sábado, 16 de março de 2024

Ensinamento 10. Leitura: Apocalipse 4:1-11.


Apocalipse 4:1. As coisas que devem acontecer. Podemos dizer que o capítulo 4 do livro das revelações de Jesus Cristo é uma espécie de cenário de transição entre as coisas que são (ou eram na época em que o mesmo foi escrito) para as coisas que deverão ocorrer. Ap. 1:19. Um ponto importante a ser destacado, é que a partir desse capítulo não temos mais referência sobre igreja (ajuntamento, reunião, assembleia de salvos biblicamente submersos). A palavra igreja não é mencionada nenhuma vez no período do julgamento de Deus sobre a humanidade. Capítulos 4 a 19. O termo só volta a ser abordado no final do livro, como uma advertência para que a mensagem fosse levada a sério pelos ajuntamentos. Ap. 22:16. Essa ausência de assembleia dos salvos, é um fato que comprova a retirada dos crentes no período pre-tribulação. I Tes. 4:16-17. Sabemos que a grande tribulação é o lagar da ira de Deus. Ap. 14:19-20. A Santa Palavra de Deus garante que os salvos não serão destinados à ira. I Tes. 1:9-10 e I Tes.5:9-10.

Apocalipse 4:2-3. A visão após o arrebatamento em espírito. A Bíblia LTT traduz a parte do versículo da seguinte maneira “E imediatamente fui- tornado [arrebatado] n[o] espírito” o que nos mostra que João está recebendo uma visão profética. Este evento é semelhante ao ocorrido no primeiro capítulo do livro das revelações de Jesus. Ap. 1:10. A primeira visão de João ao ser arrebatado recaiu sobre o glorioso trono e sobre Aquele que estava assentado no trono. O profeta Isaías também teve uma visão do Senhor assentado sobre um alto e sublime trono. Is. 6:1. Tem sempre em mente que o trono não está vazio, ele está ocupado por Cristo Jesus. Atos 2:30. Na continuação, João apresenta os pormenores da aparência dAquele que estava sentado no trono. Existem muitas interpretações sobre as cores das pedras as quais João definiu o aspecto de Cristo. Contudo, a mais Bíblica possível é que essa passagem traz a lembrança o peitoral do sumo sacerdote. Ex. 39:9-13. Já o arco-celeste que estava ao redor do trono é uma clara referência a aliança de Deus para com os homens. Gn. 9:11-17.

Apocalipse 4:4-5. O trono e o que João viu ao redor dele. Após descrever a glória de Cristo em Seu trono, João notou que ao redor do trono principal havia outros 24 (vinte e quatro) tronos e que haviam 24 (vinte e quatro) anciões assentados sobre eles. Esses anciões representam a totalidade do povo redimido de Deus de todas as dispensações. Doze representam o povo judeu, (representado pelas doze tribos de Israel) e doze representam o povo gentílico (representado pelos apóstolos). Na santa cidade Nova Jerusalém essa verdade é demonstrada nas suas portas e em seus muros. Ap. 21:11-14. Essa afirmação, é confirmada no capítulo 5 de Apocalipse. Onde os vinte e quatro anciões em cântico glorificam a Deus e modo claro falam claramente como representantes do povo escolhido de Deus, nota-se claramente que não apenas os anciões estavam presentes, eles tinham a companhia dos santos de todas as nações, comprados pelo sangue do Cordeiro. Ap. 5:8-10 e I Pe. 1:18-19. Vejam bem, quando somos redimidos por Deus, nos tornamos filhos do Deus Altíssimo e coerdeiros de Cristo. Ro. 8:17, com Ele reinaremos. II Tm. 2:12. Vestes brancas representam a justiça de Deus derramada sobres os Seus santos. Ap. 6:11 e Is. 61:10. As sete lâmpadas de fogo representam os atributos do Espírito Santo. Is. 11:2-3.


Apocalipse 4:6-8. Os quatro animais cheios de olhos. A expressão mar é usada diversas vezes no livro das Revelações de Jesus, dada ao apóstolo João. E em algumas delas é emprega no sentido de refletir algo grandioso. Ap. 15:2 e Ap. 20:13. No contexto da passagem, o mar de vidro representa aqueles de todas as nações e tribos que receberam Cristo como salvador. Ap. 7:9-10. Já a semelhança ao cristal reflete a limpeza (purificação) feita pelo sangue do cordeiro. Is. 1:18. Os quatro seres viventes (literalmente “seres”) são uma ordem especial e exaltada de seres angélicos ou querubins. Isso fica claro por sua proximidade com o trono de Deus, o profeta Ezequiel tem uma visão bastante parecida, senão igual dos quatro animais. Ez. 1:6-10. As quatro faces distintas dos animais representam Cristo na visão dos quatro Evangelhos. Os Evangelhos nos dão quatro narrativas diferentes, mas não conflitantes, do nascimento, vida, ministério, morte e ressurreição de Jesus Cristo. Os Evangelhos mostram como Jesus era o Messias prometido do Antigo Testamento e estabelecem as bases para o ensino do resto do Novo Testamento. Mateus mostra Cristo como Rei, o soberano que veio ordenar e reinar. Marcos mostra Cristo como Servo, aquele que veio servir e sofrer. Lucas mostra Cristo como Filho de Homem, o homem que veio repartir e compadecer-se. João mostra Cristo como Filho de Deus, aquele que veio revelar e redimir. Assim, os quatro relatam os tipos mostrados em Ezequiel 1.6-10 e em Apocalipse 4.6-8 ilustrando os quatro animais “no meio do trono, e ao redor do trono” com a semelhança de leão (Mateus – rei), bezerro (Marcos! Servo), rosto como de homem (Lucas – filho de homem) e semelhante a uma águia voando (João – filho de Deus).

Apocalipse 4:9-11. O serviço de adoração ao Senhor. Temos aqui um perfeito serviço de adoração ao Senhor. Os quatro animais, os vinte e quatro anciões (que representam os redimidos de Deus em todas as dispensações) prestam adoração Àquele que só Ele é digno de receber honra e glória. Ap. 5:11-13. Cristo é o Criador, Mantedor de todas as coisas, tudo foi criado por Ele e para Ele. Cl. 1:15-16 e I Co. 8:6. E como Deus sábio, nos mostra que a Sua sabedoria e Seu conhecimento são insondáveis ao homem. Ele é o único que merece glória eternamente. Ro. 11:33-36. Deus é eterno, não teve início, nem terá fim, então a imortalidade que somente Deus tem é algo inato de Deus, um atributo que é somente seu, enquanto dos demais seres, incluindo os anjos e os humanos possuem a imortalidade doada por Deus, Deus sempre foi imortal, Ele não passou a ser Ele sempre foi. I Tm. 6:15-16. As Sagradas Escrituras mostram que os crentes fiéis receberam várias recompensas. Mt. 5:12/ I Co. 3:14/ II Jo. 1:8 e Ap. 22:12. Algumas dessas recompensas são externadas mediante coroas. Tg. 1:12/ I Pe. 5:4 e Ap. 3:11. Nessa passagem nos é revelado o destino dessas coroas, depositá-las aos pés do Cordeiro, pois Ele é digno de receber honra e glória.

Apenas como referência, sem adentramos com maior profundidade listamos as diversas coroas que os salvos fiéis receberão.

A coroa da vida. Destinadas aos crentes que não negam ao Senhor, mesmo no mais profundo sofrimento ou provação. Tg. 1: 12 e Ap. 2:10.

A coroa incorruptível. Destinadas aos crentes que lutam com todas as suas forças, contra a ação do pecado. I Co. 9: 25-27.

A coroa de alegria. Destinada aos crentes ganhadores de almas. I Tes.2:19-20.

A coroa da justiça. Destinada aos crentes que anseiam sinceramente pela volta do Senhor. II Tm.4: 8.

A coroa de glória. Destinada a pastores ou evangelistas (missionários). I Pe. 5: 1-4.



Produzido em 20 de Julho de 2022.


Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611.


Aplicado na IBBF Esperança, em 10 de Março de 2024.








 

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