domingo, 28 de agosto de 2022

Ensinamento 15. Leitura Bíblica: Hebreus 7:11-19.

 


Hebreus 7:11-12. O sacerdócio levítico não era perfeito. Podemos afirmar Biblicamente que essa passagem, mostra-nos de modo inequívoco (claro, evidente) que obra de Cristo, Sua vida, morte e ressurreição introduziu um novo e permanente sacerdócio, esse fato decretou o fim do sacerdócio levítico, e o fim da lei de Moisés. Gl. 3:19-22. O sacerdócio levítico, da casa de Arão por meio do qual a perfeita Lei de Deus foi entregue a Israel, era composto por homens imperfeitos. Todos eram pecadores incapazes de cumprirem a Lei. Hb. 8:6-7. Considerada um guia para os judeus, a Torá com 613 mandamentos que ensinam como o povo hebraico deve ou não agir, seja nas relações sociais, familiares ou religiosas. Dentre esses 613 mandamentos, 248 são considerados os ensinamentos positivos, que guiam o povo judeu ao que deve ser feito e os outros 365 são ensinamentos considerados negativos, que os instruem ao que não deve ser feito. Então, para que houvesse a mudança de sacerdote, necessariamente teria que a lei fosse mudada (cumprida) só um homem perfeito pode cumpri-la. Mt. 5:17.

Hebreus 7:13-14. Cristo não da descendência de Arão. Segundo a lei de Moisés, todos os sacerdotes eram membros da tribo de Levi. Esta passagem, no entanto, tem falado da figura de Melquisedeque no Antigo Testamento, que não fazia parte dessa linha. Na verdade, ele é anterior à tribo de Eli e recebeu dízimos e honras do próprio Abraão. Hb. 7:4-7. Desta forma, Melquisedeque é claramente uma figura maior do que Abraão, e seu sacerdócio é claramente maior do que o de Levi ou Arão. Então fica claro que, membros da tribo de Judá (segundo a Lei mosaica) não poderiam ser sacerdotes. Pois, tal ofício era reservado aos descendentes de Levi. Dt. 18:1. Depois do reinado de Davi, Judá passou a ser a tribo do Rei, Gn. 49:10. Ou seja, da tribo de Levi eram escolhidos os sacerdotes e da tribo de Judá os reis. Não houve nenhum homem que no período da Lei exercesse os ofícios ao mesmo tempo. Antes da existência da nação de Israel, houve um homem que era sacerdote e rei: Melquisedeque. Gn. 14:18. Essa passagem, comprova de modo Escriturístico o sacerdócio eterno de Cristo. Jesus é Sacerdote e Rei. Hb. 1:8-9 e Hb. 5:5-6. Cristo é superior a Abraão. Jo. 8:53–58, assim como Melquisedeque (que é uma Cristofania manifestação visível de o Cristo antes do tomar carne) era maior do que Abraão. Hb. 7: 6–7.

Hebreus 7:15-16. Cristo não é sacerdote segundo a Lei. O sacerdócio levítico era fundamentado na Lei. Nm. 3:5-10. Jesus não se tornou um sumo sacerdote, com base em uma legalidade, no que diz respeito à descendência física – como a linhagem sacerdotal herdada de Israel. Jesus se tornou sumo sacerdote, baseado no poder de uma vida incorruptível. Entender as características de Melquisedeque é importante, uma vez que elas apontam para os atributos reais de Jesus Cristo. O mais forte deles, com base em todos esses argumentos anteriores, é que o sacerdócio de Cristo é baseado em uma comissão eterna de Deus, não apenas uma linhagem humana. Melquisedeque era "sacerdote do Deus Altíssimo". Gn. 14:18, muito antes da lei de Moisés.

Hebreus 7:17. Cristo o Sacerdote Eterno. Deus prometeu estabelecer seu sacerdócio para sempre. Sl. 110:4. Jesus, nosso Sumo Sacerdote “na ordem de Melquisedeque”, não é apenas nosso mediador, I Tm. 2:5, mas também nossa propiciação I Jo. 2:1-2. Propiciação é o ato realizado para aplacar a ira de Deus, de modo a ser satisfeita a Sua santidade e a Sua justiça, tendo como resultado o perdão do pecado e a restauração (reconciliação) do pecador à comunhão com Deus. No AT a propiciação era realizada por meio dos SACRIFÍCIOS, os quais se tornaram desnecessários com a vinda de Cristo, que se ofereceu como sacrifício em lugar dos pecadores. A propiciação não adquire seu amor ou o torna amoroso; apenas O torna consistente para que Ele executar Seu amor para com os pecadores. I Jo. 4:10 e I Jo. 4:19. Para melhor entendemos, a propiciação é o pagamento feito por Cristo, pela qual recebemos a justiça e obtivemos a remissão dos nossos pecados. Ro. 3:25. Por causa de Sua ressurreição, a morte não interrompe Sua obra; Jesus continua sendo nosso eterno Sumo Sacerdote. Hb. 4:14-16. Além de sacerdote, Cristo também é Rei. Ap. 19:16. Jesus reinará fisicamente como rei em Jerusalém. Sl. 110:2, e Seu reinado será eterno. II Sm. 7:13. Assim como Melquisedeque foi sacerdote e rei, Jesus também é sacerdote e rei. Ele é o mediador eterno entre Deus e o homem e a autoridade final como rei reinante, para em breve retornar e estabelecer Seu reino físico na mesma cidade de onde Melquisedeque era, Jerusalém.

Hebreus 7:18-19. A Lei e o sacerdócio levítico foram ab-rogados devido a sua fraqueza e inutilidade. Para temos uma real compreensão dessa passagem, faz-se necessário que conhecer e entender as dispensações. Na dispensação da Lei, Deus usou Israel e a Lei mosaica para demonstrar a incapacidade da lei de fornecer a salvação de que o homem pecador precisava desesperadamente. Ro. 8:2-3. Hebreus 7-19. Estabelece a necessidade da administração anterior dada por Deus, ao povo de Israel a Dispensação da Lei, ser substituída pela próxima dispensação: a Dispensação da Graça. O fundamento primário da Lei era: revelar o perfeito caráter e o padrão moral de Deus. Sendo sabedor da perfeição divina a humanidade deveria reconhecer a sua imperfeição para obter através da sua própria justiça a aceitação do Senhor dos Exércitos Is. 64:6. Mas, esse fato, não aconteceu e os homens continuaram a busca por suas justificações, o que é impossível aos mesmos. Mt. 19:25-26 e Gl. 3:10-11. Apenas uma pessoa cumpriu a Lei, Jesus Cristo cumpriu as exigências da Lei mosaica e a encerrou. Mt. 5:17. Através da fé recebemos a verdadeira justiça, aquela que vem do alto, ela é perfeita não por causa dos que a recebem e sim por causa do Doador. Fp. 3:9 e Ef. 4:24. Esse era o propósito desde o início, e todas as leis do Antigo Testamento foram feitas para apontar para esta mesma pessoa: Jesus Cristo. Gl. 3:19 e Gl.4:7. A lei foi criada para nos mostrar o caminho, não para ser o meio final de nossa salvação. Jesus, por outro lado, é a promessa que não tem as fraquezas e limitações do sacerdócio levítico. Hb. 7:23-25.

Referencias bíblicas: ACF e LTT

Pr. Walter Costa.

Esperança-PB, 28/07/2022.

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