Apocalipse 10:1. Um anjo forte e o livrinho. No capítulo 9 (nove) do livro das Revelações do nosso Senhor Jesus Cristo, vimos que o sexto anjo fez soar a sua trombeta, anunciando as bragas advindas dela. Agora, em vez do sétimo anjo tocar a trombeta, teremos um interlúdio (Intervalo de tempo que interrompe alguma coisa; pausa) até Apocalipse 11:15. A Bíblia não especifica a identidade do Anjo Forte. Alguns estudiosos, afirmam que é o arcanjo Miguel, enquanto outros afirma que o anjo forte é o próprio Cristo. Sabemos que Cristo não é um anjo e sim o Criador de todas as coisas. Cl. 1:16-17. Porém, a palavra grega que após a tradução deu origem ao nome anjo, significa mensageiro. Jesus, certamente, enquadra-se como mensageiro, pois foi Ele que entregou a mensagem de Apocalipse (Revelações) a João. Ao atentamos as características descritivas do Anjo Forte, veremos que são bem parecidas com a descrição do próprio Cristo. Ap. 1:15-16. O Anjo Forte desce do céu, "vestido de uma nuvem" (10:1), e Apocalipse 1:7 associa Cristo com nuvens. Apocalipse 4:3 menciona um arco-celeste ao redor do trono de Deus, e Apocalipse 5:6 diz que Cristo está no meio do trono. Na transfiguração o rosto Cristo resplandeceu como o sol. Mt. 17:2.
Apocalipse 10:2. O livrinho aberto em Sua mão. Essa passagem é mais um forte indício de que o anjo é Cristo. Vimos no capítulo 5 (cinco) que Jesus (o Cordeiro) era o único capaz de abrir o livro rolo. Ap. 5:5-7. Fomos informados que anjo está com um pequeno livro aberto em Sua mão. Não há uma revelação clara sobre o conteúdo do livrinho, mas parece representar os desígnios do Deus Todo Poderoso prestes a serem revelados. O Anjo Forte coloca o Seu pé direito sobre o mar e o Seu pé esquerdo sobre a terra, esse fato demonstra que Ele detêm o poder e domínio absoluto sobre todo o planeta que chamamos de terra. Sl. 47:2.
Apocalipse 10:3-4 – O som dos setes trovões. Quando o Anjo Forte, clama fortemente, com uma voz cheia de poder e majestade. Sl. 29:3-4. O trovão representa a voz de Deus. Sl. 18:13 e II Sm. 22:14. Ao clamar, os sete trovões emitiram as suas vozes, qualquer tentativa de explicar o significado das vozes trovejantes não passa de especulação humana. Is. 55:8-9. Quando, João estava se preparando para escrever as palavras ditas pelos sete trovões, uma voz advinda do céu o ordenou que as selasse e não as escrevesse. Daniel teve uma visão semelhante sobre os fins dos tempos. Dn. 12:8-9. Tudo que o Deus Altíssimo quis revelar ao homem, Ele o fez através da inspiração (sopro) das Escrituras. II Tm. 3:16. A doutrina da inspiração verbal, nos assegura que Deus nos revelou tudo aquilo que nos era permitido. As coisas encobertas pertencem ao Senhor. Dt. 29:29.
Apocalipse 10:5-6. O juramento do anjo. Agora o Anjo Forte, faz um juramento solene ao que vive para sempre, Criador de todas as coisas. Dn. 12:7. Em diversas passagens das Escrituras, o Senhor dos Exércitos jura por Si mesmo. Is. 45:23/ Is. 62:8 e Jr. 44:26, são alguns exemplos dessa verdade. Quando o Senhor jura por Si mesmo, significa a testificação da verdade acompanhada do juramento do próprio Deus. Is. 14:24 e Is. 54:9. O juramento do Anjo Forte, tem como fundamento o julgamento final de Deus sobre a humanidade. Os escarnecedores duvidam da promessa do Senhor, mas no momento exato da vontade de Deus os céus e terra que conhecemos se desfarão. II Pe. 3:3-4 e II Pe. 3:10. Ou seja, o ponto principal a ser entendido no juramento do Anjo Forte é que a longanimidade de Deus, está chegando ao fim. II Tes. 2:6-7 e II Pe. 3:9 e Ap. 16:17.
Apocalipse 10:7. O mistério de Deus anunciado. Chegará um momento, não sabemos quando, apenas o Pai é sabedor do dia e hora. Mt. 24:36. Que tudo que foi predito pelos profetas enviados por Deus se cumprirá, quando Jesus Cristo vencerá o império do mal e reinará para sempre. Dn. 7:13-14 e Ap. 22:6-7. A revelação do iníquo, que será poderosa e ele realizará grandes sinais e controlará o comércio mundial através da marca da besta. Ap. 13:11-15 e Ap. 13:16-18. No entanto, o homem da iniquidade não é páreo para o Senhor Jesus. Quando Jesus descer do céu à terra no final da tribulação, Ele destruirá o império do mal com o esplendor da Sua glória. Ap. 19:11-15 e Ap. 19:20-21.
Apocalipse 10:8-10. O amargo e o mel do livro. João volta a escuta a voz advinda do céu, a qual ordena ao apóstolo ir até o Anjo Forte que está com livrinho aberto que o mesmo segurava em Sua mão. Existe uma grande semelhança entre a visão de João e a de Ezequiel. Ez. 3:1-3. Ao comer o livrinho, João sentiu no seu paladar que o mesmo era doce como mel. O que representa receber a Palavra de Deus com gozo e alegria. Jr. 15:16 e Jo. 6:26-27. Já o sabor amargo, representa a amargura da dispensação do Evangelho da graça aos perdidos e saber que a grande maioria daqueles que estão em trevas rejeitam a Santa Palavra de Deus e entesouras ira para o dia que será manifesto o juízo de Deus. Ro. 2:5 e Jo. 3:19-20. Além disso, podemos aferir de modo escriturístico que a amargura no ventre representa a natureza pecaminosa do homem (incluindo-se os crentes). Ro. 7:18-20 e Ro. 7:24.
Apocalipse 10:11. A profecia de João. A ordem dada ao apóstolo é para ele profetizar a Palavra de Deus a todas as nações e línguas. Ordem essa cumprida e concluída por João quando ele acabou de escrever o livro das Revelações do nosso Senhor Jesus Cristo. Ap. 22:8-9 e Ap. 22:18-20. Conforme os registros históricos, João foi exilado (preso) para Ilha da Patmos pelo imperador romano Domiciano por volta de 95 dC. O imperador baniu o apóstolo para o isolamento em uma ilha, contudo não conseguiu silenciar o seu testemunho. I Jo. 1:1-4. Deus usou João como instrumento para escrever o livro de Revelações, o qual milhões de pessoas foram bem-aventuradas quando leram ou ouviram as profecias nele contidas. Ap. 1:2-3.
Produzido em Setembro de 2022.
Pr. Walter costa
Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611.
Aplicado na IBBF Esperança-PB,05 de Maio de 2024.
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