Romanos 4:13-14. A promessa de Deus a Abraão. O povo hebreu continuava a discutir que eram privilegiados, uma vez que Abraão era o pai da nação deles, e isso segundo eles. Os colocavam em um relacionamento único com seus descendentes carnais. Porém, Paulo novamente mostra que a promessa feita por Deus a Abraão e que ele seria “pai de muitas nações” parte da bênção prometida por Deus (Gn 17: 4-7), e repetiu-a aos descendentes de Abraão (Gn 22: 17-18). Vejam bem, as Escrituras declara a sua descendência no singular, ou seja, a descendência em Cristo (Gl. 3:9 e 16).
Romanos 4:15. A lei opera a ira. A lei judaica mostra com absoluta verdade que, o homem não pode ser justificado por ela. Sendo que, foi justamente através da lei que os judeus conheceram o pecado. É nesse sentido que o apóstolo Paulo afirma que é através da lei se conhece o pecado, onde não há lei, não há conhecimento da transgressão (Ro. 7:7). Em vez de trazer a benção que Deus prometeu a Abraão, a lei trouxe a ira, por ninguém pode guardar a lei perfeitamente, uma vez que a mesma está enferma pela carne (Ro. 8:3/ Tg, 2:10 e Gl. 3:10).
Romanos 4:16-17. Abraão, o pai da fé. O operador argumentativo, portanto, nos remete aos versículos anteriores (13,14 e 15), onde temos a promessa de Deus, recebida por Abraão, pela justiça da fé, sendo esta a única maneira de recebermos a filiação e nos tornarmos participantes da promessa feita ao patriarca Abraão (Gl. 3:14). O povo gentílico estava separado de Deus e da aliança e por Cristo chegamos a Deus (Ef. 2:12-13). Deus chama as coisas que não são como se já fossem. O Senhor pois Abraão como pai de muitas nações, quando, na verdade, não era. Como vimos, os gentios estavam separados da comunidade de Israel, porém, Deus prometeu que Abraão seria pai de muitas nações e Sua palavra é imutável (Hb. 6:17-20). Através da fé, a qual é a prova das coisas que não vemos, entendemos que aquilo que se vê não é feito do que é aparente (Hb. 11:1-3 e II Pe. 3:5).
Romanos 4:18-20. A fé contra a esperança. O patriarca creu na promessa e não atentou para o corpo já amortecido pelos anos de vida. Mesmo sem esperança, Abraão acreditou. Abrão, creu contra a esperança, acreditou na esperança e tornou-se o pai de muitas nações. Contra todos os fundamentos visíveis e racionais da esperança, o útero de Sara e seu próprio corpo estavam mortos, mas na medida em que Deus o havia dito, ele creu. Ao afirmar que Abraão não duvidou, Paulo não quis dizer que ele não hesitou e chegou inclusive a um momento de dúvida (Gn.17:17). Deus pode um dia exigir de nós o melhor que temos. Se podemos confiar a Deus a nossa eternidade, não podemos Lhe confiar as coisas temporais? Se Deus tomar aquilo que é mais importante para nós, continuaremos caminhando com Ele na fé? Em todos os aspectos da nossa vida cristã, Deus exige a nossa obediência e não nos impõe mais do que podemos suportar. Alguns crentes nunca aprendem a confiar plenamente no Senhor.
Romanos 4:21-22. A certeza de Abraão. Abraão tinha uma certeza: se Deus prometeu, com certeza cumpriria a Sua promessa e repousou sua fé sobre o poder de Deus, para quem tudo é possível (Mt. 19:26). A atitude de Abrão mostrou que Deus havia lhe dado entendimento suficiente, para entender que o homem em si não tem força e esperança (Fp. 2:13), fato esse, que o fez desfrutar a boa, perfeita e agradável vontade do Senhor (Ro. 12:23). Ou seja, a sua fé lhe foi imputada por justiça (Tg. 2:23).
Romanos 4:23-24. A justiça de Deus é tomada em conta a todos que crerem. O apóstolo explica que a justiça de Deus será creditada (imputada) a todos que creem na obra de Cristo (Jo. 6:29), essa é a condição: crer segundo as Escrituras sem duvidar na perfeita obra do Senhor. (Jo. 7:38-39). O Evangelho santo mostra que Cristo morreu por nossos pecados (I Co. 15:1-3). A fé dos crentes é descrita no capítulo 10 de Romanos, onde cremos, confessamos e não seremos, em hipótese alguma, confundidos (Ro. 10:8-11).
Romanos 4:25. Cristo ressuscitou para nossa justificação. Aquele que não conheceu pecado se fez pecado por nós (II Co. 5:21 e Gl. 1:4). A ressurreição de Cristo é a causa da salvação do crente, pois, através da desobediência de Adão, entrou a morte e pelo ato de justiça de Jesus Cristo, recebemos a justificação (Ro. 5:12 e 18). Quando Cristo foi levantado na cruz, levou sobre Ele os nossos pecados, retirando-os do meio de nós, os cravando na Cruz. (I Pe. 2:24 e Cl. 2:13-14). Este ato, a salvação, ocorre apenas uma vez (I Pe. 3:18), caso contrário seria necessário o nosso Salvador padecer várias vezes (Hb. 9:26). O crente remido teve os seus pecados lavados com o sangue de Cristo, que nos amou e nos lavou (Ap. 1:5)
Pastor Walter Costa.
Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por crentes fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611.
Aplicado na IBBF Esperança-PB, 27 de Abril de 2025.