domingo, 14 de setembro de 2025

Estudo expositivo em Romanos – Ensinamento 21-Capítulo 10:1-13.




Romanos 10:1-2. Zelo sem entendimento. Temos aqui, uma nova manifestação do amor e cuidado de Paulo, pelos seus irmãos na carne. A sua oração e seu desejo era para salvação do povo israelita. Podemos afirmar, que Paulo conhecia por detalhes o “zelo” dos judeus, uma vez que o próprio, antes de ter o encontro pessoal com Cristo era extremamente zeloso pelas tradições judaicas (At. 22:3/ Gl. 1:14 e I Tm. 1:13). O apóstolo reconheceu que o povo de Israel tinha zelo de Deus, contudo, esse zelo era sem entendimento. A ordem tanto para judeus, como para gentios é ser sóbrio e esperar apenas na graça de Cristo (I Pe. 1:13-14). Ou seja, israel tinha zelo de Deus, apenas no exterior. Eles chegavam-se a Deus com os lábios, porém estavam longe do Senhor em seus corações, repetindo os ensinamentos humanos (Is. 29:13).

Romanos 10:3. Não conhecendo a justiça de Deus. Os judeus acreditam que pelo fato da aliança ter sido feita ao patriarca Abraão, isso, por si só, já garantiria um relacionamento seguro da nação israelita com Deus. Diante de tal constatação, concluímos que Os judeus ignoravam a "justiça" que vem de "(de) Deus" como um presente recebido por meio unicamente da fé (Ro.1:16-17). Eles procuraram obter justiça mantendo as cerimônias da Lei, que consistiam apenas em sacrifícios comemorativos ao pecado (Hb. 10:3-4). Porém, a Bíblia mostra que impossível ao homem ser justificado pelas obras da Lei e que a verdadeira justificação, só ocorre na pessoa de Cristo (Gl. 2:16 e Fp. 3:9.). Em Jesus é anunciado a remissão e justificação dos pecados (At.13:38-39 e Ro. 4:25).

Romanos 10:4-5. O fim da Lei é Cristo. O fundamento primário da Lei era: revelar o perfeito caráter e o padrão moral de Deus. Sendo sabedor da perfeição divina a humanidade deveria reconhecer a sua imperfeição para obter através da sua própria justiça a aceitação do Senhor dos Exércitos (Is. 64:6). Mas, esse fato, não aconteceu e os homens continuaram a busca por suas justificações, algo que impossível de acontecer (Mt. 19:25-26 e Gl.3:10-11). Apenas uma pessoa cumpriu a Lei, Jesus Cristo cumpriu as exigências da Lei mosaica e a encerrou. Cristo é o objetivo e propósito da lei não porque Ele a aboliu, mas porque Ele a cumpriu (Mt. 5:17). O mínimo esperado é que os judeus, deveriam saber que a Lei apontava para Cristo. (Jo. 5:39). Hoje na dispensação da graça, através da fé recebemos a verdadeira justiça, aquela que vem do alto, ela é perfeita não por causa dos que a recebem e sim por causa do Doador (Ef. 4:24).

Romanos 10:6-7. A justiça que é pela fé. Escrevendo ao povo de Israel, Moisés descreveu sobre a necessidade de guardar os preceitos e estatutos do Senhor, simplificando guardar toda a Lei. (Lv.18:1-5). Mas, o problema consiste em tentar alcançar a própria justificação através da Lei, pois ninguém, fora Cristo, é capaz da cumprir toda a Lei. Afinal, o ser humano é falível, fadado ao pecado e longe do padrão de perfeição divina. (Ro. 3:10-12 e Ro. 3:23). Aqueles que buscam a justificação através da Lei, serão condenados, uma vez que nenhuma carne será justificada pelas obras da Lei. (Ro. 3:20). Quando cremos de forma bíblica, deixamos a condição de questionadores para a de crente, e com isso, passamos a ter atitudes de obediência amorosa, no lugar de uma abordagem legalista da Palavra para tentar obter a justiça. As organizações criam, ensinam e cobram obediência dos seus fiéis, a uma extensa lista de regras e preceitos de homens, que até tem uma aparência de devoção, mas, são de nenhum valor para Deus (Cl. 2:23). O salvo crer sem questionar, baseado na fé e na obediência dos filhos (Hb. 11:1 e 6 e I Pe. 1:14).

Romanos 10:8-9. A confissão dos crentes. Novamente o apóstolo faz uso de Lei mosaica, para explicar a salvação pela fé (Dt. 30:14). Com um diferencial na lei a ordem era cumprir, já na graça é confessar o Senhor com inteireza de coração. Na atual dispensação a salvação ocorre pela pregação do Evangelho aos perdidos exemplificado em I Coríntios 15:1-3. Ao crer de conformidade com as Sagradas Escrituras, o pecador negar-se a sim mesmos e tem plena certeza que o resgate da sua alma ocorreu por mérito exclusivamente da obra de Cristo (Lc. 9:23 e I Tm. 1:15-16).

Romanos 10:10. Crendo com o coração e confessando com a boca. Temos aqui a consolidação do versículo 9, onde o salvo crer e faz uma confissão sincera e verdadeira perante muitas testemunhas (I Tm. 6:12). Nesta declaração de fé o pecador remido demonstra a sua certeza de salvação na obra de Cristo, que padeceu por nós e cessou o pecado (I Pe. 4:1). A segurança do salvo não se encontra firmada em suas obras e sim na pessoa de Jesus Cristo, sabendo que Ele poderoso para guardar o maior de todos os tesouros e fiel para cumprir o que prometeu (II Tm. 2:12/ Hb. 10:23 e I Jo. 2:25).

Romanos 10:11. Não há confusão para os que creem em Cristo. Sabemos que Deus não é propagador de confusão (I Co. 14:33). Quando paramos para analisar essa passagem de I Coríntios, fica claro que a confusão não foi criada por Deus. Então, certo estou que Ele não deixaria os Seus filhos confundidos, pois, ao recebê-Lo nos tornamos filhos (Jo. 1:12-13), além disso, temos a testificação do Espírito Santo autenticando a nossa filiação (Ro. 8:16-17). O salvo recebe como verdadeiro o testemunho do Deus Altíssimo e por isso mesmo, temos a plena convicção da salvação eterna (I Jo. 5:9-13).

Romanos 10:12-13. Quem invocar o nome do Senhor será salvo. Paulo nessa passagem e Pedro em Atos 2:21, citam o profeta Joel, a afirmarem que todo aquele que invocar o nome do Senho será salvo (Joel 2:32). O "Senhor" de Joel 2:32 é o mesmo que o "Senhor Jesus Cristo". A intenção dos apóstolos era mostra que a graça de Cristo é a única forma do pecador ser resgatado da perdição (Ef. 2:8 e Tt. 2:11). Invocar o nome de Jesus, não significa apenas repetir palavras e sim admitir sua incapacidade e a total necessidade de um Salvador, crendo que Ele é poderoso para salvar todo aquele que nEle crer. Invocar ao Senhor é saber que apenas Ele é único capaz de livrar o pecador do inferno, lhes dando uma eterna salvação. (Is. 43:11e Atos 4:12).

Pastor Walter Costa.

Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por crentes fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611.

Aplicado na IBBF Esperança-PB, 14 de Setembro de 2025.

Estudo expositivo em Romanos – Ensinamento 20-Capítulo 9:17-33.

 



Romanos 9:17-18. O endurecer de Deus. Vejam bem, Deus permitiu que Faraó fosse elevado ao poder, com o intuito de mostrar a força de Seu julgamento contra Faraó e, desta forma, glorificar a Si mesmo. O poder de Deus é demonstrado de duas maneiras antagônicas: a primeira é as Suas eternas misericórdias. Lm. 3:22-23. A segunda é permitindo, através da livre agência, que o homem endureça o seu coração. O endurece a quem quer é a resposta de Deus aos corações insensatos e obscuros dos homens, que amam mais a criatura do que o Criador. Ro. 1:21-24. Ao endurecer o coração do Faraó, Deus simplesmente permitiu que o coração do Faraó seguisse sua inclinação natural. Sabemos através das Escrituras que Faraó endureceu seu próprio coração. Ex. 7:13, Ex. 7:22, Ex.8:15, Ex. 8:19, Ex. 8:32, Ex. 9:7, e Ex. 9:34 Não podemos advogar que Deus é o autor intelectual do pecado e da queda da humanidade. Sabemos que a criação humana inicial foi feita à imagem e semelhança do Senhor. Gn. 1:26-27. O sistema religioso denominado calvinista, apega-se a essa passagem para defender a “sua eleição” para eles Deus elege incondicionalmente alguns para a salvação e, portanto, também fazendo o que é chamado de dupla predestinação, elegendo alguns para a salvação igualmente (deliberadamente ou por omissão) elegendo alguns para condenação. Teoria totalmente contrária aos ensinamentos das Sagradas Escrituras, que afirma que Deus amou (no passado) o mundo e entregou o Seu filho unigênito para salvar todo aquele que nEle crer. Jo. 3:16. Sabemos que Deus não tem prazer na morte do ímpio. Ez. 33:11. Em momento algum estou questionando a soberania de Deus, justamente pelo contrário, CREIO plenamente no incondicional poder do Senhor, mas, justamente por este motivo, não posso falar contra o que está escrito no Livro Sagrado, que afirmar de forma contundente que Deus que salvar todos os homens e para que isto ocorra Ele providenciou o Mediador. I Tm. 2:4-5.

Romanos 9:19-20. O homem não tem condição de replicar a Deus. Todo ser humano é pecador e, por consequência do pecado, está destituído da glória de Deus e tem como pagamento final da sua iniquidade a morte. Ro. 3:23 e Ro. 6:23. Diante dessa ilustração, fica claro que não há como o pecador replicar o propósito divino. Ou seja, as criaturas não têm o direito de reclamar do criador. No silogismo (argumento lógico que se aplica ao raciocínio) chegamos a seguinte conclusão: A humanidade está perdida porque está endurecida; está endurecida porque está perdida; logo, está perdida por que tem a natureza pecaminosa. Is. 64:6 e Is. 29:16.

Romanos 9:21. O poder está no Oleiro. No capítulo 18 do livro de Jeremias, a Bíblia mostra que o profeta foi enviado por Deus à casa do oleiro, para observar e receber um valioso ensinamento. O Senhor mostrou ao profeta que é soberano e que da mesma forma que o oleiro tem poder de moldar o barro e transformá-lo em um belo vaso, Deus poderá transformar o homem perdido em uma nova criatura. Em ambos os casos, o barro e o homem são meros instrumentos nas mãos dos seus criadores e nada podem fazer para modificar esta situação. Jr. 18:6. Em uma grande casa não existem apenas vasos de grande valor. II Tm. 2:20. Então, fica claro que o Oleiro tem o poder de criar vasos que irão honrá-Lo e que os vasos que seguirem o curso natural da carne estão preparados para a perdição. Jo. 3:36.

Romanos 9:22-24. Vasos de honra e de desonra. Novamente, repete-se o mesmo princípio do trato de Deus com o Faraó. Se Deus escolher glorificar a Si mesmo, deixando as pessoas seguirem seu próprio caminho e deixando-as receber justamente Sua ira para fazer Seu poder conhecido, quem pode se opor a Ele? Certa vez fui questionado sobre se seria justo o homem (que chegar ao estado da consciência) já estar destinado para a perdição e não ser capaz de buscar a Deus. Ro. 3:9-12. A Sagrada escritura responde da seguinte maneira: a criatura não tem poder para questionar o Criador, somos meros cacos de barro. Is. 45:9. Não pense você que os vasos de honra são produzidos porque mereceram tal proeza, e sim para demonstrar as riquezas da glória de Deus. II Co. 4:7. Como oleiro molda o vaso na roda, o Criador nos molda. Is.64:8. A vontade de Deus é predominante na vida do crente, uma vez que é ela que opera o nosso querer e o nosso efetuar. Fp. 2:13.

Romanos 9:25-26. O chamado de Deus. A condição primordial para achegar-se a Deus é o chamado. Podemos afirmar de forma bíblica que existem diversos chamados: para servir. Atos 13:2. Para o sofrimento. I Pe. 2:20-21. Porém, na passagem que ora estudamos, o chamado é para que o povo gentílico alcance a misericórdia de Deus. I Pe. 2:9-10. Este fato é o cumprimento da profecia contida em Oseias 2:23. O salvo é chamado para ser de Cristo e conservado por Ele. Ro. 1:16 e Jd. 1:1. Concluímos que, pela graça de Deus, os gentios que antes eram estranhos à promessa, adentraram a família de Deus e passam da condição de “sem Deus” para a condição de concidadãos dos santos. Ef. 2:12 e Ef. 2:19.

Romanos 9:27-29. Os remanescentes de Israel. Nessa passagem, o apóstolo volta a tratar da eleição de Israel. Ele explica que, apesar de os hebreus serem o povo eleito para as bênçãos temporárias dadas ao patriarca Abraão, esse fato não impediu o julgamento de Deus sobre os incrédulos e desobedientes. A misericórdia e fidelidade de Deus são a causa dos israelitas não serem destruídos por completo. Is.10:22-23. Se Deus não tivesse temperado Seu julgamento com misericórdia, Ele teria destruído Israel tão completamente como fez com "Sodoma" e "Gomorra". Os remanescentes dos judeus, seguem o mesmo princípio da salvação dos gentios: a eleição da graça. Ro. 11:5.

Romanos 9:30-33. A salvação é única e exclusivamente em Cristo. Veremos capítulo 10 com mais detalhes, que os judeus tinham zelo por Deus, mas, sem entendimento, eles buscavam a justificação através da sua própria justiça. Ro. 10:3-4. O fato do povo judeu buscar a sua própria justiça achando loucura a fé em Jesus. I Co. 1:23, abriu o caminho para os gentios crerem na obra perfeita de Cristo, O qual é a Pedra. I Co.10:4. Todo aquele que realmente crer, em hipótese alguma, SERÁ CONFUNDIDO. I Pe. 2:6-8 e Ro. 10:11.

Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por crentes fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611.
Aplicado na IBBF Esperança-PB, 31 de Agosto de 2025.

Estudo expositivo em Romanos – Ensinamento 19-Capítulo 9:1-16

 




Introdução. Os capítulos de 9 a 11, da epístola de Paulo aos Romanos são chamados na Teologia de Parentéticos (posto entre parênteses) e lidam nacionalmente com o povo judeu. Deus, em Sua soberania, escolheu a nação de Israel. Esta é a prerrogativa de Deus e somente de Deus. O contexto desses 3 capítulos é a nação de Israel e, se você perder isso, acabará em erro doutrinário. Muitas pessoas ficam confusas sobre a interpretação adequada desses capítulos porque os fazem pertencer ao indivíduo em vez do óbvio, uma nação. O principal ensinamento incorreto baseado nesses capítulos é o do calvinismo. Não estou aqui, para explicar ou ensinar o calvinismo. Estou aqui para olhar para a nação de Israel! Todos os três capítulos começam por tratar da nação de Israel e só podem ser interpretados sob esta luz. No capítulo 10, Deus trata da salvação individual considerando a mentalidade dos judeus como nação. A da aceitação sobre o mérito de sua justiça.

Romanos 9:1-3. O zelo de Paulo em favor dos judeus. Apesar da perseguição dos judeus contra Paulo (At. 22:22 e Atos 25:24), ele se contristava pela incredulidade e dureza dos corações dos seus irmãos na carne. O amor do apóstolo pelos da sua carne era tamanho que ele desejou, se possível, fora ser anátema. Paulo reconhecia que os judeus possuíam zelo para com as coisas de Deus, porém, sem entendimento (Ro. 10:2), uma vez que ele próprio havia sido um hebreu zeloso e perseguidor de Cristo (Fp.3:4-6 e At. 9:4).

Romanos 9:4-5. O Salvador veio dos judeus. Quando o apóstolo fala que a adoção pertence aos judeus, refere-se à adoção do povo hebreu como nação. Diante disso, são enumeradas 8 (oito) bênçãos que inicialmente pertenciam aos israelitas. Eles (os judeus) tinham a "glória" da presença visível de Deus entre eles. (Êx. 40:34; I Reis 8:11). O Texto Sagrado mostra claramente que a salvação veio dos judeus (Jo. 4:22). Nesta passagem encontramos uma declaração absoluta sobre a divindade e humanidade de Cristo (Jo. 1:1-4). Não há como negar que Cristo é o próprio Deus (Fp. 2:6/ Tt. 2:13 e I Jo.5:20).

Romanos 9:6-7. Em Isaque será chamada a tua descendência. Não é o simples fato de ser descendentes de Abraão, que garante ao povo hebreu a salvação, e sim o ouvir o Evangelho de Cristo, que é o poder de Deus para salvar tanto judeus como gregos (Ro. 1:16). O próprio Jesus, em Seu ministério terreno, expôs que muitos dos judeus são filhos do Diabo (Jo. 8:37-44). O que nos torna filhos de Deus é nossa fé na obra de Cristo e para este fato Deus não faz acepções de pessoas (Gl.3:26-29).

Romanos 9:8. Os filhos da promessa. Sabemos que Cristo veio para os seus e eles não O receberam, esta é a chave para salvação do povo gentílico (Jo. 1:11-13). Fato é que, os judeus se gloriavam por serem descendentes de Abraão, mas, no que diz respeito à filiação, os homens em geral não há filhos de Deus, unicamente pela sua descendência carnal (não é hereditária). E sim, são de novo gerados pela semente incorruptível (I Pe.1:23 e Tg. 1:18). Sendo a fé em Cristo que torna o homem descendente de Abraão e filho de Deus (Gl.3:16 e 22).

Romanos 9:9-11. O propósito de Deus segundo a eleição. “Esta eleição foi para Jacó ser o herdeiro das seguras bênçãos TERRESTRES prometidas a Abraão, para Jacó ser o ancestral da nação prometida e do Messias prometido. Não podemos associar essa eleição a assuntos de salvação eterna” Hélio de Meneses. Concordamos com o pensamento do professor Hélio, uma vez que o tema predominante do capítulo 9 de Romanos não é a eleição para a vida eterna e sim a nação de Israel. O simples fato de pertence a Israel não credencia os judeus à salvação, afinal, as Sagradas Escrituras afirmam que todos precisam se arrepender e crer na obra de Cristo. Caso isso não ocorra, serão condenados juntamente com os demais incrédulos (Rm 3:20 e 28/ Mt 11:20-24 e Gl 2:15-16). Os propósitos de Deus pertencem a Ele e não há como o homem explicar tais propósitos (Ro. 8:28). Apenas devemos recebê-los e saber que Deus é soberano (Ef.1:11).

Romanos 9:12-13. O maior servirá ao menor. Quando a Bíblia mostra que o menor serviria ao menor e que Deus amor a Jacó e odiou a Esaú (Gn.25:23), refere-se literalmente que Deus escolheu Jacó para herdar as bênçãos prometidas primeiro a Abraão. O apóstolo faz referência a Malaquias 1: 2-3, onde o profeta fala da eleição nacional do povo hebreu e que a descendência de Jacó governaria sobre os descendentes de Esaú. Deus escolheu Jacó e a nação de Israel por razões que estavam dentro de Si mesmo, não porque elas mereciam tal escolha (Dt 7: 6-8). Afinal, Esaú não foi servo de Jacó, pois, assim que Jacó obteve a primogenitura e a bênção, ele foi obrigado a fugir da face e da fúria de Esaú; e após seu retorno, depois de muitos anos, enviou mensageiros a Esaú de maneira submissa, colocando-se como servo do mesmo (Gn. 32:4). Concluímos que Deus outorgou o direito de Jacó se tornar o patriarca da família após a morte de Isaque (Gn. 25:29-34). A bênção da primogenitura fez de Jacó o herdeiro direto de Abraão e o destinatário dos compromissos divinos assumidos com Abraão e sua posteridade.

Romanos 9:14-16. Deus se compadece de quem Ele quiser. Diante das considerações dos versículos 12 e 13, flui normalmente o seguinte questionamento: Por que Deus perdoou Jacó se Ele abomina a mentira? Ora, a resposta é bem simples, todos nós somos por natureza egoístas e individualistas e não há ser humano que não peque (Ro. 3:23 e Ec. 7:20). A Bíblia não diz que Deus predestina alguns homens para a salvação e outros para a perdição, e sim que todo ser humano nascido na carne, que passe da fase da inocência, recebe a herança adâmica, recebendo a justa condenação em decorrência do seu pecado (Ro.5:12 e Ro. 6:23). As Sagradas Escrituras mostram que o ato da salvação é uma obra literal da misericórdia de Deus, que se compadece de quem ele desejar. Não há meritocracia, não eleição de Jacó para ser o patriarca, como também não há nenhum mérito na salvação do pecador (Ef. 2:8 e Ro. 11:29). Vejam bem, o apóstolo Paulo em momento algum afirmou que é Deus quem predestina alguns homens ao inferno, esse fato, contrariaria literalmente os princípios morais eternos do amor de Deus. Nunca é tarde para lembrar que a vinda de Cristo não é para condenar e sim salvar o pecador (Jo. 3:13-17).

Pastor Walter Costa.

Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preserva­do por Deus em ininterrupto uso por crentes fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611.

Aplicado na IBBF Esperança-PB, 24 de Agosto de 2025.


Estudo expositivo em Romanos – Ensinamento 18-Capítulo 8:31-39.

 


Romanos 8:31. Se Deus é por nós. A segurança do crente de não ser mais condenado (Ro. 8:1), passa, literalmente, por esta pergunta: “se Deus é por nós, que será contra nós”. O que Deus fez pelo pecador que crer em Seu Filho é a prova do muito amor com que Ele nos amou (Ro. 5:8-9 e Jo. 3:16). Podemos resumir a garantia de salvação dada aos santos da seguinte forma: o crente está nas mãos de Cristo, nas mãos de Deus e selado com o Espírito Santo. Então, pode ter alguém maior do que Deus, que consiga arrebata o crente de Sua mão? (Jo. 10:27-29 e Ef. 4:30). Após ser convencido pelo Espírito Santo, que era um pecador condenado ao inferno, o crente arrepende-se das suas obras mortas e confessa ao Senhor Jesus como seu todo e suficiente Salvador, crendo biblicamente na Sua ressurreição, sendo sabedor que jamais será confundido. (Ro. 10:9-11). Pela fraqueza da carne, o crente peca, o Pai Celestial pode corrigi-lo e repreendê-lo, como qualquer bom pai faria. Hb 12: 5-8. Porém, a repreensão Divina não é para a condenação. I Co.11:32.

Romanos 8:32. Aquele que nem o Seu Filho poupou. Essa passagem afirma de forma clara e objetiva que Cristo foi entregue pelo Pai, para que através da Sua morte fosse feita a extinção da imputação dos pecados, naqueles que creem verdadeiramente na obra substitutiva de Cristo. Ora, se Deus não poupou o Seu Filho, que foi entregue por nós, temos a certeza de que Ele suprirá as nossas necessidades (Mt. 6:30-34). Ou seja, o crente tem a garantia, que as misericórdias de Deus suprirão as necessidades temporárias dos filhos (Mt.7:11 e Fp. 4:19).

Romanos 8:33-34. Quem intentará acusação contra os escolhidos. Os santos possuem um inimigo que trabalha o tempo todo, os acusando do pecado (Ap. 12:9-10). Satanás tem acesso ao céu, onde executa o papel de acusador dos filhos de Deus. (Jó 1:6-7 e Zc. 3:1). Ele (a velha serpente) busca de forma ininterrupta atingir os crentes para que os mesmos pratiquem a iniquidade e desonrem a Deus. Mas, o próprio sabe que o seu trabalho é vão, pois, o Pai já providenciou Seu Filho para pagar a penalidade por nossos pecados, Cristo já pagou a penalidade e Deus já nos declarou justos (Ro. 3:24-26 e I Pe. 3:18). As imputações de culpa de Satanás aos filhos de Deus só terminam quando ele é derrubado (perde o acesso) ao céu. Enquanto o inimigo estiver com acesso ao céu, ele estará nos acusando. Por este motivo, o crente possui o melhor de todos os advogados, que vive para interceder em seu favor. (I Jo. 2:1 e Hb. 7:25). Além de ser o Justo Juiz, Cristo é nosso intercessor e advogado, nos defendendo das acusações do acusador.

Romanos 8:35-36. Quem nos separa do amor de Cristo. Começamos agora uma sequência onde a palavra de Deus esclarece, de uma vez por todas, que o crente não pode ser separado do amor de Deus. Quando estamos em tribulações e provações as pelas quais nos encontramos fartados a passar, isso não é uma indicação de que Deus tenha retirado o Seu amor de nós. Sabemos que os salvos passarão várias aflições, neste momento, devemos nos alegrar e ter bom ânimo, já que Cristo venceu por nós (Jo. 16:33). O sofrimento sempre foi a porção dos justos (Sl 44:22). Padecer sofrimentos é decorrente da nossa identificação com Cristo (Atos 5:41 e I Pe. 2:21-25). O salvo não deve está aflito com as tribulações, ele tem a promessa de uma vida gloriosa que será revelada no tempo futuro (Ro. 8:18). Muito pelo contrário, ele deve se contentar com tudo em sua vida (Fp. 4:11). Temos a certeza, que Deus não desampara os Seus filhos (Hb. 13:5-6).

Romanos 8:37. Em Cristo somos mais do que vencedores. Apesar de todas essas coisas (versículos 35 e 36), o crente é convicto de que já venceu o mundo. Essa vitória não foi conquistada por mérito próprio e sim pela obra de Cristo naquela maldita cruz (I Co. 15:57). Sabemos que maior é o que está em nós e que Ele é a certeza de que, quer vigiemos, quer durmamos, estaremos sempre com Cristo (I Tes. 5:9-10). A Sagrada Escritura não apregoa que o crente não sofrerá; que não terá problemas, muito pelo contrário passaremos aflições, mas não devemos esmorecer, pois Cristo venceu o mundo. “no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo” (João 16:33). Nós também vencemos o mundo, essa vitória não é nossa e sim de Deus que habita em nós (I Jo. 4:4 e I Jo. 5:4). O crente triunfa em Cristo e manifesta a fragrância do Seu conhecimento para o mundo (II Co. 2:14 e I Jo. 4:4).

Romanos 8:38-39. Nada nos separará do amor de Deus. Nesta passagem temos a resposta definitiva da pergunta feita no versículo 35 “Quem nos separará do amor de Cristo?”. Quando Jesus consumou a Sua obra (Jo. 19:30), efetuou uma eterna redenção, através do Seu sacrifício, tivemos a remissão dos pecados e purificação das nossas consciências (Cl. 1:14 e Hb. 9:11-14). A obra de Cristo consumada jamais perderá a validade, pois ela durará eternamente. (Ec. 3:14). Os salvos são sabedores que a Palavra de Deus pronunciada permanece para sempre. (I Pe. 1:24-25). O crente está plenamente convencido de que nada, mas nada mesmo, poderá afastá-lo do amor de Deus, que foi exposto a toda humanidade por meio de Cristo. (Jo. 3:16). Ele nos amou e com o seu sangue nos lavou de nossos pecados (Ap. 1:5).

Pastor Walter Costa.

Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preserva­do por Deus em ininterrupto uso por crentes fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611.

Aplicado na IBBF Esperança-PB, 13 de Julho de 2025.