domingo, 29 de junho de 2025

Estudo expositivo em Romanos – Ensinamento 15-Capítulo 8:1-11.

 





Romanos 8:1. Não há condenação para os que estão em Cristo. O crente deleita-se e regozija-se em tão grandiosa verdade. Não há mais possibilidade de sermos condenados, isto é, separados eternamente da presença de Deus. Está em Cristo significa que o nosso Salvador já pagou o preço da nossa condenação e sofreu a penalidade que nos seria imposta, devido ao nosso pecado. Temos a certeza bíblica de que os que creem no nome de Jesus Cristo têm no tempo presente a vida eterna, no tempo futuro, não entrarão em condenação e, no tempo passado, saíram da morte para a vida (Jo. 5:24 e I Jo. 5:13). Salientamos que, o fato da não condenação, não implica que não seremos corrigidos e cobrados por nossas ações (Hb. 12:6-10 e II Co.5:10).

Romanos 8:2. A verdadeira lei. Podemos afirmar que o assunto tratado aqui não é a Lei Mosaica e sim a verdadeira lei, escrita em nossos corações pelo Espírito Santo. (II Co. 3:3). Sabemos que o crente é templo e morada de Deus em Espírito (I Co. 3:16). Esse habitar é a garantia de filiação e (Ro. 8:14). Podemos aferir, de forma escriturística, que a “lei do Espírito da vida” diz respeito ao poder do Espírito Santo, que é capaz de transformar e renovar o entendimento dos salvos. (Ro. 12:2). É através da ação do Espírito Santo que o homem é convencido do pecado, da justiça e do juízo. (Jo. 16:7-10). Não sabemos o “modus operandi” utilizado pelo Espírito Santo para salvar um pecador, mas, claramente, Ele (Espírito Santo) é quem nos conduz à vida eterna através da fé na pessoa bendita de Cristo. (Jo. 3:5-8). Por meio da "lei do Espírito da vida", os crentes são libertos da escravidão do pecado e da morte e capacitados a viverem uma vida aprovando o que é agradável ao Senhor. (Ef. 5:10).

Romanos 8:3-4. A Lei estava enferma. A Lei não poderia justificar de forma definitiva o pecador, pois a mesma baseava-se em fundamentos da carne, consistindo apenas em sacrifícios temporários (Hb. 9:10). Por este motivo, foi ab-rogada, uma vez que, diante da sua fragilidade, tornou-se inútil (Hb. 7:18-19 e Atos 13:38-39). Jesus Cristo veio "à semelhança da carne pecaminosa" e não "à carne pecaminosa" podemos definir melhor "à semelhança da carne" Ele era ao mesmo tempo, homem semelhante aos demais, porém, sem pecado (II Co. 5:21 e Fp. 2:6-8).

Romanos 8:5-6. Andando segundo a carne e segundo o Espírito. A inclinação dos que servem à carne é literalmente viver na prática do pecado, não havendo, para essas pessoas, o muro da transgressão. Sendo movidas a satisfazer os impulsos próprios da natureza humana. (Ef. 2:1-3). A carne determina o viver dos perdidos, exemplificado em I João 2:16. (1) prazer imediato (“concupiscências da carne”), (2) possuir (“concupiscência dos olhos”) e (3) superestimar a si mesmo (“soberba da vida”) A diferença norteadora que faz a separação entre o crente e o pedido é que o salvo não recebeu o espírito do mundo e sim o Espírito provindo de Deus, isso, nos faz discernir as coisas (I Co. 2:12-13). O crente, mesmo sabendo que é livre, busca as cosias que edificam (I Co. 10:23).

Romanos 8:7-8. A inclinação da carne é inimizade contra Deus. O Espírito Santo, por meio de Paulo, fala nestes dois versos sobre os não salvos. O homem natural tem a sua existência voltada para a inclinação da carne. O seu viver é baseado no agradar a si mesmo e não a Deus, a mente do perdido é canalizada para a carne, não se importando em conhecer verdadeiramente a Deus (Ro. 1:28-32). Verdade é que o crente tem inclinações carnais, mas não poderá voltar a ser inimigo de Deus, pois Cristo já nos reconciliou com o Pai (Ro. 5:10 e Cl. 1:21-22).

Romanos 8:9. O crente não está na carne. Aqui temos o retorno aos salvos, “vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito”. O Espírito Santo habita nos crentes, O qual é o selo que nos garante a redenção (I Co. 6:19 e Ef. 1:13). Essa passagem apresenta uma das mais claras declarações das Escrituras: “O Espírito Santo habita nos crentes”. Esta declaração joga por terra a falsa doutrina do recebimento da “segunda benção” através do batismo com Espírito. A Bíblia mostra que o Espírito Santo entra na vida dos crentes no momento da sua conversão (I Co. 12:13). Se o Espírito Santo precisa esperar por alguma obra subsequente de obediência ou santidade, segue-se que Ele estaria ausente entre a conversão e esse momento posterior. Mas isso não pode ser porque Paulo indicou claramente que uma pessoa sem o Espírito não pertence a Cristo. E por não serem de Deus, não escutam a Sua palavra (Jo. 8:47 e Jo. 4:4-6). Romanos 8:10. O nosso espírito está vivo devido à justiça de Deus. Quando o crente recebe Cristo, há uma transformação, ele passa de morto em ofensas e pecados para ser vivificado por Cristo (Cl. 2:13). Literalmente, a vivificação é espiritual, o corpo é mortal e permanece sujeito à morte em decorrência da natureza pecaminosa (I Co. 15:46-49). O nosso espírito só está vivo em razão da justiça de Deus, que nos foi imputada por meio da fé em Cristo Jesus (Fp. 3:9 e II Pe. 1:1).

Romanos 8:11. Seremos vivificados pelo Espírito. Como temos a certeza da ressurreição de Cristo, também devemos ter com certa a nossa ressurreição ou encontro com Cristo nos ares (I Tes. 4:14-16). Quando recebemos o Espírito Santo, passamos a ser participantes da natureza divina (II Pe.1:3-4). Então passamos a conviver com as duas naturezas e a que for melhor alimentada se sobressairá (Gl. 5:17). A ordem dada aos crentes é que o mesmo deve revestir-se de Cristo e não cuidar da carne e suas concupiscências (Ro. 13:14), o que significa que devemos viver como uma nova criatura, que tendo recebido o Espírito Santo (embora ainda possuindo uma natureza pecaminosa) busca andar e frutificar em toda a boa obra (Cl. 1:10-11).



Pastor Walter Costa.

Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preserva­do por Deus em ininterrupto uso por crentes fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611.

Aplicado na IBBF Esperança-PB, 22 de Junho de 2025.

domingo, 22 de junho de 2025

Estudo expositivo em Romanos – Ensinamento 14-Capítulo 7:14-25

 




Romanos 7:14. Vendido sob o pecado. Nos versículos 12 e 13, Paulo expõe argumentos em favor da Lei; no verso 14, ele continua a defendê-la. Explicando que a Lei não pode ser a causa do pecado e morte do homem, nada que vem do Espírito de Deus pode ser considerado como ruim ou maléfica. Então, o apóstolo mostra claramente, que o homem tem a natureza carnal, vendida ao pecado. Podemos afirmar que, o crente enquanto estiver vivendo a vida temporária, representada pela carne, é “vendido sob o pecado”. Ou seja, sempre haverá um combate entre a carne e o Espírito que habita no crente (Gl. 5:16-17). Não podemos esquecer que, o crente pode ter consequências terríveis, quando não semeia no Espírito (Gl. 6:7-8).

Romanos 7:15-16. Fazendo o que aborrece. Todo aquele que crer biblicamente, sabe da sua pecaminosidade e é justamente, neste contexto que, Paulo afirma fazer ações que o aborrece. Nenhum homem em sua vida carnal poderá dizer que não possui pecados (Pv. 20:9 e Ec. 7:20). Quanto mais nos aproximamos do nosso Salvador, mais nos sentimos incapazes. Embora sejamos templo e morada do Espírito Santo e anelamos servir a Cristo, ainda vivemos em uma carne que tem uma natureza antiga que deseja as coisas do mundo. Quando ouvimos de algumas pessoas religiosas sobre a erradicação da ação carne, que dizem viver uma vida sem pecado. Duas coisas ocorrem com elas:

1) Elas não possuem Espírito de Verdade. (Jo. 14:17).

2) Elas estão chamando Deus de mentiroso (I Jo. 1:8-10).

Romanos 7:17. A herança do pecado. Muitos acreditam que, ao nascer em Espírito e se tornar filho de Deus, estariam livres da ação pecaminosa de sua velha natureza, porém, descobrirão que, o homem é pecador não apenas por cometer iniquidades e sim por ser descendente de Adão. Recebemos de forma ordinária uma natureza totalmente pecaminosa. Este fato, a inerência do pecado ao velho homem, não tira a responsabilidade do nascido de novo de viver uma vida afastada da prática do pecado (I Jo. 3:6-9). A exortação é: resistir até o sangue combatendo o pecado. Hb. 12:4.

Romanos 7:18. Na carne não há bem algum. O apóstolo mostra que na velha criatura não habita bem algum. Enquanto o mundo religioso engana os seus fiéis, pregando que podemos chegar até Deus mediante atos produzidos na carne. A Bíblia mostra, que nada em nosso velho homem será aproveitado, pois, sua natureza é corrompida e nossas obras de justiça não serão aproveitadas (II Co.4:16 e Is. 57:12). O crente, guiado pelo Espírito Santo, sabe que a sua vida pertence a Deus e que é Ele opera em nós tanto o efetuar como o querer (Fp. 2:13). Somos exortados, a nos vestimos do novo e a vigiarmos e orarmos, afinal o espírito está pronto mais a carne é fraca (Cl. 3:10 e Mt. 26:41).

Romanos 7:19-20. O pecado faz o crente desagradar a Deus. Nesta passagem, o Espírito Santo, por meio de Paulo, reafirma praticamente a ideia dos versículos 15 a 17. Embora o crente deseje fazer o que é bom e agradável a Deus, ele continua sendo pecador, porém, esse pecado irá entristecê-lo e, ao contrário dos pecadores NÃO remidos, que se alegram com suas iniquidades. Os REMIDOS têm a sua alma afligida diante de suas ações condenáveis e indecorosas (Sl.41:4 e Sl. 51:4 e 12).

Romanos 7:21. Quero fazer o bem, mas, o mal está comigo. Devemos entender que o mal, é a maldade e a corrupção da natureza do homem (Gn. 6:5). O pecado origina-se nos corações e se multiplica pelos demais membros. Por coração, entendemos que se trata do termo bíblico que define o interior do homem, incluindo sentimento, vontade e intelecto. O coração do homem é a fonte de toda maldade e engano (Mt. 15:19 e Jr. 17:9). Por este motivo, Paulo afirma que o mal está dentro dele, procedendo do coração.

Romanos 7:22-23. Oposição entre o homem interior X homem exterior. O crente tem uma nova criatura, que segundo Deus é criada em verdadeira justiça e santidade, por este motivo, tem prazer na lei de Deus e busca o despojamento do velho homem e revestir-se do novo homem (Ef. 4:21-24). Porém, enquanto estivermos na carne, haverá oposição entre as duas naturezas, sabendo que em nossa carne não há nada sã (Sl. 38:3-4 e Is. 64:6).

Romanos 7:24-25. Miserável homem que sou. Quanto mais nos aproximamos do Senhor, mais sentimos o peso da nossa natureza imoral. Quando Paulo afirma “miserável homem que sou”, nos remete à nossa incapacidade de nos livramos das iniquidades que tão de perto nos rodeiam (Sl. 40:12). Então, como escaparemos de tão grande dilema, cingindo o lombo do nosso entendimento e esperando única e exclusivamente na graça, nos foi revelada na bendita pessoa de Jesus Cristo (I Pe. 1:13). Sendo sabedor que a velha criatura um dia cessará e teremos, com isso, a nossa tão esperada redenção (Ro. 8:23).


Pastor Walter Costa.

Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preserva­do por Deus em ininterrupto uso por crentes fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611


Aplicado na IBBF Esperança-PB, 15 de Junho de 2025.


Estudo expositivo em Romanos – Ensinamento 13-Capítulo 7:1-13.


Romanos 7:1. A lei está morta. O apóstolo faz uma explanação aos conhecedores da lei. Ora, se eles conheciam a lei, certamente, eram sabedores que a mesma havia sido ab-rogada (extinta, abolida, fora de uso, tornada sem valor). Hb. 7:18-19. Pode-se dizer que a lei vive, quando está em pleno vigor, e está morta, quando é revogada e anulada; agora, enquanto vive, ou está em vigor, tem domínio sobre um homem. Para enceramos o assunto sobre a validade da Lei, afirmamos fundamentados na Bíblia, que a lei foi cumprida por Cristo (Mt. 5:17). Todo aquele que, tenta conciliar salvação mediante a qualquer argumento da lei, está expondo Cristo ao vitupério (Gl. 2:21). A palavra “vive” pode se referir tanto ao homem como à Lei.

Romanos 7:2-3. Comparação entre a Lei e o casamento. Paulo continua a explicação sobre o fim da obrigatoriedade da Lei, ele faz uma contextualização, expondo aos irmãos de Roma, que seria impossível a salvação ser advinda da graça e por intermédio das obras da Lei. Inclusive, o apóstolo caracteriza como adultério. A Lei mosaica não permitia que a mulher se divorciasse do marido. Por isso, a mesma estava presa ao esposo até que ele viesse a óbito. Assim sendo, como uma mulher cujo marido morreu é livre para se casar com outro homem, o mesmo acontece com os crentes, uma vez que eles morreram segundo a Lei, estão livres para viverem por e para Cristo (Cl.3:3-4 e Ro. 6:10-11).

Romanos 7:4-5. Fruto para a morte. O crente está morto para o mundo e vivo para Cristo (Gl. 2:20). Recebemos através do Espírito Santo uma nova e verdadeira Lei: a do Espírito de vida (Ro. 8:2). A obra do nosso Salvador Cristo Jesus desfez a ação da lei dos mandamentos, a qual fundamentava-se em ordenanças voltada para a carne, que não era capaz de aniquilar a inimizade contra Deus (Ef. 2:15-16 e Cl. 2:13-14). Quando estávamos na carne produzíamos fruto para morte, mas, agora estamos em Cristo e devemos mortificar em nosso viver a concupiscência e as paixões da carne, uma vez que as mesmas combatem contra a alma (Gl. 5:24 e I Pe. 2:11).

Romanos 7:6. Servir em novidade de espírito. Estar sobre o domínio da Lei, equivale a estar debaixo da escravidão do pecado (Ro. 6:14). Quando Paulo afirma que devemos servir a Deus em novidade de espírito e não na velhice da letra, ele está se referindo a Lei judaica e não as Sagradas Escrituras, a Lei dada ao povo hebreu, teve o único propósito de demonstrar a pecaminosidade do homem e para fazê-lo entender que seria impossível cumpri-la. A Lei mostra que somos pecadores mortos e só a obra de Cristo pode modicar tal situação, a letra mata, porém o espírito vivifica (II Co. 3:6 e Jo.6:63).

Romanos 7:7-8. A Lei mostra o pecado. O Espírito Santo usando Paulo como interlocutor, afirma que a Lei é boa que ela apenas retrata a realidade da natureza humana. Podemos compará-la com uma máquina de tomografia cerebral, que revela o interior do cérebro. Caso haja um tumor, a máquina em si não ruim, ela apenas mostra algo que estava em oculto. Assim funciona a Lei, por ela temos conhecimento do pecado (Ro. 3:20 e Ro. 4:15). A concupiscências produz o pecado. O fato de sermos tentados não significa que naquele momento, tenha sido consumado o pecado. Ou seja, a tentação torna-se pecado quando somos engodados (atraído; iludido por falsas promessas e favores; enganados) pela nossa concupiscência. (Tg. 1:15-16).

Romanos 7:9-10. O mandamento era para vida. Neste fragmento, o apóstolo mostra a incapacidade dele e dos judeus (principalmente os fariseus) de compreenderem a condição temporária da Lei. Eles, eram observadores rigorosos da Torá, no que diz respeito as ordenanças externas, já a lei moral estava distante deles, não havia sido escrita na tábua de carne dos seus corações (II Co.3:3). Por esta razão, Paulo afirma que ao conhecer a lei do Espírito sentiu-se morto, ou seja, o crente sabe que não há nada nele que possa se agradável ao Senhor (Ro. 3:12). Tanto o apóstolo, como nós estávamos mortos, só Cristo pode nos vivificar (Ef. 2:5 e Gl. 3:21-22).

Romanos 7:11-13. A Lei é santa. O engano do pecado é a causa da morte física e espiritual do homem (Tg. 1:14-15). É justamente neste sentindo, que Paulo diz que a Lei e santa e o mandamento justo e bom. Santa, pois foi dada por Deus aos hebreus. Justo, pois exige a obediência de todos os seus preceitos. Bom, pois vem de Deus. Logo, os contradizentes podem questionar, ora a Lei só tornou-se boa após sua extinção? A resposta do Espírito Santo é contundente, a Lei não faz o pecado, ela apenas testifica-o. O pecado é inimizade contra Deus e a Lei traz a tona a excessiva corrupção existente na natureza do homem. Portanto, a causa da morte não foi a Lei e sim o pecado. (Ro. 6:23). Graças a Deus, que o crente está debaixo da graça e teve os pecados lavados com o sangue de Cristo (Ap. 1:5 e I Co. 6:11).


Pastor Walter Costa.

Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preserva­do por Deus em ininterrupto uso por crentes fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611.

Aplicado na IBBF Esperança-PB, 08 de Junho de 2025.

sábado, 7 de junho de 2025

Estudo expositivo em Romanos – Ensinamento 12-Capítulo 6:13-23.




Romanos 6:13. Não apresenteis os vossos membros ao pecado. O apóstolo esclarecer como deve ser o comportamento dos crentes. Segundo as Escrituras, o salvo é a única pessoa que pode escolher servir a Deus ou usar os seus membros como instrumentos de iniquidades. O perdido não tem está escolha, pois, encontra-se em estado de escravidão, sendo portanto, servo do pecado e sua existência e voltada para fazer a vontade da carne e do pensamento (Ef. 2:2-3). A ordem para os remidos é apresentar os membros de forma a glorificar a Deus e não para viver na servidão do pecado (Gl. 5:1). O crente tem um inimigo ativo e que está sempre ao derredor, buscando fragmentar a obediência e vida separada dos filhos de Deus (I Pe. 5:8). O devemos fazer então? A resposta é simples: fugir, mortificar e resistir (II Tm. 2:19-22 / I Pe. 5:9 e Cl. 3:5).

Romanos 6:14-15. Não estamos debaixo da Lei. A punição que seria recebida em consequência do pecado, já não existe para os crentes, pois, o pecado já não tem mais domínio sobre eles. O povo judeu estava debaixo da Lei, já os filhos de Deus, estão debaixo da graça, a Lei foi dada através de Moisés, já a graça nos foi dada por Cristo (Jo. 1:17). Isto, não significa que não pecamos, mas, que cremos na perfeita obra de Cristo, o salvo está protegido da penalidade do pecado, o algoz inimigo não tem mais governo sobre aquele que Cristo resgatou. Pois, o mesmo encontra-se seguro nas mãos de Cristo, nas mãos de Deus e selado com o selo do Espírito Santo (Jo. 10:27-29 e Ef. 1:13). A nova criatura sabe que a sua justificação, ocorre pela fé na pessoa de Cristo, que a Sua graça é a causa da salvação e por este motivo, tem plena convicção da sua segurança eterna. (Gl. 2:16 e Ro. 8:1).

Romanos 6:16. A vida em pecado não é condizente para o crente. Um estilo de vida pecaminoso e atos de pecados voluntário são inapropriados para um crente que vive sob a graciosa autoridade de Deus, a insistência neles podem trazer serias consequências a vida física dos salvos. (Hb. 10:26 e I Jo. 5:16-17). Podemos definir pecado para morte como sendo aqueles praticados de forma proposital, deliberada e contínua. Não há possibilidade de serventia a dois senhores (Mt. 6:24). Aqueles que obedecem ao pecado são escravos e estão a disposição da iniquidade, tornando-se incapaz de servir a Deus.

Romanos 6:17-18. Obediência a forma de doutrina recebida. O nascer do Espírito e a condição para entrar na família de Deus (Jo. 3:5), sendo isto, um ato de Deus (Jo. 1:12-13). O crente deve ter cauterizado em sua mente, que quanto maior for a sua obediência a Sã doutrina maior será a sua comunhão com o Criador e sua capacidade de servir com conhecimento e inteireza de coração (II Tm. 1:13 e Tt. 1:9). Não devemos ir além do que está escrito (I Co. 4:6). A Bíblia é a verdade de Deus pela qual devemos nos santificar (Jo. 17:17). Todo aquele que ama a Cristo guarda a Sua palavra e servirá de morada para o Pai e o Filho (Jo. 14:23-24). A Palavra de Deus deve ser preservada em todos os tempos. A observância fiel da Palavra passa sumariamente pela ação do Espírito Santo que encoraja os salvos a batalharem pela fé verdadeira que uma vez foi entregue aos santos (Jd. 3).

Romanos 6:19. Apresentando os vossos membros para a justiça. Ora, antes vivíamos uma vida dissoluta e abominável, o que nos tornava inimigos de Deus, após a reconciliação feita através de Cristo (Ro. 5:10). O que esperar então do novo homem? O mínimo esperando como obediência dos filhos é a dedicação as boas obras, pois, isso é bom e proveitoso aos homens (Hb. 6:9/ Ef. 2:10 e Tt. 3:8). Sabendo que existirá crentes frutíferos e crentes infrutíferos e que até entre os que produzem frutos, não há uma produção homogênea (Mt. 13:23). Devemos apresentar os membros para a santificação (separação), afinal, Deus não nos chamou para vivermos em imundícia (I Tes. 4:7). Lembrando, separados da imundícia da carne e do espírito (II Co. 7:1).

Romanos 6:20-22. Envergonhados dos frutos passados. Quando estávamos na servidão do pecado, não existia o “murro da transgressão” nos impondo limites. Não havia regras a serem observadas, apenas nos contentávamos a servir aos desejos da carne, éramos por natureza, inimigos de Deus, pois, a inclinação da carne é inimizade contra o Senhor (Ro. 8:7-8). Após, o novo nascimento o crente se envergonha das obras mortas da carne. Buscando através da obediência viver uma vida separada das concupiscências que há no mundo (I Tes. 4:1-4). O filho nos libertou através da verdade (Jo. 8:32 e 36).

Romanos 6:23. O salário do pecado. Temos aqui um veredicto Bíblico, em conclusão sumária: o pecado gera a morte. Em contrapartida recebemos a vida eterna, por meio de Cristo. Todos são pecadores e por este motivo estão fora da glória de Deus (Ro. 3:23). Fato é que, o homem natural não será condenado e sim já está condenado (Jo. 3:18 e 36). Sendo através da ação do Espírito Santo usando homens na pregação do Evangelho que o homem tem o coração compungido e arrependesse para ter um encontro pessoal com Cristo, recebendo a vida eterna. (Atos 2:37-38 / Ef. 2:8 e Ro. 11:29).


Pastor Walter Costa.

Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preserva­do por Deus em ininterrupto uso por crentes fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611.


Aplicado na IBBF Esperança-PB, 01 de Junho de 2025.

Estudo expositivo em Romanos –Ensinamento 11- Capítulo 6:1-12.

 


Romanos 6:1-2. Estamos mortos para o pecado. A Bíblia mostra que a justificação e santificação são obras de Cristo e do Espírito Santo. I Co. 1:30 e I Pe. 1:2. Fato é que, a soberania de Deus não nos tira a responsabilidade de buscarmos uma vida separada da imundícia da carne e do espírito. II Co. 7:1 e I Tes. 4:4-7. É justamente, nesse sentido que Paulo adverte sobre o viver do crente, se já estamos mortos para o pecado, como então, podemos viver na abundância dele. Pv. 16:6, o salvo em comunhão bíblica com Deus, está em busca das coisas que são de cima, sem qualquer comunicação com as obras das trevas. Ef. 5:11. Ou seja, o esperado para aquela pessoa que foi salvo pela graça do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, é que ela mude a sua relação com o pecado. Muitos confessam Cristo como salvador, porém não tem um testemunho condizente com a confissão de fé. II Co. 5:17.

Romanos 6:3. Batizados em Cristo. Quando as Sagradas Escrituras falam do batismo em Cristo, está afirmando literalmente que o crente está completamente dentro de Cristo “Ou não sabeis vós que nós, tantos quantos fomos submersos para dentro de Jesus Cristo , para dentro da Sua morte fomos submersos” Ro. 6:3- LTT. Hélio Meneses explica que “Isto significa, que pessoa recebe o "DOM", singular, não “donS”, plural. Referindo-se à dádiva de o Espírito Santo passar a habitar neles, ao crerem”. At 2:38. Porque tantos (dentre vós) quantos para dentro de o Cristo fostes submersos, de o Cristo já vos revestistes” Gl. 3:27-LTT, Diferentemente, do batismo dos crentes, anunciado por Cristo em Mateus 28:19. Pois, a condição para se ir as águas é já ter sido submersos para dentro de Jesus. O batismo na água é feito pelo homem. Já o batismo do Espírito é feito pelo do Espírito Santo. Lembrando que o batismo na água não tem nada a ver com a salvação, portanto.

1. O Batismo do Espírito Santo acontece no momento da Salvação. I Co. 12:13.

2. Batismo Água é um ato de obediência realizado após a Salvação. Atos 2:41.

Romanos 6:4-5. O crente deve andar em novidade de vida. O salvo já está morto e escondido em Cristo. Cl.3:3. Assim sendo, encontra-se liberto da condenação em decorrência do pecado. Logicamente, guiado pelo Espírito Santo ele passa a viver uma transformação e renovação, despojando-se do velho homem. Ef. 4:22-24 e Cl. 3:10. A nova criatura passa a reduzir a cada dia o amor pelo mundo e pelas coisas dele, I Jo. 2:15-16. Abstendo-se de viver em pecado. I Jo. 3:4-6. Vejam bem, somos salvos: da penalidade, da culpa, do poder do pecado, isso implica viver em novidade de vida, deixando as práticas passadas para trás. Ef. 2:2-3. Vale a pena lembrar que o batismo não salva ou acrescenta algo a graça de Deus. Apenas demonstra uma boa consciência para com Deus. I Pe. 3:21. Quando Paulo, afirma que fomos “sepultados pelo batismo”. Está expressando o único modo válido para a administração do batismo que é submersão (imersão). Vejam o que a Bíblia nos mostra: só há um sepultamento, quando a pessoa está coberta por completo, portando só há batismo se o candidato estiver totalmente submerso nas águas.

Romanos 6:6. Livres para NÃO servir ao pecado. Consideremos a afirmação “o velho homem foi crucificado”, para buscarmos entender esta passagem. Escrituristicamente falando a crucificação de Cristo, levou o nosso “velho homem” com Ele, estamos afirmando com isso, que o crente está morto para o pecado, apesar de continuar a pecar, mas, o pecado não pode ser imputado a um morto, esse fato magnífico ocorre simplesmente, pela graça de Deus, que jamais deve ser aniquilada. Gl. 2:20-21. Os que pertencem a Cristo, por uma ação natural do Espírito Santo crucificam a carne e suas concupiscências. Gl. 5:24 e Ro.13:14. A nova criatura abandona a maneira habitual em que procedia e passa a viver o novo, apesar de ainda existir corrupção da carne em nosso corpo. Cl. 3:9-10 e II Co. 4:16.

Romanos 6:7-8. O morto está justificado do pecado. A Sã Doutrina deve ser fiel às Escritura, sendo a Bíblia a única regra de fé e prática. Quando pregamos algo diferente da justificação eterna do pecador remido, simplesmente negamos Cristo e Sua obra e praticamos o evangelho maldito. Gl. 1:6-8. Pois bem, se o Livro Sagrado afirma que o velho homem foi crucificado em Cristo e que o pecado não lhe será mais imputado, cremos e pregamos como está escrito. Cl. 2:13-14. Deus nos tornou idôneos (aptos, capazes) para sermos participantes do Seu reino. Cl. 1:12.

Romanos 6:9-10. Morremos para o pecado para vivermos para Deus. Temos que compreender que a obra de Cristo, produz nos salvos uma eterna redenção, fato esse, que faz o crente servir com alegria e inteireza de coração ao Deus vivo, Hb. 9:8-14. O entendimento é dado aos santificados para que eles compreendam a perfeição do ato de Jesus no calvário, onde, o viver ou morrer não tem diferença e sim o servir, o buscar pelas coisas celestes que norteiam a vida dos santos. Fp. 1:21-23 e Cl. 3:1-3.

Romanos 6:11-12. Não reine o pecado no corpo mortal. Sabemos que todas as coisas são permitidas aos crentes, mas, as coisas que não edificam devem ser evitadas. I Co. 6:12 e I Co. 10:23. Nessa situação, o indouto (aquele que não é instruído; ignorante), sempre questiona: Por ter morrido para o pecado o salvo pode fazer aquilo que satisfaz a carne? A resposta é oposta ao questionamento. Devemos usar a nossa liberdade, não para satisfazer os desejos e concupiscências da carne e sim para renovar o nosso entendimento. Gl. 5:1 e Ro. 12:2.

Pastor Walter Costa.
Referências Bíblicas: Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por crentes fiéis): LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, ACF ou BKJ-1611.
Aplicado na IBBF Esperança-PB, 18 de Maio de 2025.