domingo, 30 de março de 2025

Estudo expositivo em Romanos. Ensinamento 4. Capítulo 2:17-29.

 





Romanos 2:17-18. A arrogância dos judeus. Os judeus se glorificaram em ser membros da nação escolhida por Deus (Ex 19: 5-6). Eles por terem a primazia da palavra de Deus, repousam na lei Mosaica e se vangloriavam-se do fato de terem recebido a essa lei do Senhor. No sentindo estrito dessa passagem, a vangloria da nação judaica e baseada no fato de serem filhos da carne de Abraão, fato esse, sem menor valor na dispensação da graça, pois, até mesmo de pedras Deus pode fazer nascer filhos de Abraão. (Mt. 3:9). Como os gentios não conheciam a Lei, os judeus acreditavam que eram mais sábio e puros do que qualquer estrangeiro. (Jr. 8:8-9). O povo hebraico conhecia a lei e inclusive tinha uma espécie de zelo pela palavra de Deus, mas, sem qualquer entendimento. (Ro. 10:1-4).

Romanos 2:19. Confiando na lei. O judeu confiava que por ser o povo escolhido de Deus, eram a luz entre os gentios e simplesmente pelo fato de ser judeu, já estariam livres da condenação. Ensinamento que não encontra abrigo nas Escrituras. Pedro em Atos 4:12, mostra que para não ser condenado o homem (judeu ou gentio), tem que crer no nome de Jesus. O homem só será salvo se ouvir o Evangelho de Cristo (Ro. 1:16), pois, é através dele que o Espírito Santo faz resplandecer a glória do conhecimento de Deus. (II Co. 4:4-6).

Romanos 2:20-22. A hipocrisia dos instrutores néscios. Os judeus tinham a forma (modelo) da lei, porém, não possuíam o conhecimento verdadeiro, apenas uma espécie de rascunho ou esquema da lei, que era exposto na aparência exterior. O apóstolo Paulo, baseou-se nessa informação para concluir que: os mestres e professores da lei eram deficientes e negligentes em seus ensinos. O próprio Cristo os chama de hipócritas. (Mt. 23:15). Esses falsos mestres deixaram o exemplo e sucessores, que mantêm os ensinamentos errôneos até os dias atuais. II Pe. 2:1-2. Os escribas (Especialista e profundos conhecedores na lei judaica) e os fariseus (Grupo político de judeus que, pelo menos, na aparência externa, pretendia demonstrar uma vida moral elevada e separada dos impuros), detinham o conhecimento da Torá e por este motivo eram mestres em Israel, destacavam-se pela hipocrisia ensinavam aos outros, mas, não aplicavam o conhecimento em suas vidas, colocavam fardos pesados aos homens e sequer movia-os com o seu dedo. Mt. 23:3-5.

Romanos 2:23-24. Os judeus desonram a Deus pela transgressão da lei. Sabemos Deus é glorificado quando os filhos resplandecem luz diante dos homens (Mt. 5:16). No caso dos judeus que tanto julgavam os outros com base na lei, desonravam ao Senhor pelo descumprimento desta mesma lei. Na atualidade os grupos conhecidos como “evangélicos’ desonram a Deus, em seus cultos carnais, sem ordem e cheios de gritaria. O descrente quando passa e escuta tal manifestação, tem uma espécie de aversão e passa a acreditar que todas as igrejas praticam essa carnalidade. A Bíblia nos apresenta a forma correta do serviço de adoração ao Senhor. Deve ser feita em verdade e em espirito (Jo. 4:22-24), sem gritaria (Ef. 4:31) e com ordem e decência (I Co. 14:40).

Romanos 2:25-27. A circuncisão e a incircuncisão. A circuncisão é a aliança que Deus fez com Abraão (Gn. 17:10-11). Na passagem em tela, podemos disser que, os judeus estavam se orgulhando pelo fato de serem circuncidados, mas, essa “circuncisão” era apenas um rótulo e não condizia com a realidade, pois, não eram cumpridores da lei. Isto é, aquele que se deixar circuncidar deve cumprir toda a lei (Tg. 2:10). Hoje, o mandamento da lei foi ab-rogado, revogado :por completo (Hb. 7:18-19). Ou seja, para o crente da dispensação da graça a ordem é servir em novidade de espírito (Ro. 7:6 e II Co. 3:6).

Romanos 2:28-29. A verdadeira circuncisão é no espírito. O apóstolo Paulo, está afirmando que para o homem glorificar a Deus, circuncidado ou incircuncidado, deve fazer o corte do prepúcio do coração e receber a operação efetuada pelo Espírito Santo. Aquele que apenas tirava o prepúcio e se gloriava deste feito, não adiantava em nada para Deus. Pois. A circuncisão substancial e a espiritual feita pelo Espírito Santo, na qual passamos a crer somente na obra de Cristo.(Fp. 1:6/ Fp. 3:3 e Cl. 2:11). Toda ação que é feita pelo homem na carne, é uma espécie de “obra” que leva o mesmo a gloriar-se em si mesmo. Entretanto, a palavra de Deus, nos ensina que a glória que devemos buscar é: entender e conhecer o Senhor. (Jr. 9:23-24).

Pastor Walter Costa.
Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preserva­do por Deus em ininterrupto uso por crentes fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611.

Aplicado na IBBF Esperança-PB,  23 de Março de 2025.

Estudo expositivo em Romanos. Ensinamento 3. Capítulo 2:1-16.

 

Romanos 2:1-3. O pecador não pode condenar outro pecador. Enquanto estiver na carne, o ser humano não tem condições morais de julga outro ser humano. Os religiosos, fundamentados nas doutrinas de suas instituições, acreditam que por não praticarem a série de pecados contida no capítulo 1 de Romanos, estão livres da ira de Deus. Podemos aferir biblicamente, que eles estão totalmente enganados, pois o primeiro princípio pelo qual Deus julga é a retidão. Essas pessoas estão inchadas na carnal compreensão. Cl. 2:18-23. O Senhor dos Exércitos julga com base no que realmente existe, não no que apenas parece ser. Por exemplo, alguém pode achar que os seus pensamentos não são observáveis e por isso, estaria livre de culpa. Mas Deus olha para o coração Jo. 8:7/ I Jo. 1:8-10 e Ec. 7:20.


Romanos 2:4. Não despreze a benignidade e paciência de Deus. Quando alguém acha que merece algo além da condenação, está desprezando a benignidade, a paciência, e a longanimidade de Deus. Ele através de Sua longanimidade e benignidade propôs segundo o beneplácito de Sua vontade, um plano para conduzir o pecador ao arrependimento. Neste plano, Ele permitiu a morte do Seu Filho para salvar todo aquele que nEle crer. Jo. 3:16. Deus tornou-se carne e viveu entre nos. Jo. 1:1 e 14. Não conheceu o pecado e se fez pecado por nós. Hb. 4:15 e II Co. 5:21. Notadamente, os nossos pecados são a causa da morte de Cristo. I Co. 15:-1-3 e Is. 53:4-5. Isto é, Jesus Cristo, veio ao mundo para salvar os pecadores e não receber ajuda dos mesmos para salvá-los. I Tm. 1:15-16. Sabemos que Deus não tem prazer na morte dos ímpios. Ez. 33:11 e por este motivo é longânimo para com os pecadores. II Pe. 3:9.

Romanos 2:5. A dureza dos corações dos homens. A justificação do homem é única e exclusivamente pela fé. Ro. 3:28. Cada dia que a pessoa se auto justifica, persiste em sua própria justiça, está longe de recebe a justiça de Deus. Is. 64:6. O coração sem arrependimento do pedido, faz com que ele a entesoure ira para o dia da manifestação do juízo de Deus. Os salvos não participarão do dia da irá do Senhor, pois, fomos declarados justos por Ele. Ro. 5:18-19.

Romanos 2:6-9. A justa recompensa aos perdidos e gozo aos remidos. O julgamento de Deus ocorre com base no princípio de Sua justiça. Sabemos que a raça humana, não é condenada por pecar ou salva por fazer boas obras. A principal acusação é: “NÃO CRER NO NOME DO UNIGÊNITO FILHO DE DEUS” Jo. 3:18 e 36. Diante de tal fato, como poderemos explicar esta passagem? Os opositores da segurança eterna dos salvos, usam estes versículos para se auto justificarem e se gloriarem que a vida eterna pode ser obtida através das boas obras. Fato esse, impossível de ocorrer. Paulo e toda a Escritura ensinam que a justificação se dá unicamente por meio da fé. Ro. 3:26-28/ Ro. 5:1 e Gl. 2:6. Como na Bíblia não há contradição, vemos claramente que o tema abordado aqui é o JUÍZO DIVINO E NÃO A JUSTIFICAÇÃO. Os salvos que foram produtivos na seara do Senhor, serão recompensados na vida do porvir, Deus não é injusto para esquecer das nossas obras. Hb. 6:9-10. O Novo Testamento sempre se refere à vida eterna como algo de que o cristão deve usufruir já no presente; essa vida é uma dádiva recebida mediante a fé. Jo .3.16 e Jo. 5:24. Entretanto, quando o Livro Sagrado menciona a vida eterna como algo a ser recebido no futuro por aqueles que já são cristãos, refere-se a recompensas eternas (galardão). Rm 5.21; Gl 6.8. Em outras palavras, concluímos que aqueles que creram em Cristo, Jo. 6:28-29, estão livres da condenação. Já aqueles, que resistiram e não ouviram o Evangelho receberão a justa recompensa. II Tes. 1:8-9. Exemplificando:

Justo: No futuro receberá glória", "honra" e "imortalidade".
Injusto: Receberá a condenação

Romanos 2:10-11. Para não Deus não há acepção de pessoas. Por terem recebido a revelação especial de Deus através de Moisés, Ro. 3:1-2, os judeus confiavam na lei (ou melhor em si mesmo) para serem justificados e achavam-se superiores aos gentios, porém, as Escrituras mostram clara e objetivamente que a lei não justifica ninguém. O homem que confia em sua própria justiça não será salvo. A pessoa que se acha segura por fazer parte do povo “escolhido” sofrerá uma grande decepção. Cada um será julgado – não por ser judeu ou gentio – mas de acordo com seu procedimento. O julgamento será feito por um Deus onisciente, usando como base o mesmo evangelho pregado por Paulo. Jo. 12:47-48. Uma verdade eterna é: que Deus não faz acepção de pessoas e que a graça salvadora do Senhor a de ser manifestada e está disponível a toda criatura. Tt. 2:11.

Romanos 2:12-13. Todo aquele que está sem Cristo padecerá. Os que sem Lei refere-se aos gentios (v. 14) os que sob a Lei, aos judeus. O Livro Sagrado ensina que a justificação é uma obra perfeita de Deus e que todo aquele que não crer já está condenado. Com essa proposição em mente, entendemos que apenas ouvir a Lei não justifica o pecador, não sendo suficiente apenas saber o que Deus quer que façamos e sim crer com toda convicção na obra do Seu Filho. Devemos atentar para perfeita lei da liberdade que há na dispensação da graça e não sermos ouvintes esquecidiços. Tg. 1:22-25. Ser justificado é ser declarado justo por Deus. Ap. 22:11 e I Pe. 3:18.

Romanos 2:14-16. Todos teremos que prestar conta dos nossos atos. A lei Mosaica é composta de 613 disposições, ordens e proibições, sendo impossível ao homem cumpri-la em sua integridade. Quando o judeu tropeçava em apenas um ponto era culpado de toda a Lei. Tg. 2:10. No contexto, Paulo explicava que, os gentios apesar de não conhecerem a Lei, faziam coisas boas e sabiam em seus corações que diferença ente o certo e o errado, sendo esta a lei natural de Deus. Nada ficará em oculto, no dia em que o Senhor julgará os segredos dos homens. Lc. 8:17 e Hb. 4:12-13.

Aos crentes. A nova criatura deve buscar desde o nascer do espírito, uma alimentação pura e não falsificada, para que em razão do costume possa discernir tanto bem como o mal. I Pe. 2:2 e Hb. 5:13-14.

Pastor Walter Costa.

Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preserva­do por Deus em ininterrupto uso por crentes fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611


Aplicado na IBBF de Esperança-PB, 16 de Março de 2025.


quarta-feira, 19 de março de 2025

Estudo expositivo em Romanos – Ensinamento 2.

 



Romanos 1:18. A manifestação da ira de Deus. No versículo 18, Paulo apresenta a explicação da necessidade do justo viver pela fé. O apóstolo nos mostra o porquê da justificação ser unicamente pela obra de Cristo. Precisamos receber a justiça de Deus, pois, não a merecemos e é impossível ao homem conquistá-la. Nos versos 18 a 32 Paulo mostra o lado obscuro da humanidade. Todo ser humano, após a fase da inocência e aqueles que não receberam o Evangelho de Cristo, está debaixo da ira de Deus. Jo. 3:36. Estão mortos em ofensas e pecados e são por natureza filhos da ira e da desobediência. Ef. 2:1-3 e Ef. 5:6. Então, faz-se necessário um novo nascimento, torna-se uma nova criatura, caso contrário o destino será a morte eterna longe da face do Senhor. II Tes. 1:8-9. Em outras palavras, a irá de Deus ocorre baseada em três pilastras:


A. Por suprimir a verdade de Deus. Ro. 1:18.


B. Por ignorar a revelação de Deus. Ro. 1:19-20.


C. Por perverter a glória de Deus. Ro. 1:21-23.


No contexto do estudo em Romanos as palavras impiedade e injustiça, significam basicamente: Falta de reverência a Deus. A negligência do homem a Deus e a rebelião contra a lei natural de Deus são evidências de impiedade e injustiça apresentadas em toda epístola aos Romanos. A falta de reverência fica evidenciada nos sistemas religiosos criados por homens Mt. 15:8-9. Já injustiça diz respeito a depravação moral, exemplificado nos versos 21 a 32.


Romanos 1:19-20. Não há desculpas para a humanidade não crer. Esses versículos, falam da revelação natural de Deus. Isto é, trata-se de uma declaração com características tais, que as tornam inescusáveis aos homens no sentido de não crerem na existência de Deus. Sl. 19:1-4.


Quatro coisas caracterizam essa revelação:


Primeira, é um testemunho claro; todos estão cientes disso (“é evidente [simples]”).


Segunda, todos podem entendê-lo Podemos ver o Criador na Sua criação.


Terceira, essa revelação saiu “desde a criação do mundo” em todas as gerações.


Quarta, é uma revelação limitada, na medida em que não revela tudo sobre Deus (por exemplo Seu amor e graça), mas apenas algumas coisas (ou seja, Seu poder e natureza divina). A revelação completa somente em Cristo. Jo. 1:18 e Cl. 2:9. Essa revelação, mostra às pessoas que existe um Ser Supremos, isso, torna o homem responsável pelos seus atos. No entanto, ela não fornece informações suficientes para que ele experimente a salvação. É por isso que todos precisam ouvir o Evangelho. Mc. 16:15.


Romanos 1:21-22. Conhecem a Deus, mas, não O glorificam como Deus. Desde a queda no Éden, o homem passou a ter um coração obscuro e um discurso envaidecido. Por coração entendemos que, trata-se do termo bíblico que define o interior do homem, incluindo, sentimento, vontade e intelecto. Essas, pessoas, tornam-se incapazes e desqualificadas para entender e reconhecer a vontade de Deus em suas vidas. Ef. 4:17-18. Ou seja, agem de forma inapropriada por não entenderem a perfeita vontade de Deus, que só ocorre através da ação do Espírito Santo em renovar o entendimento daqueles que creem. Ro. 12:1-2. Já o comportamento, que Deus espera dos crentes, e totalmente contrário aos devaneio dos ímpios. I Pe. 1:13-14 e Ef. 5:11-12.


Romanos 1:23. Mudaram a Glória de Deus. Ora, Deus, sendo incorruptível e imortal, não permite que Sua honra e Sua glória seja dividida com qualquer outra criatura. Is. 42:8 e I Tm. 1:17. Mas, a maldade e depravação humana é tamanha, que mudaram a glória de Deus em semelhança a imagem de homem corruptível. Dt. 4:15-19 e Is. 44:13-17 e I Jo. 5:21.


Romanos 1:24. Entregues as concupiscências do coração. Quando a Bíblia fala que Deus, os entregou as concupiscências dos seus corações, não está afirmando que Deus, colocou a impureza nelas e sim declarando que só os deixou entregues a poluição da natureza pecaminosa do homem, retirando dessas pessoas o murro da transgressão, que só os filhos possuem. A pessoa sem Cristo, é levado naturalmente a seguir o seu coração. Porém, o coração do homem é a fonte de toda maldade e engano. Mt. 15:19 e Jr. 17:9. No contexto bíblico, entendemos particularmente que Paulo refere-se a imoralidade corporal, as criaturas entregues as suas concupiscências, dessoram seus próprios corpos, fazendo coisas que eram reprovadas e escandalosas para a natureza original da humanidade.


Romanos 1:25. A humanidade serve mais a criatura. Do que ao Criador. A idolatria e a imundícia da carne e do espírito, transformam a verdade de Deus em mentira. O homem natural revolta-se contra Deus e passa a honrar e a servir mais a criatura do que o Criado. Atribuindo honra a falsas divindades e se entregando aos desejo da carne. Servido literalmente ao do maligno, estando preso em seus laços e fazendo a sua vontade. II Ts. 2:9-12 e II Tm. 2:26.


Romanos 1:26-32. O resultado final da criatura entregue a si mesmo. Estes versículos mostram objetivamente que a raça humana, está cada vez mais decadente. O homem encontra-se afastado de Deus entregue a sua carnal compreensão. Como a humanidade "trocou" a verdade pela mentira, Deus permitiu que ele se degradasse através de suas "paixões infames". O resultado foi a troca do uso natural das funções sexuais pelo que não natural para a lei de Deus. Ironicamente, a homossexualidade descrita nesses versículos não caracteriza fêmeas e machos de outras espécies animais - apenas seres humanos. A homossexualidade é uma perversão porque usa o sexo para um propósito contrário àqueles para os quais Deus o criou e o pretendeu. Gn. 1:28 e Gn.2:24. A única relação sexual natural que a Bíblia reconhece é a heterossexual e no casamento. São listados aqui 21 pecados cometidos por aqueles que não se importaram em conhecer a Deus e foram entregues a um sentimento perverso. A ação do pecado no homem funciona da seguinte forma: pensar/ brincar sobre/ ter curiosidade sobre / aceitar como normal/ encontrar desculpas para o erro e por fim entrega-se ao engano do pecado. Tg. 1:14-15 e Hb. 3:13.


Pastor Walter Costa.

Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preserva­do por Deus em ininterrupto uso por crentes fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611.

Aplicado na IBBF Esperança-PB, 09 de Março de 2025.



Estudo expositivo em Romanos – Ensinamento 1.

 




Leitura bíblica: Romanos 1:1-17.

Introdução: Apesar de está como a primeira epístola na ordem contida na Bíblia, a carta aos Romanos não foi a primeira a ser escrita. Havia várias cartas já escritas anteriormente, como I e II Tessalonicenses, I e II Coríntios, I e II Timóteo e Tito. Como em todas as epístolas de Paulo às igrejas, o seu propósito em escrevê-las foi proclamar a glória do Senhor Jesus Cristo através do ensino da doutrina, assim como edificar e encorajar os crentes que receberiam a carta. A carta à Igreja de Roma foi ditada por Paulo. Ro.1.1, mas redigida por Tércio, um cristão de quem temos poucas informações, mas que era bem conhecido na época. Ro.16.22. Nesta epístola o apóstolo mostra de forma clara e objetiva diversos temas, sendo a justificação pela fé, o ponto forte deste ensinamento. Paulo, divinamente inspirado, nos apresenta verdades absolutas e riquíssimas para a edificação do crente. O estudo exige bastante atenção para entender o que ele disse, e não o que gostaríamos de ouvir. Estudando assim, recebemos a grande recompensa de fortalecer a nossa fé e aumentar a nossa apreciação pela graça de Deus.

Romanos 1:1. Chamado para apóstolo. Paulo não se ofereceu para o apostolado, ele foi escolhido por Deus para desempenhar tal função. Gl. 1:15. O propósito no coração de Paulo, era totalmente distinto dos fatos ocorridos, quando saiu a Damasco, o intuito era destruir a igreja de Deus (Atos 9:1-2). Porém, o conselho do Senhor sempre prevalecerá (Atos 9:15-16). O termo apóstolo significa “enviado ou mensageiro”. Ou seja, o apóstolo foi enviado a pregar o Evangelho (Ro. 10:15).

Romanos 1:2-3. A promessa acerca de Cristo. No Velho Testamento há inúmeras profecias sobre Cristo, as chamadas profecias messiânicas. Veja a seguir as que são consideradas as mais claras e mais importantes. Is. 7:14/ Is. 9:6/ Mq. 5:2 Sl. 22:16-18. Mas, nenhuma profecia é tão imponente como o capítulo 53 de Isaías.

Romanos 1:4-5. Jesus é nosso Senhor. Ninguém pode dizer “Jesus é o Senhor” sem falar de uma forma profundamente doutrinária, porque esta declaração simples se baseia em profundas verdades bíblicas. Uma pessoa que diz: "Jesus é o Senhor", com uma compreensão total do que isso significa (Jesus é Deus e tem autoridade suprema sobre todas as coisas) foi divinamente iluminada. I Co. 12:3 e Ro. 10:9. A declaração “Jesus é Senhor” significa que Jesus é Deus e tem toda a autoridade no céu e na terra. Mt. 28:18. Ele é nosso único Dominador e Senhor. Jd. 1:4. Ele é, de fato, o Senhor dos senhores. Ap.17:14. Surpreendentemente, o Senhor Jesus deixou Sua posição exaltada no céu e veio à Terra para nos salvar. Em Sua Encarnação, Ele nos mostrou como é a verdadeira mansidão. Mt. 11:29. Pouco antes de ser preso, Jesus usou Seu poder e autoridade para nos ensinar a humildade. Jo. 13:14.

Romanos 1:6-7. Chamados para ser de Jesus e saudação aos Romanos. O chamado aqui mencionado não é para ser apóstolo ou um mero chamado externo para servir ao Senhor, e sim, um chamado especial interno para ser participante da graça de Deus e da comunhão com o Filho. I Co. 1:9. Quando a Bíblia apresenta uma pessoa como santo, apenas está se referindo a alguém que Deus separou para Si segundo o beneplácito de Sua vontade. Este fato ocorre através da santificação que é uma ação do Espírito Santo Santificação significa ser separado ou separado para um propósito. Ro:8:28-30 e II Ts. 2:13.

Quem são os santificados? O Novo Testamento mostra claramente que todo aquele que crer verdadeiramente na obra de Cristo, está santificado. Atos 26:18 e I Co. 6:11.

Romanos 1:8-9. Agradecimento pela fé dos Romanos. O agradecimento a Deus e as orações pelos irmãos e por cada igreja é algo comum nas epístolas de Paulo, II Co. 11:28. A ação de graça deve ser uma constante na vida dos crentes, sempre agradecendo a Deus, por Ele manter igrejas fiéis e firmes na Sã Doutrina. Os irmãos de Roma demonstravam que realmente adoravam a Deus em espírito e em verdade. Jo. 4:23-24.

Romanos 1:10-11. O desejo de estar junto e de compartilhar os dons espirituais. Paulo desejava muito ver os Romanos, Ro. 15:22-24. Faz parte do natural dos crentes a alegria e o desejo de estar em comunhão com irmãos, anelando principalmente o crescimento espiritual de todos. Ef. 4:15-16.

Romanos 1:12. Consolados pela fé. Após nascemos de novo, temos a necessidade de crescermos na graça e conhecimento de Cristo, cheios de Sua vontade, Cl. 1:9. Esse fato, só ocorre se obedecermos de coração a doutrina que a nós foi entregue. Ro. 6:17. A doutrina aperfeiçoa o santo para o ministério. Ef. 4:12. Somos exortados a lutamos pela fé uma vez entregue aos santos. Judas 1:3.

Romanos 1:13-15. O momento certo pertence a Deus. O inimigo tentará evitar a disseminação do Evangelho. I Tes. 2:18. Mas, em momento algum devemos nos desfalecer e sim acreditarmos na perfeita vontade de Deus. Pois, em Seu tempo, Ele providenciará os meios para semearmos a semente do Evangelho de Cristo. I Co. 3:6-7.

Romanos 1:16-17. Não se envergonhe do Evangelho de Cristo. O verdadeiro Evangelho prega, a obra de Cristo como a única saída para salvar o pecador do inferno. I Co.15:1-4. Por meio da obra de Cristo: termos os nossos pecados perdoados e sairmos da posição de condenados e filhos do Diabo, para salvos e filhos de Deus. Cristo morreu por nossos pecados e ressuscitou para nossa justificação. Aquele que não conheceu pecado se fez pecado por nós. II Co. 5:21 e Gl. 1:4.


O Evangelho de Cristo não prega:


A prosperidade material. O evangelho da prosperidade (também conhecido como o "evangelho da saúde e riqueza" ou por sua marca mais popular, o movimento "Palavra da Fé") é uma perversão do evangelho de Jesus que afirma que Deus recompensa o aumento da fé com o aumento da saúde e / ou riqueza.

O que diz a Bíblia. Mt. 6:19-21 e Mc. 8:36-37

A autoestima. Esse falso evangelho têm como foco o eu, eu e eu. Deus não dá ênfase à autoestima. Ele coloca ênfase em conhecê-Lo e permitir que Ele nos conheça. Isso não quer dizer que podemos pular o trabalho árduo ou o esforço necessário para alcançar algo. Deus é um recompensador e também criou um trabalho para nós fazermos. 

O que diz a Bíblia. Mc. 8:34.

Cura e dons extraordinários. As igrejas pentecostais e o movimento carismático moderno ensinam o falar em "línguas" e as curas milagrosas são dons válidos do Espírito Santo hoje. Todos esses ensinamentos, não encontram respaldo nas Escrituras. Mc. 12:24. 

O que diz a Bíblia. Lc. 18:42 (em outras 6 Cristo repete a mesma frase “te salvou”).

Determinação e proclamação. A confissão positiva é a prática de dizer em voz alta o que você deseja que aconteça, na expectativa de que Deus o tornará realidade. É popular entre os adeptos do evangelho da prosperidade que afirmam que as palavras têm poder espiritual e que, se falarmos em voz alta as palavras certas com a fé certa, podemos ganhar riquezas e saúde, amarrar Satanás e realizar tudo o que quisermos. 

O que diz a Bíblia. Lc. 22:42 e I Jo. 5:14.

Romanos 1:17. O justo viverá pela fé. Nessa passagem o apóstolo faz uma citação do livro do profeta Habacuque. Hc. 2:4. Que significa a certeza do salvo em confiar plenamente no Senhor. Não um mero sentimento, mais um entendimento advindo do Espírito Santo, que capacita os salvos a viverem uma vida transformada, centrando o seu viver naquilo agrada ao Senhor e não de acordo com a vontade do mundo. Ro. 12:1-2 e I Jo. 2:15-17. Paulo repete a citação em Hebreus. Hb. 10:38.

Pastor Walter Costa.

Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preserva­do por Deus em ininterrupto uso por crentes fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611.

Aplicado na IBBF Esperança-PB, 23 de Fevereiro de 2025.