei, serão condenados, uma vez que nenhuma carne será justificada pelas obras da Lei. (Ro. 3:20). Quando cremos de forma bíblica, deixamos a condição de questionadores para a de crente, e com isso, passamos a ter atitudes de obediência amorosa, no lugar de uma abordagem legalista da Palavra para tentar obter a justiça. As organizações criam, ensinam e cobram obediência dos seus fiéis, a uma extensa lista de regras e preceitos de homens, que até tem uma aparência de devoção, mas, são de nenhum valor para Deus (Cl. 2:23). O salvo crer sem questionar, baseado na fé e na obediência dos filhos (Hb. 11:1 e 6 e I Pe. 1:14).

Romanos 10:8-9. A confissão dos crentes. Novamente o apóstolo faz uso de Lei mosaica, para explicar a salvação pela fé (Dt. 30:14). Com um diferencial na lei a ordem era cumprir, já na graça é confessar o Senhor com inteireza de coração. Na atual dispensação a salvação ocorre pela pregação do Evangelho aos perdidos exemplificado em I Coríntios 15:1-3. Ao crer de conformidade com as Sagradas Escrituras, o pecador negar-se a sim mesmos e tem plena certeza que o resgate da sua alma ocorreu por mérito exclusivamente da obra de Cristo (Lc. 9:23 e I Tm. 1:15-16).

Romanos 10:10. Crendo com o coração e confessando com a boca. Temos aqui a consolidação do versículo 9, onde o salvo crer e faz uma confissão sincera e verdadeira perante muitas testemunhas (I Tm. 6:12). Nesta declaração de fé o pecador remido demonstra a sua certeza de salvação na obra de Cristo, que padeceu por nós e cessou o pecado (I Pe. 4:1). A segurança do salvo não se encontra firmada em suas obras e sim na pessoa de Jesus Cristo, sabendo que Ele poderoso para guardar o maior de todos os tesouros e fiel para cumprir o que prometeu (II Tm. 2:12/ Hb. 10:23 e I Jo. 2:25).

Romanos 10:11. Não há confusão para os que creem em Cristo. Sabemos que Deus não é propagador de confusão (I Co. 14:33). Quando paramos para analisar essa passagem de I Coríntios, fica claro que a confusão não foi criada por Deus. Então, certo estou que Ele não deixaria os Seus filhos confundidos, pois, ao recebê-Lo nos tornamos filhos (Jo. 1:12-13), além disso, temos a testificação do Espírito Santo autenticando a nossa filiação (Ro. 8:16-17). O salvo recebe como verdadeiro o testemunho do Deus Altíssimo e por isso mesmo, temos a plena convicção da salvação eterna (I Jo. 5:9-13).

Romanos 10:12-13. Quem invocar o nome do Senhor será salvo. Paulo nessa passagem e Pedro em Atos 2:21, citam o profeta Joel, a afirmarem que todo aquele que invocar o nome do Senho será salvo (Joel 2:32). O "Senhor" de Joel 2:32 é o mesmo que o "Senhor Jesus Cristo". A intenção dos apóstolos era mostra que a graça de Cristo é a única forma do pecador ser resgatado da perdição (Ef. 2:8 e Tt. 2:11). Invocar o nome de Jesus, não significa apenas repetir palavras e sim admitir sua incapacidade e a total necessidade de um Salvador, crendo que Ele é poderoso para salvar todo aquele que nEle crer. Invocar ao Senhor é saber que apenas Ele é único capaz de livrar o pecador do inferno, lhes dando uma eterna salvação. (Is. 43:11e Atos 4:12).

Pastor Walter Costa.

Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por crentes fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611.

Aplicado na IBBF Esperança-PB, 14 de Setembro de 2025.