domingo, 6 de julho de 2025

Estudo expositivo em Romanos – Ensinamento 17-Capítulo 8:26-30.

 



Romanos 8:26-O Espírito intercede por nós. A intercessão do Espírito Santo é forma que Deus usa para ajuda os filhos. Podemos afirmar que, o crente quando não extinguir (endurecer o coração, resistir a liderança) a ação do Espírito (I Tes.5:19) e permitir-se ser guiado (Gl. 5:16-18), passa a ter as ações da sua vida conduzidas pelo Espírito Santo, que capacita os salvos a entender e a usufruir a vontade de Deus em suas vidas. O Espírito estimula a prática da oração, fornece argumentos para defender a Santa Palavra e principalmente nos ajuda em nossas fraquezas, quando estamos na iminência de cairmos em decorrência da fragilidade da nossa carne (Mt. 26:41). Então, com gemidos, cuja intensidade ultrapassa qualquer possibilidade de expressão, o Espírito intercede por nós. Não é o Espírito Santo que geme, mas, Ele provoca gemidos nos santos, com argumentos para que os mesmos tomem a decisão correta (Ef. 3:16-19 e II Co. 3:3).

Romanos 8:27. Aquele que examina os corações. Podemos afirmar que Deus ouve e entende a intercessão que o Espírito Santo faz em favor dos salvos. Mesmo sem Ouvi-lo, temos a certeza que a Sua intercessão é eficaz para garantir a ajuda de Deus para nós, porque o Espírito ora em harmonia com a "vontade" de Deus (I Jo. 5:14). Afinal, não sabemos como realmente devemos pedir (Tg.4:3). Quando a Palavra é crida é capaz de fazer um procedimento cirúrgico de alta complexidade. A Palavra de Deus é poderosa e tão penetrante, que é capaz de penetrar os mais profundos segredos e pensamentos dos homens. É tão penetrante e apta para separar a alma do homem do espírito nascido de novo e consegue separar as intenções dos pensamentos. (Hb. 4:12).

Romanos 8:28. Todas as coisas contribuem. Quando o crente se encontra rodeado de turbilhões de provações, aflições e tribulações, ele busca força e conforto nesse maravilhoso versículo. Sendo sabedor que a sua angústia é temporária. Talvez, em certos momentos, devido ainda está na carne, o crente creia que as tribulações não podem produzir algo de bom. Mas interiormente no espírito, ele sabe que pode ser perseguido, atribulado, angustiado, porém, jamais destruído (II Co. 4:8-10). O chamado não é por meritocracia dos homens e sim segundo o perfeito propósito de Deus que traz vida e luz ao mundo pela pregação do Evangelho (II Tm.1:9-10).

Romanos 8:29-30. Conheceu, predestinou, chamou e glorificou. Predestinação ou preconhecimento é um assunto de grande complexidade e de grandes aventuras teológicas. Predestinar é determinar com antecipação e, em teologia, significa dizer que todos os eventos foram previamente determinados por Deus. O termo diverge de presciência, que seria o conhecimento prévio de Deus das coisas que estão por acontecer. Existe uma enorme confusão no que diz respeito ao termo predestinação, principalmente no sistema religioso denominado calvinista, que apregoa que algumas pessoas foram predestinadas para salvação e outras para a condenação. Teoria totalmente contrária aos ensinamentos das Sagradas Escrituras, que afirma que Deus amou (no passado) o mundo e entregou o Seu filho unigênito para salvar todo aquele que nEle crer. (Jo. 3:16). Em momento algum estou questionando a soberania de Deus, justamente pelo contrário, CREIO plenamente no incondicional poder do Senhor, mas, justamente por este motivo, não posso falar contra o que está escrito no Livro Sagrado, que afirma forma contundente que Deus que salvar todos os homens e para que isto ocorra Ele providenciou o Mediador. I Tm. 2:4-5.

Em tempo, gostaria de deixar claro que não defendemos a ideologia de Jacobus Arminius, que dissemina a ideia de que Deus oferece a salvação e graça e que cada pessoa escolhe aceitá-la ou não. O modelo apregoado pelos seguidores do arminianismo, que proclamam que a salvação é obtida através dos esforços ou obediência dos pecadores, também não tem base bíblica para lhes dar sustentação, uma vez que o homem seria o sujeito final da salvação, pois, poderia “aceitá-la ou não”. Quando achamos que merecemos algo além da condenação, estamos desprezando a benignidade, a paciência e a longanimidade de Deus. Isto é, Jesus Cristo, veio ao mundo para salvar os pecadores e não receber ajuda dos mesmos para salvá-los. (Tm. 1:15-16).

A verdadeira predestinação. Afirmamos biblicamente que a verdadeira predestinação de que o homem é merecedor é da condenação eterna (Ro. 3:23 e Jo. 3:18-19 e 36). O ser humano ao atingir a fase da consciência, recebe de forma automática a condenação herdada em face à desobediência adâmica. Por meio de Adão, o pecado adentrou ao mundo e, por este motivo, todos pecaram. (Ro.5:12). A consequência imediata do pecado é a separação da glória de Deus. (Ro. 3:23). No imaginário popular encontramos a crença de que o homem passa à condição de condenado em decorrência dos pecados que ele comete, inclusive existe uma escala de pecado para a condenação. Isso, deve-se principalmente aos falsos ensinamentos, advindos de Roma e mantidos em quase totalidade pelas ditas igrejas evangélicas. Biblicamente falando, o homem não será condenado: ELE JÁ ESTÁ CONDENADO.

O processo da Salvação. No tocante ao ato da salvação do homem, todo processo é feito por Deus, através da obra de Cristo, que é o sujeito e o salvo apenas o predicado. Quando Cristo afirmou na cruz que Sua obra estava consumada (Jo.9:30), Ele concretizou o intuito de sua vinda, que era salvar o mundo (Jo. 3:17) Veja bem, o sacrifício de Cristo é suficiente para salvar todo o mundo (II Pe. 3:9), infelizmente uma grande maioria não creem nEle, da forma que as Sagradas Escrituras ensinam. Pela obediência do nosso Único e Todo Suficiente Salvador, recebemos uma eterna salvação (Hb. 5:8-9).

Afinal o que realmente foi predestinado? Na verdade o que foi predestinado foi o meio pelo qual recebemos a salvação. Deus em Seu beneplácito conselho criou (no passado) um plano perfeito para salvar o pecador do inferno que é por meio da pregação do Evangelho. (Ro. 1:16). Vejam bem, Cristo não morreu por um determinado grupo de pessoas, e sim por toda a humanidade. (II Co. 5:14-15). Quando cremos conforme o modelo bíblico, Deus nos capacita para ouvirmos e crermos no Evangelho e desse modo passamos a estar em Cristo, essa é a verdadeira PREDESTINAÇÃO. (Ef. 1:11-13). De modo bíblico podemos afirmar que a morte de Cristo é suficiente para salvar todo e qualquer homem, esse fato, necessariamente, não quer dizer que todos serão salvos e sim que Cristo consumou a obra para a qual estava predestinado, que era tirar a penalidade do pecado. (Jo. 1:29). Concluímos, pois que Deus predeterminou enviar Cristo, antes mesmo da fundação do mundo, para efetuar um único sacrifício como pagamento suficiente para pagar a penalidade do pecado de toda a humanidade. Aqueles que creem na obra perfeita de Cristo adentram em Seu repouso. Vejam bem, a obra e o modelo já estavam preordenados desde a fundação do mundo.


Pastor Walter Costa.

Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preserva­do por Deus em ininterrupto uso por crentes fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611.

Bibliografia. Predestinação Bíblica-Pr. Walter Costa

Aplicado na IBBF Esperança-PB, 06 de Julho de 2025.

sábado, 5 de julho de 2025

Estudo expositivo em Romanos – Ensinamento 16-Capítulo 8:12-25




Romanos 8:12-13. Não somos devedores à carne. Nosso relacionamento de filho para com Deus não é uma ação da carne (Jo. 1:12-13) e por isso mesmo não somos devedores à mesma. Quando o Espírito Santo afirma que não devemos viver segundo a carne, fala no sentido da imundícia carnal (Tt. 2:12 e Cl. 3:5) e também no sentido espiritual (II Pe. 3:17-18). Podemos afirmar que na carne não há proveito algum, que o nosso espírito é vivificado (Jo. 6:63).

Romanos 8:14. Os filhos de Deus são guiados pelo Espírito. A característica primordial dos filhos de Deus é ser guiados pelo Seu Espírito. Sabemos que o Espírito Santo habita no crente e o capacita para entender todas as coisas (Jo. 14:16-17 e Jo. 14:26). O Santo Espírito inicia e aperfeiçoa os filhos (Fp. 1:6). Vejam que tão grande amor Deus tem para conosco, o crente passa da situação de inimigos (Cl. 1:21). Para a condição de filhos, algo que o mundo jamais conseguirá entender e conhecer, pois só aos filhos é dado esse discernimento. (I Jo. 3:1-2).

Romanos 8:15-16. O Espírito testifica que somos filhos de Deus. Os salvos recebem a adoção de filhos e, neste ato, de Deus é agraciado com o Espírito Santo, que passa a clamar e interceder por todo aquele que crer em Cristo. Adoção é um termo jurídico que indica uma situação permanente, onde o adotado tem paz, segurança e goza dos privilégios e direitos legais de um filho. Paulo usou o termo “Aba Pai” para destacar o relacionamento íntimo que os crentes (filhos) tem com o Pai. (Gl. 4:6 e Ef. 1:5). Essa familiaridade nos traz uma intimidade com o Espírito Santo, que confirma juntamente com nosso espírito que somos filhos de Deus. Quem crer biblicamente, jamais será confundido (Ro. 10:11).

Romanos 8:17. Herdeiros de Deus e coerdeiros de Cristo. A condição primaria da adoção é garantir o mesmo direito dos filhos naturais aos filhos adotivos. Fato é que, ao recebermos a adoção, nos tornamos herdeiros de Deus por Cristo Jesus (Gl. 4:7). Contrariando a máxima desenvolvida pelos balcões comerciais (pentecostais), de que o crente não sofre, temos a afirmação bíblica, afirmando que somos participantes das aflições e da consolação que há em Cristo (Atos 14:22 e II Co. 1:7). O crente sabe que só é participante de tão grandiosa herança, porque o Pai o fez adequado para tal (Cl. 1:12). A nossa herança é incontaminável e incorruptível (I Pe. 1:3-4).

Romanos 8:18. A glória que em nós será revelada. A primeira convicção que tiramos desta passagem é: os sofrimentos dos salvos são temporários. Temos, apenas, uma leve e momentânea tribulação (II Co. 4:17). A segunda é: não devemos esperar em Cristo apenas na vida presente (I Co. 15:19). A terceira é: devemos nos alegrar com a glória que em nós será revelada. (I Co. 15:49 e I Co. 13:12). Podemos concluir que o crente espera o admirável dia em que o nosso Salvador voltará para nos buscar (Tt. 2:13 e I Tes. 1:10). Ou seja, o sofrimento do tempo presente, não é digno de ser comparado com a glória que será revelada nos santos. Uma é transitória, já a outra é eterna.

Romanos 8:19-20. A espera da manifestação dos filhos de Deus. O apóstolo trata aqui da expectativa da redenção dos salvos (V. 23). Hoje o crente já tem a vida eterna, mas ainda possui a natureza pecaminosa, então, ele está aguardando a esperança da justiça (Gl.5:5) e por Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo abatido em decorrência do pecado para recebermos um corpo glorioso. (Fp. 3:20-21 e I Co.15:51-54).

Romanos 8:21-22. Libertados da servidão. Podemos afirmar que a expressão “libertada da servidão” diz respeito, ao fato da decadência dos homens em consequência da queda de Adão (Gn. 3:17). Então, qual é a grande expectativa dos salvos? Logicamente, é ter o corpo degradado em função da corrupção nele existente, transformado em incorrupção e, por fim, receber o corpo espiritual (I Co. 15:42-44).

Romanos 8:23. O crente espera a redenção do corpo. Os salvos possuem a certeza absoluta de que o seu espírito, pertence a Deus e que fomos selados pelo Seu Santo Espírito para o tão esperado dia da redenção (Ef.4:30). Por este motivo, gememos (sussurrando) na expectativa de deixarmos o nosso corpo temporário e nos revestirmos do corpo imortal (II Co. 5:1-4 e II Co. 3:18).

Romanos 8:24-25. Em esperança, fomos salvos. Bem-aventurado aquele que crer na obra de Cristo, sem a necessidade de ver qualquer obra ou sinal (Jo. 20:27-29). Ora, se não esperarmos com confiança a nossa ressurreição ou arrebatamento, não confiamos em Cristo (I Co. 15:19). Quando cremos verdadeiramente no Evangelho, nos é reservada uma esperança nos céus, isso nos enche de gozo e paz (Cl. 1:5 e Ro. 15:13). O grande mistério que esteve oculto foi manifesto aos santos (Cl. 1:26-27).

Pastor Walter Costa.

Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preserva­do por Deus em ininterrupto uso por crentes fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611.


Aplicado na IBBF Esperança-PB, de 29 de Junho de 2025.