
Romanos 13:1. Sujeição às autoridades. Estamos vivenciando tempos em que as autoridades perderam o respeito daqueles que deveriam estar em submissão a elas (a grande maioria por serem incompetentes e/ou corruptas). Portanto, qual deve ser o comportamento dos crentes diante das autoridades? Veremos que Paulo expõe que a nossa obediência não é propriamente ao indivíduo governante, mas à autoridade governamental no exercício de sua função. Neste sentido, afirmamos que a obediência está literalmente relacionada ao cumprimento das leis. Na sequência, o apóstolo nos mostra que a insubmissão é definida da seguinte forma: praticar a maldade (v. 3), não pagar os impostos (v. 7) e não temer e honrar os líderes (v. 7). Ou seja, devemos submissão às autoridades devido à lei. Tt. 3:1-2 e I Pe. 2:13-15. Mas a nossa primeira obediência deve ser a Deus. O crente pode e deve desobedecer à autoridade quando ela exigir dele aquilo que é devido a Deus, como por exemplo, adoração, ou quando quiserem nos impedir de propagar o evangelho de Jesus Cristo, o qual foi o caso dos apóstolos em Atos 5:28-29. Um exemplo claro de obedecer ao Senhor encontramos em Sadraque, Mesaque e Abednego, que não se prostraram à estátua de Nabucodonosor (Dn. 3:19-27).
Romanos 13:2. Quem resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus. Vejam bem, quando Paulo escreveu a carta aos Romanos, o imperador da época era simplesmente o sanguinário e perseguidor de crentes Nero. Mas, mesmo assim, o apóstolo dizia que ele tinha sido instituído, por Deus, como Imperador e que, como tal, não deveria ser subjugado e sim honrado. Imediatamente, nossa mente humana e limitada pergunta: ora, se Nero era um homem mal e sanguinário, por que então deveria ser honrado? A resposta é a mais óbvia possível, Deus controla tudo e toda autoridade de Nero foi permitida pelo Senhor, ou seja, o poder de Deus é infinitamente maior do que o poder temporário de Nero. Para ilustrarmos melhor, faz-se necessário relembrar a conversa de Cristo com Pilatos. João 19:10-11. Por isso, respeitar as leis e a pessoa na função em que está exercendo em decorrência da lei é uma obrigação de todo homem, principalmente dos crentes. Além disso, devemos orar pelos que estão em eminência. I Tm. 2:1-2.
Romanos 13:3. Os magistrados não são para combater as boas obras. O princípio básico das autoridades é defender o bem e punir de forma rigorosa aqueles que praticam o mal. Mas, infelizmente, os senhores “magistrados” “autoridades” são provavelmente a causa de medo para aqueles que praticam o que é certo, pois tais homens abusam de seus poderes para fins egoísta e antibíblicos. O crente não deve ser articulador de ações contra as autoridades, porém, isso não significa que ele não possa e não deva se manifestar contra os males causados pelos governantes. Essa manifestação deve ter como foco principal as medidas antibíblica, ou seja, quando o magistrado usa do poder para legislar sobre assuntos estritamente pertencentes a Deus. O salvo deve ter cauterizado em sua mente que o governo (poder) humano pode ser o mais forte e mais bem equipado do mundo, mas, é temporário e limitado. O único e eterno Poderoso é O REI DOS SÉCULOS (I Tm. 1:17 e I 6:16).
Romanos 13:4. A autoridade é um ministro de Deus para o nosso bem. Na perfeita vontade de Deus, as autoridades foram constituídas em favor do povo. Contudo, a maldade natural do ser humano, inverteu essa situação. Na passagem, o apóstolo apresenta o que propósito básico das autoridades: defender aqueles que agem corretamente e penalizar aqueles que cometem injustiças. Contudo, a realidade é que os governos, cada vez mais corrompidos, acabam por penalizar os cidadãos que cumprem a lei e se manifestam contra a corrupção, enquanto recompensam aqueles que colaboram para mantê-los no poder. Perante tal cenário, podemos afirmar que os salvos devem obedecer às autoridades; no entanto, alguns requisitos precisam de ser cumpridos por aqueles que exercem autoridade para que possam ser considerados ministros de Deus para o bem e, assim, aptos a ocupar cargos públicos:
1. Às autoridades devem ser uma ameaça para os que praticam o mal e vivem sem lei, e não para os seus próprios cidadãos que se opõem ao mal.
2. As suas leis devem estar em conformidade com as leis de Deus. A verdadeira responsabilidade do governo é preservar a liberdade, garantir os direitos concedidos por Deus e, conforme ensinado em Romanos 13, exercer juízo sobre o malfeitor, e não sobre pessoas de bem. As únicas pessoas que deveriam temer o governo são aquelas que praticam o mal.
3. Os governos e todos os que exercem autoridade devem ser tementes a Deus, ajustando a sua conduta e as suas políticas públicas a um padrão que Lhe agrade e que traga a Sua bênção sobre a nação.
Romanos 13:5. Usando a consciência. Podemos afirmar que o crente deverá usar a consciência para rejeitar ou não a submissão, analisando se os magistrados estão usando a permissão dada por Deus para o bem ou se estão violando os limites permitidos pelo Senhor. Todo e qualquer governo humano é permitido por Deus, por isso, todos e principalmente os crentes, devem obedecer às leis, pagar impostos e ser submissos ao sistema governamental, desde que a sua consciência não acuse nenhuma atrocidade contrária à Lei Divina. At. 24:16 e I Pe. 4:15-16.
Romanos 13:6. A razão original dos tributos. Paulo apresenta agora um exemplo específico de submissão ao governo humano: o pagamento de impostos. Os cristãos devem ser contribuintes, escreve ele, porque esses impostos sustentam a obra que Deus realiza através das autoridades humanas que Ele instituiu. Mesmo quando tais governantes se opõem às verdades de Deus, o seu papel essencial como mantenedores da ordem continua a fazer parte da vontade divina. Esta posição foi controversa até entre os líderes judeus na época de Jesus e de Paulo. Os críticos tentaram apanhar Jesus desprevenido ao perguntar-Lhe se era lícito pagar impostos ao governante romano, César. Jesus, observando que a imagem de César estava gravada nas moedas, afirmou claramente que os impostos deveriam ser pagos. Mt. 22:15–22.
Romanos 13:7. Dai a cada um o que deveis. Alguns (contradizentes) argumentam que, devido ao fato de os governantes usarem o dinheiro dos nossos impostos, com propósitos diversos da vontade de Deus, seria melhor não pagar tais tributos. Neste sentido, temos o exemplo de Cristo, que mesmo sendo Deus, pagou tributo ao governo. Mt. 17:24-27. O crente, como luz do mundo, deve ser o diferencial, dando a cada um o que deveis, e se for devedor de algo que seja o amor. Ro. 13: 8. Nunca esqueça que todas as coisas são dEle, por Ele e para Ele. Ro. 11:36.
Pastor Walter Costa.
Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por crentes fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611.
Aplicado na IBBF Esperança-PB, 16 de Novembro de 2025.
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