domingo, 27 de março de 2022

Ensinamento I. Leitura Bíblica: Tito 1:1-9.

 




Tito 1:1. A fé dos eleitos e o conhecimento da verdade. Paulo não se ofereceu para o apostolado, ele foi escolhido por Deus para desempenhar tal função. Ro. 1:1. Nessa passagem ele legitima o seu apostolado. Um ministro de Deus quando exerce de modo Bíblico o seu ministério, assim como o próprio Cristo é chamado de Servo. Is. 43:10 e Is. 53:11. A fé dos eleitos é aquela que uma vez foi entregue aos santos. Jd. 1:3. É através dessa fé, que chegamos ao conhecimento da verdade e somos capacitados a adorarmos ao nosso Deus com reverência e piedade. Hb 12:28

Tito 1:2-3. Esperança de vida eterna é manifesta aos crentes. Já somos salvos, entretanto aguardamos a bem-aventurada esperança, a qual podemos traduzir como vida eterna. Tt. 2:13. O crente regozija-se e tem paz, pois tem plena convicção de que a graça de Deus lhe foi derramada pelo Espírito Santo. Tt. 3:5-7. A Palavra de Deus nos garante que quem tem o Filho tem a vida. I Jo. 5:12-13. Essa certeza nos é dada por Deus, e Ele não pode mentir. Hb.10:23. Estar em Cristo significa receber uma viva esperança. I Pe. 1:3-5. Através de Cristo passamos a crer e manter nossa esperança apenas em Deus. I Pe. 1:21 e II Tes. 2:16.

Tito 1:4. Saudações a Tito. Paulo identifica uma relação familiar com Tito “meu verdadeiro filho". Eles compartilhavam a fé em Jesus Cristo como o Messias. Ambos viviam com a crença de que Jesus era o caminho, a verdade e a vida. Jo. 14: 6. Tito era um grego incircunciso que ouviu Paulo pregar sobre Jesus muitos anos antes e respondeu ao evangelho da graça pela fé. Ele não era apenas o "filho na fé" de Paulo , mas tornou-se um amigo leal, confiável, companheiro e servo de Jesus Cristo. A referência à graça e paz é comum nas introduções da carta de Paulo I Tm. 1:2

Tito 1:5. Estabelecendo liderança nas igrejas. Paulo encarregou Tito para realizar o estabelecimento de lideranças nas igrejas do Senhor. Veja bem, nas igrejas Bíblicas não há uma determinação de um “superior” na escolha da liderança local e sim uma eleição da membresia no sentido de escolher o seu pastor. Atos 14:23.

Tito 1:6-8. Qualificações Escriturísticas para o homem liderar na igreja do Senhor. Paulo descreve a mesma orientação dada a Timóteo no sentido da nomeação de homens piedosos para exercerem a posição de liderança na congregação.

Ser irrepreensível. Biblicamente falando, o pastor deve se auto-corrigir, antes de ser repreendido. Essa característica significa que o homem deve ter um caráter tão impecável que um ataque do inimigo contra ele não ganharia força.

Ser casado com UMA MULHER e ter filhos em sujeição. Essa passagem, apresenta duas verdades, que o pastor tem que ser homem (portanto, não há a possibilidade de existir pastoras nas igrejas do Senhor) e que o mesmo deve fidelidade a sua esposa. Se o homem não estiver qualificado para instruir, disciplinar e cuidar dos filhos, tendo os mesmos em submissão e em obediência. Então, claramente ele não será capaz de governar a casa do Senhor.

Ser hospitaleiro. A hospitalidade deve ser uma prática constante na vida de um pastor. Essa característica, faz parte da comunicação entre os santos. Ro. 12:13.

Não espancador. Um pastor/ ancião/presbítero/ bispo não deve recorrer da violência física ou verbal para ensinar ou responde os contradizentes. A mansidão deve fazer parte do cotidiano do servo do Senhor. II Tm. 2:25. A resposta branda desvia o furor. Pv. 15:1.

Não cobiçoso de torpe ganância. Muitos buscam o episcopado unicamente pela questão financeira. Aqueles que amam o dinheiro receberam destruição e dor. I Tm. 6:10.

Não dado ao vinho. Podemos afirmar que, o apóstolo usou o termo “vinho” representando toda e qualquer bebida alcoólica. Com certeza o consumo do álcool não é uma forma de glorificar a Deus. Pv. 20:1.

Amigo do bem. A Bíblia exorta a todos os crentes se absterem na aparência do mal. I Tes. 5:22. Nesse sentido o líder não somente deve se afastar do mal, mas ser amigo do bem e de tudo que for honesto .II Co. 8:21.

Moderado. A moderação é um atributo daqueles que agem de modo prudente. Que por consequência deve ser um atributo dos pastores. Pv. 16:21.

Justo, santo e temperante. O padrão moral exigido por Deus, não apenas para aqueles que estão como mordomos da multiforme graça de Deus liderando uma igreja local. I Pe.4:10. Mas também, para todos os Seus filhos e que vivamos no presente século uma vida separada das concupiscências mundanas. Tt. 2:12.

Tito 1:9. A liderança das igrejas do Senhor, devem reter firme a fiel Palavra. A igreja de Deus tem a obrigação de cuidar da doutrina que Cristo, nosso único Mediador, conduziu do céu até nós e é através deste ensinamento que testificamos se esta doutrina é de Deus ou de homens. Jo. 7:16-17. Neste sentido, a liderança da igreja local (batista de função) é a responsável pela propagação da Sã Doutrina. I Tm. 4:16 e I Cor. 11:2. Mas, se a palavra de Deus permanece para sempre, por que devemos cuidar; preservar e defender a doutrina? Ora desde os dias em que o apóstolos estava vivo, até os dias hoje homens corruptos de entendimentos e reprovados na fé buscam através do falso ensinamento transtornar o Evangelho de Cristo Gl. 1:7. Sempre dentro do contexto bíblico, não apenas o pastor, mas todo crente batista como atalaia (sentinela, vigia, guarda) da palavra de Deus, tem a obrigação de preservar firme e fielmente a verdade, sempre conforme a sã doutrina, fazendo isso seremos capazes de convencer aqueles que são contrários ao ensinamento puro e verdadeiro. Reter (guardar, conservar) a Sã Doutrina tira do homem a possibilidade de modificar a comunicação feita por Deus. Nosso dever é entregar a mensagem, não mudá-la. Os santos devem ter o mesmo parecer doutrinário e não deve ocorrer dissensões entre eles, combatendo com o mesmo ânimo a fé advinda do Evangelho. I Co. 1:10 e Fp. 1:27. Quando retemos a fiel Palavra, apresentamos a verdade e desmascaramos os falsos profetas. I Jo. 4:1.


Pr. Walter Costa.

Referencias bíblica: ACF e LTT.

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