domingo, 17 de março de 2024

Ensinamento 11. Leitura: Apocalipse 5:1-14






Apocalipse 5:1. O livro selado com sete selos. O apóstolo continua a sua visão sobre o trono que ele nos notificou no capítulo quatro. Nessa passagem, João ver Deus Pai assentado sobre o trono e em Sua destra estava um livro escrito nas duas faces e selado. Isso significa que este livro tinha algo especial, não era uma prática comum escrever em ambos os lados do livro. No capítulo 2 do livro de Ezequiel o profeta tem visão semelhante. Ez. 2:9-10. A tradução da LTT traduz como livro- rolo" originado do termo "biblion", diminuitivo de "biblios", era um rolo de material (o mais nobre era o pergaminho, feito de pele de animais) escrito. Essa visão de João é o cumprimento da profecia de descrita no livro de Daniel. Dn. 12:4. O conteúdo existente no livro selado com sete selos, que contém os veredictos e sentenças do Senhor dos Exércitos, será descrito nos capítulos de seis (6) a oito (8). Lembrando que o julgamento de Deus sobre Israel rebelde e sobre todos os incrédulos ocorrerá antes do reino milenar do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Ou seja, veremos que o pergaminho revela a Sua justa indignação sobre aqueles que rejeitaram Cristo e Sua obra. Jo. 3:17-19.

Apocalipse 5:2-4. Quem é Digno de abrir o livro. Na sequência da visão João ver um forte anjo, A Bíblia não registra o nome desse anjo, alguns acreditam que se trata do anjo Gabriel, fazendo referência ao fato dele ser citado nominalmente no livro de Daniel. Dn. 9:20-23. Frisamos que, o importante na passagem não é a identidade do anjo e sim a resposta do desafio que ele lançou: quem é digno de abrir o livro e de desatar os seus selos? O apóstolo observou que não havia nenhuma criatura no céu ou na terra que fosse capaz de abri, ler ou mesmo olhar para o livro. Esse fato, fez João ir às lágrimas devido a sua grande tristeza de não saber o que havia escrito no livro.

Apocalipse 5:5. O Leão da tribo de Judá é o Único digo de abrir o livro. Um dos vinte quatro anciões citados no capítulo anterior. Ap. 4:4. Consola João mostrando-lhe o Único que seria capaz de quebrar os selos e abrir o livro. Na passagem, Cristo é identificado de duas maneiras: primeiro como o Leão da Tribo de Judá e depois com a Raiz de Davi. LEÃO DA TRIBO DE JUDÁ, é um título messiânico advindo do patriarca Jacó quando ele abençoou os seus filhos. Gn. 49:9-10. Já a raiz de Davi tem origem em Jessé (pai de Davi). Is. 11:1 e Is. 11:10, sendo confirmado por Jesus. Ap. 22:16. Apenas Jesus, que é um legítimo herdeiro de Davi e do trono de Israel, tem o direito adquirido para abrir aquele e lançar os julgamentos nele contidos. Ou seja, apenas Cristo é qualificado para abrir e executar tais julgamentos. Jo. 5:22 e Atos 17:31.

Apocalipse 5:6. A visualização do Cordeiro. Talvez João tenha pensado que veria ao olhar um Leão, contudo na medida que o cenário se expandiu, ele vislumbrou um Cordeiro como houvera sido morto, o que descreve a violenta morte de Cristo no calvário, o castigo que nos trouxe a paz foi posto sobre Ele. Is. 53:4-6. No Velho Testamento os cordeiros eram usados como sacrifícios pelos pecados, o que prefigura um tipo de Cristo, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Jo. 1:29 e Hb. 9:11-12. Como já vimos, os sete espíritos enviados a terra é uma referência ao Espírito Santo na perfeição do Seu ministério. Ap. 1:4.

Apocalipse 5:7-8. O Cordeiro tomou livro da destra do dAquele que estava assentado no trono. A expressão Cordeiro aparece vinte e nove (29) vezes no livro de Apocalipse e com exceção de Apocalipse 13:11, todos se referem a Jesus. Ou seja, somente o Criador poderia ser achado digno de pegar e abrir o livro rolo. Hb. 1:1-3. Assim, como o Único com qualificações legais e morais para abrir o rolo e quebrar seus selos, Jesus deu um passo à frente e pegou o rolo da mão direita de Deus. O termos “tomou o livro” não sugere força, mas a ação apropriada em resposta a uma mão estendida. A LTT traduz que Cristo recebeu o livro da destra de Deus. “E Ele (o Cordeiro) veio, e recebeu o livro- rolo proveniente- de- dentro- da mão- direita dAquele estando- assentado sobre o trono”. Ap. 5:7- Bíblia LTT. Quando Jesus recebeu o livro que estava na mão direita de Deus houve uma sublime reunião para adorar ao Cordeiro, os quatro animais, os vinte e quatro anciões prostraram-se diante do Cordeiro em sinal de reverência e adoração, tendo todos eles harpas e salvas de ouro (bandejas de ouro ou incensário de ouro). Essas bandejas estavam cheias das orações dos santos, que sobem até Deus como incenso. Sl. 141:2 e Ap. 8:3-4.

Apocalipse 5:9-10. Aqueles que foram comprados com o sangue do Cordeiro. A tristeza inicial de João tornou-se alegria, ao ver a sublime visão daqueles que estavam ao redor do trono cantando um novo cântico de honra e glória ao Cordeiro. Cristo é exaltado por ser o Único digno de abrir o livro do julgamento de Deus e principalmente pelo preço que Ele pagou para resgatar pecadores de todas as tribos, línguas e povos. I Co. 6:20. O preço pago para nos redimir e libertar da ira e da penalidade do pecado e nos reconciliar de volta a Deus foi o custo do "Sangue" que foi derramado pelo próprio Filho de Deus, Jesus Cristo no Calvário, enquanto ainda éramos pecadores e separados de Deus devido a nossos pecados. Hb. 9: 12-14. Na cruz Cristo efetuou o pagamento para nos resgatar da nossa vã maneira de viver, esse resgate não foi efetuado com ouro ou prata e sim pelo próprio sangue do Senhor. I Pe. 1:18-19 e Atos 20:28.  Os salvos no Senhor Jesus, terão o privilégio de serem participantes do Seu reinado. II Tm. 2:12 e Lc. 1:32-33.

Apocalipse 5:11-12. A voz ao redor do trono. Temos nessa passagem temos uma verdadeira assembleia dos anjos glorificando ao Cordeiro. Hb. 12:22. Os anjos não poderão experimentar a redenção proporcionada pelo sangue do Cardeiro, pois a mesma é destinada apenas aos homens, contudo eles eram conhecedores da gloriosa oferta que Deus deu para salvar a humanidade. Jo. 3:16. Por terem conhecimento da obra de Cristo os anjos O glorificam, e O louvam creditando a Ele, somente a Ele. “o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças” I Pe. 1:12 e Ef. 3:10.

Apocalipse 5:13-14. Ações de graça, honra, glória e poder ao que está assentado no trono e ao Cordeiro. O fechamento do capítulo é um verdadeiro serviço da adoração ao Senhor. Todas as criaturas que estão no céu, na terra, debaixo da terra e no mar, foram vistas por João glorificando ao Cordeiro. Fp. 2:10. Novamente temos a confirmação da dividade de Cristo, todos se curvarão, faz referência a profecia de Isaías onde mostra o senhorio eterno e completo de Cristo sobre tudo e todos. Is.45:22-23. Os crentes confessarão a Cristo com Senhor e Salvador com alegria e gozo no coração, pois temos a entrada em Seu reino. II Pe. 1:10:11. Já os perdidos também confessarão, mas de modo diferente, com desespero e angustia. Podemos concluir que a vida, morte, ressurreição, ascensão e exaltação de Jesus teve um grande propósito glorificar a Deus Pai. I Co. 15:28.

Pr. Walter Costa

Produzido em Agosto de 2022.


Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611.


Aplicado na IBBF Esperança em, 17 de Março de 2024.

sábado, 16 de março de 2024

Ensinamento 10. Leitura: Apocalipse 4:1-11.


Apocalipse 4:1. As coisas que devem acontecer. Podemos dizer que o capítulo 4 do livro das revelações de Jesus Cristo é uma espécie de cenário de transição entre as coisas que são (ou eram na época em que o mesmo foi escrito) para as coisas que deverão ocorrer. Ap. 1:19. Um ponto importante a ser destacado, é que a partir desse capítulo não temos mais referência sobre igreja (ajuntamento, reunião, assembleia de salvos biblicamente submersos). A palavra igreja não é mencionada nenhuma vez no período do julgamento de Deus sobre a humanidade. Capítulos 4 a 19. O termo só volta a ser abordado no final do livro, como uma advertência para que a mensagem fosse levada a sério pelos ajuntamentos. Ap. 22:16. Essa ausência de assembleia dos salvos, é um fato que comprova a retirada dos crentes no período pre-tribulação. I Tes. 4:16-17. Sabemos que a grande tribulação é o lagar da ira de Deus. Ap. 14:19-20. A Santa Palavra de Deus garante que os salvos não serão destinados à ira. I Tes. 1:9-10 e I Tes.5:9-10.

Apocalipse 4:2-3. A visão após o arrebatamento em espírito. A Bíblia LTT traduz a parte do versículo da seguinte maneira “E imediatamente fui- tornado [arrebatado] n[o] espírito” o que nos mostra que João está recebendo uma visão profética. Este evento é semelhante ao ocorrido no primeiro capítulo do livro das revelações de Jesus. Ap. 1:10. A primeira visão de João ao ser arrebatado recaiu sobre o glorioso trono e sobre Aquele que estava assentado no trono. O profeta Isaías também teve uma visão do Senhor assentado sobre um alto e sublime trono. Is. 6:1. Tem sempre em mente que o trono não está vazio, ele está ocupado por Cristo Jesus. Atos 2:30. Na continuação, João apresenta os pormenores da aparência dAquele que estava sentado no trono. Existem muitas interpretações sobre as cores das pedras as quais João definiu o aspecto de Cristo. Contudo, a mais Bíblica possível é que essa passagem traz a lembrança o peitoral do sumo sacerdote. Ex. 39:9-13. Já o arco-celeste que estava ao redor do trono é uma clara referência a aliança de Deus para com os homens. Gn. 9:11-17.

Apocalipse 4:4-5. O trono e o que João viu ao redor dele. Após descrever a glória de Cristo em Seu trono, João notou que ao redor do trono principal havia outros 24 (vinte e quatro) tronos e que haviam 24 (vinte e quatro) anciões assentados sobre eles. Esses anciões representam a totalidade do povo redimido de Deus de todas as dispensações. Doze representam o povo judeu, (representado pelas doze tribos de Israel) e doze representam o povo gentílico (representado pelos apóstolos). Na santa cidade Nova Jerusalém essa verdade é demonstrada nas suas portas e em seus muros. Ap. 21:11-14. Essa afirmação, é confirmada no capítulo 5 de Apocalipse. Onde os vinte e quatro anciões em cântico glorificam a Deus e modo claro falam claramente como representantes do povo escolhido de Deus, nota-se claramente que não apenas os anciões estavam presentes, eles tinham a companhia dos santos de todas as nações, comprados pelo sangue do Cordeiro. Ap. 5:8-10 e I Pe. 1:18-19. Vejam bem, quando somos redimidos por Deus, nos tornamos filhos do Deus Altíssimo e coerdeiros de Cristo. Ro. 8:17, com Ele reinaremos. II Tm. 2:12. Vestes brancas representam a justiça de Deus derramada sobres os Seus santos. Ap. 6:11 e Is. 61:10. As sete lâmpadas de fogo representam os atributos do Espírito Santo. Is. 11:2-3.


Apocalipse 4:6-8. Os quatro animais cheios de olhos. A expressão mar é usada diversas vezes no livro das Revelações de Jesus, dada ao apóstolo João. E em algumas delas é emprega no sentido de refletir algo grandioso. Ap. 15:2 e Ap. 20:13. No contexto da passagem, o mar de vidro representa aqueles de todas as nações e tribos que receberam Cristo como salvador. Ap. 7:9-10. Já a semelhança ao cristal reflete a limpeza (purificação) feita pelo sangue do cordeiro. Is. 1:18. Os quatro seres viventes (literalmente “seres”) são uma ordem especial e exaltada de seres angélicos ou querubins. Isso fica claro por sua proximidade com o trono de Deus, o profeta Ezequiel tem uma visão bastante parecida, senão igual dos quatro animais. Ez. 1:6-10. As quatro faces distintas dos animais representam Cristo na visão dos quatro Evangelhos. Os Evangelhos nos dão quatro narrativas diferentes, mas não conflitantes, do nascimento, vida, ministério, morte e ressurreição de Jesus Cristo. Os Evangelhos mostram como Jesus era o Messias prometido do Antigo Testamento e estabelecem as bases para o ensino do resto do Novo Testamento. Mateus mostra Cristo como Rei, o soberano que veio ordenar e reinar. Marcos mostra Cristo como Servo, aquele que veio servir e sofrer. Lucas mostra Cristo como Filho de Homem, o homem que veio repartir e compadecer-se. João mostra Cristo como Filho de Deus, aquele que veio revelar e redimir. Assim, os quatro relatam os tipos mostrados em Ezequiel 1.6-10 e em Apocalipse 4.6-8 ilustrando os quatro animais “no meio do trono, e ao redor do trono” com a semelhança de leão (Mateus – rei), bezerro (Marcos! Servo), rosto como de homem (Lucas – filho de homem) e semelhante a uma águia voando (João – filho de Deus).

Apocalipse 4:9-11. O serviço de adoração ao Senhor. Temos aqui um perfeito serviço de adoração ao Senhor. Os quatro animais, os vinte e quatro anciões (que representam os redimidos de Deus em todas as dispensações) prestam adoração Àquele que só Ele é digno de receber honra e glória. Ap. 5:11-13. Cristo é o Criador, Mantedor de todas as coisas, tudo foi criado por Ele e para Ele. Cl. 1:15-16 e I Co. 8:6. E como Deus sábio, nos mostra que a Sua sabedoria e Seu conhecimento são insondáveis ao homem. Ele é o único que merece glória eternamente. Ro. 11:33-36. Deus é eterno, não teve início, nem terá fim, então a imortalidade que somente Deus tem é algo inato de Deus, um atributo que é somente seu, enquanto dos demais seres, incluindo os anjos e os humanos possuem a imortalidade doada por Deus, Deus sempre foi imortal, Ele não passou a ser Ele sempre foi. I Tm. 6:15-16. As Sagradas Escrituras mostram que os crentes fiéis receberam várias recompensas. Mt. 5:12/ I Co. 3:14/ II Jo. 1:8 e Ap. 22:12. Algumas dessas recompensas são externadas mediante coroas. Tg. 1:12/ I Pe. 5:4 e Ap. 3:11. Nessa passagem nos é revelado o destino dessas coroas, depositá-las aos pés do Cordeiro, pois Ele é digno de receber honra e glória.

Apenas como referência, sem adentramos com maior profundidade listamos as diversas coroas que os salvos fiéis receberão.

A coroa da vida. Destinadas aos crentes que não negam ao Senhor, mesmo no mais profundo sofrimento ou provação. Tg. 1: 12 e Ap. 2:10.

A coroa incorruptível. Destinadas aos crentes que lutam com todas as suas forças, contra a ação do pecado. I Co. 9: 25-27.

A coroa de alegria. Destinada aos crentes ganhadores de almas. I Tes.2:19-20.

A coroa da justiça. Destinada aos crentes que anseiam sinceramente pela volta do Senhor. II Tm.4: 8.

A coroa de glória. Destinada a pastores ou evangelistas (missionários). I Pe. 5: 1-4.


Pr. Walter Costa

Produzido em 20 de Julho de 2022.


Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611.


Aplicado na IBBF Esperança, em 10 de Março de 2024.








 

domingo, 3 de março de 2024

Ensinamento 9. Leitura: Apocalipse 3:14-22.

 





Apocalipse 3:14. Carta ao ajuntamento de Laodiceia. A cidade de Laodiceia era um importante e rico centro comercial, localizada na província de Frígia. Essa cidade fazia parte de uma próspera rota comercial ao lado de Hierápolis e Colossos. Como fez nas demais cartas Cristo apresenta-se através de Seus próprios atributos. Aqui Ele identifica-se como sendo o Amém, a Fiel Testemunha e o Princípio da Criação. O Amém (concordância incondicional, aprovação, anuência) mostra que Jesus é a incondicional e expressa manifestação de Deus. Hb. 1:1-3. Por ser a Fonte que exala a verdade. Jo. 16:6. Cristo é a Fiel Testemunha Ap. 1:5. Ao afirmar que Ele é o Princípio da Criação, Cristo está simplesmente referindo-se ao fato dEle ser O fundamento pelo qual todas as coisas foram criadas. Jo. 1:1-3. Quando a Bíblia afirma “todas as coisas” está afirmando que Cristo criou tudo (no céu e na terra, visível ou invisível). Cl. 1:16-17. Antes de adentramos ao estudo detalhado desse carta, é mister frisar que ao contrário do que muitos pensão a carta a igreja de Laodiceia não tem nada a ver com as falsas igrejas da atualidade e sim é uma severa exortação a uma igreja Bíblica em mornidão doutrinária. O aviso, é literalmente voltado para as assembleias Bíblicas, para que seja evitado a todo custo o afrouxamento do ensino da Sã doutrina.

Apocalipse 3:15-17. A mornidão da assembleia de Laodiceia. O esfriamento espiritual, da membresia tornou o ajuntamento de Laodiceia “morno”. Mornidão significa que aquela igreja estava hesitando e insegura no que diz respeito, a guarda e defender os verdadeiros ensinamentos ordenados por Cristo. Fato que causa dissensão e escândalo contra a doutrina. Ro. 16:17-18. Diante de sua ambivalência (ambiguidade, confusão), aquela igreja tornou-se apática e sem compromisso com as coisas que realmente importavam. Na concepção instaurada na mente dos membros da igreja de Laodiceia, eles eram ricos e abençoados. Talvez até possuíssem riquezas temporárias, mas espiritualmente a condição dos laodicenses era deplorável. O murro pertence ao inimigo, na igreja do Senhor a doutrina é sim e não. Mt. 5:37. A cegueira espiritual dos de Laodiceia era tamanha que eles não enxergavam o seu próprio esfriamento (tornou-se morna), nada é pior para um ajuntamento do que ter a sua membresia morna, a condição de mornidão é pior do que a frieza total. O morno é algo detestável e sem vida que em nada acrescenta a obra do Senhor, pelo contrário O envergonha, podemos comparar o morno ao sal insípido que não tem proveito nenhum. Mt. 5:13. Cristo afirma que aqueles que são mornos serão vomitados de Sua boca. A igreja de Laodiceia foi lançada fora da boca do Senhor, isso não implica, que a membresia perdeu a salvação e sim que foram considerados gentios e publicanos. Mt. 18:17-18. Ou seja, aquela (e toda igreja) que não tem compromisso com de guardar a Palavra do Senhor, perde a autoridade e torna-se estéril. Frisando que todo e qualquer ensinamento que não for conforme a Sã Doutrina deve ser radicalmente excluído das igrejas de Cristo, pois, trata-se de delírios de homens corruptos de entendimento. I Tm. 6:3-5.

Apocalipse 3:18. O conselho do Senhor Jesus Cristo. Nessa passagem, Jesus aconselha aos da igreja de Laodiceia a comprarem do Seu ouro e roupas para que não apareçam a sua nudez. Ora, como os de Laodiceia poderiam comprar ouro e veste, sendo pobres e miseráveis? A resposta das Escrituras é clara! Ninguém poderá comprar ouro e vestimentas brancas, pois tais coisas é dada gratuitamente por meio da fé aos santos. Jd. 1:3. Para ser extraídas as impurezas e imperfeições do ouro, faz-se necessário que o mesmo ser purificado e testado pelo fogo. Da mesma forma, o Deus testa a nossa fé através das provações, que servem para purificar os nossos corações e aumentar cada vez mais a dependência que temos do Senhor. I Pe. 1:7. Ou seja, a riqueza material dos laodicenses não teve nenhum proveito para eles no tocante as coisas eternas. II Co. 4:18. O o conselho dado por Cristo, remete-se ao fato da necessidade de todos os crentes (independentes da dispensação) buscarem a verdadeira riqueza espiritual. Is. 55:1-2 e Mt. 6:19-21. Laodiceia, era conhecida na região pela excelência na produção de colírios, usados no tratamento para as doenças oculares. No entanto, havia um grande paradoxo, aquele ajuntamento havia tornado-se cego.

Apocalipse 3:19. A repreensão e a ordem para o arrependimento. Nessa passagem, temos a prova cabal que Cristo está se dirigindo aos santos da igreja de Laodiceia. Jesus exorta aqueles irmão a saírem da letargia (apatia, inércia e/ou desinteresse) espiritual e restaurarem o seu relacionamento e sua comunhão com Deus. Como eles poderiam fazer isso? Sendo fervorosos no servir ao Senhor. Ro. 12:11. Apesar da condição de mornidão, Cristo ainda os amava, a repreensão é um atributo de Deus para com os filhos, para que os mesmos sejam participantes de Sua santidade. Hb. 12:5-10. O que Jesus esperava da igreja de Laodiceia (e das Suas igrejas, nos dias hoje, que estão sem disciplina), que houvesse uma mudança da condição de morna espiritualmente, para ser zelosa e abubdabte na obra do Senhor. Hb. 6:9 e I Co. 15:58.

Apocalipse 3:20. Exortação para abrir a porta e ouvir a Palavra do Senhor. Muitos usam esse versículo com cunho evangelístico, como se Jesus estivesse pedindo permissão para adentrar ao coração dos incrédulos. Contudo, a contextualidade Bíblica da passagem mostra que Cristo Jesus estava dirigindo-se a membresia da assembleia do Senhor que localizada na cidade de Laodiceia. Qual era o desejo de Jesus naquele momento? Que igreja de Laodiceia se arrependesse da sua apática mornidão espiritual e voltasse a perfeita comunhão com Seu cabeça. Cl. 1:18. Quando Cristo, é excluído das pregações de uma igreja ela torna-se morna e insossa perdendo a autoridade dada por Cristo, desligada da Sua vontade. O que pode retirar a autoridade da Igreja local? Convenções, associações, alianças ou qualquer interferência extra Bíblia. Até mesmo, grupos com poderes legislativos ou executivos, dentro da própria Igreja! A igreja deve ser como Cristo planejou, é Seu corpo e Ele é o cabeça. Ef. 1:22-23. Qualquer inversão nessa ordem é ardil de Satanás para enganar os crentes. II Co. 2:10-11.

Apocalipse 3:21-22. A concessão para sentar no trono do Cordeiro. Apenas os salvos em obediência poderão usufruir das promessas futuras de reinar com Cristo. Aqueles de Laodiceia que abandonaram a fé morna, Cristo promete dar ao vencedor arrependido a honra de sentar-se com Ele em Seu trono. Hoje, Ele se encontra assentado a destra da majestade. Hb.8:1. No futuro, os salvos que Lhes foram fiéis terão o privilégio de serem participantes do reinado do nosso Senhor e Salvador Cristo Jesus. Lc. 1:32-33. Essa carta, encerra a segunda secção das revelações de Jesus Cristo: As coisas que são. A partir do capítulo quatro veremos as coisas que hão de acontecer. Ap. 1:19.


Produzido em Julho de 2022.


Pr. Walter costa


Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611.


Aplicado na IBBF Esperança-PB, 03 de Março de 2024.