domingo, 21 de dezembro de 2025

Estudo expositivo em Romanos – Ensinamento 33. Capítulo15:14-33.




Romanos 15:14. Cheios de bondade e conhecimento. Seguramente, quando Paulo fala que os irmãos do ajuntamento de Cristo em Roma estão cheios de bondade, ele está aflorando a ação do Espírito Santo na vida daqueles irmãos, uma vez que é impossível ao homem natural, em sua natureza, ter algo de bom. Gl. 5:22. A assembleia local de Roma estava enriquecida em Cristo, exalando a fragrância do Seu conhecimento. I Co. 1:4-5 e II Co. 2:14. A importância de crescer no conhecimento espiritual torna o irmão capaz de admoestar um ao outro, evitando com isso, que possam cair no engano de palavras persuasivas (capacidade de convencer com facilidade). Cl. 2:2-4.

Romanos 15:15-18. Ministério entre os gentios (a graça dada a Paulo). Paulo recebeu a ordem de ir aos gentios, do próprio Cristo. Atos 9:15. Ele tinha um cuidado especial com a nação gentílica e buscava produzir frutos entre eles. Ro. 1:13. Paulo evangelizou usando apenas a obra de Cristo, não utilizou artifícios e estratégias para confundir a mente das pessoas com vãs filosofias e doutrinas de homens. Em seu ministério, Paulo não propôs outra coisa a não ser Jesus Cristo e esse crucificado. I Co. 2:1-2. Nós, os salvos da atual dispensação, devemos tomar o exemplo de Paulo, que não optou por pregar o Evangelho, e sim recebeu com alegria a obrigação imposta. I Co. 9:16.

Romanos 15:19-21. Não edificando sobre o fundamento alheio. Paulo recebeu e anunciou o Evangelho através do poder do Espírito de Deus, com sinais e prodígios, que eram a comprovação do seu apostolado. II Co. 12:12. Literalmente, Paulo levou o Evangelho aos lugares mais longínquos e não apenas nos arredores de Jerusalém e Judeia. Ou seja, em seu fervor missionário, o apóstolo não se deteve a evangelizar em locais onde outros haviam semeado a palavra. II Co. 10:13-16.

Romanos 15:22-24. O desejo de ver os romanos. O fato de evangelizar em locais distantes é dito por Paulo como fator primordial para ele não ter ido até os romanos. Quando ele fala que não há lugares nas regiões, refere-se ao fato de levar o Evangelho de Jerusalém ao Lírico, levando a Palavra de cidade em cidade, plantando igrejas nestas localidades. Com a certeza do dever cumprido, Paulo agora desejava ver os irmãos de Roma e ter momentos de comunhão.

Romanos 15:25-28. Ministrar aos santos. O crente deve sempre fazer o bem, para não cair no pecado da omissão. Tg. 4:17. Mas, para se cumprir esta ordem, devemos analisar quais são os critérios que a Bíblia ensina. O bem deve ser feito a todos. Porém, os irmãos na fé devem ter prioridade nas ações voltadas para suprir as necessidades. Gl. 6:10. Ore sempre pelo bem-estar dos irmãos, mas fique atento às suas necessidades, afinal, se Deus tem suprido as nossas carências temporais, devemos ter esse entendimento para com os irmãos e para com o próximo, melhor é dar do que receber. Atos. 20:35. Se somos participantes dos bens espirituais, logicamente devemos ser dos temporais. O crente deve fazer todo e qualquer coisa com prontidão de vontade. II Co. 8:12.

Romanos 15:29. Plenitude de benção do Evangelho. Nesta passagem, o Espírito Santo mostra, por meio de Paulo, qual é o normal dos crentes estarem cheios das bênçãos do Evangelho de Cristo. Plenitude significa: pleno, completo, sem restrição, é justamente neste sentido que o apóstolo exorta os romanos, para que os mesmos não se contentem apenas com a salvação e sim com a plenitude do Evangelho. Devemos entender que a plenitude do Evangelho é está cheio das doutrinas da graça e verdade, das quais Cristo está cheio e, por estarmos em Cristo, nós também recebemos tão grande bênção. Jo. 1:14-16 e Ef. 1:3.

Romanos 15:30-31. Combatendo em orações. Mais uma vez, somos exortados a permanecer combatendo em orações uns pelos outros. Paulo rogava aos irmãos que estivessem em constante oração por ele e por todos os santos. II Co. 1:11 e Ef. 6:18-19. Devemos fazer o mesmo com aqueles irmãos que fazem viagens missionárias, que levam o santo Evangelho aos perdidos, rogando a Deus para os proteger e os livrar dos perigos.

Romanos 15:31-33. Paulo deseja alegrasse com os irmãos de Roma. A vontade de Deus sempre deve ser colocada em primeiro lugar. A alegria da comunhão entre irmãos é algo que deve ser nutrido nas assembleias de Cristo. Sl. 133:1. É justamente nesse sentido que Paulo deseja encontrar-se com os santos que estão em Roma. Sentimento esse que não deve ser diferente nos ajuntamentos locais. Como posso dizer que amo a Deus, se não amar ao meu irmão? I Jo. 4:20. O apóstolo termina o capítulo com a saudação sobre a paz de Cristo, a qual os crentes receberam pela fé na pessoa de Jesus Cristo. Jo. 14:27.


Pastor Walter Costa.

Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preserva­do por Deus em ininterrupto uso por crentes fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611.

Aplicado na IBBF Esperança-PB, 21 de Dezembro de 2025.

domingo, 14 de dezembro de 2025

Estudo expositivo em Romanos – Ensinamento 32. Capítulo15:1-13.


Romanos 15:1-2. Cada um agrade ao seu próximo. Novamente, o apóstolo exorta aqueles que estão em posição de firmeza na fé e na doutrina a se portarem de maneira tal a suportar as fraquezas dos irmãos. Partindo do pressuposto de que somos espirituais e que existem crentes que estão espiritualmente mais fortalecidos, então, esses são responsáveis por levar de forma mansa e pacífica as cargas dos outros. Gl. 6:1-2. Os receba de forma agradável, mostre com entendimento o conhecimento da verdadeira Luz, sinta as necessidades dos irmãos, ponha-se no lugar do outro. Lc. 6:31. A única ressalva nessa conduta ocorre quando, para agradar ao próximo, for necessário desagradar a Deus; nesse caso, o Senhor sempre terá a preferência. Gl. 1:10.

Romanos 15:3. Cristo é o exemplo maior. Cristo é o exemplo maior na distinção entre o compromisso com a vontade soberana de Deus e amar o próximo. Em Cristo, vemos com perfeição a diferença entre apenas agradar ao próximo e o verdadeiro sacrifício de amor. Jesus não buscou as suas realizações, não tirou proveito do fato de ser Deus, não buscou honra e glória, mas simplesmente fazer a vontade do Pai, Jo. 4:34. Mesmo sendo Deus, fez de Si mesmo sem nenhuma reputação, humilhando-Se por nós até a morte na cruz. Fp. 2:7-8. As injúrias que seriam destinadas a nós caíram sobre Ele. Sl. 69:9. Vejam as humilhações que o nosso Salvador suportou: Amigo de pecadores: Mt. 11:19. Tinha demônio: Jo. 8:48. Acusado de blasfêmia e sedição. Lc. 23:2. Na cruz, o insultaram e zombaram do Senhor. Mt. 27:39-44. Todo isso Ele suportou por nós, pecadores.

Romanos 15:4. Tudo que antes foi escrito serve de ensinamento. Paulo (divinamente inspirado) explica o uso da referência do Salmo 69, mostrando que aquela citação não se referia a Davi e sim a Cristo. Encontramos Cristo em todos os livros da Bíblia, afinal, por Ele foram criadas todas as coisas, o Verbo era Deus. Jo. 1:1-4. Aprenda e pratique as Sagradas Escrituras. II Tm. 3:16-17. A Bíblia é uma “biblioteca” cheia de divisões, que deve ser minuciosamente Lida, Examinada, Crida e Aplicada na vida de um crente. A Bíblia é composta de dois testamentos, 66 diferentes livros, 1.189 capítulos, 31.173 versículos, 773.692 palavras. Os diferentes livros da Bíblia abrangem temas diferentes e foram dirigidos a diferentes públicos. Os livros da Bíblia foram escritos por cerca de 40 homens diferentes durante um período de cerca de 1500 anos.

Romanos 15:5-6. Tenham todos o sentimento. Palavra de Deus nos revela que Ele é a fonte de toda consolação e perseverança. Não é o esforço humano que sustenta a caminhada cristã, mas a ação contínua do Senhor na vida daqueles que se refugiam n’Ele e se apegam firmemente à esperança que lhes foi proposta. É Deus quem fortalece o coração, renova a fé e confirma os Seus filhos, conduzindo-os com graça e fidelidade (II Ts 2:16–17; Hb 6:18). À luz dessa verdade, somos chamados a permitir que o Espírito Santo opere em nós um mesmo sentimento, moldando nossos corações à semelhança de Cristo. Isso se expressa em amor mútuo, humildade, unidade de propósito e harmonia no pensar, para que, juntos, glorifiquemos a Deus com uma só voz e um só coração. A unidade da Igreja não é uniformidade forçada, mas fruto da ação divina que nos une em torno da verdade do Evangelho (I Co 1:10 e Sl 133:1).

Romanos 15:7. Receba o irmão, do mesmo modo que Cristo te recebeu. Quanto você recebeu, Cristo era perfeito? Sem falhas? Claro que era (é) cheio de imperfeições, por isso mesmo, não devemos rejeitar o irmão ou fazer acepções entre irmãos. Tg. 2:1. O exemplo bíblico do comportamento do crente está explícito em II Coríntios, onde Paulo nos exorta a não buscarmos o nosso próprio proveito. II Co. 7:2.

Romanos 15:8-9. A misericórdia do Senhor é para todos. Devemos sempre olhar a nossa situação, como sendo devedores e jamais merecedores de qualquer dádiva do Senhor. Sl.126:3. Afinal as misericórdias de Deus são a causa de não sermos consumidos. Podemos definir misericórdia como, um termo Bíblico que refere-se a: benignidade; perdão; bondade; longanimidade; proteção e amor de Deus para com todas as criaturas. Sl. 25:6- . Nesta passagem, o apóstolo apenas confirma “paciência e consolação das Escrituras, tenhamos esperança”. Ou seja, ele reforça os ensinos dos judeus de que o Messias viria buscar as ovelhas perdidas de Israel. Mt.15:24. Mostra também a promessa feita ao patriarca Abraão, que abrange todas as nações, bendito é todo aquele que é descendente de Cristo. Gl.3:16 e 29. Ou seja, não há nenhum diferencial entre crentes judeus e crentes gentios. Sendo certo que devemos receber a todos com o amor genuíno.

Romanos 15:10-12. Louvai ao Senhor. O louvor é um dos nortes da vida de um crente. Portanto, ao prestá-lo, o salvo deve estar convicto de que só agradará ao Pai, se a sua manifestação honrosa a Deus estiver plenamente fundamentada nas Sagradas Escrituras. Ef. 5:19. Notadamente, o louvor vem de dentro para fora, ou seja, do vosso coração. São duas as características basilares do louvor, ambas igualmente importantes, adorar em espírito e em verdade. Jo. 4:23-24. A Palavra de Deus foi enviada aos gentios e eles ouviram e creram (Atos 28:28 e 13:48). Confirmando a profecia do Salmo 117. Sl. 117:1-2. Todos os salvos, sem exceção, devem glorificar a Deus e nunca se gloriar em si mesmos. Cristo foi manifesto aos gentios, esse é o mistério que esteve oculto. Cl. 1:26-27.

Romanos 15:13. Cheios de gozo e paz. Os gentios eram estranhos à promessa, viviam sem Deus no mundo, mas, pelo sangue de Cristo, foram resgatados. Ef. 2:12-13. Então, receberam uma grandiosa promessa, passando a ser participantes da natureza divina. II Pe. 1:3-4. O crente (gentio ou judeu) tem gozo e paz, pois permanece no Pai e no Filho, crendo na Sua promessa. I Jo. 2:24-25.


Pastor Walter Costa.

Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preserva­do por Deus em ininterrupto uso por crentes fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611.

Aplicado na IBBF Esperança-PB, 14 de Dezembro de 2025.

domingo, 7 de dezembro de 2025

Estudo expositivo em Romanos – Ensinamento 31. Capítulo14:13-23.

 

IGREJA BATISTA BÍBLICA

FUNDAMENTALISTA DE ESPERANÇA-PB




Romanos 14:13. Não pôr em tropeço ou escândalo ao irmão. Em muitas situações, o irmão que se sente mais forte age de forma errônea, com isso, retarda o desenvolvimento daquele que está mais fraco ou ainda é menino na fé. A assembleia local (corpo de Cristo) deve funcionar com todas as juntas fazendo a justa operação, ou seja, o mais forte diante da conjectura bíblica, deve aconselhar e admoestar o irmão mais fraco (Ef. 4: 12 e 16). Uma das formas que o crente maduro tem de edificar e aperfeiçoar os demais é evitar o escândalo (I Co. 10:32 e Lc. 17:1-2).

Romanos 14:14. Nada é imundo em si mesmo. Nada que comemos pode ser considerado imundo, o próprio Senhor em Seu ministério terreno, ensinou que a distinção entre comida cerimonialmente limpa e impura havia terminado (Mc. 7:15-23). Paulo afirma, com plena certeza fundamentada no Senhor Jesus, que nenhum alimento é impuro por natureza para o cristão (I Tm. 4:4). Na prática, não existem alimentos intrinsecamente proibidos. Essa verdade amplia o ensino anterior de Paulo: tudo aquilo que a Bíblia não condena claramente é permitido aos crentes, desde que seja usado com gratidão e bom senso diante de Deus. . Porém, muitos dos irmãos não compreenderam assim e insistiam em fazer diferença entre alimentos imundos e alimentos puros. Vejam bem, a imundícia não é decorrência dos objetos ou alimentos, e sim das mentes dos impuros (Mt 12:34-35 e Mt. 15:18-19).

Romanos 14:15-16. Não destrua o irmão através do escândalo. Paulo volta-se agora para aqueles que, confiantes em sua liberdade em Cristo, acabam agindo sem sensibilidade para com irmãos cuja consciência é mais frágil. Ele declara que não é possível desfrutar dessa liberdade e, ao mesmo tempo, afirmar que se ama o próximo. De forma profunda, Paulo nos lembra que não devemos permitir que algo tão passageiro quanto a comida cause prejuízo espiritual a alguém por quem Cristo derramou Seu precioso sangue. O crente sabe, como vimos no versículo anterior, que não há nenhum tipo de impureza nos alimentos. Mas, devido à possibilidade de pormos um irmão em tristeza, por causa da nossa ação, devemos evitar comidas que sabemos que são sacrificadas a ídolos em cerimônias satânicas (I Co. 10:27-30). A nossa conduta pode ser a causa da destruição moral do irmão. Lembre-se, o amor para com os irmãos requer sacrifícios (I Co. 8:13). Na passagem, Paulo usa o verbo destruir no imperativo presente “destruas” e isso é importante. Esse tempo verbal aponta para algo temporário, não definitivo. Se ele tivesse usado o aoristo (tempo verbal do grego koinê), a língua em que o Novo Testamento foi escrito. Representaria uma ação completa, vista como um todo, sem indicar se ela é contínua, repetida ou duradoura. Assim sendo, o assunto aqui tratado não é a condenação eterna, mas de um impacto momentâneo na vida espiritual do irmão mais fraco.

Romanos 14:17-18. O reino de Deus não é só comida e bebida. Paulo refere-se ao fato de que o reino de Deus não é alcançado por meio de obras ou comportamento do homem, e sim pela perfeita justiça imputada aos salvos pela fé. Não é a comida que nos faz agradáveis a Deus (I Co. 8:8-9) e sim nos tornamos agradáveis ao Pai pela ação do Filho (Ef. 1:5-7). Quando cremos e recebemos a doutrina de coração, buscamos de forma natural andar dignamente, sabendo que somos participantes da herança dos santos, pois Deus nos fez idôneos (capaz, habilitado, apto) para isso (Cl. 1:10-12).

Romanos 14:19-21 O crente deve seguir as coisas que servem para a edificação. A liberdade dos crentes, advinda da graça de Cristo, permite que o mesmo faça qualquer coisa. Mas, ao mesmo tempo que somos livres, devemos buscar apenas aquelas coisas que edificam e não nos deixar dominar pelas demais (I Co. 6:12). A edificação é a base estrutural da vida espiritual do crente. A salvação é um ato, porém a edificação é um processo com diversas fases, por isso mesmo, é de suma importância a mútua edificação entre os crentes (Jd.1:20-21). Às vezes é necessário, em determinados momentos, renunciarmos a algo que, aos nossos olhos, não causaria mal nenhum, em troca do bem-estar e edificação do irmão (I Tes. 5:11). Nunca devemos achar que somos indestrutíveis, pelo contrário, necessitamos estar atentos para não cairmos e magoarmos o nosso irmão. (I Co. 10:12). A liberdade do crente NÃO é o direito de fazer o que queremos, mas a capacidade de fazer o que devemos. (I Co. 10:23).

Romanos 14:22. Bem-aventurado aquele que não se condena a si mesmo. O apóstolo não está falando da “fé para salvação, mas em decidir sobre coisas em que a Bíblia não tem instrução explícita estendendo-se aos da atual dispensação das assembleias locais” (comentário de Hélio Menezes na LTT). Quando estamos enraizados nos ensinamentos bíblicos e cremos literalmente nestes ensinamentos, sabemos que até mesmo se o nosso coração nos condena, maior é Deus do que o nosso coração (I Jo.3:20-21). A Palavra de Deus deve habita abundantemente na vida do crente. Faça sempre a si mesmo essa pergunta: O meu caminhar glorifica a Deus? (Cl. 3:16-17).

Romanos 14:23. Tudo que não é de fé é pecado. Temos aqui o contraste do versículo 22, quando fazemos algum em dúvida, não estamos fortalecidos na fé e o simples fato de duvidar, já é pecado. A condenação aqui citada não é a eterna, pois não há mais condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus (Ro. 8:1), refere-se a imputação da disciplina, por parte de Deus para com os Seus filhos (Hb. 12:6-8). Este fato, a dúvida aplica-se não apenas ao comer e sim a qualquer outro motivo que o crente faça sem fé. Afinal o justo viverá pela fé (Ro. 1:17).

Pastor Walter Costa.

Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preserva­do por Deus em ininterrupto uso por crentes fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611.

Aplicado na IBBF Esperança-PB, 07 de Dezembro de 2025.

domingo, 30 de novembro de 2025

Estudo expositivo em Romanos – Ensinamento 30. Capítulo14:1-12.







Romanos 14:1. Tratando com os fracos na fé. Podemos afirmar que os enfermos na fé são aqueles que creem na obra salvadora de Cristo, mas ainda possuem arraigados em seu viver algumas doutrinas, hábitos e preceitos do velho homem. Neste sentido, o crente mais experimentado na Palavra do Senhor (Hb. 5:13-14), deve suportar (em relação a dar suporte) o irmão fraco na fé sem contendas e, se possível exortando o mesmo no conhecimento das Escrituras, mostrando que para os crentes a graça de Deus é suficiente (II Co. 12:9-10). Você que está forte na fé, deve conduzir o irmão que está fraco com mansidão, mostrando que Deus já nos santificou e nos conserva irrepreensíveis (I Tes. 5:23-24).

Romanos 14:2-3. Nada é impuro para os purificados. O irmão fraco na fé, principalmente o neófito, traz consigo as proibições religiosas impostas pelas doutrinas de demônios que ordenam a abstinência de certo tipo de alimento ou não comê-lo em certos dias (I Tm. 4:3). O sistema religioso torna impuro o que Deus purificou (At. 10:11-15 e Tt. 1:15). O crente pertence a Deus independentemente de estar forte ou fraco na fé, então, antes de questionarmos o nosso irmão, seria melhor julgarmos a nós mesmos, para ver se a nossa atitude não estaria de certa forma, trazendo escândalo ao próximo (I Co. 11:31-32 e Cl. 3:17 I Co. 10:31).

Romanos 14:4. Quem és tu, para julgar o servo alheio? O irmão com a fé mais robusta é responsável direto pelo irmão com a fé enfraquecida, por isso mesmo, não deve julgá-lo e SIM exortá-lo. O crente que está em uma situação de fortalecimento na fé sabe muito bem que o Senhor é quem nos sustenta e fortalece (I Pe. 5:10 e Fp. 2:13). Em momentos em que há discordância entre irmãos, cabe ao mais forte suportar a fraqueza do mais fraco. Três fatores são predominantes para evitarmos atritos e julgamentos errôneos: seja sincero; ajude e compreenda o irmão. Quando executamos esses três fundamentos, evitamos contendas e nos enraizamos no perfeito amor e nos enchemos da plenitude de Deus (Ef. 3:17-19).

Romanos 14:5-6. Seguro em sua própria mente. Nesta passagem, o apóstolo faz uma observação acerca de certos costumes, como por exemplo: a observância do sábado e das festas judaicas, isso estava trazendo algumas querelas entre os irmãos, os crentes de origem judaica, achavam que deveria cumprir determinados dias, já os crentes gentios achavam desnecessário tal observância. Hoje, por termos o CÂNON completo, sabemos que esse tipo de discussão é irrelevante, baseada em rudimentos fracos e pobres (Gl.4:9-10). A exortação principal é que os mais fortes devem suportar os mais fracos (Ro. 15:1-2).

Romanos 14:7-8. Somos propriedade especial do Senhor. Quando Cristo pagou o preço do nosso resgate, passamos de inimigos de Deus a templo do Espírito Santo. Aquele que nasceu de novo é constrangido pelo amor que recebeu de Deus a glorificar o Criador no corpo e no espírito (I Co. 6:19-20 e II Co. 5:14-15). A nossa vida não nos pertence mais, e sim vivemos para e por Cristo que nos amou e Se entregou a Si mesmo por nós (Gl. 2:20). Ou seja, o crente não deve viver para agradar a si mesmo, mas para agradar e engradecer ao Senhor (Fp.1:20).

Romanos 14:9. Cristo é o Senhor dos vivos e dos mortos. Paulo falava aos santos que estavam em Roma (Ro. 1:6-7), diante disso, podemos concluir que o Espírito Santo, nos mostra que independente da nossa situação pertencemos ao Senhorio de Cristo e O temos como Mestre e Senhor (Jo. 13:13 e Fp. 1:21). O apóstolo recorre a uma linguagem mais poética para explicar que foi justamente por isso que Cristo morreu pelos nossos pecados e ressuscitou. Ao passar pela vida e pela morte, Ele tornou-se Senhor tanto dos vivos como dos que já partiram e vivem agora na eternidade. Cristo experimentou ambas as realidades e, por isso, possui plena autoridade sobre todos.

Romanos 14:10-12 O tribunal de Cristo. Sabemos que os filhos de Deus não serão condenados (Ro. 8:1), porém, este fato não implica dizer que não passaremos por um tribunal, no qual será feita a prestação de contas dos nossos atos (Hb. 9:27). Neste juízo, pelo qual apenas os salvos passarão, o crente prestará contas ao Senhor que recompensará (galardão) aqueles que foram mais fiéis, firmes e constantes na utilização dos dons e talentos dados a cada um. (Hb 6:10).

O JULGAMENTO (I Co. 3:11-15). Como vimos, todos os salvos, aqueles que depositaram sua salvação unicamente na obra de Cristo, vão comparecer diante do Tribunal de Cristo e poderão ter as suas obras queimadas no fogo. Notem que a pessoa NÃO será QUEIMADA. Suas obras, é que SERÃO.

Prestaremos conta sobre:

Nosso tempo. A ordem é viver prudentemente, como um homem sábio, remindo o tempo (Ef. 5:15-16).

Nossos dons e capacidades. (I Co. 12:11). O Espírito Santo é quem opera nos salvos os diversos dons e capacidades e que os reparte conforme a sua vontade. O salvo tem o compromisso de ser um bom despenseiro do Senhor, distribuindo com zelo e empenho as responsabilidades que o Espírito Santo repartiu conosco. Lembrando que tudo é feito para que Deus seja glorificado. (I Pe. 4:10-11).

Os talentos a nós confiados. (Mt. 25:19). Há um ditado popular que diz: “não deixe para amanhã o que pode ser feito hoje”, não sabemos o dia e hora que o Nosso Senhor voltará e nos tomará conta dos talentos que Ele nos confiou. (II Co. 8:12).

Nossas negligências. (Tg. 4:17). Não existe maior bem no mundo do que falar da salvação eterna, do amor de Deus, da Sua graça e misericórdia aos perdidos. Quando deixamos essa oportunidade passar, estamos sendo negligentes. A falta de aplicação na realização das tarefas, a desatenção e o descuido interrompem a nossa comunhão com Deus. Isso nos faz negligenciar os conselhos do Senhor (Pv. 1:25 e Hb. 5:11).


Pastor Walter Costa

Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preserva­do por Deus em ininterrupto uso por crentes fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611.

Aplicado na IBBF Esperança-PB, 30 de Novembro de 2025.

domingo, 23 de novembro de 2025

Estudo expositivo em Romanos – Ensinamento 29. Capítulo13:8-14.









Romanos 13:8. Não devais nada a ninguém. O crente deve pautar a sua vida à luz das Sagradas Escrituras, portanto, seguindo os ensinamentos bíblicos, o salvo sabe que não é um hábito saudável adquirir dívidas desnecessárias. O mau planejamento financeiro tem sido causa de tropeço entre os crentes. Podemos aferir de modo bíblico que Deus tem um modelo para as finanças dos crentes e aqueles que permanecem dentro desse modelo são prudentes e abençoados. Mt. 7:24-25. Não devais nada a ninguém, não tome emprestado e, caso tenhas realmente necessidade de pedir algum valor a outra pessoa, honre a sua palavra, afinal, quem toma emprestado torna-se servo daquele que emprestou. Pv. 22:7. Na contramão da ordem de que não devemos nada material a ninguém, somos exortados a nos preenchermos com a dívida do amor, essa dívida de ser perene e nunca deve ser amortizada e sim avolumada. Quando entendemos que nossa dívida de amor é impagável, cumprimos a lei moral de Deus. Jo. 13:34 e I Tm. 1:5. O ódio gera contendas, já o amor encobre todos os pecados. Pv. 10:12 e I Pe. 4:8.

Romanos 13:9-10. O amor resume os mandamentos. Enquanto a Lei mosaica elencava circunstâncias nas quais os judeus eram obrigados a cumprir a Lei em sua totalidade, na atual dispensação o crente é chamado a atentar para a lei da liberdade. Tg. 2:10-12 e Gl. 5:1. O caráter gracioso dos ensinamentos de Cristo Jesus é imensurável, pois nos resgatou da condenação eterna e ainda nos deu o modelo a seguir. Mt. 5:13-14. O crente, aquele guiado pelo Espírito Santo, sabe que o verdadeiro amor não fará mal ao seu próximo e se porta com decência. Paulo, em exortação aos irmãos de Coríntios, enumera 15 características norteadoras do amor bíblico. I Co. 13:4-7. Na medida em que o salvo demonstra a essência do amor para com todos, ele está em concordância e obediência à Lei e aos preceitos morais de Deus. I Jo. 4:20-21.

Romanos 13:11. Tempo de despertar do sono. Aqui, o apóstolo retorna à urgência de pormos em prática, não apenas os ensinamentos do capítulo 13, mas sim de toda a doutrina aprendida na carta de Romanos e em toda a Escritura. Então, devemos despertar para a obra do Senhor, a vida na carne é breve e podemos perdê-la a qualquer momento. Sl. 103:15-16 e Tg. 4:14. É hora de despertarmos para as coisas eternas. Quando estávamos em trevas e vivíamos na vontade da carne e do pensamento, éramos por natureza filhos da ira e da desobediência. Ef. 2:1-3 e Ef. 5:6. Não podemos permanecer inertes e em estado de sono, convivendo e compartilhando os mesmos ideais dos que estão espiritualmente mortos. Temos a ordem de despertar do sono. Ef. 5:14. Sendo sóbrios e vigilantes, como verdadeiros filhos da Luz. I Tes. 5:5-6. Paulo, nos mostra que não estava combatendo contra o ar, mas sim, batalhando o bom combate. II Tm. 4:7-8. A certeza do apóstolo era fundamentada na perfeita obra de Cristo. Ro. 6:8-11. Um salvo infrutuoso (reprovado) na obra do Senhor é um grande desperdício, portanto sejamos firmes, constantes e abundantes na obra do Senhor. I Co. 15:58. Hoje buscamos uma vida afastada dos desejos carnais que combatem contra a alma e um viver a glorificar ao nosso Deus, através de nossas obras. I Pe. 2:11-12. Nesta passagem em particular, o apóstolo faz uma comparação da pequenez da nossa vida temporal e o glorioso dia do Senhor. Paulo afirma que o dia do arrebatamento está cada vez mais próximo e, como filhos da Luz, devemos vigiar e ser sóbrios, vestindo-nos com a couraça da fé e do amor. I Tes. 5:5-10. Fazendo isso, com certeza estaremos fortalecidos contra as ciladas do diabo. Ef. 6:10-11. Lembrem-se de que não fazemos isso para sermos salvos, e sim porque somos salvos. Mt. 5:16.

Romanos 13:12-13 O crente deve rejeitar as obras das trevas. “Rejeitemos, pois, as obras das trevas” (v. 12b). Assim, devemos nos desfazer de toda prática mundana e questionável, como um homem se despindo de uma roupa suja. II Co 6:14 e II Co. 7:1. Na Bíblia, a luz e as trevas são usadas como metáforas contrastantes para santidade e pecado, bem e mal; conhecimento e ignorância, bem como verdade e falsidade. Ora, se o crente é a luz do mundo, o mínimo que se espera é que ele exerça uma boa influência sobre aqueles que não conhecem Cristo como Salvador pessoal. “Vistamo-nos das armas” (v. 12c). Assim, devemos colocar a cobertura protetora de uma vida santa, que nos fará uma luz brilhante na escuridão. Fazendo isso, com certeza estaremos fortalecidos contra as ciladas do diabo (Ef. 6:10-11). “Andemos honestamente”. (v. 13 14). Ele nos diz como isso é feito: despojando-se das práticas da carne (exemplificadas nos seis exemplos) e revestindo-se de “o Senhor Jesus Cristo”. Como o crente rejeita as obras da carne? Evitando a todo custo alimentar a carne em suas concupiscências, andando sempre em Espírito. Gl. 5:16-17. Temos aqui um conflito doloroso e incessante que é travado entre as naturezas antagônicas: a carne e o Espírito. Sendo que o crente deve mostrar atributos da nova natureza. (Atributo: 1-Aquilo que é próprio de alguém ou de algo. Característica 2-Sinal distintivo, símbolo). II Co. 5:17. Nitidamente, o desejo da carne é contrário ao guiar do Espírito, a nossa natureza carnal deseja aquilo que lhe agrada. Ro.7:5-6.

Romanos 13:14. Revista-se de Cristo. O crente deve DEIXAR o trato passado. Ef. 4:22, onde as decisões eram tomadas através da escuridão das trevas, sem nenhuma preocupação com o Espírito que habita em nós e TORNAR-SE NOVO, demonstrando através do bom trato as obras de mansidão e sabedoria. Tg. 3:13. ENCHENDO-SE de conhecimento, sabedoria e inteligência espiritual. Cl. 1:9-10. Evitando a todo custo alimentar a carne em suas concupiscências, andando sempre em Espírito. Gl. 5:16-17. Revestido do novo. Cl. 3:10. O crente deve despir-se do velho homem e buscar viver verdadeiramente como um novo ser, deixando as coisas velhas para trás. II Co. 5:17 e Ef. 4:22-23. A melhor maneira para se fazer isso é se revestindo do Senhor Jesus. Não existe a menor possibilidade de se vencer as concupiscências dos homens se você não estiver revestido de Cristo. Revista-se da armadura de Deus. Ef. 6:11.

Pastor Walter Costa.
Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preserva­do por Deus em ininterrupto uso por crentes fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611.

Aplicado na IBBF Esperança-PB, 23 de Novembro de 2025.

domingo, 16 de novembro de 2025

Estudo expositivo em Romanos – Ensinamento 28. Capítulo13:1-7.





Romanos 13:1. Sujeição às autoridades. Estamos vivenciando tempos em que as autoridades perderam o respeito daqueles que deveriam estar em submissão a elas (a grande maioria por serem incompetentes e/ou corruptas). Portanto, qual deve ser o comportamento dos crentes diante das autoridades? Veremos que Paulo expõe que a nossa obediência não é propriamente ao indivíduo governante, mas à autoridade governamental no exercício de sua função. Neste sentido, afirmamos que a obediência está literalmente relacionada ao cumprimento das leis. Na sequência, o apóstolo nos mostra que a insubmissão é definida da seguinte forma: praticar a maldade (v. 3), não pagar os impostos (v. 7) e não temer e honrar os líderes (v. 7). Ou seja, devemos submissão às autoridades devido à lei. Tt. 3:1-2 e I Pe. 2:13-15. Mas a nossa primeira obediência deve ser a Deus. O crente pode e deve desobedecer à autoridade quando ela exigir dele aquilo que é devido a Deus, como por exemplo, adoração, ou quando quiserem nos impedir de propagar o evangelho de Jesus Cristo, o qual foi o caso dos apóstolos em Atos 5:28-29. Um exemplo claro de obedecer ao Senhor encontramos em Sadraque, Mesaque e Abednego, que não se prostraram à estátua de Nabucodonosor (Dn. 3:19-27).

Romanos 13:2. Quem resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus. Vejam bem, quando Paulo escreveu a carta aos Romanos, o imperador da época era simplesmente o sanguinário e perseguidor de crentes Nero. Mas, mesmo assim, o apóstolo dizia que ele tinha sido instituído, por Deus, como Imperador e que, como tal, não deveria ser subjugado e sim honrado. Imediatamente, nossa mente humana e limitada pergunta: ora, se Nero era um homem mal e sanguinário, por que então deveria ser honrado? A resposta é a mais óbvia possível, Deus controla tudo e toda autoridade de Nero foi permitida pelo Senhor, ou seja, o poder de Deus é infinitamente maior do que o poder temporário de Nero. Para ilustrarmos melhor, faz-se necessário relembrar a conversa de Cristo com Pilatos. João 19:10-11. Por isso, respeitar as leis e a pessoa na função em que está exercendo em decorrência da lei é uma obrigação de todo homem, principalmente dos crentes. Além disso, devemos orar pelos que estão em eminência. I Tm. 2:1-2.

Romanos 13:3. Os magistrados não são para combater as boas obras. O princípio básico das autoridades é defender o bem e punir de forma rigorosa aqueles que praticam o mal. Mas, infelizmente, os senhores “magistrados” “autoridades” são provavelmente a causa de medo para aqueles que praticam o que é certo, pois tais homens abusam de seus poderes para fins egoísta e antibíblicos. O crente não deve ser articulador de ações contra as autoridades, porém, isso não significa que ele não possa e não deva se manifestar contra os males causados pelos governantes. Essa manifestação deve ter como foco principal as medidas antibíblica, ou seja, quando o magistrado usa do poder para legislar sobre assuntos estritamente pertencentes a Deus. O salvo deve ter cauterizado em sua mente que o governo (poder) humano pode ser o mais forte e mais bem equipado do mundo, mas, é temporário e limitado. O único e eterno Poderoso é O REI DOS SÉCULOS (I Tm. 1:17 e I 6:16).

Romanos 13:4. A autoridade é um ministro de Deus para o nosso bem. Na perfeita vontade de Deus, as autoridades foram constituídas em favor do povo. Contudo, a maldade natural do ser humano, inverteu essa situação. Na passagem, o apóstolo apresenta o que propósito básico das autoridades: defender aqueles que agem corretamente e penalizar aqueles que cometem injustiças. Contudo, a realidade é que os governos, cada vez mais corrompidos, acabam por penalizar os cidadãos que cumprem a lei e se manifestam contra a corrupção, enquanto recompensam aqueles que colaboram para mantê-los no poder. Perante tal cenário, podemos afirmar que os salvos devem obedecer às autoridades; no entanto, alguns requisitos precisam de ser cumpridos por aqueles que exercem autoridade para que possam ser considerados ministros de Deus para o bem e, assim, aptos a ocupar cargos públicos:

1. Às autoridades devem ser uma ameaça para os que praticam o mal e vivem sem lei, e não para os seus próprios cidadãos que se opõem ao mal.

2. As suas leis devem estar em conformidade com as leis de Deus. A verdadeira responsabilidade do governo é preservar a liberdade, garantir os direitos concedidos por Deus e, conforme ensinado em Romanos 13, exercer juízo sobre o malfeitor, e não sobre pessoas de bem. As únicas pessoas que deveriam temer o governo são aquelas que praticam o mal.

3. Os governos e todos os que exercem autoridade devem ser tementes a Deus, ajustando a sua conduta e as suas políticas públicas a um padrão que Lhe agrade e que traga a Sua bênção sobre a nação.

Romanos 13:5. Usando a consciência. Podemos afirmar que o crente deverá usar a consciência para rejeitar ou não a submissão, analisando se os magistrados estão usando a permissão dada por Deus para o bem ou se estão violando os limites permitidos pelo Senhor. Todo e qualquer governo humano é permitido por Deus, por isso, todos e principalmente os crentes, devem obedecer às leis, pagar impostos e ser submissos ao sistema governamental, desde que a sua consciência não acuse nenhuma atrocidade contrária à Lei Divina. At. 24:16 e I Pe. 4:15-16.

Romanos 13:6. A razão original dos tributos. Paulo apresenta agora um exemplo específico de submissão ao governo humano: o pagamento de impostos. Os cristãos devem ser contribuintes, escreve ele, porque esses impostos sustentam a obra que Deus realiza através das autoridades humanas que Ele instituiu. Mesmo quando tais governantes se opõem às verdades de Deus, o seu papel essencial como mantenedores da ordem continua a fazer parte da vontade divina. Esta posição foi controversa até entre os líderes judeus na época de Jesus e de Paulo. Os críticos tentaram apanhar Jesus desprevenido ao perguntar-Lhe se era lícito pagar impostos ao governante romano, César. Jesus, observando que a imagem de César estava gravada nas moedas, afirmou claramente que os impostos deveriam ser pagos. Mt. 22:15–22.

Romanos 13:7. Dai a cada um o que deveis. Alguns (contradizentes) argumentam que, devido ao fato de os governantes usarem o dinheiro dos nossos impostos, com propósitos diversos da vontade de Deus, seria melhor não pagar tais tributos. Neste sentido, temos o exemplo de Cristo, que mesmo sendo Deus, pagou tributo ao governo. Mt. 17:24-27. O crente, como luz do mundo, deve ser o diferencial, dando a cada um o que deveis, e se for devedor de algo que seja o amor. Ro. 13: 8. Nunca esqueça que todas as coisas são dEle, por Ele e para Ele. Ro. 11:36.

Pastor Walter Costa.

Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preserva­do por Deus em ininterrupto uso por crentes fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611.

Aplicado na IBBF Esperança-PB, 16 de Novembro de 2025.

domingo, 9 de novembro de 2025

Estudo expositivo em Romanos – Ensinamento 27-Capítulo 12:9-21.

 





Romanos 12:9-10. Amar com amor fraternal. Não será amor se for fingido, mesmo as mais belas palavras ditas em fingimento são como beijos dos inimigos (Pv. 27:6). Quando há amor fraternal entre os irmãos, podemos afirmar que haverá cuidado, dedicação e interesse genuíno e sem hipocrisia, gerando um sentimento positivo e construtivo, que levará o crente a fazer grandes sacrifícios, que só seria capaz de fazer por ele mesmo. (Cl. 3:14 e I Pe. 4:8). Expondo de forma bíblica, é impossível você amar a Deus, sem amar ao irmão (I Jo. 4:20-21). O apóstolo nos convida a aborrecer o mal e nos apegarmos ao bem. Quando aprendemos a ver o mundo, diante da perspectiva esperada por Deus, seguimos os ensinamentos contidos nas Escrituras e passamos a ter um relacionamento mais próximo com o Senhor. Pois aquele que faz o mal não é de Deus. (III Jo. 1:11).

Romanos 12:11. Sedes fervorosos no servir ao Senhor. Não podemos deixar que o passar dos anos nos torne mornos no serviço dedicado ao Senhor. Os membros da igreja de Laodiceia estavam mornos e, por este motivo, foram exortados a voltar ao zelo e se arrependerem, senão seriam vomitados (Ap. 3:15-19). O crente não serve a Deus, imaginando que receberá algo por seu serviço. Ele sabe de sua inutilidade, pois faz apenas o que lhe foi mandado. (Lc. 17:10). Apesar disso, o Senhor, por ser Justo, não esquece do trabalho feito pelos salvos e do amor ao serviço prestado ao Seu nome (Hb. 6:10-12). Ou seja, na passagem, os crentes são exortados a saírem da letargia (apatia, inércia e/ou desinteresse) espiritual e restaurarem o seu relacionamento e sua comunhão com Deus. Como eles poderiam fazer isso? Sendo fervorosos no servir ao Senhor. (I Co. 15:58). A firmeza, a constância e a abundância são três atributos que devem transpassar a vida do crente, pois assim aperfeiçoamos o nosso relacionamento com Deus e nos apresentaremos a Ele como obreiros aprovados e que não se envergonham do seu viver. (I I Tm. 2:15).

Romanos 12:12. Pacientes e perseverantes em orações. O crente não pode esperar em Cristo apenas nessa vida (I Co. 15:19) e sim ser paciente nos momentos de tribulação, sabendo que a nossa esperança jamais será confundida (Ro. 5;3-5). O salvo deve se regozijar no Senhor e apresentar as suas inquietudes a Ele (Fp. 4:4-6). O crescimento espiritual é aperfeiçoado quando os salvos entendem que deve estar em oração ao Senhor. Independentemente da situação em que se encontra, o salvo tem a obrigação de orar e agradecer sempre ao Salvador Cristo Jesus, pois recebeu uma salvação impecável, sendo isso suficiente para a paz do Senhor dominar o nosso coração, tudo isso se reflete no agradecimento. (I Tes. 5:18). Lamentações e reclamações não podem povoar o viver dos crentes. (Cl 3:15). Portanto, sejamos agradecidos e perseverantes na oração.

Romanos 12:13. A importância da comunicação entre os santos. A comunicação entre os santos, nos momentos de necessidade (seja espiritual ou material), deve ser algo natural no cotidiano do crente. A Bíblia mostra a comunicação como um sacrifício que agrada a Deus. (Hb.13:16). A hospitalidade não deve jamais ser esquecida, justamente ao contrário, deve ser posta em prática. Ou seja, o Senhor deseja que todos crentes, desenvolvam o atributo da hospitalidade. (I Pe. 4:9 e Hb. 13:2). Cristo em Seu ministério terreno e Seus discípulos eram inteiramente dependentes da hospitalidade enquanto ministravam de cidade em cidade. (Mt. 10:9-11).

Romanos 12:14. Abençoai, não amaldiçoeis. Quando um crente é perseguido e injuriado, não deve retribuir as injúrias ou ofensas, afinal, quando isso acontece, significa que somos bem-aventurados (Mt. 5:10-12). Nesta passagem, o apóstolo, usado pelo Espírito Santo, repete as mesmas instruções que o nosso Senhor Jesus Cristo, sobre não amaldiçoar os inimigos e sim abençoá-los. (Mt.5:44 e Lc. 6:27-28).

Romanos 12:15-16. Alegria, choro e acomodação às coisas humildes. O compartilhar sentimentos (alegrias e tristezas) faz parte da comunicação entre os santos. Quando um irmão está alegre, devemos nos alegrar com ele e, do mesmo modo, nos momentos de tristeza, o crente deve sentir a dor que está abatendo o irmão, isso chama-se levar as cargas uns dos outros. (Gl. 6:2). Há tempo de sorrir e tempo de chorar. (Ec. 3:4). Devemos buscar a unidade da fé, não ambicionando as grandes coisas e contentando-nos com as humildes (Sl. 131:1), Não queiras ser sábio aos teus próprios, pois, quando te comportas desta maneira, torna-te tolo (Pv. 3:7 e Pv. 12:15).

Romanos 12:17-18. Procurai as coisas honestas e tendes paz. Não devemos evitar apenas o mal, e sim, toda a aparência do mal (I Tes. 5:22). Há diversas situações em que o crente tem a sua honestidade provada. Os salvos devem procurar viver honestamente, diante de Deus e dos homens (II Co. 8:21 e I Pe. 2:12). Devemos ter sempre em mente que o nosso testemunho só será eficaz perante crentes e incrédulos, quando andamos com sabedoria (Cl. 4:5 e I Tm. 3:7). O crente, em hipótese alguma, deve ser o instigador da contenda (II Tm.2:23-24). Veja bem, temos duas vertentes, nem sempre é possível viver pacificamente com algumas pessoas, porque elas tornam isso impossível. O que devemos fazer? Nos apartar do mal e buscar a paz (I Pe. 3:11-12).

Romanos 12:19. A vingança pertence ao Senhor. Os crentes devem possuir longanimidade (virtude de se suportar com firmeza contrariedades em benefício de outrem; magnanimidade, generosidade). Não devemos deixar o sentimento de hostilidade entrar em erupção e sim esperar no Senhor, pois a vingança pertence a Ele (Pv. 20:22 e Sl. 94:1). O crente que adentrou a igreja de Cristo (batista de função) tem a obrigação de semear o fruto da justiça na paz, não retaliando os contradizentes e sim os entregando a Deus, uma vez que Ele é quem nos guarda e nos recompensa (Tg. 3:18 e Dt. 32:35).

Romanos 12:20-21. Vença o mal, com o bem. Sabemos que a nossa luta não é contra a carne e o sangue, e sim contra as hostes infernais do maligno (Ef. 6:12). Ou seja, devemos ter sabedoria para enfrentarmos a crueldade dos inimigos, ao ponto de deixá-los confundidos (Pv. 25:21-22). Isso pode fazer com que o antagonista se sinta envergonhado, reconhecendo seu erro e até se voltando para Deus em arrependimento (II Tm. 2:25-26).

Pastor Walter Costa.

Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preserva­do por Deus em ininterrupto uso por crentes fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611.
Aplicado na IBBF Esperança-PB, 09 de Novembro de 2025.