domingo, 30 de novembro de 2025

Estudo expositivo em Romanos – Ensinamento 30. Capítulo14:1-12.







Romanos 14:1. Tratando com os fracos na fé. Podemos afirmar que os enfermos na fé são aqueles que creem na obra salvadora de Cristo, mas ainda possuem arraigados em seu viver algumas doutrinas, hábitos e preceitos do velho homem. Neste sentido, o crente mais experimentado na Palavra do Senhor (Hb. 5:13-14), deve suportar (em relação a dar suporte) o irmão fraco na fé sem contendas e, se possível exortando o mesmo no conhecimento das Escrituras, mostrando que para os crentes a graça de Deus é suficiente (II Co. 12:9-10). Você que está forte na fé, deve conduzir o irmão que está fraco com mansidão, mostrando que Deus já nos santificou e nos conserva irrepreensíveis (I Tes. 5:23-24).

Romanos 14:2-3. Nada é impuro para os purificados. O irmão fraco na fé, principalmente o neófito, traz consigo as proibições religiosas impostas pelas doutrinas de demônios que ordenam a abstinência de certo tipo de alimento ou não comê-lo em certos dias (I Tm. 4:3). O sistema religioso torna impuro o que Deus purificou (At. 10:11-15 e Tt. 1:15). O crente pertence a Deus independentemente de estar forte ou fraco na fé, então, antes de questionarmos o nosso irmão, seria melhor julgarmos a nós mesmos, para ver se a nossa atitude não estaria de certa forma, trazendo escândalo ao próximo (I Co. 11:31-32 e Cl. 3:17 I Co. 10:31).

Romanos 14:4. Quem és tu, para julgar o servo alheio? O irmão com a fé mais robusta é responsável direto pelo irmão com a fé enfraquecida, por isso mesmo, não deve julgá-lo e SIM exortá-lo. O crente que está em uma situação de fortalecimento na fé sabe muito bem que o Senhor é quem nos sustenta e fortalece (I Pe. 5:10 e Fp. 2:13). Em momentos em que há discordância entre irmãos, cabe ao mais forte suportar a fraqueza do mais fraco. Três fatores são predominantes para evitarmos atritos e julgamentos errôneos: seja sincero; ajude e compreenda o irmão. Quando executamos esses três fundamentos, evitamos contendas e nos enraizamos no perfeito amor e nos enchemos da plenitude de Deus (Ef. 3:17-19).

Romanos 14:5-6. Seguro em sua própria mente. Nesta passagem, o apóstolo faz uma observação acerca de certos costumes, como por exemplo: a observância do sábado e das festas judaicas, isso estava trazendo algumas querelas entre os irmãos, os crentes de origem judaica, achavam que deveria cumprir determinados dias, já os crentes gentios achavam desnecessário tal observância. Hoje, por termos o CÂNON completo, sabemos que esse tipo de discussão é irrelevante, baseada em rudimentos fracos e pobres (Gl.4:9-10). A exortação principal é que os mais fortes devem suportar os mais fracos (Ro. 15:1-2).

Romanos 14:7-8. Somos propriedade especial do Senhor. Quando Cristo pagou o preço do nosso resgate, passamos de inimigos de Deus a templo do Espírito Santo. Aquele que nasceu de novo é constrangido pelo amor que recebeu de Deus a glorificar o Criador no corpo e no espírito (I Co. 6:19-20 e II Co. 5:14-15). A nossa vida não nos pertence mais, e sim vivemos para e por Cristo que nos amou e Se entregou a Si mesmo por nós (Gl. 2:20). Ou seja, o crente não deve viver para agradar a si mesmo, mas para agradar e engradecer ao Senhor (Fp.1:20).

Romanos 14:9. Cristo é o Senhor dos vivos e dos mortos. Paulo falava aos santos que estavam em Roma (Ro. 1:6-7), diante disso, podemos concluir que o Espírito Santo, nos mostra que independente da nossa situação pertencemos ao Senhorio de Cristo e O temos como Mestre e Senhor (Jo. 13:13 e Fp. 1:21). O apóstolo recorre a uma linguagem mais poética para explicar que foi justamente por isso que Cristo morreu pelos nossos pecados e ressuscitou. Ao passar pela vida e pela morte, Ele tornou-se Senhor tanto dos vivos como dos que já partiram e vivem agora na eternidade. Cristo experimentou ambas as realidades e, por isso, possui plena autoridade sobre todos.

Romanos 14:10-12 O tribunal de Cristo. Sabemos que os filhos de Deus não serão condenados (Ro. 8:1), porém, este fato não implica dizer que não passaremos por um tribunal, no qual será feita a prestação de contas dos nossos atos (Hb. 9:27). Neste juízo, pelo qual apenas os salvos passarão, o crente prestará contas ao Senhor que recompensará (galardão) aqueles que foram mais fiéis, firmes e constantes na utilização dos dons e talentos dados a cada um. (Hb 6:10).

O JULGAMENTO (I Co. 3:11-15). Como vimos, todos os salvos, aqueles que depositaram sua salvação unicamente na obra de Cristo, vão comparecer diante do Tribunal de Cristo e poderão ter as suas obras queimadas no fogo. Notem que a pessoa NÃO será QUEIMADA. Suas obras, é que SERÃO.

Prestaremos conta sobre:

Nosso tempo. A ordem é viver prudentemente, como um homem sábio, remindo o tempo (Ef. 5:15-16).

Nossos dons e capacidades. (I Co. 12:11). O Espírito Santo é quem opera nos salvos os diversos dons e capacidades e que os reparte conforme a sua vontade. O salvo tem o compromisso de ser um bom despenseiro do Senhor, distribuindo com zelo e empenho as responsabilidades que o Espírito Santo repartiu conosco. Lembrando que tudo é feito para que Deus seja glorificado. (I Pe. 4:10-11).

Os talentos a nós confiados. (Mt. 25:19). Há um ditado popular que diz: “não deixe para amanhã o que pode ser feito hoje”, não sabemos o dia e hora que o Nosso Senhor voltará e nos tomará conta dos talentos que Ele nos confiou. (II Co. 8:12).

Nossas negligências. (Tg. 4:17). Não existe maior bem no mundo do que falar da salvação eterna, do amor de Deus, da Sua graça e misericórdia aos perdidos. Quando deixamos essa oportunidade passar, estamos sendo negligentes. A falta de aplicação na realização das tarefas, a desatenção e o descuido interrompem a nossa comunhão com Deus. Isso nos faz negligenciar os conselhos do Senhor (Pv. 1:25 e Hb. 5:11).


Pastor Walter Costa

Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preserva­do por Deus em ininterrupto uso por crentes fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611.

Aplicado na IBBF Esperança-PB, 30 de Novembro de 2025.

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