domingo, 30 de julho de 2023

Ensinamento I. Leitura bíblica: II Pedro: 1:1-7.

II Pedro: 1:1. Fé igualmente preciosa. De modo Escriturístico, podemos afirmar que Fé é simplesmente ter a confiança de que as coisas futuras que Deus revelou em Sua Palavra escrita acontecerão.  A fé não é baseada na experiência, nem calculada pela razão. A verdadeira fé está ancorada em fatos bíblicos. Hb. 11:1. Todo crente em Cristo recebe a verdadeira fé, a mesma que Pedro e os outros apóstolos receberam. Há apenas uma fé em Cristo – não múltiplas fés, nem maior ou menor fé. Ef. 4:5. Essa passagem, nos dá uma clara exortação que a nossa fé é advinda pela justiça de Jesus. Ninguém é justo porque foi inteligente o suficiente, ou especial o suficiente para por conta própria receber a preciosa fé É somente através da justiça de Cristo que recebemos essa fé preciosa e extremamente valiosa. Jesus garantiu essa fé para nós. Fp. 3:9. Não nascemos com uma capacidade natural de acreditar. Se tentarmos reunir fé por nossa própria força de vontade, ficaremos desanimados. Isso ocorre porque não somos a fonte da fé. A fé vem de Deus. Deus reparte ou nos dá fé conforme a Sua vontade. Ro. 12:3. 


II Pedro: 1:2-4. Grandíssimas e preciosas promessas. Quando o crente é iluminado, prova o dom celestial. Hb. 6:4-5.  Esse fato, o torna  participante da vocação celestial e da natureza Divina. Por receber tão grandiosa promessa, o salvo sabe que toda honra e toda glória pertencem ao grande Sumo Sacerdote, Autor e Consumador da nossa fé. Hb. 12:2. Ele foi escolhido antes da fundação do mundo, para redimir todos os que cressem em Sua morte sacrificial e gloriosa ressurreição. I Pe. 1:18-21. Ou seja, o mínimo que se espera daqueles que são participantes da vocação celeste é que não sejam conformados com com o presente século mal e que resplandeçam como astros no meio de uma geração corrupta. Ro. 12:1-2 e Fp. 2:15. 


II Pedro: 1:5-7. Coisas que devemos acrescentar a nossa fé. Somos estimulados pela Palavra, a acrescentarmos alguns atributos que são esperados como algo natural nos salvos. São eles: Virtude-Ciência-Temperança-Paciência-Piedade-Amor fraternal-Amor..


Virtude. Disposição constante do espírito que nos induz a exercer o bem e evitar o mal. Pelo eterno propósito de Deus, a virtude é o primeiro atributo a ser usada na edificação dos seus filhos. O tema edificação, é sem sombras de dúvidas a base estrutural da vida espiritual do crente a fim de que este possa chegar à maturidade. Esse processo foi designado e decretado por Deus. Esse fato, não pode e não será alterado pelos propósitos malignos dos homens. Como, tudo que diz respeito ao perfeito plano de Deus a virtude cresce no salvo através da ação do Espírito Santo.  As Escrituras ensinam o crente a ser firme na fé,  não se permitindo ao engano daqueles que usam de astúcia para burlar a Sã Doutrina. Ef. 4:13-14.  O crente  não deve abrir mão dos ensinamentos que Eterno e Soberano Deus deixou. Sl. 68:11.


Conhecimento ou Ciência. Conjunto de conhecimentos fundados sobre princípios certos. O temor do Senhor é o princípio do conhecimento. Pv. 1:7. O mundo despreza o conhecimento de Deus, porém, todo aquele que nasce em Cristo Jesus, e, é regenerado pela ação do Santo Espírito do Senhor, sabe que o verdadeiro conhecimento é dado por Deus. Pv. 2:6. Por isso, possuem um sentimento de profundo respeito e obediência, sabendo que quanto maior for a sua busca em aprender e aplicar o conhecimento da Bíblia em seu viver, maior será o seu enriquecimento em toda a palavra de Deus. I Co. 1:4-5.  Quando o Espírito Santo age em nossas vidas temos um enorme desejo de nos aprofundarmos no conhecimento da Palavra de Deus, este fato nos capacita a admoestarmos uns aos outros. Ro. 15:14.


Temperança. Hábito de moderar os apetites sensuais, os desejos, as paixões; Sobriedade no comer e no beber; Comedimento, moderação. A palavra “temperança” em nosso texto de II Pedro 1:6, “E à ciência a temperança”, se origina da palavra Grega que se refere à graça pela qual a carne do cristão é restringida. Isso é, pelo poder do Espírito Santo, que habita em todo crente. I Co. 3:16. Quando o salvo permite o guiar do Espírito Santo, há um controle sobre as inclinações carnais, paixões, desejos, conduta, expressões, e apetites, incluindo todas as variações que possam surgir das mesmas. Ro. 8:13-14. Temperança é aquele elemento essencial no cultivo da fé bíblica, pelo qual, o crente controla o “ego” e passa a produzir o fruto do Espírito. Gl. 5:18.


Paciência. Capacidade de tolerar contrariedades, dissabores, infelicidades; sossego com que se espera uma coisa desejada. A paciência talvez seja o atributo mais difícil de ser preenchido na vida do crente, até porque ela é gerada (produzida) através da tribulação, é de suma importância, que o crente aprenda e desenvolver a paciência, pois, é através dela que alcançamos a esperança. Ro. 5:3-4. Devemos ter como exemplo a paciência de Cristo. II Tes. 3:5. A capacidade de termos paciência é decorrente da fé e se a cultivamos da forma que o Espírito Santo deseja, então seremos fortes, para resistirmos às tentações e sairmos perfeitos e completos. Tg. 1:2-4. A palavra de Deus nos diz para sermos pacientes até o dia do Senhor, ou seja, a paciência deve acompanhar o crente até o dia da vinda de Cristo. Tg. 5:7.


Piedade. Adorar bem ou corretamente. (Bíblia). Vontade de diminuir ou se solidarizar com o sofrimento alheio. (Dicionário) 


A Bíblia nos ensina a exercitarmos a piedade. I Tm. 4:7. Mas, o que significa piedade na Bíblia? A palavra “piedade” vem da palavra grega “eusebeia”, e esta é a junção de duas palavras: “eu” que significa “bom ou correto”, e “sebomaie” que significa “adorar”. Portanto, piedade é adorar bem ou corretamente. Ou seja, não tem nada haver com os ritos religiosos de se solidarizar com o sofrimento alheio, aqueles que acham que irão obter lucro com a piedade, são corruptos de entendimento. II Tm. 3:5. O mistério da piedade é a manifestação do Deus Trino. I Tm. 3:16. A piedade é de crucial relevância, para que o crente tenha a perfeita percepção da verdade bíblica. Tt. 1:1. 


Amor fraternal. É um sentimento de carinho muito forte, de dedicação, levar o indivíduo a fazer grandes sacrifícios, que só seria capaz de fazer por ele mesmo. O amor fraternal, é um atributo que deve permanecer em todo crente e deve ser praticado com frequência. Hb. 13:1.  Após nascermos de novo, nos tornamos membros da família de Deus, com isso, passamos a ter vários irmãos em Cristo. Este fato, nos conduz a amarmos uns aos outros em amor não fingido. Ro.12:10. Aquele que não amar o irmão não é de Deus. I Jo. 3:10. 


Amor. O amor, é sem sombra de dúvidas o maior de todos os atributos, é o primeiro de todos os mandamentos é amar ao Senhor e o segundo ao próximo. Mc. 12:29-31. Todo e qualquer atributo, que o crente desenvolver passará irreversivelmente pelo amor. Quando o salvo está enraizado e fundado no amor, passa a compreender de forma plena e total a plenitude de Deus. Ef. 3:17-19. O amor, é a verdadeira essência do Cordeiro de Deus. Portanto, é somente este puro, sublime e santo atributo, que seguramente mantém unido tudo aquilo que é necessário para a maturidade do crente. É também, o melhor meio pelo qual se demonstra a presença de Cristo na vida transformada da nova criatura, que está revestida do vínculo da perfeição. Cl. 3:14.


Produzido em 2022

Pr. Walter Costa.

Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611.

Esperança-PB, 30 de Julho de 2023.


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