Romanos 8:1. Não há condenação para os que estão em Cristo. O crente deleita-se e regozija-se em tão grandiosa verdade. Não há mais possibilidade de sermos condenados, isto é, separados eternamente da presença de Deus. Está em Cristo significa que o nosso Salvador já pagou o preço da nossa condenação e sofreu a penalidade que nos seria imposta, devido ao nosso pecado. Temos a certeza bíblica de que os que creem no nome de Jesus Cristo têm no tempo presente a vida eterna, no tempo futuro, não entrarão em condenação e, no tempo passado, saíram da morte para a vida (Jo. 5:24 e I Jo. 5:13). Salientamos que, o fato da não condenação, não implica que não seremos corrigidos e cobrados por nossas ações (Hb. 12:6-10 e II Co.5:10).
Romanos 8:2. A verdadeira lei. Podemos afirmar que o assunto tratado aqui não é a Lei Mosaica e sim a verdadeira lei, escrita em nossos corações pelo Espírito Santo. (II Co. 3:3). Sabemos que o crente é templo e morada de Deus em Espírito (I Co. 3:16). Esse habitar é a garantia de filiação e (Ro. 8:14). Podemos aferir, de forma escriturística, que a “lei do Espírito da vida” diz respeito ao poder do Espírito Santo, que é capaz de transformar e renovar o entendimento dos salvos. (Ro. 12:2). É através da ação do Espírito Santo que o homem é convencido do pecado, da justiça e do juízo. (Jo. 16:7-10). Não sabemos o “modus operandi” utilizado pelo Espírito Santo para salvar um pecador, mas, claramente, Ele (Espírito Santo) é quem nos conduz à vida eterna através da fé na pessoa bendita de Cristo. (Jo. 3:5-8). Por meio da "lei do Espírito da vida", os crentes são libertos da escravidão do pecado e da morte e capacitados a viverem uma vida aprovando o que é agradável ao Senhor. (Ef. 5:10).
Romanos 8:3-4. A Lei estava enferma. A Lei não poderia justificar de forma definitiva o pecador, pois a mesma baseava-se em fundamentos da carne, consistindo apenas em sacrifícios temporários (Hb. 9:10). Por este motivo, foi ab-rogada, uma vez que, diante da sua fragilidade, tornou-se inútil (Hb. 7:18-19 e Atos 13:38-39). Jesus Cristo veio "à semelhança da carne pecaminosa" e não "à carne pecaminosa" podemos definir melhor "à semelhança da carne" Ele era ao mesmo tempo, homem semelhante aos demais, porém, sem pecado (II Co. 5:21 e Fp. 2:6-8).
Romanos 8:5-6. Andando segundo a carne e segundo o Espírito. A inclinação dos que servem à carne é literalmente viver na prática do pecado, não havendo, para essas pessoas, o muro da transgressão. Sendo movidas a satisfazer os impulsos próprios da natureza humana. (Ef. 2:1-3). A carne determina o viver dos perdidos, exemplificado em I João 2:16. (1) prazer imediato (“concupiscências da carne”), (2) possuir (“concupiscência dos olhos”) e (3) superestimar a si mesmo (“soberba da vida”) A diferença norteadora que faz a separação entre o crente e o pedido é que o salvo não recebeu o espírito do mundo e sim o Espírito provindo de Deus, isso, nos faz discernir as coisas (I Co. 2:12-13). O crente, mesmo sabendo que é livre, busca as cosias que edificam (I Co. 10:23).
Romanos 8:7-8. A inclinação da carne é inimizade contra Deus. O Espírito Santo, por meio de Paulo, fala nestes dois versos sobre os não salvos. O homem natural tem a sua existência voltada para a inclinação da carne. O seu viver é baseado no agradar a si mesmo e não a Deus, a mente do perdido é canalizada para a carne, não se importando em conhecer verdadeiramente a Deus (Ro. 1:28-32). Verdade é que o crente tem inclinações carnais, mas não poderá voltar a ser inimigo de Deus, pois Cristo já nos reconciliou com o Pai (Ro. 5:10 e Cl. 1:21-22).
Romanos 8:9. O crente não está na carne. Aqui temos o retorno aos salvos, “vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito”. O Espírito Santo habita nos crentes, O qual é o selo que nos garante a redenção (I Co. 6:19 e Ef. 1:13). Essa passagem apresenta uma das mais claras declarações das Escrituras: “O Espírito Santo habita nos crentes”. Esta declaração joga por terra a falsa doutrina do recebimento da “segunda benção” através do batismo com Espírito. A Bíblia mostra que o Espírito Santo entra na vida dos crentes no momento da sua conversão (I Co. 12:13). Se o Espírito Santo precisa esperar por alguma obra subsequente de obediência ou santidade, segue-se que Ele estaria ausente entre a conversão e esse momento posterior. Mas isso não pode ser porque Paulo indicou claramente que uma pessoa sem o Espírito não pertence a Cristo. E por não serem de Deus, não escutam a Sua palavra (Jo. 8:47 e Jo. 4:4-6). Romanos 8:10. O nosso espírito está vivo devido à justiça de Deus. Quando o crente recebe Cristo, há uma transformação, ele passa de morto em ofensas e pecados para ser vivificado por Cristo (Cl. 2:13). Literalmente, a vivificação é espiritual, o corpo é mortal e permanece sujeito à morte em decorrência da natureza pecaminosa (I Co. 15:46-49). O nosso espírito só está vivo em razão da justiça de Deus, que nos foi imputada por meio da fé em Cristo Jesus (Fp. 3:9 e II Pe. 1:1).
Romanos 8:11. Seremos vivificados pelo Espírito. Como temos a certeza da ressurreição de Cristo, também devemos ter com certa a nossa ressurreição ou encontro com Cristo nos ares (I Tes. 4:14-16). Quando recebemos o Espírito Santo, passamos a ser participantes da natureza divina (II Pe.1:3-4). Então passamos a conviver com as duas naturezas e a que for melhor alimentada se sobressairá (Gl. 5:17). A ordem dada aos crentes é que o mesmo deve revestir-se de Cristo e não cuidar da carne e suas concupiscências (Ro. 13:14), o que significa que devemos viver como uma nova criatura, que tendo recebido o Espírito Santo (embora ainda possuindo uma natureza pecaminosa) busca andar e frutificar em toda a boa obra (Cl. 1:10-11).
Pastor Walter Costa.
Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por crentes fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611.
Aplicado na IBBF Esperança-PB, 22 de Junho de 2025.
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