I Pedro 1:1. Introdução e destinatários. Escrita pelo apóstolo Pedro, provavelmente entre 60 e 65 DC. Sobre o autor: Pedro foi levado a Cristo pelo seu irmão André. Jo.1:40-42. Foi o primeiro dos discípulos a testificar que Jesus Cristo era o Filho de Deus. Mt.16:16. Também foi o primeiro a negar o Mestre. Mt. 26:69-75. A carta é direcionada aos judeus dispersos na Diáspora (A Diáspora judaica refere-se ao distanciamento forçado dos hebreus de sua terra natal – Israel – em razão das invasões de povos inimigos e, consequentemente, deixando-os dispersos em várias partes do mundo), bem como, por aplicabilidade das Escrituras aos crentes da atual dispensação. II Tm. 3:16-17. As cartas de Pedro mostram o sofrimento e as perseguições que os crentes daquele período passavam, apesar deste tempo de perseguição ter sido muito violento, Pedro revela que era, na verdade, um tempo de regozijo. Ele, diz que sofrer pelo amor de Cristo, assim como seu Salvador sofreu por eles, deve ser encarado como um privilégio.
I Pedro 1:2. Eleitos em santificação do Espírito. A maioria, usa o termo “eleitos” como sendo a palavra-chave do versículo, contudo devemos nos atentar para o termo que desvendará de modo escriturístico a passagem, que é: SANTIFICAÇÃO (significa ser separado ou separado para um propósito). Quem são os santificados? O Novo Testamento, mostra claramente, que todo aquele que crer verdadeiramente na obra de Cristo, está santificado. Atos 26:18 e I Co. 6:11. Santificado pela Palavra de Deus. Jo. 17:17. A santificação depende do homem? Enganam-se aqueles que acreditam que a santificação é processo pelo qual o homem vai se achegando a Deus. Somos santificados em Cristo. I Co. 1:2 I Co. 1:30-31. Um dos temas mais preciosos e belos da Bíblia é a nossa santificação posicional ou absoluta pelo sangue de Jesus Cristo. Esta santificação é uma posição eterna imutável. Hb. 13:12 e Hb.10:14.
I Pedro 1:3. Gerados de novo. O nascer de novo é a condição primaria para pecador adentrar a família e ser participante do reino de Deus. Jo. 3:3. Sendo este novo nascimento um ato perfeito da soberana vontade de Deus. Jo. 1:12-13. Somos de novo gerados, isto é, recebemos uma nova natureza que é a espiritual, gerada de uma semente incorruptível. I Pe.1:23. A situação do homem natural em relação a Deus é de criatura, pois o primeiro foi criado. Gn. 1:27, já o homem espiritual, foi gerado segundo a vontade de Deus. Tg. 1:18.
I Pedro 1:4-5. O Salvo tem uma herança incorruptível e incontaminável guardada nos céus. Enquanto o homem natural busca as riquezas temporais, que passarão pelo processo de putrefação e servirão de comida para as traças. Tg. 5:1-2. O crente tem a plena convicção de ter recebido o maior dos tesouros e que este tesouro não será minado, roubado ou consumido pelas traças. Mt. 6:19-21. O salvo tem a garantia de que o tesouro não será perdido, pois aquele que guarda o depósito é poderoso e o guardará até o momento do nosso acesso a ele. II Tm. 1:12. O crente sabe que é o seu maior tesouro está CONSERVADO/PRESERVADO (guardado, poupado, resguardado, depositado), em Cristo Jesus, que é o autor e CONSUMADOR da nossa fé. Jd. 1:1 e Hb 12:2. Vejam bem, Paulo está fazendo uma afirmação que todo o crente deve ter cauterizada em sua mente: Mortos estamos e nossa vida (eterna) está escondida em Cristo. Cl. 3:3-4. Naquele glorioso dia, que nos encontraremos com o nosso Salvador, veremos o cumprimento de Sua Palavra “por que Eu vivo, vós vivereis”. Jo. 14:19.
I Pedro 1:6. Alegres pela glória que será revelada aos crentes. A felicidade do novo homem consiste na certeza da salvação eterna, através unicamente da graça de Deus. Ro. 3:24. O pecador remido sabe exatamente a maravilha que Deus operou nele, pois estava condenado e hoje vive na confiança da salvação através do selo do Espírito Santo, Os salvos alegram-se por serem usado para glorificar ao Pai. Ef. 1:12-14. A tristeza dos salvos é temporária, pois sabemos que teremos uma leve e momentânea tribulação. II Co. 4:17. Mas, devemos nos alegrar com a glória que em nós será revelada. Ro. 8:18 e I Co. 13:12.
I Pedro 1:7. A prova da fé. Os crentes, não devem estranhar as provações que passarão, pelo contrário, eles devem se alegrarem com o fato de serem participantes das aflições de Cristo. POIS, no crente repousa sobre si o Espírito da glória e de Deus. I Pe. 4:12-14. Existe no homem a vontade de evitar a todo o custo o sofrimento, mas, esse fato, é contrário ao que ensina as Sagradas Escrituras. Encontramos na Bíblia que o sofrimento e as tribulações fazem parte do viver do crente e nestes momentos, devemos ter a certeza que o nosso Deus de misericórdia e consolação irá nos confortar e nos fortalecer para que possamos consolar aqueles, que por algum motivo estão passando por aflições e sofrimentos. II Co. 1:3-7. Para ser extraídas as impurezas e imperfeições do ouro, faz-se necessário que o mesmo seja purificado e testado pelo fogo. Da mesma forma, o Deus testa a nossa fé através das provações, que servem para purificar os nossos corações e aumentar cada vez mais a dependência que temos do Senhor. Ou seja, o testemunho do salvo deve louvar e glorificar a Deus. Sl. 28:7.
I Pedro 1:8-9. Não O vendo mais crendo. O crente verdadeiro não está em busca de sinais para amar e crer no Senhor como os incrédulos que precisam de sinais e milagres para crerem. Jo. 4:48. Os salvos da atual dispensação, não viram Cristo, não viram os Seus sinais e prodígios, mas, mesmo assim, crêem em Sua obra e por este motivo somos chamados de bem-aventurados. Jo. 20:27-29. Então, através daquela fé que foi provada como fogo, o salvo tem plena confiança na perfeita obra de Cristo e se regozija com uma alegria indescritível (impossível de ser descrito). Essa alegria, é decorrente da certeza de salvação dada por Deus aos crentes, pois eles não estão atentando para as coisas temporais e sim para as eternas. II Co. 4:18. Veja bem, o crente já está salvo e aguarda tão somente a redação do corpo mortal. Ro. 8:23-25.
Citações Bíblicas: ACF-Bíblia Almeida Fiel e Corrigida e LTT- Literal do Texto Tradicional.
Esperança-PB. 28 de Abril de 2023
Pr. Walter Costa
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