
Romanos 12:1. Corpos em sacrifício vivo. A soberania e provisão de Deus para com os santos não são causa excludente da responsabilidade dos mesmos para com o Senhor (Fp. 2:12-13 e Ef. 4:1). A partir do capítulo 12 da carta aos romanos, o apóstolo Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, reforça vários deveres e princípios que devem nortear a vida cristã. Normalmente, usamos os nossos corpos para suprir as necessidades temporárias, trabalhamos duro para ganharmos mais, para nos capacitarmos profissionalmente, pensamos na nossa vida social. Mas não temos tempo para o estudo da Palavra de Deus; para orar, para visitar e principalmente de exercermos a função primária do crente que é a de ser embaixador da parte de Cristo (II Co. 5:20 e I Co. 9:16). Só podemos apresentar os nossos corpos como sacrifício vivo, quando não o usamos como instrumentos de iniquidade e sim como instrumentos de justiça (Ro. 6:13). O culto racional não é prestado apenas nos ajuntamentos bíblicos (igrejas), e sim no nosso dia a dia, mantendo um relacionamento íntimo de obediência aos ensinamentos do Senhor. A vida do crente deve ser um motivo perene de glorificação a Deus (I Co. 6:19-20 e I Co. 14:40).
Romanos 12:2. Sede transformado. Em tempos de intensa transformação nas relações humanas, os crentes estão se deixando levar pela maré da metamorfose vivida no mundo. Fato que vai de encontro com a Palavra de Deus, que nos ordena a não amar o mundo, nem o que nele há (I Jo. 2:15-17 e I Pe. 1:14). Ser crente é ser guiado pelo Espírito Santo. (Ro. 8:14). Seguindo os princípios da lógica: identidade e contradição, podemos concluir que o ser espiritual se identifica com as coisas concernentes ao espírito, com isso, contradiz as ações da carne, ou seja, o salvo anela a busca do fruto do Espírito e renunciar os frutos da carne. (Gl. 5:22). Quando Deus resgata um pecador da condenação eterna, existe a perspectiva e esperança de que o mesmo frutifique em boas obras e cresça no conhecimento de Deus. Isto quer dizer que o Senhor espera coisas boas dos salvos, aquelas que acompanham a salvação. (Hb. 6:9). Durante o tempo que se chama hoje, o crente deve aplicar-se em realizar ações que sirvam de edificação e paz, pois, quando o salvo age dessa forma, edifica ao irmão e torna-se agradável a Deus e aceito pelos homens. (Ro. 14:17-19). Só pode desfrutar a perfeita vontade de Deus, aqueles que vivem uma vida em obediência e submissão à Sua Palavra. A Bíblia nos dá duas perspectivas sobre a vontade de Deus: a perfeita vontade de Deus, que é aquilo que Ele quer que façamos. E a vontade permissiva de Deus, que é aquilo que Deus nos permite fazer, mesmo estando Lhe desagradando.
Romanos 12:3. A medida da fé. O apóstolo inicia este versículo mostrando que a graça de Deus é a causa principal do agir dos crentes (I Co. 15:10). E por este motivo, Paulo exorta que cada salvo não deve se gloriar em si mesmo e sim ter humildade, sobriedade e moderação, esperando única e exclusivamente na graça do Senhor (I Pe. 1:13). Sabemos que a fé não é para todos (II Tes. 2:3) e que Cristo é o autor e consumador da nossa fé (Hb. 12:2). Portanto, a medida de fé não se refere ao tamanho da fé, e sim à quantidade da fé dada por Deus aos filhos. Explicando melhor, a fé varia de crente para crente, isto é bem evidenciado quando vemos que uns crentes aprendem a confiar mais em Deus do que outros.
Romanos 12:4. O corpo e sua operação. O apóstolo faz uma analogia (relação de semelhança entre coisas ou fatos distintos) para explicar o funcionamento de um ajuntamento bíblico. Ele faz uma comparação com o corpo humano, onde existem diversos membros, porém o corpo é um só. Ef. 4:4. A igreja de Cristo é o Seu corpo e Sua plenitude (Ef. 1:22-23). Diante dessa verdade, podemos afirmar que a igreja é formada por pessoas salvas que adentraram, através do batismo bíblico, na sua membresia. Quando o crente é batizado, ele recebe a autoridade do ide de Cristo e a responsabilidade de fazer a sua justa operação em prol do ajustamento do corpo (Ef. 4:16 e I Co. 12:26).
Romanos 12:5. Muitos em um só corpo. Quando o salvo entende que faz parte de um só corpo (I Co. 12:12), deixa o individualismo de lado e busca desenvolver os seus dons em prol dos outros. Podemos afirmar que os membros existem para servir ao corpo e não o corpo aos membros. Nisto entendemos que todos os membros desempenham papéis importantes e que não há membro inferior ou superior, e sim uma multidependência (I Co. 12:14-21). Não existe em uma igreja bíblica neotestamentária qualquer espécie de governo humano (Ex. papa, presidente etc.), Cristo é a cabeça e os demais membros, todos, sem exceção, são irmãos. Mt. 23:7-10. O propósito da igualdade entre os membros do corpo é mostrar que todos são importantes. Até mesmo aqueles que parecem ser os mais fracos e menos honrosos são extremamente necessários e dignos de honra.
Romanos 12:6-8. Variedades dos dons. Primeiro devemos saber que os dons não são distintivos entre os irmãos. Cada membro deve administrar os dons dado por Deus, como verdadeiros mordomos da graça do Senhor. Jamais, se engradecendo e pensando ser melhor do que o outro. (I Pe. 4:10-11). Deus dá capacidade especial a alguns crentes, não para inflar os seus egos, mas para capacitá-los a servir as pessoas, ensinando-lhes a verdade bíblica. O resultado do uso deste dom é que os crentes serão edificados na sua fé cristã (Ef. 4:12-13).
Dom da profecia: Antes de adentramos nos detalhes das variedades dos dons, achamos por bem definir os termos “profeta e profecia”. Ambas palavras possuem origem em uma palavra hebraica que significa “jorrar, Irromper”, sempre se referindo a um profeta falando sob o poder do Espírito Santo. O ofício profético teve como característica principal a revelação progressiva do plano de Deus para com o homem. Um profeta era o porta-voz de Deus, aquele que revelava o desconhecido à humanidade, o propósito divino para a restauração do homem. Neste sentido, o ofício profético durou até João (Mt.11:13), pois, com a vinda de Cristo, o próprio Deus Se revelou ao homem, de forma plena e integral (Hb.1:1). São, pois, totalmente espúrias e sem qualquer respaldo bíblico a aparição de novos profetas, que nada mais são do que falsos profetas. Nos dias atuais, esse dom é dispensado aos crentes que diligentemente se aperfeiçoam na Palavra de Deus, usando o dom dado pelo Senhor para abrir e explicar a Bíblia aos irmãos e aos perdidos. Sabemos que Deus levanta homens que se aprofundarão com maior vigor na busca pelo conhecimento bíblico. Porém, só devemos escutá-los, se os mesmos estiverem falando conforme a Palavra de Deus e principalmente sendo fiéis ao conteúdo bíblico (I Co. 4:6).
Dom de ministrar. O dom de ministrar é dado às pessoas para ajudar o trabalho da igreja em um papel de apoio. (Atos 6:2-5). Todos os crentes são ministros. Na verdade, todos nós somos ordenados a servir a Deus.
Dom de ensinar. É um dom dado pelo Espírito Santo, permitindo comunicar eficazmente as verdades da Bíblia aos outros. O dom de ensinar envolve a análise e proclamação da Palavra de Deus, explicando o significado, o contexto e a aplicação à vida do ouvinte. O professor talentoso é aquele que tem a capacidade única de instruir e comunicar claramente o conhecimento, especificamente as doutrinas da fé e das verdades da Bíblia. (Ef. 4:11-12). https://www.gotquestions.org/.
Dom de exortar. Exortar é desenvolver relacionamentos com outros crentes com o propósito de encorajá-los em seu crescimento espiritual. (Hb. 3:13). https://www.gotquestions.org/.
Dom de repartir. Repartir (compartilhar) é a virtude que o crente deve desenvolver através da generosidade. (II Co. 8:1-5). A generosidade dos macedônios, mesmo diante das adversidades, comprova a graciosa obra de Deus entre aquelas igrejas. Quando repartimos com alegria e com um bom propósito no coração, Deus é glorificado. (II Co. 9:7-12).
Dom de presidir. O dom espiritual de presidir é dado por Deus a homens e mulheres que ajudarão a igreja a crescer e prosperar além da geração atual. Deus deu o dom da liderança não para exaltar os homens, mas para glorificar a Si mesmo quando os crentes usam Seus dons para fazer Sua vontade. https://www.gotquestions.org/.
Dom exercitar misericórdia. Exercitar misericórdia é o que expressamos quando Deus nos leva a sermos compassivos em nossas atitudes, palavras e ações. É mais do que sentir simpatia por alguém; é amor promulgado. A misericórdia deseja responder às necessidades imediatas dos outros e aliviar o sofrimento, a solidão e a dor. A misericórdia aborda crises físicas, emocionais, financeiras ou espirituais com um serviço generoso e auto sacrificial. (Mt. 5:7). https://www.gotquestions.org/.
Pastor Walter Costa.
Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por crentes fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611. Aplicado na IBBF Esperança-PB, 02 de Novembro de 2025.
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