domingo, 24 de setembro de 2023

Ensinamento 2. Leitura bíblica: I João 2:1-8.

 



I João 2:1. Um advogado diante do Pai. No final do capítulo 1, lemos que aquele que diz não ter pecado, peca, não diz a verdade e o que é pior chama Deus de mentiroso. Já no capítulo 2, o apóstolo explica que o que fora escrito anteriormente, tem a aplicação prática para os crentes evitarem o pecado. Ou seja, João inspirado pelo Espírito Santo exorta-nos a não vivemos em pecado, mas, como ele sabia da fragilidade de nossa natureza pecaminosa, explica que temos Cristo como Advogado intercedendo pelos crentes. Ro. 8:34. A perfeição do Justo, justifica aqueles que creem em Sua obra, Cristo se deu a Si mesmo para nos redimir da culpa e escravidão do pecado. I Tm. 2:5-6. Justificação é o ato de Deus, pelo qual Ele declara o pecador justo em Cristo, com base na obra de Jesus consumada na cruz, a justificação e recebida através da fé em Cristo Jesus. Ro. 3:26.

I João 2:2. Cristo é a propiciação pelos pecados do mundo. Propiciação é o ato realizado para aplacar a ira de Deus, de modo a ser satisfeita a Sua santidade e a Sua justiça, tendo como resultado o perdão do pecado e a restauração (reconciliação) do pecador à comunhão com Deus. No AT a propiciação era realizada por meio dos SACRIFÍCIOS, os quais se tornaram desnecessários com a vinda de Cristo, que se ofereceu como sacrifício em lugar dos pecadores. Hb. 10:10-11. A propiciação não adquire seu amor ou o torna amoroso; apenas O torna consistente para que Ele executar Seu amor para com os pecadores. I Jo. 4:10 e I Jo. 4:19. Para melhor entendemos, a propiciação é o pagamento feito por Cristo, pela qual recebemos a justiça e obtivemos a remissão dos nossos pecados. Ro. 3:25. A justiça nunca vem do homem e sim pela fé na obra consumada de Cristo. Fp. 3:9. O martírio vicário, de Cristo de Jesus Cristo na cruz foi suficiente para propiciar (conseguir perdão) dos nossos pecados e do pecado de todo o mundo, apesar de que o sacrifício só válido para aqueles que creem verdadeiramente na perfeita obra de Cristo. Jo. 3:16-19.

I João 2:3-4. Guardando os mandamentos do Senhor. A conexão entre o amor por Cristo e a obediência a Ele é um tema recorrente nos escritos do apóstolo João. I Jo. 5:2-3. Uma das provas, de um verdadeiro amor para com Deus é a obediência voluntária à Sua palavra, uma confiança genuína no que Ele diz e prontidão para acreditar em Suas preciosas Palavras. Jo. 14:15 e Jo. 14:21. Guardar o mandamento de Deus não é meramente um sentimento e sim um relacionamento ativo, permanente e contínuo de seguir e obedecer ao nosso Mestre amoroso. A esmagadora maioria dos adeptos religiosos, apoiam-se em suas denominações e esquecem por completo os mandamentos do Senhor, Eles confessam a Cristo, mas, transgridem Seus mandamentos. Cabe ressaltar que, a maior transgressão feita pelos filhos da mentira é não crer no nome do Filho Unigênito de Deus. I Jo. 3:22-24. Os mandamentos do Senhor não são pesados, mas uma bênção para aqueles que conhecem a Deus. Mt. 11:28-30 e I Jo. 5:3.

I João 2:5. Aperfeiçoados no amor de Deus. Quando o crente, guarda a Palavra de Deus, o Seu amor é aperfeiçoado. Esse aperfeiçoamento é advindo do Santo Espírito que habita nos salvos. Fp. 1:6. Os salvos são aperfeiçoados em Cristo. Cl. 2:10. Aos olhos de Deus, o espírito de todos os seus santos são perfeitos, porque eles colocaram sua fé no Senhor Jesus Cristo para a salvação. Jesus derramou seu sangue sem pecado para pagar pelos nossos pecados. I Pe. 3:18. O desejo do nosso Pai é que sejamos aperfeiçoados para a obra do Seu ministério. Ef. 4:12.

I João 2:6. Quem está em Cristo deve andar como Ele andou. Fundamentalmente, só consegue andar como Cristo andou, aqueles que já O receberam e adentraram a família de Deus. Jo. 1:12. Ora, se O recebemos o mínimo esperando e que o crente ande do mesmo modo que O recebeu, seguindo as Suas pisadas. Cl. 2:6 e I Pe. 2:21. Para seguir as pisadas de Cristo devemos agradar a Deus. I Tes. 4:1. Cristo obedeceu e agradou a Deus em todo o Seu ministério terreno. A maneira do crente agradar ao Pai é: frutificar e crescer no conhecimento dEle. Cl. 1:9-10. Devemos ponderar as nossas pisadas, para percebemos se realmente estamos andando conforme a vontade de Deus e cada vez mais nos despojando do velho homem e nos revestindo do novo homem. Ef. 4:21-24.

I João 2:7. O mandamento antigo. A essência dessa passagem é mostrar aos irmãos que ele não estava falando algo novo e sim algo já conhecido por todos. Veremos no contexto da carta que o mandamento diz respeito ao amor entre os irmãos. I Jo. 2:9-10 e I Jo. 3:11. Na realidade, João reproduz um ensinamento que o próprio Cristo instruiu quando estava na terra. Jo. 15:12 e Jo. 15:17. Deus nos ensina, através de Sua Palavra, que devemos amar aos irmãos da mesma forma que Ele nos amou. Jo. 13:34. Talvez este seja o mais difícil dos mandamentos, afinal, nos dias atuais as pessoas (CRENTES) encontram-se numa busca frenética por melhorias em sua vida: melhor emprego, maior nível possível de graduação, maiores salários, carros e casas espetaculares, entre tantas outras coisas que vão ocupando o nosso tempo; e, quando paramos, estamos tão cansados que nos esquecemos do amor fraterno entre os irmãos, que nos foi ensinada por Cristo e pelos apóstolos. Não existe a possibilidade de amarmos a Deus, se não amarmos os irmãos. I Jo. 4:20-21.

I João 2:8. A Luz verdadeira já ilumina. Cristo é Luz do mundo e todo aquele que o seguir, crendo plenamente em Sua obra, deixa as trevas e recebe a maravilhosa Luz. Jo. 8:12. O pecador remido tem o seu entendimento iluminado, então passa a saber qual é a sua esperança. Ef. 1:18. Biblicamente falando, todo aquele que não estiver em Cristo, estar assentado em trevas. Sendo necessário o resplandecer da Luz. Mt. 4:16 e II Co. 4:6. É mediante, somente pelo poder iluminador do Espírito de Deus que o salvo passa a entender as verdades espirituais da Bíblia. Jo. 16:13 e Jo. 14:26. Por está em Cristo, o salvo torna-se a luz do mundo. Ora, se o crente é a luz do mundo, o mínimo que se espera é que ele exerça uma boa influência, sobre aqueles que não conhecem Cristo como Salvador pessoal. Mt. 5:14 e Fp. 2:15.

Pr. Walter Costa

Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por fiéis): LTT-Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611

Esperança-PB, 24 de Setembro de 2023.

sábado, 16 de setembro de 2023

Esboço bíblico da epístolo de I João.







Introdução. O apóstolo João, autor de um dos 4 Evangelhos, é também o autor de 3 epístolas e do livro de Revelações (Apocalipse). Quando foi escrito: As três cartas de João foram provavelmente escritas entre 85-95 dC. Estas cartas de João falam sobre os fundamentos da fé em Cristo, por isso ela ajudou seus leitores a refletirem honestamente sobre sua fé.


CAPÍTULO I

I João 1:1. As mãos dos apóstolos tocaram a Palavra da Vida. João, inicia a epístola referindo-se a Jesus como sendo Deus encarnado. De modo semelhante ao início do seu Evangelho, João faz uma clara conexão sobre a divindade de Jesus. Jo 1:1-3 e Jo. 1:14. Ao mesmo tempo que exaltava ao Senhor, o apóstolo evidencia a sua intimidade com Cristo. João foi testemunha ocular da vida de Jesus, ele ouviu, viu, tocou a Palavra! Cristo é literalmente Palavra e a fonte da vida eterna, não encontraremos vida a não ser na Palavra de Deus e na pessoa de nosso Senhor Jesus Cristo. Jo.6:68.

I João 1:2. A vida eterna manifestada. Vimos no versículo anterior que Cristo é Deus e a Palavra da vida. Agora o apóstolo explica como a vida eterna é manifesta. A salvação eterna é uma dádiva dada aos crentes através da graça. Ef. 2:8-9. Então, como a vida estava com o Pai, Ele a manifestou através do Filho. Jo. 1:17-18. Vejam bem, a Palavra de Deus foi manifesta para salvar todo aquele que nEle crer. Jo. 3:16 e Jo. 17:3. É impossível que Deus minta. Hb. 6:18. Retenhamos firme a confiança em Nosso Salvador, pois jamais seremos lançados fora. Jo. 6:37.

I João 1:3-4. Comunhão com o Pai e com o Filho. O Seu PARENTESCO depende do seu nascimento. Jo. 1:11-13. Já a sua COMUNHÃO depende do seu caminhar. Gl. 5:16 e Ef. 5:1-2. Lembre-se! Devemos saber que o amor de parentesco é uma coisa, já o gozo da comunhão é outra inteiramente diferente. Quando um crente cai em pecado, a sua comunhão com Deus fica suspensa, logicamente sem a comunhão não teremos a alegria do caminhar diário com o nosso Pai celestial. Sl. 51:12. Para resgatar a comunhão, é de suma importância o crente reconhecer e confessar o pecado, então, com o coração contristado, volta-se para o Senhor que é fiel e justo. Sl. 32:5.

I João 1:5-6. Deus é Luz quem anda em trevas não tem comunhão com Ele. Ora, Deus é Luz não existindo a menor possibilidade de nEle haver trevas, por este motivo não devemos ter comunhão com as trevas. II Co. 6:14-15. Antes éramos trevas e hoje somos filhos da luz. Ef. 5:8 e I Tes. 5:4-5. Estávamos encobertos em trevas, condenados, sem a menor esperança habitando a sombra da morte. Mt. 4:16-17. Cristo, a grande luz, nos libertou da força das trevas e nos transportou para o Seu reino de amor. Cl. 1:12-13. A luz de Deus resplandece em nossos corações para o conhecimento da Sua glória. II Co. 4:6.

I João 1:7. O sangue de Cristo purifica os crentes de todo o pecado. Ap. 1:5. O amor de Jesus Cristo para com todo aquele que crer em Sua obra é tão grandioso, que é impossível mensurar. Todo crente em Cristo, sabe que seu estado anterior era de condenado à morte eterna. Ro. 3:23. A única maneira de escapar das terríveis consequências do pecado, é por meio de um substituto que atenda às demandas da justiça divina. A morte vicária (do latim vicarius, "substituto") de Cristo efetuou uma eterna redenção para todos que creem em Sua obra. No madeiro Cristo pagou o preço da penalidade e imputação do pecado. Sabemos que o pecado tem um justo pagamento a ser efetuado: a morte eterna. No caso dos crentes, Cristo pagou este preço no lugar deles. Ro. 6:23. O salvo é limpo com o precioso sangue do Cordeiro que tira o pecado do mundo. Jo. 1:29.

I João 1:8-10. Aquele que diz não ter pecado, não há verdade nele e chama Deus de mentiroso. O crente, está purificado pelo sangue de Cristo e esta é uma posição eterna diante de Deus. Contudo, essa verdade não quer dizer que o mesmo não peca. O único que não tem pecado é o próprio Cristo. Hb. 4:15. Porém, Deus espera que os Seus filhos resistam até o sangue batalhando contra o pecado. Hb. 12:3-4. Na passagem de Hebreus, somos orientados a considerar o exemplo de Cristo, que foi tentado, mas não pecou e nos deixou o exemplo para seguirmos as Suas pisadas. I Pe. 2:21. Ou seja, nos momentos de tentação, devemos considerar a vida e a obra de Cristo e tudo o que Ele é e tudo o que fez por nós, para nos fortalecemos e não cairmos no engano do pecado. Hb. 3:13. Recebemos, de forma ordinária, uma natureza totalmente pecaminosa. Ro. 7:17-18. Este fato, a inerência do pecado ao velho homem, não tira a responsabilidade do nascido de novo de viver uma vida afastada da prática do pecado. I Jo. 3:6-9. A exortação é justamente ao contrário: resistir até o sangue combatendo o pecado. Na vida dos crentes o pecado apresenta diversas situações, que manifestam a correção advinda do Pai. Sendo a principal delas a perda da comunhão e proteção no período em que perdurar a iniquidade. Sl.39:10-11. Para retornar a doce comunhão com o Pai e com o Filho os salvos devem confessar os pecados ao Senhor e Ele por ser justo os perdoará. Sl. 32:5. Notem, que esse perdão é para retomada da comunhão e nada tem a ver com salvação, o próprio João afirma que as coisas escritas na epístola é para que os crentes saibam que tem a vida eterna. I Jo. 5:11-13. Claro, que Deus conhece os nossos pecados e nada é oculto aos Seus olhos. Sl. 90:8 e Hb. 4:13. Mas, aqueles que confessam os seus pecados recebem a certeza de que Deus perdoará e removerá o impacto desse pecado em sua comunhão. No versículo 10 João continua a fazer uso de uma condição (se) para falar aos crentes que dizem não pecar. Primeiro, contradiz diretamente a palavra de Deus, sendo o mesmo que chamar Deus de mentiroso. Segundo esta afirmação, subentende-se que a verdade do evangelho não está em tal pessoa. Logicamente, o salvo é possuidor da verdade do Evangelho e que esta passagem é um modo do Senhor, mostrar aos religiosos, incrédulos e orgulhosos que eles estão errados. Somente, um pecador autojustificado poderia, no auge da sua arrogância, afirmar que não tem pecado. O crente por receber a natureza divina sabe que comete pecado, contudo vive em constante batalha contra o velho homem e às suas concupiscências. Ro. 7:20-23 e Gl. 5:17.

Esperança-PB,16 de Setembro de 2023.

Pr. Walter Costa.]

Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611

sábado, 9 de setembro de 2023

Ensinamento VII. Leitura bíblica: II Pedro: 3:10-18.






II Pedro 3:10. O dia do Senhor. Em resposta aos escarnecedores, que questionavam sobre a volta do Senhor. II Pe. 3:3-4. E após explicar que Deus é longânimo. II Pe. 3:9. Agora Pedro demonstra que o dia do Senhor ocorrerá e que a Sua vinda será repentina e sem aviso prévio. Mesmo ensinamento de Cristo. Mt. 24:42-44 e do apóstolo João. Ap. 3:3 e Ap. 16:15. O Novo Testamento chama esse evento futuro e repentino de um dia de “ira”, um dia de “visitação” e o “grande dia do Deus Todo-Poderoso” Ap. 16:14. Será um tempo de julgamento e ira. Depois disso, virá o milênio. Ap. 19:11-15 e Ap. 14:19-20. Pedro afirmou que os céus e a terra que agora conhecemos estão reservados para a destruição. II Pe. 3:7. Aqui ele mostra os por menores de tão grande assolação. Is. 34:4.

II Pedro: 3:11-12. Aguardando e apressando-se para vinda de Cristo. Por estar em Cristo o crente deve viver neste século de forma sóbria, justa e piamente. Aprovando as coisas excelentes, evitando escândalo e enchendo-se dos frutos de justiça, para glória de Deus. Tt. 2:12 e Fp. 1:10-11. Quando Pedro, usa a expressão apressando-se para a vinda do Senhor, está exortando os crentes a estarem vigilantes e focados no alvo. Fp. 3:12-14. Devemos ter em mente, que estamos em uma corrida contra o tempo e justamente por este motivo, não devemos perder tempo e sim prosseguirmos firmes, combatendo o bom combate até o fim. II Tm. 4:7-8.

II Pedro: 3:13. Os crentes aguardam novos céus e nova terra. O salvo (aquele que crer biblicamente na obra de Cristo) está desejando o retorno a sua definitiva e verdadeira pátria, hoje ele vive a expectativa de está no novo céu e nova terra, pois, a atual será exterminada. Aqui somos peregrinos e forasteiros, sabemos que nossa cidade é celestial de onde esperamos a volta do nosso Salvador, que nos transformará. Fp. 3:20-21. Lembre-se que a cidade onde iremos morar é a cidade do Deus vivo. Hb. 12:22. Na cidade eterna não haverá mais lágrima, morte, dor ou qualquer espécie de sofrimento. Ap. 21:4. O motivo de não haver mais inquietação alguma é que o nosso Redentor nos apascentará e nos guiará para as fontes das vivas águas. Ap. 7:17. Diante de tão graciosa esperança, o crente deseja ser revestido do imortal, pois, sabe que o seu débito foi pago por Jesus Cristo, que nos deu o penhor do Espírito. II Co. 5:3-5.

II Pedro: 3:14. Imaculados e irrepreensíveis em paz. Enquanto aguardamos a bem-aventurada esperança. Tt. 2:13. Temos a ordem bíblica, no que diz respeito ao nosso andar, que deve ser com prudência e com os sábios, resplandecendo como astros. Ef. 5:15/ Cl. 1:10 e Fp. 2:15. O salvo, deve se afastar do mau caminho e do homem que fala coisas perversas. Pv. 2:12-13. Todo aquele que segue a Jesus não andará em trevas. Jo. 8:12. O Deus de paz, não destina o salvo para irá e sim para a salvação. I Tes. 5:9. Essa segurança é traduzida em PAZ INTERIOR que excede ao entendimento humano e nos mantém enraizados em Cristo. Fp. 4:7.

II Pedro 3:15. Salvos pela longanimidade do Senhor. Devemos sempre olhar a nossa situação, como sendo devedores e jamais merecedores de qualquer dádiva do Senhor. Sl. 126:3. Afinal as misericórdias de Deus são a causa de não sermos consumidos. Lm. 3:22-23. A benignidade do Senhor é o fato determinante que leva o pecador ao arrependimento. Ro. 2:4. Jesus Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores e não receber ajuda dos mesmos para salvá-los. I Tm. 1:15-16. Sabemos que Deus não tem prazer na morte dos ímpios. Ez.33:11 e por este motivo é longânimo para com os pecadores. II Pe. 3:9.

II Pedro 3:16. Os indoutos e inconstantes torcem as Escrituras. Depois de falar das epístolas de Paulo, e das verdades profundas que elas contém. Pedro adverte sobre o problema de “torcer as Escrituras” para tentar forçá-las a dizer o que não dizem. As palavras que Pedro usou aqui são instrutivas. "Torcer" traduz strebloo, que é a forma verbal de um substantivo que se referia a um instrumento de tortura, e assim se refere à tortura com um sarilho, ou torcer até desconjuntar. É isso o que se tenta fazer com uma Escritura quando se não quer entendê-la em seu contexto e deixá-la dizer o que tinha o propósito de dizer. "Perdição" é o sentido literal da palavra aqui usada, mas também é traduzida "destruição", pois muitas vezes tem a conotação de destruição espiritual. Mt. 10:28.

II Pedro 3:17. Cuidado para não descair da firmeza. Depois de reconhecer que as cartas de Paulo eram escritas com autoridade e em nome do Senhor. Vv 15-16. Pedro, admoesta aos crentes a se guardarem dos homens abomináveis que ao seu bel prazer distorcem de forma consciente o Livro Sagrado. Fato este, contemporâneo aos dias atuais, o que mais vemos são homens corruptos de entendimento enganando e sendo enganados. II Tm. 3:13. A melhor maneira de evitarmos o erro é examinando as Escrituras. Jo. 5:39. Devemos agir iguais aos irmãos de Bereia, que receberam com prontidão de mente e examinaram as Escrituras. Atos 17:11. Quando o crente não conserva-se naquilo que as Escrituras mandam ou rejeita a fé torna-se náufrago. I Tm.1:19. Ele não perderá a salvação, porém, passará pelas tormentas do naufrágio. I Co. 5:5 e I Jo. 5:16-17.

II Pedro 3:18. Crescendo na graça e conhecimento de Cristo. O crescimento na graça e conhecimento de Cristo, é algo a ser buscado pelo salvo. A graça é um favor imerecido, porém o crescimento nela é algo que deve ser aprimorado com a prática diária do exercício da fé, esperança, amor e conhecimento espiritual, ou seja, crescer em Cristo é renunciar os seus desejos, para fazer vontade de Deus. Fazendo isso, não descairemos da nossa firmeza. Cl. 2:5. O verdadeiro conhecimento é guardar a Palavra de Deus e andar segundo os Seus estatutos. Sl. 119:66-68. O crente deve transbordar o conhecimento. Ro. 15:14. O salvo é iluminado por Deus, fato esse que faz resplandecer o perfeito conhecimento em sua vida. II Co. 4:6. Esse crescimento é único e exclusivamente para glorificar a Deus. Fp. Fp. 1:20.

Esperança-PB. 09 de Setembro de 2023.

Pr. Walter Costa.

Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611.

sábado, 2 de setembro de 2023

Ensinamento VI. Leitura bíblica: II Pedro: 3:1-9.



 II Pedro: 3:1-2. Exortação a permanecer firme na fé. A palavra "amados", tem origem na palavra grega agapetos. E todas as vezes, que foi usada no Novo Testamento (60 VEZES) diz respeito aos filhos de Deus. Em nove delas Deus fala para Cristo e as demais para os crentes. Pedro inicia o último capítulo da sua segunda epístola exortando os crentes a permanecerem firmes na preciosa fé que receberam. II Pe. 1:1.O apóstolo lembra aos salvos que eles devem permanecer naquilo que foram ensinados nas Escrituras. Em I Coríntios Paulo, notifica aos irmãos que permaneçam no Evangelho que foi lhes fora anunciado. I Co. 15:1-4. O crente deve permanecer nos ensinos do Senhor e Salvador Cristo Jesus. A Bíblia nos mostra que todo aquele nascer de novo recebe uma herança incorruptível e incontaminável, a ressurreição de Jesus Cristo nos assegura o maior de todos os TESOUROS que é a salvação ETERNA. Além do fato, de passarmos a ter o direito à tão grande maravilha,ainda recebemos a garantia que este tesouro está guardado em um local seguro. I Pe. 1:3-5. O depósito é guardado por Cristo, amado não existe lugar mais seguro do que este, devemos confiar Naquele que depositamos a nossa fé, pois ele PODEROSO e guardará o depósito até o fim. II Tm. 1:12. 

II Pedro 3:3-4. Homens maus escarnecem a promessa do Senhor. De acordo com a Bíblia, Cristo foi glorificado e voltará para levar os filhos de Deus. Jo. 14:1-3.Toda a Escritura, é perfeita e serve de guia para os salvos. Mas, essa passagem do Evangelho de João em particular, apresenta um verdadeiro refrigério para a alma do cristão. O salvo não deve turbar  o coração, mas simplesmente crer, pois o Senhor voltará e os levará para Ele. Então, os escarnecedores questionam em tom sarcástico: Onde está a promessa de Sua vinda? Questionam afirmando que todas as coisas continuam do mesmo jeito desde a criação. I Co. 15:32-33. Eles ignoram por completo o que está escrito na Palavra de Deus. I Co. 15:51-52 e I Tes. 4:17.

II Pedro: 3:5-6. Pela Palavra de Deus existiram os céus e a terra. Os escarnecedores, de modo voluntário desdenharam da vinda do Senhor, afirmando que nada mudaria e que tudo permaneceria como estava. Eles nada sabem, são por natureza ignorantes. Através da fé, o crente entende e crer no relato da criação que se encontra no livro de Gênesis e que ele deve ser aceito literalmente, e não alegórica ou figuradamente. Cremos que a criação do homem não foi matéria da evolução ou mudança evolutiva das espécies, ou do desenvolvimento através de intermináveis períodos de tempos, de formas mais baixas para superiores; que toda a vida animal e vegetal e todas as coisas existentes foram criadas por Deus. Gn. 1:1-2/ Sl. 33:6-9 / Ex. 20:11/ At. 4:24 e Cl.1:16-17. No versículo 6, Pedro traz à memória dos crentes o evento do dilúvio, no qual Deus interveio para trazer a julgamento a maldade humana, apenas Noé achou graça diante de Deus. Gn. 6:5-7. Nos dias atuais muitos descartam a ideia do dilúvio. Porém, Pedro claramente acreditou e ensinou a realidade do dilúvio de Noé. O mesmo ensino de Jesus. Mt. 24:37.


II Pedro: 3:7. A terra está reservada para o fogo. Lembre-se, que Pedro está se reportando aos escarnecedores, aqueles que zombam do destino literal do mundo físico, afirmando ser uma ficção e que não haverá o fim dos tempos, fato contrário aos ensinamentos das sagradas Escrituras. II Pe. 3:13. A santa Palavra de Deus adverte de modo consistente que este mundo não tem duração eterna. Mt. 24:35. No versus 5 Pedro fez menção a criação de Deus, portanto o mesmo Deus que criou o mundo e tudo que nele há. Cl. 1:16-17. Com certeza, cumprirá a Sua promessa da destruição total do mundo em que hoje vivemos, para dar espaço a novos céus e nova terra. Is. 65:17/ Is. 66:22 e Ap. 21:1.

II Pedro: 3:8. Os dias do Senhor diferem-se dos nossos. Sabemos, que o correto entendimento de uma passagem Bíblica é analisá-la dentro do seu contexto. Assim, veremos que essa passagem refere-se ao retorno do Senhor e consequentemente ao julgamento do mundo. Ez. 30:3 e Jl. 2:1. A exortação de Pedro aos crentes, é no sentido de mostrar que Deus é eterno e que não se limita ao espaço temporal da percepção humana. Sl. 90:4. Ou seja, Deus não está restrito a contar o tempo dentro de uma perspectiva do homem. Essa periodicidade (tempo diferente do nosso) do Senhor faz parte da Sua benignidade e Sua longanimidade.


II Pedro: 3:9. A longanimidade de Deus. O Senhor dos Exércitos não pode mentir. Tt. 1:2. É longânimo (paciente) e em hipótese alguma deixará de cumprir a Sua promessa. O salvo possui plena convicção de que a sua salvação faz parte de um perfeito plano de Deus que através de Sua longanimidade e benignidade propôs segundo o beneplácito de Sua vontade, um plano para conduzir o pecador ao arrependimento. Ro. 2:4. Neste plano, Ele permitiu a morte do Seu Filho para salvar todo aquele que nEle crer. Jo. 3:16. Quando achamos que merecemos algo além da condenação, estamos desprezando a benignidade, a paciência, e a longanimidade de Deus. Isto é, Jesus Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores e não receber ajuda dos mesmos para salvá-los. I Tm. 1:15-16. Sabemos que Deus não tem prazer na morte dos ímpios. Ez. 33:11 e por este motivo é longânimo para com os pecadores. Lc. 15:7. Deus quer salvar todos os homens. I Tm. 2:4. Não existe na Bíblia uma passagem sequer, que afirme que Deus deseja salvar apenas um determinado grupo de pessoas. Doutrina apregoada pelo sistema religioso denominado Calvinista, para eles algumas pessoas foram predestinadas para salvação e outras para a condenação. Teoria totalmente contrária aos ensinamentos das Sagradas Escrituras, que afirma que Deus amou (no passado) o mundo e entregou o Seu Filho Unigênito para salvar todo aquele que nEle crer. Vejam bem, Cristo não morreu por um determinado grupo de pessoas e sim por toda a humanidade. II Co. 5:14-15. Quando, nossa fé é em conformidade com as Sagradas Escrituras, Deus nos capacita para ouvimos e cremos no Evangelho. Ef. 1:11-13. 

 

Esperança-PB, 03 de Setembro de 2023.


Pr. Walter Costa.


Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611.