Romanos 7:1. A lei está morta. O apóstolo faz uma explanação aos conhecedores da lei. Ora, se eles conheciam a lei, certamente, eram sabedores que a mesma havia sido ab-rogada (extinta, abolida, fora de uso, tornada sem valor). Hb. 7:18-19. Pode-se dizer que a lei vive, quando está em pleno vigor, e está morta, quando é revogada e anulada; agora, enquanto vive, ou está em vigor, tem domínio sobre um homem. Para enceramos o assunto sobre a validade da Lei, afirmamos fundamentados na Bíblia, que a lei foi cumprida por Cristo (Mt. 5:17). Todo aquele que, tenta conciliar salvação mediante a qualquer argumento da lei, está expondo Cristo ao vitupério (Gl. 2:21). A palavra “vive” pode se referir tanto ao homem como à Lei.
Romanos 7:2-3. Comparação entre a Lei e o casamento. Paulo continua a explicação sobre o fim da obrigatoriedade da Lei, ele faz uma contextualização, expondo aos irmãos de Roma, que seria impossível a salvação ser advinda da graça e por intermédio das obras da Lei. Inclusive, o apóstolo caracteriza como adultério. A Lei mosaica não permitia que a mulher se divorciasse do marido. Por isso, a mesma estava presa ao esposo até que ele viesse a óbito. Assim sendo, como uma mulher cujo marido morreu é livre para se casar com outro homem, o mesmo acontece com os crentes, uma vez que eles morreram segundo a Lei, estão livres para viverem por e para Cristo (Cl.3:3-4 e Ro. 6:10-11).
Romanos 7:4-5. Fruto para a morte. O crente está morto para o mundo e vivo para Cristo (Gl. 2:20). Recebemos através do Espírito Santo uma nova e verdadeira Lei: a do Espírito de vida (Ro. 8:2). A obra do nosso Salvador Cristo Jesus desfez a ação da lei dos mandamentos, a qual fundamentava-se em ordenanças voltada para a carne, que não era capaz de aniquilar a inimizade contra Deus (Ef. 2:15-16 e Cl. 2:13-14). Quando estávamos na carne produzíamos fruto para morte, mas, agora estamos em Cristo e devemos mortificar em nosso viver a concupiscência e as paixões da carne, uma vez que as mesmas combatem contra a alma (Gl. 5:24 e I Pe. 2:11).
Romanos 7:6. Servir em novidade de espírito. Estar sobre o domínio da Lei, equivale a estar debaixo da escravidão do pecado (Ro. 6:14). Quando Paulo afirma que devemos servir a Deus em novidade de espírito e não na velhice da letra, ele está se referindo a Lei judaica e não as Sagradas Escrituras, a Lei dada ao povo hebreu, teve o único propósito de demonstrar a pecaminosidade do homem e para fazê-lo entender que seria impossível cumpri-la. A Lei mostra que somos pecadores mortos e só a obra de Cristo pode modicar tal situação, a letra mata, porém o espírito vivifica (II Co. 3:6 e Jo.6:63).
Romanos 7:7-8. A Lei mostra o pecado. O Espírito Santo usando Paulo como interlocutor, afirma que a Lei é boa que ela apenas retrata a realidade da natureza humana. Podemos compará-la com uma máquina de tomografia cerebral, que revela o interior do cérebro. Caso haja um tumor, a máquina em si não ruim, ela apenas mostra algo que estava em oculto. Assim funciona a Lei, por ela temos conhecimento do pecado (Ro. 3:20 e Ro. 4:15). A concupiscências produz o pecado. O fato de sermos tentados não significa que naquele momento, tenha sido consumado o pecado. Ou seja, a tentação torna-se pecado quando somos engodados (atraído; iludido por falsas promessas e favores; enganados) pela nossa concupiscência. (Tg. 1:15-16).
Romanos 7:9-10. O mandamento era para vida. Neste fragmento, o apóstolo mostra a incapacidade dele e dos judeus (principalmente os fariseus) de compreenderem a condição temporária da Lei. Eles, eram observadores rigorosos da Torá, no que diz respeito as ordenanças externas, já a lei moral estava distante deles, não havia sido escrita na tábua de carne dos seus corações (II Co.3:3). Por esta razão, Paulo afirma que ao conhecer a lei do Espírito sentiu-se morto, ou seja, o crente sabe que não há nada nele que possa se agradável ao Senhor (Ro. 3:12). Tanto o apóstolo, como nós estávamos mortos, só Cristo pode nos vivificar (Ef. 2:5 e Gl. 3:21-22).
Romanos 7:11-13. A Lei é santa. O engano do pecado é a causa da morte física e espiritual do homem (Tg. 1:14-15). É justamente neste sentindo, que Paulo diz que a Lei e santa e o mandamento justo e bom. Santa, pois foi dada por Deus aos hebreus. Justo, pois exige a obediência de todos os seus preceitos. Bom, pois vem de Deus. Logo, os contradizentes podem questionar, ora a Lei só tornou-se boa após sua extinção? A resposta do Espírito Santo é contundente, a Lei não faz o pecado, ela apenas testifica-o. O pecado é inimizade contra Deus e a Lei traz a tona a excessiva corrupção existente na natureza do homem. Portanto, a causa da morte não foi a Lei e sim o pecado. (Ro. 6:23). Graças a Deus, que o crente está debaixo da graça e teve os pecados lavados com o sangue de Cristo (Ap. 1:5 e I Co. 6:11).
Pastor Walter Costa.
Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por crentes fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611.
Aplicado na IBBF Esperança-PB, 08 de Junho de 2025.
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